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Qual a diferença entre atrofia, distrofia e hipertrofia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para melhor compreender a diferença entre atrofia, distrofia e hipertrofia é preciso conhecer o que significa cada uma dessas alterações celulares:

  • Atrofia (hipotrofia): Diminuição do tamanho da célula. Quando um número suficiente de células passa por essa adaptação, ou redução de tamanho, todo o órgão ou tecido também diminui de tamanho.

    • Exemplo: Um bom exemplo de atrofia pode ser observado após tirar o gesso de um braço ou de uma perna: o membro fica "mais fino" devido à redução do volume muscular (atrofia).
    • Causas:
      • Compressão do órgão ou tecido afetado.
      • Envelhecimento;
      • Perda de estímulos hormonais;
      • Má nutrição;
      • Redução do aporte sanguíneo;
      • Perda da inervação;
      • Diminuição da carga de trabalho, ou de exercícios;
  • Hipertrofia: Aumento do tamanho das células, com consequente aumento do órgão ou tecido. Trata-se de uma resposta adaptativa da célula a estímulos mecânicos ou hormonais.
    • Exemplos:
      • Hipertrofia muscular: Aumento do tamanho do músculo, cujas células tiveram que se adaptar para poderem suportar uma maior carga de trabalho;
      • Hipertrofia do miocárdio (músculo cardíaco): Pode ocorrer em pessoas com pressão alta, pois o coração bombeia o sangue com mais força para a artéria aorta;
      • Hipertrofia de hepatócitos (células do fígado): O uso de medicamentos barbitúricos pode provocar um aumento das células hepáticas.
    • Causas:
      • Maior demanda funcional;
      • Estimulação hormonal (por exemplo, uso de testosterona na forma de anabolizantes para ganhar massa muscular).
  • Distrofia: Qualquer distúrbio na formação da célula que afeta o seu desenvolvimento e crescimento. O termo é bastante abrangente, sendo largamente usado para designar processos regressivos ou degenerativos.
    • Exemplo:
      • Distrofia muscular. O termo refere-se a várias doenças genéticas que provocam perda de força progressiva e degeneração dos músculos esqueléticos. Todos os tipos de distrofia muscular pioram progressivamente, à medida que os músculos se degeneram e enfraquecem;
    • Causas: Grande parte das distrofias tem origem genética.

Portanto, atrofia, distrofia e hipertrofia são alterações ou adaptações que a célula pode sofrer quando submetida a estímulos fisiológicos ou patológicos. Muitas vezes tais alterações são necessárias para a própria sobrevivência da célula.

Leia também:

O que é hipertrofia muscular?

O que é distrofia muscular?

O que é atrofia muscular? Tem tratamento?

O que é nódulo hipoecoico? Pode ser grave?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O nódulo hipoecoico também chamado de hipoecogênico é um nódulo de baixa densidade quando visualizados com exames de imagem como, por exemplo, a ultrassonografia. Este tipo de nódulo é, normalmente, formado de gordura ou líquido e sua presença no exame não indica, necessariamente, uma doença grave.

Para determinar se o nódulo é grave ou não, é preciso uma avaliação médica para analisar a sua localização, se provoca ou não sintomas, entre outras características.

Nódulos hipoecoicos na tireoide, mama e fígado merecem atenção e, geralmente, precisam ser melhor investigados.

Nódulo hipoecoico na tireoide

Um nódulo hipoecoico na tireoide pode indicar malignidade. Entretanto, nestes casos, o médico avaliará o tamanho do nódulo. Quando maiores que 1 cm, se faz necessário efetuar biópisia para determinar a presença de câncer de tireoide.

Os nódulos hipoecoicos de tireoide com 0,5 com são puncionados quando apresentam aumento de vasos sanguíneos, microcalcificações, quando irradiam para os tecidos vizinhos ou quando possui mais altura do que largura.

Todos estes sinais, bem como o tratamento são avaliados pelo médico.

Nódulo hipoecoico na mama

O nódulo de mama, geralmente, não é preocupante sendo comuns a presença de cistos simples e fibroadenoma, ambos considerados lesões benignas.

Fique atenta se perceber alterações no formato da mama ou no seu tamanho. É importante que você faça um acompanhamento médico mais rigoroso, se você tiver história de câncer na família ou caso perceba a presença de um nódulo duro, fixo e quando há muitos vasos sanguíneos.

No entanto, na presença de qualquer nódulo procure um médico para avaliação e diagnóstico adequados. Nos casos em que há suspeita de câncer de mama, o médico de família, ginecologista ou mastologista solicitará punção e/ou biópsia.

Nódulo hipoecoico no fígado

A presença de um nódulo hepático no fígado é insuficiente para determinar se é benigno ou maligno.

Nos casos em que o nódulo aumenta constantemente de tamanho ou possui mais que 1 cm, é possível que o médico solicite tomografia computadorizada ou ressonância magnética. Estes exames ajudarão a determinar se o nódulo é maligno ou benigno.

Como sei se o nódulo hipoecoico é grave?

Para definir se um nódulo hipoecoico é grave ou não, benigno ou maligno, o médico avaliará:

  • Localização do nódulo,
  • Características do nódulo: tamanho, consistência, infiltração, aos tecidos vizinhos, presença de muitos vasos sanguíneos,
  • História de câncer na família e
  • Sintomas clínicos (emagrecimento sem causa aparente, dor, alteração na forma da região do corpo afetada).

Os nódulos hipoecoicos nem sempre precisam ser removidos cirurgicamente. Em sua maioria são benignos e apenas precisam ser acompanhados com tomografia computadorizada e ultrassom com periodicidade de 3 meses, 6 meses e 1 ano, de acordo com a recomendação médica.

Na presença de um exame de imagem com nódulo hipoecoico, busque um médico para retirar todas as suas dúvidas e efetuar avaliação e diagnósticos adequados. Você pode procurar, inicialmente um médico de família ou clínico geral.

Para saber mais sobre nódulos, você pode ler:

O que é um nódulo hipoecoico e hipoecogênico?

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?

Nódulo em mama direita com dor, o que pode ser?

O que é hiperplasia nodular focal? Como é o tratamento?

Referência

CBRDI. Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem.

MEDEIROS, M.M.; GRAZIANO, L.G.; SOUZA, J.A.; GUATELLI, C.S.; POLI, R.M.B.; YOSHITAKE, R. et al. Hyperechoic breast lesions: anatomopathological correlation and differential sonographic diagnosis. Rev. Radiol Bras, 2016, 49(1):43–48.

O que é uma síncope?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Síncope é uma perda temporária da consciência provocada por uma diminuição do fluxo sanguíneo cerebral. Também conhecida como desmaio, a síncope normalmente tem início súbito, dura pouco tempo e a recuperação é total e espontânea.

Os sinais e sintomas da síncope incluem:

  • Fraqueza muscular generalizada
  • Incapacidade de se manter em pé
  • Palidez
  • Tontura, vertigem
  • Náuseas
  • Suor frio
  • Visão borrada
  • Diminuição da audição (sensação de ouvido tapado)
  • Formigamentos no corpo
  • Pulsação fraca e
  • Perda da consciência.

Quais as causas de uma síncope?

Os desmaios podem ocorrer devido à falta de ventilação adequada em ambientes com muita gente, emoções fortes, medo, jejum prolongado, permanecer em pé por muito tempo, insolação, má irrigação sanguínea do cérebro, dor intensa, entre outras.

As causas da síncope são muito variadas e podem estar relacionadas com fatores cardiovasculares e não cardiovasculares. A maioria dos casos de síncope cardíaca é causada por arritmias. Este tipo de desmaio geralmente ocorre durante a prática de atividade física ou esforço físico exagerado.

Há ainda as síncopes causadas por medicamentos e distúrbios psiquiátricos, metabólicos ou endócrinos.

Contudo, a causa da síncope pode não ser descoberta em até metade dos casos de desmaio. O teste de inclinação, é indicado para diagnosticar a síncope vasovagal e outras formas de síncope como as disautonômicas e da hipersensibilidade do seio carotídeo.

No teste, a pessoa é colocada numa maca capaz de inclinar e deixá-la em pé, sem que ela tenha que fazer nenhum esforço. Enquanto ocorrem as mudanças posturais, o médico monitora a pressão arterial e os batimentos cardíacos. O teste é positivo se o paciente apresentar os sintomas que caracterizam a síncope vasovagal durante as oscilações de posição.

O que é síncope vasovagal?

A síncope vasovagal é a principal forma de desmaio que ocorre em adultos. O episódio vasovagal ocorre devido a um reflexo neurocardiogênico que provoca hipotensão arterial (pressão baixa) e bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos).

O nervo vago faz parte do sistema nervoso autônomo e controla funções vitais do organismo, como respiração, batimentos cardíacos, pressão sanguínea e digestão. Quando ocorre alguma disfunção na ativação do nervo, há uma diminuição da pressão arterial e da frequência cardíaca. Como resultado, menos sangue chega ao cérebro, podendo gerar uma síncope.

O reflexo é desencadeado pela diminuição do retorno de sangue para o coração que acontece quando a pessoa fica em pé (posição ortostática) por períodos prolongados. Com menos sangue chegando ao coração, o sistema nervoso autônomo estimula o coração a bater mais depressa para compensar o menor volume sanguíneo.

Porém, esse estímulo provoca um reflexo conhecido como reflexo de Bezold-Jarish. Essa reação faz o coração abrandar e dilata os vasos sanguíneos, causando diminuição dos batimentos cardíacos e queda acentuada da pressão arterial. Como resultado, menos oxigênio chega ao cérebro e a pessoa desmaia.

Quais os sintomas da síncope vasovagal?

Durante um ataque vasovagal a pessoa pode apresentar náuseas, transpiração intensa, salivação abundante, palidez, respiração acelerada, mal-estar, extremidades frias e visão escurecida.

Normalmente, a pessoa recupera-se rapidamente, sem confusão mental. Alguns sintomas podem persistir, como dor de cabeça, náuseas, transpiração fria e tonturas.

A gravidade e tratamento dos quadros de síncope dependem da causa.

Casos de desmaios recorrentes devem ser avaliados preferencialmente por um médico cardiologista ou neurologista.

O que é redução volumétrica encefálica?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Redução volumétrica encefálica significa que o cérebro diminuiu. É um efeito esperado com o avançar da idade quando é difusa (espalhada), não sendo, necessariamente, sinal de algum problema ou doença.

Para ter certeza que a redução é normal, é necessária a avaliação de um neurologista. Entretanto, alguns sinais podem indicar que a redução volumétrica encefálica não é normal. São eles:

  • Problemas de memória;
  • Problemas de fala ou de linguagem;
  • Alterações de comportamento (como agressividade, ansiedade e irritabilidade);
  • Dificuldades para fazer as atividades do dia a dia.

Esses sinais são relevantes quando são constantes e incompatíveis com a idade da pessoa. Quando isso ocorre, algumas situações que podem estar causando a redução volumétrica encefálica são traumas na cabeça, alcoolismo, tabagismo e doenças degenerativas.

Referência:

Vieira NC, Macedo MBC, Mota Júnior JC, Tiraboschi LC, Oliveira TGS. Demência secundária à lesão cerebral traumática em região frontotemporal: um relato de caso. Rev Med (São Paulo). 2020; 99(4): 394-9.

Eletroencefalograma: atividade irritativa generalizada?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Atividade irritativa generalizada significa (de uma forma simples) que existe um aumento generalizado das atividade dos neurônios, um excesso anormal de atividade elétrica dos neurônios. Com relação a cura, talvez cura seja uma palavra complicada de se usar neste caso, talvez a melhor palavra seria tratamento, existe tratamento para controlar o nível de atividade dos neurônios. E esse tratamento pode sim estar correto, porque digo pode, porque só teremos certeza observando os resultados na sua filha.

O que pode causar convulsão?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As convulsões são contrações involuntárias da musculatura de alguma parte do corpo ou de todo o corpo, causadas por alterações na atividade elétrica cerebral. Podem ser desencadeadas por motivos diversos, desde hereditários, problemas durante o parto, doenças localizadas ou situações momentâneas, como falta de açúcar no sangue ou excesso de eletrólitos.

Podemos citar como causas possíveis de convulsão, as seguintes:

  • Febre alta (principalmente em crianças com menos de 4 anos);
  • Epilepsia, doença estabelecida;
  • Esquecimento da medicação (nos casos de portador de epilepsia);
  • Hipoglicemia (baixos níveis de açúcar no sangue);
  • Intoxicações por álcool, drogas, produtos químicos, entre outros;
  • Efeitos colaterais de medicamentos;
  • Infecções cerebrais, como casos de meningites ou encefalites;
  • Doenças infecciosas e ou infecto parasitárias como AIDS e toxoplasmose;
  • Traumatismo craniano;
  • Tumor cerebral ou metástase cerebral;
  • Hemorragia cerebral;
  • Falta de oxigenação cerebral durante o parto (em recém-nascidos);
  • Distúrbios metabólicos em geral (aumento da uréia, nos casos de insuficiência renal, insuficiência hepática, distúrbios hidroeletrolíticos).
O que fazer em caso de convulsão?

A primeira coisa a fazer é verificar se está respirando normalmente, caso não esteja deve chamar uma ambulância de urgência;

Se estiver respirando normalmente, você deve deitar a pessoa de lado, com a cabeça protegida, para não se ferir, além de evitar engasgos com a própria saliva;

Nunca coloque nada dentro da boca da pessoa (não existe o risco da língua "enrolar");

Afrouxe também as roupas e afaste da vítima quaisquer objetos que possam lhe provocar ferimentos. Também é importante remover acessórios, como anéis, relógio, óculos, pulseiras, colares, entre outros.

Peça ajuda para levar a um serviço de urgência ou chame uma ambulância.

Em caso de convulsão, o paciente deverá ser avaliado por um/a médico/a clínico/a geral ou neurologista para definição da causa e devido tratamento.

Pode lhe interessar também: O que fazer em caso de ataque epilético?

Tenho tremores ou espasmos no pescoço do lado esquerdo. Que médico devo procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tipo de tremor e espasmos que se refere sugere espasmo hemifacial a esquerda, ou seja, contrações musculares involuntárias do lado esquerdo, que podem causar dor local e até dificuldade visual do mesmo lado. O médico que deve procurar é o neurologista.

A causa de espasmo hemifacial ainda gera muita discussão, na maioria das vezes chamamos idiopática, pois não há causa definida; outros casos ocorrem por uma reinervação após episódio de paralisia facial periférica. Mas esse diagnóstico deve ser confirmado por médico.

Nos casos de espasmo hemifacial, o tratamento pode ser feito com medicamentos orais, embora o tratamento com melhor resposta atualmente, seja a aplicação de toxina botulínica tipo A, na musculatura afetada, para inibir essa movimentação involuntária e relaxar a musculatura da face.

Tremores ou espasmos musculares no pescoço ou em qualquer outra parte do corpo devem ser sempre avaliados por um médico neurologista.

É preciso identificar a origem desses tremores e espasmos, que pode estar no nervo responsável pela inervação da musculatura, no próprio músculo ou ainda ter origem psicológica, como o estresse, por exemplo.

Na maioria das vezes o médico neurologista é capaz de suspeitar da causa do tremor apenas com avaliação médica, exame clínico e neurológico minucioso. Por vezes é necessário realizar exames complementares e confirmado diagnóstico dar início ao tratamento mais indicado.

Causas de tremores

Podemos citar ainda outras causas de tremores, como: o tremor essencial; doenças neurológicas, como parkinsonismo, distonias, até tremores por fadiga ou ansiedade.

Causas de espasmos musculares

Nos espasmos musculares de pescoço, uma possível causa é a distonia muscular, que quando acomete o pescoço recebe o nome de torcicolo espasmódico.

Os espasmos podem ocorrer em apenas um ou em ambos os lados, podendo levar a alterações da postura da cabeça e do pescoço, com rotação e desvios laterais, para frente ou para trás, além de dor e incômodo que interferem nas atividades básicas do seu dia a dia.

O torcicolo quase sempre causa dor. A intensidade desse sintoma pode variar de acordo com o estresse e cansaço, melhorando após períodos de repouso e relaxantes musculares.

Consulte um médico neurologista para que a origem do problema seja devidamente diagnosticada e resolvida.

Leia também:

O que são espasmos musculares e quais as causas?

Tenho tremor nas mãos, o que pode ser?

Para que serve o topiramato?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Topiramato é um medicamento anticonvulsivante que serve para tratar epilepsia, prevenir enxaquecas e tonturas. Ele também é indicado como coadjuvante no tratamento de dependência de álcool e outras drogas, transtorno de humor e compulsão alimentar.

O topiramato tem vários mecanismos de ação, sendo eficaz no tratamento da epilepsia e na prevenção da enxaqueca. O medicamento interfere em vários processos químicos cerebrais, diminuindo o excesso de excitabilidade dos neurônios (células nervosas), que pode provocar crises de enxaqueca e epilepsia.

Os efeitos do topiramato sobre a epilepsia podem ser notados depois de duas semanas de tratamento, quando usado isoladamente.

Quando o topiramato é usado em conjunto com outros medicamentos, os efeitos podem ser observados nas primeiras 4 semanas de tratamento.

Na prevenção da enxaqueca, os efeitos do medicamento podem ser notados no 1º mês de uso do medicamento.

Topiramato emagrece?

Como um dos principais efeitos colaterais do topiramato é inibir o apetite, recentemente, ele tem sido usado por pessoas que desejam emagrecer.

Vale ressaltar que o topiramato não apresenta essa finalidade e não há estudos científicos que comprovem a eficácia da medicação usada com esse fim.

A perda de peso é um efeito colateral que pode ocorrer em cerca de 20% das pessoas que tomam topiramato.

Como tomar topiramato?

Os comprimidos de topiramato devem ser tomados inteiros, com 1 copo de água, sem mastigá-los, parti-los ou triturá-los. O medicamento pode ser tomado às refeições.

Normalmente, recomenda-se tomar topiramato duas vezes ao dia. Porém, pode haver indicação médica para tomar o medicamento uma vez ao dia, com doses maiores ou menores.

No início, as doses de topiramato são baixas, sendo aumentadas gradualmente até haver um controle adequado da epilepsia ou da enxaqueca.

Como tomar topiramato para epilepsia com outros medicamentos? Adultos

Quando usado para auxiliar o tratamento da epilepsia, juntamente com outros medicamentos, a dose mínima indicada de topiramato é de 200 mg por dia.

Geralmente, a dose total de topiramato varia entre 200 mg e 400 mg por dia, sendo dividida em duas tomas diárias. A dose diária máxima de topiramato é de 1600 mg por dia.

No início do tratamento, as doses de topiramato são baixas, variando entre 25 mg e 50 mg. O medicamento deve ser tomado à noite, durante 7 dias.

Depois, com intervalos de uma ou duas semanas, a dose diária deve ser aumentada em 25 a 50 mg e dividida em duas tomas. Porém, algumas pessoas podem obter resultados eficazes com uma única dose por dia.

Crianças com mais de 2 anos de idade

Para crianças, a dose diária de topiramato recomendada é de 5 mg a 9 mg por cada kg de peso corporal, dividida em duas tomas por dia.

No início, durante a primeira semana de tratamento, a dose é de 25 mg (ou menos), administrada à noite. Depois, com intervalos de uma ou duas semanas, deve-se aumentar a dose em 1 a 3 mg/kg/dia, dividida em duas tomas diárias, até obter o controle das crises epilépticas.

Como tomar topiramato para epilepsia isoladamente? Adultos

Quando os outros medicamentos para epilepsia são retirados e o tratamento é mantido apenas com topiramato, a dose inicial é de 25 mg, administrada em dose única, à noite, durante 7 dias.

Posteriormente, com intervalos de uma ou duas semanas, deve-se aumentar a dose em 25 mg ou 50 mg por dia, dividida em duas tomas diárias.

O objetivo é chegar à dose inicial recomendada de 100 mg por dia. A dose máxima de topiramato nesses casos é de 500 mg por dia.

Crianças com mais de 2 anos de idade

A dose diária de topiramato varia entre 0,5 mg a 1 mg por cada kg de peso corporal, administrada à noite, em dose única, durante 7 dias.

Posteriormente, com intervalos de 7 ou 14 dias, deve-se aumentar a dose diária em 0,5 a 1 mg por cada kg de peso corporal, dividindo a dose em duas tomas por dia.

Para crianças com mais de 2 anos de idade, a dose diária inicial recomendada de topiramato é de 3 a 6 mg por cada kg de peso corporal.

Como tomar topiramato para enxaqueca?

A dose inicial de topiramato para tratamento da enxaqueca é de 25 mg, administrada em dose única, à noite, durante 7 dias. A seguir, deve-se aumentar a dose em 25 mg ao dia, semanalmente.

A dose diária de topiramato recomendada para tratar e prevenir a enxaqueca é de 100 mg por dia, dividida em duas tomas diárias. Em alguns casos, uma dose total de 50 mg por dia já é suficiente, enquanto outros podem necessitar de doses diárias de 200 mg.

Quais são os efeitos colaterais do topiramato?

Os efeitos colaterais mais comuns do topiramato (ocorrem em mais de 5% das pessoas que tomam o medicamento), incluem: sonolência, tonturas, cansaço, irritabilidade, emagrecimento, pensamentos lentos, formigamentos, visão dupla, visão turva, alteração da coordenação motora, náuseas, diarreia, lentidão, perda de apetite, dificuldade para falar e comprometimento da memória.

O topiramato deve ser usado apenas com indicação médica e acompanhamento apropriado, pois a dose deve ser ajustada para cada tipo de patologia e da sensibilidade de cada pessoa.