A gliose corresponde a alterações em pequenas áreas do cérebro causadas pelo mau funcionamento dos vasos que irrigam essas áreas. Já microangiopatia é o termo utilizado para se referir a estes pequenos vasos que estão danificados e, por isso, não funcionam adequadamente.
A gliose aparece no exame de ressonância magnética do crânio como pequenas manchas brancas.
Algumas doenças e fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de microangiopatia e gliose cerebral são:
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Tabagismo;
- Dislipidemia (aumento do colesterol ou triglicérides);
- Doença renal crônica;
- Apneia obstrutiva do sono.
No entanto, a gliose por microangiopatia também pode ser uma condição própria do envelhecimento e não causar sintomas ou outros problemas quando evolui lentamente e corresponde a regiões cerebrais pequenas e limitadas.
O tratamento da gliose se baseia principalmente no controle das condições e fatores de risco que agravam a microangiopatia, por isso é essencial:
- Controlar os níveis de pressão arterial;
- Controlar a glicemia (açúcar no sangue);
- Controlar os valores de colesterol e triglicérides;
- Deixar de fumar;
- Adotar uma alimentação saudável e praticar atividade física.
Consulte o seu médico de família, clínico geral ou neurologista para mais informações.
Referências bibliográficas:
1. da Cunha, A., Jefferson, J. J., Tyor, W. R., Glass, J. D., Jannotta, F. S., & Vitkovic, L. (1993). Gliosis in human brain: relationship to size but not other properties of astrocytes. Brain research, 600(1), 161–165.
2. Okroglic S, Widmann CN, Urbach H, Scheltens P, Heneka MT. Clinical symptoms and risk factors in cerebral microangiopathy patients. PLoS One. 2013;8(2):e53455. doi: 10.1371/journal.pone.0053455. Epub 2013 Feb 5. PMID: 23393549; PMCID: PMC3564848.
A Síndrome de Angelman é um distúrbio neurológico de origem genética que causa deficiência mental, comprometimento ou ausência da fala, epilepsia, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, alterações de comportamento, entre outros sinais e sintomas.
A doença é causada por uma anomalia em um gene transmitido pela mãe. A maioria dos casos de Síndrome de Angelman ocorre quando uma parte do cromossomo 15 materno é apagado.
Duas características comuns da Síndrome de Angelman é o andar desequilibrado, com as pernas estendidas e mais afastadas que o normal, e o sorriso constante dos pacientes. Essas características levaram o descobridor da síndrome a denominá-la "Síndrome da Marionete Feliz" (Happy Puppet).
A Síndrome de Angelman caracteriza-se por um grave atraso no desenvolvimento mental, comprometimento severo da fala, andar desequilibrado, convulsões e o comportamento típico de rir frequentemente com excitação.
Os pacientes com Síndrome de Angelman também apresentam características físicas peculiares. A boca é grande, o queixo é proeminente, os dentes são mais espaçados e a língua costuma ficar para fora da boca (língua protusa).
Os sinais e sintomas da Síndrome de Angelman tornam-se mais nítidos a partir dos 2 ou 3 anos de idade. Contudo, em alguns casos, já é possível observar atrasos no desenvolvimento entre o 6º e 12º mês de vida.
O diagnóstico da síndrome deve ser feito por um neurologista ou geneticista.
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A tremedeira é uma espécie de movimento agitado e involuntário do corpo, que ocorre principalmente nas mãos e nos braços, contudo pode afetar qualquer parte do corpo, incluindo a cabeça, membros ou as cordas vocais.
Pode ser causada por problemas diversos, como estresse, ansiedade, falta de sono, uso de medicamentos e até as doenças neurológicas e neurodegenerativas.
Por isso deve ser feita uma investigação pormenorizada de acordo com a localização do tremor, a intensidade e outros sintomas associados.
O que causa tremedeira no corpo?A tremedeira no corpo pode ser causada por:
- Tremor essencial;
- Doença de Parkinson;
- Uso de medicamentos;
- Crise de ansiedade;
- Consumo ou abstinência de álcool;
- Cansaço ou fraqueza muscular;
- Distúrbios do sono;
- Envelhecimento normal;
- Derrame cerebral (AVC);
- Hipertireoidismo;
- Tumor cerebral;
- Esclerose múltipla;
- Consumo excessivo de café ou outras bebidas com cafeína.
O tremor essencial é o tipo de tremedeira mais comum. Geralmente ocorre quando a pessoa está realizando um movimento, como alcançar um objeto ou escrever. Este tipo de tremor tem origem familiar.
O tratamento para tremedeira depende da causa. Muitas vezes, o tremor no corpo pode não precisar de tratamento, a menos que a tremedeira interfira nas atividades diárias ou cause constrangimentos.
Podem ser indicados medicamentos para ajudar a aliviar o tremor. Porém, os resultados dependerão do estado de saúde geral da pessoa e da causa efetiva dos tremores.
Para tremores no corpo provocados pelo estresse, são indicadas formas de aliviar e controlar o estresse, através de tratamentos alternativos, como técnicas de relaxamento, atividade física, exercícios respiratórios, psicoterapia, entre outras.
Em qualquer tipo de tremedeira no corpo, é recomendado evitar o consumo excessivo de cafeína e dormir bem.
Se o tremor for causado pelo uso de medicamentos, deve-se consultar o médico sobre a possibilidade de trocar ou suspender o uso da medicação. Não é recomendado interromper ou alterar o uso da medicação por conta própria.
Nos casos de tremores no corpo provocados pelo consumo de álcool, é importante uma avaliação médica e iniciar tratamento específico de interromper esse hábito.
Tremores decorrentes de doenças e condições tratáveis, como o hipertireoidismo, provavelmente diminuirão quando a causa for controlada ou resolvida.
Para pessoas com tremor nas mãos, recomenda-se comprar roupas com fechos de velcro e botões de ganchos. Na hora de cozinhar ou comer, deve-se usar talheres e utensílios de cabo longo. Para beber, é indicado o uso de copos finos. Os calçados não devem ter cadarços.
Leia também: Tenho tremor nas mãos, o que pode ser?
Quando procurar um médico em caso de tremedeira?Em caso de tremor nas mãos, nas pernas ou em qualquer parte do corpo, procure um médico se:
- A tremedeira piora em repouso e melhora com o movimento, como ao tentar alcançar algo;
- O tremor for intenso, prolongado ou interferir na vida diária;
- Os tremores vierem acompanhados de outros sintomas, como dor de cabeça, fraqueza, movimentos anormais da língua ou outros tipos de movimentos que não podem ser controlados.
Um tremor que não desaparece com o tempo pode ser sinal de algum problema de saúde ou doença e deve ser avaliado por um médico neurologista, clínico geral ou médico de família.
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Sim. Apesar de não haver essa sinalização em bula, estudos de comparação entre anticonvulsivantes e evidências médicas apontam para a possibilidade desse efeito colateral, embora não seja comum, e a Fenitoína está descrita como um dos anticonvulsivantes com menor taxa deste efeito colateral.
Vale ressaltar que a impotência sexual geralmente está relacionada a diversos fatores, e por isso pode ser discutido o assunto com médico assistente para avaliar a melhor opção em cada caso.
Contudo, a epilepsia é uma doença muito grave se mal controlada, porque uma crise convulsiva coloca o paciente em risco de morte, e por vezes pessoas ao seu redor, por exemplo quando tem uma crise enquanto está dirigindo um veículo. Existem diversos tipos de anticonvulsivantes, o que facilita o ajuste de doses e medicamentos pelo médico assistente.
Um paciente portador de epilepsia pode viver uma vida natural desde que esteja em tratamento regular e com as devidas orientações. Pode dirigir, viajar e praticar atividades esportivas, até fazer uso de bebidas alcoólicas, se liberado pelo seu médico, o qual segue critérios bem definidos pela academia de neurologia e de epilepsia, entretanto, caso contrário, ele oferece riscos a si próprio e a terceiros.
Portanto NUNCA está indicado a interrupção de qualquer anticonvulsivante sem consultar seu médico assistente, ou sem fazer a retirada gradualmente da medicação, quando assim decidido.
A causa mais comum de crises convulsivas em portadores de epilepsia é exatamente o uso incorreto da medicação, seja esquecimento de uma dose ou demora em tomar a próxima dose.
Existem várias maneiras de tratar a impotência sexual sem que coloque a sua vida e de terceiros em risco, por isso não hesite em conversar com seu médico assistente, neurologista ou urologista, caso haja dúvidas sobre o seu medicamento antes de tomar qualquer decisão.
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A dor nas pernas pode ter muitas causas, sendo as mais comuns:
- Cansaço muscular,
- Cãibras;
- Problemas de circulação;
- Problemas de articulação e
- Compressão do nervo ciático, por doenças de coluna.
Para identificar a causa e planejar o melhor tratamento, é preciso procurar um médico especialista, neste caso, o angiologista.
Causas de dores nas pernas 1. Cansaço muscularO mais comum é que o cansaço nas pernas ao fim do dia seja desencadeado pelo esforço ou por longos períodos em uma mesma posição (em pé ou sentada). As dores costumam atingir as duas pernas, na região das coxas e nas panturrilhas.
Para aliviar as dores pode ser feito uso de compressas mornas ou bolsa de água quente (bolsas térmicas) na região dolorida e exercícios de alongamento.
Os exercícios de alongamento promovem o alívio das dores musculares, favorecem a circulação do sangue e ajudam na postura, flexibilidade e amplitude dos movimentos. O ideal é que o alongamento seja orientado por um profissional de educação física ou fisioterapeuta.
2. CãibrasAs cãibras são as causas mais comuns de dor na panturrilha, também chamada de batata da perna. São contraturas musculares involuntárias que acontecem, normalmente, após atividade física intensa ou mesmo durante o sono.
Durante o episódio de cãibra ocorre uma dor aguda e progressiva que aumenta na medida em que a musculatura da panturrilha vai se contraindo.
Para aliviar esta dor e relaxar a musculatura, é recomendado realizar alongamento e massagem do músculo durante a contratura. A massagem com movimentos circulares deve ser feita no local da cãibra, lentamente.
Outra forma de relaxar ou alterar a movimentação do músculo, é tentar ficar de pé e colocar o peso do seu corpo sobre a perna acometida pela cãibra. Se você não consegue ficar em pé, sente-se em uma cadeira, estique a perna e puxe os pés para trás com as mãos.
3. Problemas circulatórios 3.1. VarizesA sensação de queimação nas pernas é o sinal típico das varizes. Varizes são veias dilatadas, tortuosas e de calibre aumentado, que dificultam a circulação sanguínea.
O comprometimento da circulação causa outros sintomas, que são: dor nas pernas, formigamento, coceira, inchaço e mudanças na cor da pele, que se tornam mais esbranquiçadas ou escurecidas.
Para aliviar os sintomas de dor por varizes, o mais indicado é evitar manter-se muito tempo de pé movimentar as pernas para ativar a circulação sanguínea, várias vezes durante o dia.
Elevar as pernas acima do nível do coração por alguns minutos 2 a 3 vezes ao dia e usar meias de média compressão também são medidas que ajudam no retorno venoso, melhorando a circulação das pernas.
A meia deve ser vestida assim que acorda, para adaptar melhor a perna e retirar ao deitar. Não é recomendado dormir com as meias, a não ser que seja uma recomendação médica.
A avaliação pelo cirurgião vascular ou angiologista é fundamental para definir o tratamento definitivo nos casos de varizes.
3.2. TromboseA trombose é o entupimento de um vaso sanguíneo. Quando atinge uma veia é chamado trombose venosa profunda e quando acomete uma artéria, trombose arterial.
O local mais frequente de ocorrer uma trombose é a perna, mas pode haver trombose no coração (infarto), no pulmão (tromboembolismo pulmonar), no cérebro (AVC isquêmico) e carótidas. Os sintomas dependem da localização e condições de saúde da pessoa.
A trombose venosa profunda na perna apresenta como principais sintomas: dor súbita e intensa na panturrilha, edema e calor local. A dor se torna mais intensa quando fazemos grandes esforços físicos, ao subir ladeiras, escadas ou quando as temperaturas estão muito frias.
Na suspeita de um trombose, procure imediatamente um atendimento médico com angiologista ou emergência, devido aos riscos de complicação.
4. ArtroseA artrose do joelho acontece por um desgaste das suas cartilagens. É uma causa comum de dor nas pernas, sendo bastante frequente em pessoas com mais de 50 anos e em pessoas com excesso de peso.
As características dessa dor incluem: dor no joelho após esforços físicos que melhoram com o repouso, rigidez ao se levantar pela manhã ou após longos períodos de repouso, presença de estalos (crepitações) quando movimenta o joelho, inchaço (edema) e dificuldade de caminhar.
Exercícios de alongamento aliviam a dor no joelho, no entanto é preciso que sejam acompanhados por um fisioterapeuta.
Para o tratamento definitivo pode ser preciso acrescentar medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e suplementos alimentares que ajudam na restauração dessa articulação. Nos casos de artrose mais avançada pode ser indicado infiltração (injeção) de corticóide dentro da articulação do joelho ou cirurgia.
Para definir o melhor tratamento consulte um ortopedista.
5. Cisto de BakerO cisto de Baker é um cisto cheio de líquido que se forma na região posterior do joelho. Pode estar associado ao desgaste da cartilagem do joelho, artrite ou lesão da cartilagem.
Quando essas causas são resolvidas, o cisto costuma desaparecer. Os sintomas são: dor atrás do joelho, dificuldade de dobrar a articulação e inchaço. Além disso, o cisto pode facilmente encontrado na palpação.
Se o cisto provocar dor ou limitar os movimentos do joelho, impedindo esticar ou flexionar a perna, o tratamento com fisioterapia pode ser necessário. O ortopedista pode também indicar a retirada de líquido através de uma aspiração feita com uso de uma seringa.
6. Dor ciáticaA dor provocada pela compressão do nervo ciático costuma ocorrer após um esforço ou pegar um peso além do habitual.
Os sintomas são de dor em formigamento, choque ou dormência que se inicia na coluna e segue para o glúteo, região posterior da coxa, lateral da perna, tornozelo ou até o pé, do lado comprometido.
Para aliviar a dor, deve permanecer em repouso, aplicar compressas mornas na região da coluna e fazer uso de um relaxante muscular ou analgésicos.
Adotar uma boa posição para dormir também é importante para aliviar a dor e/ou evitar o seu agravamento. Durma de lado, o mais curvado possível, ampliando o espaço entre as vértebras. Pode usar um travesseiro embaixo do pescoço e outro travesseiro entre as pernas.
O médico neurologista ou ortopedista são os responsáveis por avaliar e definir o melhor tratamento, para cada caso.
O que posso fazer para aliviar a dor nas pernas?- Repouso: o repouso é, na maior parte dos casos de dor nas pernas, o modo mais rápido de promover o alívio da dor. Especialmente nos casos em que a dor tem relação com o esforço físico;
- Elevar as pernas: Deitar-se com as pernas elevadas favorece a circulação sanguínea;
- Banho morno: Tomar um banho morno para relaxar a musculatura e estimular a circulação sanguínea;
- Alongamentos: Se você trabalha por muito tempo sentado ou em pé, movimente-se e alongue as pernas a cada duas horas de trabalho. Os exercícios de alongamento promovem o relaxamento da musculatura em torno dos ossos, o que leva ao alívio da dor;
- Compressas de gelo podem ajudar a aliviar dores provocadas por pancadas nas pernas e quedas, sempre por cima de um pano, para evitar queimaduras;
- Meias elásticas de média compressão: Em casos de varizes a dor pode ser amenizada com uso de meias de média compressão e alongamentos.
Em algumas situações, o tratamento pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios que controlam a dor, sessões de fisioterapia ou mesmo cirurgias. Estes tratamentos devem ser indicados por um ortopedista, médico de família ou clínico geral.
Dor na perna esquerda pode ser infarto?Na verdade a dor na perna, devido ao entupimento da artéria, não é um dos sinais da doença, mas é considerado um sinal de maior risco para o infarto. Isso porque, a aterosclerose, doença caracterizada pela formação de placas de gordura dentro do vaso sanguíneo, pode acometer qualquer artéria do corpo.
A doença arterial na perna, compromete a circulação sanguínea e tem como sintomas: dor e sensação de cãibra ao caminhar, fisgada e sensação de cansaço nas pernas. Outros sintomas menos comuns são, a perda de pelos nas pernas, unhas dos pés enfraquecidas, coloração esbranquiçada das pernas e infecções constantes nos pés.
Placas de gordura na parede das artérias que provocam a obstrução arterial e reduze a passagem de sangue.Essas placas de gordura podem soltar pequenos pedaços, que chamamos de êmbolo, que seguem pela circulação até encontrar um vaso mais estreito e causar um entupimento. Essa é a principal causa, por exemplo, de tromboembolismo pulmonar. Uma doença grave que pode levar à morte.
É importante que você observe e descreva para o médico a sua dor, intensidade, quando surgiu e o que você fez para aliviar. Na suspeita de trombose na perna ou má circulação, procure o quanto antes uma avaliação médica.
Não utilize nenhum medicamento sem orientação médica.
Leia mais sobre esse assunto no artigo: Sinto muita dor nas pernas. O que pode ser?
Referências:
- Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Consensos Brasileiros de Ortopedia e Traumatologia.São Paulo: Agência NaJaca, 2019.
- Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular
A adrenalina ou epinefrina é um hormônio produzido por glândulas localizadas sobre os rins (glândulas suprarrenais), responsáveis por preparar o corpo para reagir em situações de euforia, medo ou estresse emocional.
Este hormônio tem concentração muito baixa no sangue em condições normais, porém quando sentimos excitação, medo ou sensação de perigo, é secretado em maior quantidade no sangue para que o nosso corpo se prepare para correr, pular ou efetuar movimentos que exigem reflexos rápidos.
Efeitos da adrenalinaEm momentos de grande empolgação ou em situações de luta ou fuga do perigo, real ou imaginário, a adrenalina é secretada em maior quantidade e produz no corpo diversos efeitos:
- Estimula o coração aumentando a frequência cardíaca;
- Aumenta o fluxo sanguíneo para a musculatura;
- Amplia o estado de atenção do cérebro, o que provoca reações mais rápidas e estimulam a memória;
- Acelera a frequência respiratória;
- Aumenta a pressão arterial;
- Nos pulmões, provoca a abertura dos brônquios;
- Promove a dilatação das pupilas, o que facilita a visão quando nos encontramos em locais escuros;
- Aumenta a concentração de glicose no sangue pela transformação do glicogênio e gordura em açúcar;
- Produz energia extra por meio do aumento da glicemia (açúcar no sangue);
- Inibe a atividade digestiva e excretora para economizar energia;
- Aumenta a sudorese (suor).
A produção de adrenalina é estimulada quando passamos por situações que demandam respostas rápidas tanto do nosso cérebro, como do nosso corpo.
Prática de esportesPraticar esportes, especialmente os esportes radicais, como voo livre, rapel, salto de paraquedas e escalada aumentam os níveis de adrenalina no sangue.
Lembre-se que a alta concentração de adrenalina na corrente sanguínea aumenta a pressão arterial, o que se constitui em um risco para quem tem problemas cardíacos. Por este motivo, antes de iniciar a prática de qualquer esporte radical efetue exames médicos que avaliem a saúde do seu coração.
Momentos importantes da vida e vivência de emoções fortesSituações que podem acarretar mudança na sua vida, como a realização de um concurso, provas em geral, entrevistas ou momentos nos quais você será avaliado, provocam no corpo o aumento da excreção de adrenalina.
Do mesmo modo, a vivência de emoções fortes como alegria intensa, excitação, ansiedade e raiva também fazem com que seja aumentada a produção de adrenalina pelo organismo.
Medo, perigo e estresseDiante de ocasiões que nos causam medo, sensação de perigo iminente, preocupação e estresse intensos com situações que possam vir a acontecer, somos colocados em estado de luta ou fuga, para enfrentar tais situações, pela ação da adrenalina. Estes estados – luta ou fuga – são desencadeados exatamente pelo aumento da quantidade de adrenalina lançados na nossa corrente sanguínea.
Redução da glicemiaA redução dos níveis de açúcar no sangue (glicemia) aumenta a produção de adrenalina para que ocorra a transformação de gorduras e glicogênio em glicose.
Adrenalina e estressePessoas que vivem sob estresse constante mantém elevadas as concentrações de adrenalina no sangue, uma vez que seu corpo e seu cérebro se encontram sempre em estado de alerta.
Este estado permanente de atenção e de ativação dos mecanismos de reação rápida do corpo trazem diversos riscos para a saúde. Entre eles estão: doenças cardiovasculares, pressão alta, arritmias cardíacas, desenvolvimento de distúrbios hormonais, neurológicos, psiquiátricos e auto-imunes.
Neste caso, busque realizar atividades que auxiliam no relaxamento e na redução do estresse. Você pode praticar atividade física em academias ou ao ar livre, fazer yoga, meditação, dança ou qualquer atividade que ajude a mediar o estresse diário. Se necessário, não tenha vergonha de procurar atendimento psicológico ou psiquiátrico. Estes profissionais podem ser muito importantes quando estamos submetidos a situação de estresse elevado.
Adrenalina pode ser usada como medicamento?Sim. A adrenalina pode ser usada em sua forma sintética como medicamento. Entretanto, o uso da adrenalina sintética é efetuado somente em ambiente hospitalar e não é encontrado para compra livre em farmácias.
O medicamento é indicado em casos de:
- Asma grave;
- Parada cardiorrespiratória: como estimulante do coração e vasoconstritor (provoca a contração dos vasos sanguíneos);
- Reações alérgicas graves (reações anafiláticas);
- Redução intensa da pressão arterial.
Para mais informações sobre a ação da adrenalina no organismo, converse com seu médico de família ou clínico geral.
O sonambulismo é um transtorno do sono que afeta principalmente crianças e adolescentes. Os episódios normalmente ocorrem durante a primeira metade do sono, geralmente após uma hora de sono. Um sonâmbulo se levanta durante a noite, dormindo, e pode caminhar pela casa, abrir e fechar portas e janelas e até falar.
Durante um episódio de sonambulismo a pessoa pode estar com os olhos abertos, com o olhar vago e distante. Uns apenas ficam sentados na cama, enquanto outros ficam em pé, andam pelo quarto ou pela casa, vão ao banheiro, despem-se ou vestem-se, falam ou resmungam coisas sem sentido, abrem e fecham gavetas, portas ou janelas. Há casos em que a pessoa pode chegar a sair de casa, mas são raros.
Os episódios de sonambulismo tanto podem ser breves e durar apenas alguns segundos ou minutos, como podem ser longos e se prolongar por mais 10 minutos, raramente se prolonga mais do que esse tempo.
O sonâmbulo não se comunica e tem dificuldade de acordar quando é chamado. Aliás, a ideia de que não se pode acordar um sonâmbulo não passa de um mito. Contudo, se for necessário despertar a pessoa para evitar um acidente, deve-se fazer isso com calma para que ela não se assuste sem necessidade. Se ela não acordar, deve ser conduzida calmamente para a sua cama.
Normalmente um sonâmbulo não se lembra do que fez na noite anterior, mesmo que tenha realizado tarefas mais complexas como abrir e fechar gavetas, por exemplo. No sonambulismo, as funções motoras estão despertas, mas a consciência não.
Alguns fatores pode contribuir para a ocorrência de episódios de sonambulismo como cansaço, falta de sono, estresse, ansiedade, doenças, dormir em ambiente estranho, uso de medicamentos ou drogas, embriaguez, transtornos psiquiátricos, entre outras.
Geralmente não é necessário o tratamento do sonambulismo, é comum que o quadro se resolva espontaneamente com o decorrer do tempo.
Para mais informações consulte o seu médico de família ou clínico geral. Em casos que são necessários maior investigação pode ser necessário o acompanhamento por um médico neurologista.
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Os principais sintomas da esclerose lateral amiotrófica são:
- Fraqueza nos braços e nas pernas, assimétrica, geralmente começando em apenas um lado (lateral) e depois alcança os quatro membros;
- Contrações, espasmos e atrofia muscular (amiotrófica);
- Movimentos lentos, desajeitados e rígidos (esclerose);
- Dificuldades para engolir e falar.
A esclerose lateral amiotrófica normalmente começa a se manifestar com maior frequência nos membros superiores, principalmente nos músculos das mãos. Causando dificuldade de realizar movimentos finos, como girar uma chave, manipular objetos pequenos, ou mesmo segurar algum objeto por mais tempo.
A fraqueza muscular é o principal sintoma da doença. A fraqueza vai aumentando progressivamente, com deterioração dos músculos que começa nas extremidades e geralmente apenas em um lado do corpo, depois progride.
Com a evolução da doença, a fraqueza aumenta, junto a dificuldade de locomoção, respiração e fala.
Outros sinais e sintomas da esclerose lateral amiotrófica incluem espasmos musculares, cãibras, aumento dos reflexos, atrofia muscular, rigidez e dificuldade respiratória.
Esses sintomas são dependentes da cadeia de músculos afetada e, normalmente, a pessoa começa a perceber que não consegue fazer movimentos simples do cotidiano, como caminhar, subir escadas, fechar o botão ou zíper da calça, escrever, entre outras tarefas e atividades.
Com a evolução da doença, a pessoa fica com dificuldade para respirar, mastigar, engolir, firmar a cabeça e se locomover, com redução da autonomia e da independência, passa a necessitar de ajuda inclusive para os cuidados básicos diários.
Qual é o tratamento para esclerose lateral amiotrófica?Não existe tratamento curativo para a esclerose lateral amiotrófica. O tratamento específico atual inclui medicamento que parece prolongar a sobrevida em 2 a 4 meses, o Riluzole.
Entretanto, com o início precoce de tratamento sintomático, como fisioterapia, terapia ocupacional e cuidados gerais, observamos alívio dos sintomas e melhora da qualidade de vida.
FisioterapiaA fisioterapia é importante no tratamento da esclerose lateral amiotrófica, pois trabalha a força, a coordenação motora e a independência nas atividades de vida diária, enquanto possível.
Os objetivos do tratamento fisioterapêutico incluem prevenir deformidades, promover a independência do paciente nas atividades de vida diária (enquanto possível), bem como manter as amplitudes de movimento das articulações.
O tratamento da esclerose lateral amiotrófica é multidisciplinar e envolve médicos/as, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo/a, psicólogo/a e enfermeiro/a.