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Psyllium faz mal para os rins?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Não existem evidências que o uso de psyllium possa causar problemas renais. O mais comum é que o uso de psyllium cause efeitos adversos como gases, barriga inchada, cólicas ou náuseas.

O psyllium é indicado para regular o intestino, tanto quando ele está preso, quanto em alguns casos de diarreia. Ele parece ajudar a diminuir o apetite e a absorção de gorduras. Isso faz com que também possa ser usado para ajudar no emagrecimento, desde que utilizado sob orientação de um nutricionista ou médico.

De qualquer forma, caso tenha algum problema renal (ou qualquer outra condição de saúde) e queira tomar o psyllium, converse com o seu médico.

Leia mais sobre o que faz mal para os rins em:

Referências:

Psyllium: informações sobre medicamentos. UpToDate

Psyllium Purifarma. Bula do medicamento.

Psylium + Vitamina C + Colágeno. Bula do medicamento.

Zhang S, Hu J, Sun Y, Tan H, Yin J, Geng F, Nie S. Review of structure and bioactivity of the Plantago (Plantaginaceae) polysaccharides. Food Chem X. 2021; 12: 100158.

Dor na barriga do lado direito. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor na barriga do lado direito é uma queixa bastante frequente e na maioria das vezes está relacionada a situações simples, como o excesso de gases ou prisão de ventre.

No entanto, algumas vezes pode representar um problema mais grave como uma hepatite, apendicite ou um tumor.

Sendo assim, é importante ter atenção aos sintomas, e se a dor piorar ou vir associada a outros sintomas como febre alta, vômitos ou perda de peso, o ideal é que procure um clínico geral ou gastroenterologista para avaliação médica.

O que causa dor do lado direito da barriga?

As causas mais relacionadas à dor na barriga no lado direito são:

  • Gases: Dor de intensidade variada, do tipo cólicas (dor que vai e vem), ou do tipo pontadas, associada a "barulhos" na barriga e história de má alimentação;
  • Prisão de ventre: Dor tipo cólica, mais localizada, inchaço na barriga, dificuldade de evacuar, com ou sem massa palpável na barriga (fezes endurecidas);
  • Hepatite aguda: Dor forte do lado direito do abdome, próximo das costelas, associado a náuseas, vômitos, febre e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos);
  • Pedras na vesícula (Colecistite ou colelitíase): Dor tipo cólica, de forte intensidade, do lado direito da barriga, associada a náuseas e vômitos, que piora após uma alimentação gordurosa;
  • Apendicite aguda: Dor na barriga, que pode ter início no umbigo e mais leve, que depois se mantém fixa na região mais baixa da barriga, à direita, associada a febre, náuseas e vômitos;
  • Endometriose: Dor na barriga, que pode se localizar em diversas regiões, não só a direita, associada ao ciclo menstrual, quando os hormônios agem para a realização da ovulação;
  • Gravidez ectópica à direita - Mulher em idade reprodutiva como dor intensa no baixo ventre, apenas de um lado (direito ou esquerdo), suor frio, mal-estar, náuseas e vômitos, com história de atraso menstrual, sugere a gravidez nas trompas;
  • Tumor - Dor localizada, febre baixa e perda de peso. Os tumores em geral, são doenças silenciosas, que quando desenvolvem sintomas já estão em estágios avançados, dificultando um tratamento adequado.

Além destas, situações como cólicas menstruais, infecção urinária, pedra nos rins, gastroenterite, obstrução intestinal (fecaloma), vermes ou ansiedade podem causar uma dor localizada à direita.

O mais importante, deve ser compreender os sinais de perigo que indicam a necessidade de procurar um atendimento de urgência. Para outros casos, procure o seu médico de família ou gastroenterologista, que deverá iniciar uma avaliação mais criteriosa.

Quando devo procurar uma emergência?

Os sinais de risco, que indicam a necessidade de procurar uma emergência imediatamente, são:

  • Febre alta (maior que 38,5º),
  • Náuseas e vômitos que não melhoram com a medicação habitual,
  • Piora da diarreia,
  • Sinais de desidratação (muita sede, boca seca, urina pouco),
  • Presença de sangue na urina ou nas fezes,
  • Coloração amarelada na pele ou nos olhos (parte branca) ou
  • Confusão mental ou desorientação.

Referência:

FBG - Federação Brasileira de gastroenterologia.

Devido a uma forte pancada o rim pode secar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

No caso de um trauma pode ocorrer uma atrofia renal, ele diminui de tamanho e para de funcionar, mas não desaparece. Provavelmente seu filho já nasceu sem o rim esquerdo, isso é um problema chamado agenesia renal. Ele pode ter uma vida normal e viver plenamente bem com apenas um rim.

Quando a cor da urina pode ser sinal de doenças?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A cor normal da urina é amarelo-claro. Se a urina não estiver amarela ou incolor, pode ser sinal de alguma doença ou situações temporárias como: a desidratação, uso de medicamentos ou consumo de determinados alimentos.

Dependendo da causa, a urina pode se apresentar com coloração leitosa, turva, escura, marrom, rosa, vermelha, verde ou azul.

Urina leitosa ou turva

Uma urina com cor leitosa ou turva na maioria das vezes é um sinal de infecção do trato urinário. Nesses casos, é comum vir associada a um cheiro desagradável. A urina leitosa também pode ser causada pela presença de cristais, em pacientes com cálculo renal, gordura, glóbulos brancos, glóbulos vermelhos ou muco na urina.

Urina marrom escura

A urina marrom escura, mas transparente, pode ser um sinal de algum problema no fígado, como hepatite viral aguda ou cirrose, que causa excesso de bilirrubina na urina.

Urina rosa, vermelha ou marrom clara

Urina rosa, vermelha ou de coloração marrom clara pode ter como causas:

  • Ingestão de beterraba, amoras ou certos corantes alimentares;
  • Distúrbios na coagulação (Anemia hemolítica);
  • Lesão nos rins ou doenças no trato urinário;
  • Uso de medicamentos;
  • Porfiria;
  • Sangue proveniente de sangramento vaginal;
  • Tumor na bexiga ou nos rins.
Urina amarela escura ou laranja

Quando a urina está amarela escura ou laranja, a causa pode estar relacionada com quadro de desidratação, consumo de suplementos, vitaminas do complexo B ou caroteno, ainda, ingesta exagerada de alimentos amarelos/laranja, uso de medicamento analgésico (fenazopiridina), antibiótico (rifampicina), anticoagulante (varfarina) ou uso recente de laxantes.

Urina verde ou azul

Urina verde ou azul pode ser causada por consumo de corantes artificiais presentes em alimentos ou medicamentos, azul de metileno, por exemplo, e infecções do trato urinário.

Quando procurar um médico se a cor da urina não estiver normal?

Procure um médico no caso de:

  • A urina apresentar uma cor anormal sem uma razão aparente, sem relação com consumo de alimentos ou medicamentos;
  • Se a coloração anormal persistir por mais de 3 dias;
  • Na presença de sangue na urina;
  • No caso de urina marrom.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

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Como é feita a hemodiálise?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A hemodiálise é feita com um aparelho externo que filtra o sangue e devolve-o purificado de volta para o corpo. O procedimento é indicado quando há falência ou insuficiência renal e serve para retirar as toxinas e as impurezas do sangue, um papel normalmente executado pelos rins.

Durante a hemodiálise, o sangue sai do corpo através de um cateter que é introduzido numa veia e passa por um tipo de rim artificial chamado dialisador. Esse aparelho irá remover do sangue água, toxinas e impurezas para que depois o mesmo sangue, agora filtrado, seja devolvido ao organismo.

As sessões de hemodiálise têm um tempo de duração médio de 4 horas. Porém, fatores como idade, peso, tamanho e gravidez podem prolongar o tempo do procedimento. Em média, pacientes com insuficiência renal são submetidos à hemodiálise 3 vezes por semana.

Como é o preparo para a hemodiálise?

Em algumas situações de emergência, a hemodiálise pode ser indicada de forma imediata. Em outras, ela pode ser uma indicação programada em que o paciente já sofre de uma condição crônica e poderá se preparar para o início do procedimento.

Nas situações em que há possibilidade de preparação antecipada, o paciente será submetido ao procedimento de criação de um acesso vascular. Esse acesso será a via em que a máquina de diálise será conectada, permitindo a saída de sangue do organismo e a volta do sangue filtrado.

Além disso, uma mudança na dieta deve ser feita antes do início da hemodiálise para que o indivíduo tenha tempo suficiente para uma adaptação.

Apesar de não curar a insuficiência renal, a hemodiálise preserva as funções vitais, aumentando o tempo de vida e melhorando o bem-estar dos pacientes.

Para que serve a hemodiálise?

A hemodiálise é usada para filtrar o sangue em casos de mau funcionamento ou falência renal. A hemodiálise serve para retirar as impurezas do sangue e devolvê-lo purificado de volta ao corpo.

Os rins têm a função de filtrar o sangue, retirando da circulação sanguínea toxinas, ureia, água e sal. Quando esses órgãos deixam de funcionar adequadamente, é necessário fazer hemodiálise.

Faço hemodiálise. Que cuidados devo ter?

Quem faz hemodiálise deve ser ter cuidado com o peso corporal, manter cuidados com o acesso vascular através do qual é feita a hemodiálise e monitorar frequentemente o sangue.

É muito importante manter o peso sob controle, uma vez que os rins já não são capazes de remover o excesso de fluidos corporais, podendo trazer complicações.

Para avaliar os resultados da hemodiálise e prevenir complicações, a pessoa também deve fazer exames de sangue regularmente.

Os cuidados com o acesso vascular onde é feita a hemodiálise incluem:

  • Lavar o local com água e sabão antes da hemodiálise. A limpeza deve ser feita suavemente, evitando-se esfregar a pele;
  • Verificar sinais de infecção, como vermelhidão e febre;
  • Evitar dormir sobre o braço em que está o acesso vascular;
  • Evitar usar roupas apertadas;
  • Evitar levantar objetos com mais de 5 Kg;
  • Não medir a pressão arterial ou tirar sangue no braço em que está o acesso vascular.

Para maiores informações, consulte um médico nefrologista.

Quem faz hemodiálise pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, quem faz hemodiálise pode engravidar. Contudo, a gravidez de mulheres que fazem hemodiálise é considerada de alto risco e deverá seguir um acompanhamento rígido durante o pré-natal, parto e pós parto.

A hemodiálise na gestação aumenta os riscos de aborto, parto prematuro, baixo peso ao nascimento, pré-eclâmpsia e hipertensão grave.

Devido a essas complicações, a mulher que faz hemodiálise e engravida precisa ter cuidados adicionais, além de uma equipe especializada para realizar o acompanhamento.

As possíveis complicações para a gestante e para o bebê devem-se ao fato da hemodiálise causar mudanças severas no volume de sangue. Essas alterações geram variações acentuadas na pressão arterial que podem diminuir o fluxo sanguíneo na placenta, além de reduzir abruptamente a concentração de ureia, prejudicando o feto.

O tempo de duração das sessões de hemodiálise na gravidez pode variar. Nesses casos, a hemodiálise costuma durar de 5 a 6 horas, com uma frequência de 3 a 4 vezes por semana.

Geralmente, quanto maior for o tempo que a gestante é submetida à hemodiálise, mais longa será a gravidez e menor será o risco de complicações. Como resultado, as chances de nascimentos prematuros diminuem, o peso ao nascimento será maior, assim como a esperança de vida do bebê.

Saiba mais em:

Para que serve a hemodiálise?

Como é feita a hemodiálise?

Quais os principais sintomas de trombose na perna?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sintomas de trombose na perna ou Trombose Venosa Profunda (TVP), são a dor e o inchaço na perna comprometida.

A trombose é a presença de um coágulo de sangue (trombo), dentro de uma veia, que impede o fluxo normal naquela região. Essa obstrução causa além da dor e edema, vermelhidão e calor local.

A intensidade dos sintomas dependerá principalmente da veia atingida, do tamanho do coágulo e do grau de obstrução. Há também pessoas com trombose na perna que não apresentam nenhum sintoma.

1. Dor

A dor na perna afetada pela trombose tem início súbito e aumenta no decorrer do tempo. O mais comum é que a dor atinja uma das panturrilhas, direita ou esquerda, podendo ocorrer também no pé e tornozelo da mesma perna. Além disso, a perna fica bastante sensível ao toque e endurecida.

2. Inchaço

O inchaço (edema) da perna também começa subitamente e, como a dor, vai aumentando com o passa do tempo. É possível perceber essa diferença, quando se compara uma perna com a outra.

3. Alteração da cor da pele

A modificação na cor da pele é outro sintoma frequente. A perna obstruída se torna mais avermelhada, pela concentração do sangue, e na medida em que a doença avança, pode se tornar "azulada".

4. Mudança na temperatura da pele

Geralmente, a perna com a obstrução se torna mais quente do que a perna saudável. Algumas pessoas queixam-se de queimação no membro.

Além destes sintomas principais, pode ocorrer endurecimento da pele e dilatação das veias que se tornam mais visíveis na perna com a trombose.

Quando devo me preocupar?

Sempre que suspeitar de trombose na perna é preciso se preocupar e procurar imediatamente um atendimento médico. Principalmente nos casos de:

  • Falta de ar ou dificuldade de respirar;
  • Dor ou "aperto" no peito;
  • Tosse sem motivo aparente.

São sintomas que sugerem embolia pulmonar, a complicação mais grave da TVP e pode ser fatal.

Quando o coágulo (trombo) se forma na perna, ele pode se soltar da parede da veia e viajar pela circulação sanguínea até os pulmões, causando a obstrução de uma veia pulmonar, chamada embolia pulmonar.

Na suspeita da doença não perca tempo, procure rapidamente um atendimento médico.

Para saber mais sobre trombose na perna, você pode ler:

Referência:

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.

Quais são as causas da dor no pé da barriga e nas costas em homens e mulheres?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

As causas de dor no pé na barriga e nas costas podem variar entre os homens e as mulheres. Uma causa comum a ambos os sexos são as pedras nos rins. Nos homens, ela pode ser causada por problemas na próstata, quando associada a outros sintomas. Nas mulheres, há algumas causas ginecológicas possíveis.

Pedras nos rins

Os cálculos renais (pedras nos rins) são um problema de saúde comum que acometem homens e mulheres. Eles podem causar dor intensa no pé da barriga e nas costas (na região lombar, abaixo das costelas).

A dor aparece como cólica, do lado onde fica o rim com o problema. Também podem aparecer sintomas urinários (dor, urgência, urina turva ou com sangue).

Há fatores que aumentam o risco de desenvolvê-las ou apresentar sintomas:

  • Obesidade
  • Gravidez
  • Doenças como gota, diabetes e hipertensão
  • Infecções urinárias repetidas (há maior risco de desenvolver as pedras de estruvita)

Se a pedra nos rins pode ser a causa da sua dor, você precisa de cuidados médicos.

Quando você elimina a pedra, ela pode ser analisada para saber qual é a composição. Conhecer a composição das pedras pode ser importante para diminuir o risco de que elas voltem a aparecer. As mais comuns são formadas por oxalato de cálcio (70% a 80% dos casos). Também podem ser formadas por:

  • Fosfato de cálcio
  • Ácido úrico (o risco de ter uma pedra no rim com essa composição aumenta com a idade)
  • Cistina
  • Estruvita

Se elas forem de oxalato de cálcio (as mais comuns), o risco de que volte a formar outras pedras no seu rim é alto. Há cuidados que podem ser tomados para evitar que isso ocorra, como beber mais água e evitar certos alimentos.

Outros problemas que causam estreitamento ou obstrução das vias urinárias também podem causar os mesmos sintomas.

Dor no pé da barriga e nas costas nos homens: problemas da próstata

Se você é homem e está com dor ou desconforto no pé da barriga e nas costas há algum tempo, pode estar com prostatite ou com a síndrome da dor pélvica crônica.

A prostatite pode ter como causa uma inflamação ou infecção da próstata.

A síndrome da dor pélvica crõnica também é chamada prostatite crônica, apesar de não se saber ao certo se a próstata é a responsável pela dor. O diagnóstico se baseia na presença de sintomas e exclusão de outras causas.

O problema é mais comum entre os homens com 50 a 60 anos. Podem ser indicados anti-inflamatórios e acupuntura para a redução dos sintomas.

Dor é o primeiro sintoma no caso de problemas de próstata. Ela pode estar presente:

  • No pé da barriga e nas costas
  • Na região entre o saco escrotal e o ânus
  • Nos testículos
  • No pênis
  • Ao urinar
  • Ao ejacular

Ela difere da dor devido às pedras nos rins e tem duração variável. Sintomas urinários (maior frequência e urgência para urinar) ou alguma disfunção sexual (ejaculação precoce ou disfunção erétil) podem estar presentes.

Muitos pacientes com esses sintomas também têm dores em outras regiões do corpo. Nesses casos, os sintomas podem ser parte de outras síndromes de dor crônica, como a síndrome do intestino irritável, fibromialgia ou enxaquecas.

Dor no pé da barriga e nas costas em mulheres: causas ginecológicas

A dor no pé da barriga e nas costas nas mulheres pode ser normal durante a menstruação (cólicas) e durante o trabalho de parto (contrações). Há também alguns problemas de saúde e complicações na gravidez que podem causá-la:

  • Endometriose, adenomiose ou mioma uterino
  • Torção ovariana
  • Aborto, gravidez ectópica, trabalho de parto prematuro ou descolamento de placenta

Nesses casos, é importante procurar cuidados médicos.

Endometriose, adenomiose e miomas uterinos

Nesses casos, outros sintomas frequentes são o fluxo menstrual intenso e dor durante as relações sexuais. O útero está aumentado nos resultados do ultrassom.

Torção ovariana

A dor no pé da barriga e nas costas aparece de repente e pode ser moderada a intensa. Ela pode ser causada pela falta de circulação sanguínea adequada no ovário e na tuba quando ocorre a torção ovariana. A maior parte dos casos de torção ovariana acontece em mulheres em idade reprodutiva.

O risco de acontecer é maior:

  • Nos casos de tratamento para engravidar e hiperestímulo ovariano
  • Durante a gravidez
  • Nas mulheres com síndrome dos ovários policísticos
  • Quando já houve uma torção ovariana anteriormente

Na maior parte dos casos, o ovário pode ser preservado e recuperado com uma cirurgia.

Durante a gravidez

A dor parecida com cólica no pé da barriga e nas costas durante a gestação podem indicar algum problema. Por isso, procure um médico com urgência se ela for moderada ou intensa. Ela pode indicar:

Aborto espontâneo

Nesse caso, além da dor no pé da barriga e nas costas, haverá sangramento pela vagina.

Gravidez ectópica

A dor intensa no pé da barriga e nas costas pode acontecer quando há o rompimento da tuba uterina devido a uma gravidez ectópica. Isso pode causar hemorragia grave. Por isso, procure um médico com urgência se você teve um atraso menstrual, está sentindo essa dor, seguida por sangramento vaginal.

A gravidez ectópica é uma gravidez em que o embrião está se desenvolvendo em outro lugar que não seja o útero. O mais comum é que esse lugar seja a tuba uterina.

Trabalho de parto prematuro

O trabalho de parto prematuro pode ser identificado quando as contrações (dores moderadas ou intensas espaçadas no pé da barriga e nas costas) começam antes da gestação completar 37 semanas. Se isso acontecer, procure seu médico com urgência.

Não é sempre que há contrações antes do tempo que você já está em trabalho de parto. Preste atenção a alguns sinais que podem estar presentes e indicar o trabalho de parto em andamento:

  • Cólicas parecidas com as menstruais
  • Contrações leves e irregulares
  • Dor nas costas, na região lombar
  • Sensação de pressão na vagina ou no pé da barriga
  • Corrimento vaginal que parece muco, podendo ser claro, rosado ou levemente sanguinolento
  • Leve sangramento vaginal
Descolamento de placenta

As gestantes com descolamento de placenta apresentam sangramento vaginal, dor na barriga com contrações uterinas fracas e frequentes. A dor nas costas pode estar presente, dependendo da posição da placenta no útero.

Nesse caso, é preciso procurar um médico com urgência para avaliação. O descolamento de placenta pode ser pequeno e não trazer efeitos negativos para a gestante ou para o bebê. Dependendo da dimensão do descolamento, ele pode trazer riscos para a gestante e para o bebê.

Você também pode querer ler:

Dor no pé da barriga em homens: as 10 causas mais comuns e como tratar?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Dor no pé da barriga durante a gravidez, o que pode ser?

Referências:

Kidney stones in adults: Epidemiology and risk factors. UpToDate

Chronic prostatitis and chronic pelvic pain syndrome. UpToDate

Dysmenorrhea in adult females: Treatment. UpToDate

Ectopic pregnancy: Epidemiology, risk factors, and anatomic sites. UpToDate

Preterm labor: Clinical findings, diagnostic evaluation, and initial treatment. UpToDate

Ovarian and fallopian tube torsion. UpToDate

Placental abruption: Pathophysiology, clinical features, diagnosis, and consequences. UpToDate