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Estou com muita dor de cabeça só do lado direito. O que pode ser? Preciso realizar exames?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem diversas causas para dores de cabeça, podemos citar como causas mais comuns:

  • Tensão muscular (cefaleia tensional)
  • Enxaqueca
  • Trauma
  • Pressão alta
  • Sinusite
  • Problemas visuais (falta de óculos, fotofobia)
  • Ansiedade, entre outras.

Cada uma das causas apresentadas possui junto da dor, outras características comuns, por isso nem sempre é necessário realização de exames. Na grande maioria das vezes, o/a médico/a com uma boa história e exame físico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente.

Quando é preciso realizar algum tipo de exame?

Alguns sinais e sintomas são indicativos de maior risco, portanto devem ser investigados com exames complementares, são principalmente:

  • Dor localizada de um só lado persistente;
  • Dor que não melhora com analgésicos comuns ou anti-inflamatórios;
  • Dor iniciada após os 50 anos de idade;
  • Dor intensa com náuseas e vômitos, sem história prévia de enxaqueca;
  • Modificação das características da dor, em pacientes enxaquecosos;
  • Dor seguida de crise convulsiva;
  • Dor associada e alterações de força ou de sensibilidade em algum membro;
  • Dor intensa associada a febre alta.

Entretanto, o exame a ser solicitado será definido pelo/médico/a, e vai depender da história, avaliação e suspeita clínica. Pode variar desde exames de sangue, eletroencefalograma, exames de imagem como a Tomografia cerebral ou ressonância magnética ou a associação de mais de um deles.

Não é incomum, quadros de enxaqueca vir acompanhados de outros sintomas neurológicos (formigamento e dormência), além de sintomas visuais (pontos ou linhas brilhantes - “áureas”), porém devem ser sempre acompanhados pelo médico, de preferência neurologista.

Por isso recomendamos que agende uma consulta com médico/a, de preferência neurologista, para avaliar o seu caso e iniciar o tratamento adequado o quanto antes.

Pode lhe interessar também:Sinto pontadas do lado esquerdo da cabeça, juntamente com enjoo, visão turva e tonturas. O que pode ser?, Dor de cabeça frequente: o que pode ser?

Quais os efeitos colaterais da fluoxetina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos colaterais da fluoxetina mais comuns, ou seja, que ocorrem em mais de 10% dos casos, podem ser: dor de cabeça, insônia, sonolência, nervosismo, ansiedade, cansaço (fadiga), tremor, diminuição da libido (desejo sexual), diarreia, náusea, boca seca e e diminuição do apetite.

Outros efeitos secundários da fluoxetina que são considerados frequentes incluem:

  • Palpitação, dor no peito, aumento da pressão arterial;
  • Tontura, dificuldade para dormir, sonhos anormais, agitação, esquecimento;
  • Constipação, flatulência, vômitos, alteração do paladar, aumento do apetite, perda ou ganho de peso;
  • Visão turva;
  • Micções frequentes;
  • Dor no ouvido, sinusite, sangramento no nariz;
  • Distúrbios da ejaculação, impotência, sangramentos ginecológicos;
  • Erupções da pele, coceira e rubor.

De cada 100 pessoas que tomam fluoxetina, até 10 delas podem manifestar alguns desses efeitos colaterais. Muitas vezes esses efeitos duram poucos dias após o início do seu uso. Depois, com o organismo mais adaptado, os sintomas podem desaparecer.

Para que serve fluoxetina?

A fluoxetina é usada principalmente no tratamento da depressão. O seu princípio ativo é o cloridrato de fluoxetina.

A fluoxetina também serve para tratar bulimia nervosa, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), tensão pré-menstrual (TPM), irritabilidade e mal-estar causado por ansiedade.

A fluoxetina eleva os níveis de serotonina no cérebro, uma substância associada à sensação de prazer e bem-estar. Por isso, o seu uso melhora os sintomas da depressão e dos outros transtornos para o qual o cloridrato de fluoxetina é indicado.

Quanto tempo demora para sentir os efeitos da fluoxetina?

Os efeitos da fluoxetina levam algumas semanas para serem sentidos. Se os sintomas persistirem, o médico que receitou o medicamento deve ser informado, pois pode ser necessário reajustar a dose.

Como tomar fluoxetina?

Os comprimidos de fluoxetina devem ser tomados com um copo de água e podem ser ingeridos independentemente das refeições. As doses de fluoxetina variam conforme a doença a ser tratada e são indicadas conforme a avaliação médica.

Vale lembrar que cabe ao médico avaliar a necessidade de aumentar ou diminuir a dose de fluoxetina, de acordo com cada caso.

Todas as reações adversas decorrentes do uso de fluoxetina ou qualquer outra medicação, devem ser informadas ao médico que receitou o medicamento. Pode ser necessário suspender ou trocar a medicação, ou até manter o mesmo tratamento, conforme os efeitos colaterais presentes e tolerância do paciente, que serão discutidos durante a avaliação médica.

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Dormência na boca: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dormência na boca pode ser sintoma de diversas doenças e condições. Uma delas é a compressão ou rompimento de algum nervo da face, que pode ocorrer após uma anestesia ou um implante dentário, por exemplo.

Outras possíveis causas de dormência na boca incluem doenças neurológicas (derrames, esclerose múltipla, paralisia facial), herpes labial, enxaqueca, síndrome da boca ardente e até câncer bucal.

O herpes labial caracteriza-se pelo aparecimento de grupos de bolhas dolorosas nos lábios. A sensação de dormência na boca geralmente antecede o surgimento da lesão e é localizada na mesma região da ferida.

Em algumas pessoas, crises de enxaqueca também podem causar dormência ao redor da boca.

A síndrome da boca ardente é uma alteração hormonal que acomete principalmente mulheres após a menopausa. Pode causar formigamento ou dormência na boca ou na língua, embora o principal sintoma seja a dor intensa que pode afetar os lábios, a língua, o céu da boca e a gengiva.

A dormência na boca também pode ser um sintoma de câncer bucal. Este tipo de câncer pode surgir nos lábios, no interior da boca, na garganta, nas amígdalas e ainda nas glândulas salivares. Suas principais causas são o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. Outros sintomas de câncer bucal incluem:

  • Feridas nos lábios, na gengiva e dentro da boca, que normalmente sangram com facilidade;
  • Caroços nas bochechas;
  • Manchas vermelhas ou brancas na língua e na gengiva;
  • Dificuldade engolir ou mastigar;
  • Mudanças na voz.

O diagnóstico e o tratamento da dormência na boca depende da condição ou da doença que provocou a perda de sensibilidade. Você pode consultar o/a médico/a de família ou clínico/a geral para que seja feita uma avaliação inicial. Caso seja necessário, o/a profissional poderá lhe encaminhar para outro especialista.

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Quais são os sintomas de câncer de boca?

Referência

Academia Brasileira de Neurologia

O que é abaulamento discal e que sintomas pode causar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O abaulamento discal é o processo inicial de uma hérnia de disco, ou seja, se não for tratado a tempo, certamente vai evoluir para o quadro de hérnia de disco.

Abaulamento discal, abaulamento discal difuso ou protusão discal, é um processo de desgaste e perda da elasticidade do disco que separa as vértebras, o disco intervertebral.

O desgaste permite que a estrutura se desloque para um dos lados, na direção da medula espinhal e/ou das raízes nervosas, causando os sintomas de dor, dormência, fraqueza e por vezes, dificuldade de mexer um membro.

Sintomas de abaulamento discal

Os sintomas do abaulamento são dor, dormência, formigamento e dificuldade de força, no trajeto do nervo que está sendo comprimido. Por isso, varia de acordo com o local da protusão.

No abaulamento lombar, a dor pode ser irradiada para a perna do lado da protusão, causando além da dor, dormência, formigamento e perda de força no membro afetado. Dificuldade a pessoa a manter-se de pé ou sentado períodos prolongados e realizar atividades físicas que exijam força nas pernas.

No abaulamento no pescoço, ou seja, na coluna cervical, a dor "corre" para o braço do lado da compressão, podendo causar dor, dificuldade de movimentar o braço, fazer tarefas simples como cozinhas, e causar ainda, queimação e formigamento em todo o membro.

Abaulamento discal L4-L5

O abaulamento discal ocorre principalmente entre as vértebras da coluna lombar e sacra, L4 - L5 e L5 - S1, onde L4 é a abreviação de quarta vértebra lombar, L5, quinta vértebra lombar e S1, primeira vértebra sacral.

Nesse caso, o abaulamento, mesmo com a cápsula ainda intacta, pode comprimir uma raíz nervosa dessa região, ou o nervo ciático, por isso são chamadas dor lombar e dor ciática, devido a sua localização.

No entanto, a coluna cervical também pode ser acometida, e os sintomas são de dor no pescoço, chamada dor cervical ou cervicalgia.

O que é disco intervertebral?

O Disco intervertebral é uma estrutura formada por um núcleo gelatinoso e uma cápsula mais rígida, chamado anel fibroso, que protege esse núcleo. Fica localizado entre as vértebras da coluna, e funciona como um "amortecedor", reduzindo o impacto entre as vértebras, por exemplo, quando andamos ou corremos e permitindo certa mobilização. Quando ocorre um desgaste deste disco intervertebral ocorre o seu abaulamento.

Nessa fase, de abaulamento ou protusão, o anel fibroso ainda está intacto, apesar de estar distendido. A hérnia discal surge, principalmente quando o anel se rompe, permitindo o extravasamento do núcleo.

O médico ortopedista ou neurocirurgião são os especialistas indicados para diagnosticar e indicar o tratamento do abaulamento discal.

Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:

Referências

SBR. Sociedade Brasileira de Reumatologia.

SBOT. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia.

Pontada no coração ao respirar. O que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pontada no coração ao respirar pode ser causada por fadiga muscular, tensão muscular decorrente de estresse ou ainda excesso de gases. A dor no peito também pode ter como causa a irritação da pleura, uma membrana dupla de tecido conjuntivo que recobre os pulmões e a parte interna do tórax.

Se a pontada no peito for provocada por fraqueza ou fadiga muscular, a origem da dor pode ter diversas causas. Dentre elas estão doenças neurológicas (esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla…), compressão de algum nervo, acidente vascular cerebral (AVC), poliomielite, falta de vitamina B12, distrofias musculares, doenças metabólicas, entre outras.

A fadiga muscular pode ter ainda como causa depressão, fibromialgia, anemia, intoxicação por veneno ou alimento, entre outras doenças e condições.

Pontada no coração pode ser estresse?

O estresse, assim como a histeria, também pode causar pontadas no coração ao respirar devido a tensão muscular. Apesar de ser um sintoma psicológico, o estresse pode desencadear sintomas físicos. 

Além da tensão muscular, pode haver cansaço, formigamentos, boca seca, aumento da frequência cardíaca e respiratória, bem como da pressão arterial, diarreia, náuseas, gastrite, úlcera, coceiras pelo corpo, entre outros sinais e sintomas.

Saiba mais em: Estresse e nervosismo podem causar manchas roxas no corpo?

As reações no corpo causadas pelo estresse são desencadeadas pelo hormônio adrenalina, que é despejado na corrente sanguínea em maiores quantidades em situações de estresse.

Sentir pontadas no coração pode ser gases?

Sim. A presença de gases intestinais pode causar pontadas ou dor no meio do tórax, o que faz a pessoa suspeitar que está com algum problema no coração. Também pode haver dores abdominais, flatulência e o abdômen pode estar mais inchado. 

Os gases são produzidos durante a digestão por bactérias que habitam o intestino. Suas principais causas estão relacionadas com a ingestão de determinados alimentos e bebidas, como ovo, feijão, grão-de-bico, batata, brócolis, repolho, couve-flor, cebolas, carne de porco, bebidas com gás, cerveja, leite entre outros. 

Os gases também podem ser produzidos em excesso e provocar dor no peito em casos de prisão de ventre, intolerância à lactose, falta de atividade física, ansiedade, entre outras condições.

Veja também: Excesso de gases: o que pode ser e como tratar?

Pontada no coração pode ser problema pulmonar?

Pode. A dor pode ser causada por irritação da pleura, uma membrana que recobre os pulmões e a parte interna do tórax. A dor na pleura (dor pleurítica) é súbita, em pontada ou punhalada, que surge ou piora ao respirar, tossir, espirrar ou bocejar. Além disso, a dor é bem localizada.

Algumas doenças ou condições que podem afetar a pleura e causar uma dor torácica em pontada, que piora com a respiração, incluem tuberculose, câncer de pulmão, pneumonia, derrame pleural e pneumotórax (escape ou entrada de ar no espaço pleural que provoca um colapso total ou parcial do pulmão).

No entanto, existem várias outras doenças ou situações que provocam dor no peito ao respirar, embora nesses casos a dor nem sempre é em pontada ou agulhada. Alguns exemplos:

  • Embolia pulmonar;
  • Costela fraturada;
  • Costocondrite (inflamação da articulação de uma costela com o osso esterno, localizado no centro do peito);
  • Pericardite (inflamação da membrana que reveste o coração).

Se a pontada ou a dor no peito persistir, procure um médico clínico geral ou médico de família, para receber uma avaliação e, se necessário, o tratamento adequado.

Leia também: O que fazer no caso de dor no peito?

O que são espasmos musculares e quais as causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Espasmo muscular é uma contração involuntária sustentada de um músculo ou de um grupo de músculos, normalmente acompanhada de dor localizada.

Os espasmos são um mecanismo de proteção dos músculos em resposta a uma lesão, inflamação ou estiramento no próprio músculo ou em tecidos subjacentes, como ossos e ligamentos.

A dor e a rigidez resultantes da contração muscular têm dois objetivos: sinalizar que algo não está bem e limitar os movimentos para prevenir novas lesões.

Os espasmos musculares podem ser desencadeados tanto durante o repouso como em atividade. No caso dos praticantes de esportes, os espasmos podem ser causados por desequilíbrio dos eletrólitos potássio e sódio no sangue, devido à transpiração e consequente desidratação, excesso de treino ou fadiga muscular.

Quais os sintomas de um espasmo muscular?

Os sintomas de um espasmo muscular caracterizam-se pela contração virosa, repentina e involuntária de um ou mais músculos, causando dor e rigidez muscular. Nos espasmos mais intensos, é possível ver as contrações musculares abaixo da pele.

Um espasmo muscular pode durar de alguns segundos a vários minutos. Os espasmos musculares ocorrem com mais frequência nos músculos da coxa, da panturrilha e do , geralmente quando a pessoa está em repouso ou praticando algum exercício físico. São mais comuns em pessoas com idade igual ou superior a 50 anos.

A prática de atividade física durante o dia, por exemplo, pode despoletar espasmos musculares noturnos, quando a pessoa está dormindo ou em repouso.

Quais as causas dos espasmos musculares?

Os espasmos musculares podem ser provocados por diversas situações, tais como estresse físico ou emocional, sobrecarga muscular, má qualidade do sono, trauma súbito (pancadas), estiramento de músculos ou ligamentos, fratura ou estresse do osso, atividade física intensa, desidratação durante exercícios prolongados, gravidez, devido às alterações posturais e redução dos níveis de cálcio.

Outras possíveis causas para os espasmos musculares incluem alteração nas concentrações de minerais que atuam diretamente na contração muscular, como cálcio, magnésio, sódio e potássio, abuso de bebidas alcoólicas, hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue), falta de vitaminas B1, B5 e B6, diuréticos e medicamentos para controlar hipertensão arterial.

Espasmo muscular pode ser sintoma de alguma doença?

Sim, os espasmos musculares também podem ser causados por doenças que alteram o metabolismo normal do corpo, como diabetes e problemas na tireoide, doenças musculares, doenças que afetam o nervo responsável pela contração muscular, Mal de Parkinson, varizes e insuficiência venosa.

Qual é o tratamento para espasmos musculares?

O tratamento dos espasmos musculares pode incluir compressas frias ou quentes, medicamentos, massagem, fisioterapia, acupuntura, entre outras terapias.

O que fazer em caso de espasmo muscular?

Durante um espasmo muscular, faça o movimento contrário ao espasmo, esticando suavemente o músculo afetado. Por exemplo, se for na panturrilha, deve-se puxar suavemente os dedos dos pés para cima, no sentido contrário à contração muscular.

Não faça movimentos bruscos para contrariar o espasmo muscular, pois pode agravar a situação. Os alongamentos durante o espasmo também devem ser evitados, pois podem lesionar o músculo.

Respire calma e profundamente, até que a dor e o espasmo muscular desapareçam.

Depois que o espasmo muscular cessar, aplique uma compressa quente no local durante 20 minutos para relaxar a musculatura. A seguir, faça massagem na musculatura afetada com movimentos circulares durante alguns minutos. O alongamento muscular é indicado após o espasmo. Andar também ajuda a interromper os espasmos.

Durante a prática de exercícios físicos intensos, é importante ingerir bastante água e minerais (eletrólitos) para compensar a perda com a transpiração.

Espasmos frequentes devem ser avaliados pelo/a médico/a de família, clínico/a geral, ortopedista ou neurologista, pois podem indicar algum problema de saúde que precisa ser detectado.

Sinto estalos em minha cabeça, como estalar de dedos. O que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de estalos na cabeça pode estar relacionada a problemas no pescoço, disfunção na articulação da mandíbula ou a um estado de ansiedade.

Os problemas podem estar relacionados ao desgaste natural da região, redução de líquido nas articulações e /ou por contratura muscular. Ao movimentar o pescoço ou a cabeça, esses estalos se tornam mais evidentes, principalmente quando está mais tenso e a musculatura do pescoço contraída.

O sucesso do tratamento depende do diagnóstico exato e consiste numa abordagem multidisciplinar, podendo envolver além do dentista, o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta, o psicólogo e o médico otorrinolaringologista.

Problemas no pescoço (coluna cervical)

O pescoço é uma região bastante exposta e sobrecarregada, não só pelo peso da cabeça, mas por má postura e tensão muscular constante. Por isso é comum ocorrer contratura muscular, mesmo que não chegue a formar um torcicolo.

O tratamento se baseia no fortalecimento dos músculos dessa região e reeducação nos hábitos de vida. Manter postura adequada, evitar bolsas e mochilas pesadas.

Na suspeita de um problema de coluna cervical, procure um neurologista, ou ortopedista, para avaliação e tratamento neste caso.

Problemas na articulação temporomandibular (ATM)

As desordens temporomandibulares (DTM), são causas frequentes de "estalos na cabeça" ou estalos no ouvido ao abrir a boca. São alterações ósseas e musculares das articulações entre a mandíbula (osso onde estão fixados os dentes inferiores da boca, que é móvel) e ossos craniofaciais.

A ansiedade e tensão muscular podem estar relacionadas a disfunção temporomandibular, mas nem sempre é a causa principal.

O tratamento inclui técnicas de relaxamento, evitar alimentos duros, que necessite de mais tempo de mastigação, evitar chicletes e estresse, sempre que possível. O dentista ou otorrinolaringologista são os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento neste caso.

Estado de ansiedade

Ansiedade é um transtorno emocional que gera grande impacto na musculatura da região de pescoço e também na ATM. Com isso, é frequente a associação da ansiedade com dores no pescoço, na ATM e dores de cabeça.

Nesse caso, o médico de família e psicólogo podem oferecer o melhor tratamento e orientações.

Saiba um pouco mais sobre cada uma dessas situações, nos artigos a seguir:

Estalar dedos, coluna e pescoço faz mal?

Dor na mandíbula: o que pode ser?

Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Zumbido e pressão na cabeça: o que pode ser?

Formigamento na cabeça: o que pode ser?

Referência:

Noshir R Mehta and David Keith. Temporomandibular disorders in adults. UpToDate: Sep 03, 2020.

O que acontece se alguém tomar vários remédios para dormir?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O uso de vários remédios para dormir indica que a causa da insônia não está sendo devidamente tratada. Como consequência, a pessoa desenvolverá:

  • Sonolência durante o dia,
  • Déficit de memória (esquecimentos frequentes),
  • Dores de estômago,
  • Indisposição, cansaço e
  • Oscilação de humor.

A pessoa que usa muitos calmantes, especialmente, na intenção de dormir bem, deixa de ter o controle total dos seus atos porque parece estar constantemente "sedada". Com isso a alimentação fica prejudicada, a musculatura enfraquece, esquece com facilidade, não encontra as palavras que gostaria de falar, pode causar fraqueza, atrofia muscular e dores crônicas pelo sedentarismo.

Felizmente, a maioria dos casos de insônia tem tratamento, e nem sempre é preciso fazer uso de medicamentos fortes ou por mais de 4 semanas. Na verdade, uma das causas comuns de insônia ou sono "leve", aquele sono que parece não ser suficiente, é a apneia do sono.

A apneia do sono é a parada da respiração por alguns segundos, ou minutos, que estimula o organismo a despertar para respirar profundamente de novo e oxigenar melhor o cérebro e demais órgãos. Com isso o sono fica fragmentado, o corpo não se recupera como deveria.

Para o tratamento da apneia do sono, é importante a higiene do sono, medidas que ajudam em promover um sono adequado, como se alimentar pouco antes de dormir, apagar as luzes e focos luminosos no quarto, evitar atividades extenuantes a noite e evitar hábitos de vida ruins, como a obesidade, o tabagismo, o estresse e o sedentarismo.

Além disso, alguns casos ainda precisam de um suporte nesse tratamento, como uso de CPAP, um tipo de máscara colocada no rosto, que não machuca, e facilita a entrada de ar nos pulmões, durante o sono.

Leia também: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Aparelho de CPAP nasal

Outra causa comum de dificuldade de dormir, e uso de medicamentos com essa finalidade, são os quadros de ansiedade e depressão. Para isso, quanto mais lúcido e disposto estiver, mais fácil será a busca pelo tratamento correto e possibilidades de cura.

O tratamento da depressão deve ser um conjunto de medidas, que vão desde a prática de atividades físicas prazerosas, medicamentos, até a psicoterapia. Atualmente com diversas terapias inovadoras, esse tratamento multidisciplinar alcança bons resultados mais rapidamente.

O médico psiquiatra é o especialista nesse assunto e dispõe de diferentes tipos de tratamento, opções inovadoras, medicamentosas, com menos efeito colateral, e opções não medicamentosas, que não causam dor, nem sobrecarga do fígado, como a estimulação extra craniana, entre tantas outras. Todas com o mesmo objetivo de eliminar os sintomas de angústia de tristeza e curar a depressão. Procure um tratamento eficaz com o médico especialista.

Leia também: As 4 Formas para Combater a Depressão

Existem muitas outras causas para a insônia, como o próprio uso crônico de medicamentos, o uso excessivo de bebidas com cafeína, hábitos de vida ruins, alterações hormonais, doenças do trato gastrointestinal ou doenças do aparelho respiratório.

Para cada causa da insônia, um tratamento será proposto, e sempre com alta taxa de cura completa desses sintomas. Por isso, recomendamos para qualquer caso de transtornos do sono, seja insônia, roncos, sono inquieto, sonambulismo ou terror noturno, que procure o quanto antes um especialista no sono. Os médicos otorrinolaringologistas, neurologistas e pneumologistas, são os mais indicados.

Contudo, vale ressaltar ainda, que o uso de medicamentos para dormir de forma exagerada ou acidental, pode provocar intoxicação, e que embora não provoque a morte da pessoa, pode causar danos ao cérebro.

Portanto, nesses casos, entre em contato imediatamente com a Central de Disque Intoxicação da ANVISA através do 0800 722 6001 ou para o Centro de Assistência Toxicológica de São Paulo, através do 0800 014 8110.

Se não for possível o contato telefônico, a pessoa deve ser levada para um hospital próximo, o mais rápido possível, para que receba o tratamento adequado.

O que fazer se tomar vários remédios para dormir?

Em caso de superdosagem de medicamentos para dormir, siga os seguintes procedimentos:

  1. Peça ajuda! Você não deve ficar sozinho/a, mesmo que esteja se sentindo bem;
  2. Não provoque vômitos, não resolve o problema pois a medicação já pode ter sido absorvida pelo sangue, e corre o risco de broncoaspiração;
  3. Não beba nenhum líquido, mesmo que seja água ou leite;
  4. Não tente permanecer acordado, caminhando, por exemplo. O esforço físico pode aumentar a ação do medicamento no organismo;
  5. Tenha em mãos os remédios que tomou e ligue para o Disque Intoxicação da ANVISA através do 0800 722 6001 ou para o CEATOX-SP (Centro de Assistência Toxicológica) do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas através do 0800 014 8110;
  6. Siga as instruções dadas pelo centro de atendimento e vá para um hospital imediatamente, levando a embalagem ou a bula do remédio;
  7. Não dirija! Peça um transporte ou a ajuda que chamou no início.

No hospital, o médico saberá indicar o melhor procedimento para cada caso, como por exemplo a lavagem gástrica, que tem excelente resposta quando aplicada em tempo adequado.

Sendo assim, em casos de insônia, procure um médico neurologista ou otorrinolaringologista, para uma avaliação individualizada e para resolver o quanto antes o problema.

Não faça uso de medicamentos controlados ou aumente a dose por conta própria, é bastante prejudicial à saúde!

Em caso de dúvidas entre em contato com seu/sua médico/a de família.