Sim, a grávida pode fazer Papanicolau, que é um exame importante para identificar alterações na parte do útero que fica dentro da vagina (colo do útero) e que podem ser causadas por infecções como candidíase, tricomoníase, HPV (papiloma vírus humano) ou mesmo câncer.
Na gravidez, o Papanicolau pode ser pedido caso o último exame realizado tenha sido há mais de três anos ou se o médico considerar necessário.
Durante realização do Papanicolau o médico faz uma raspagem suave no colo e na entrada do útero a fim de retirar algumas células para serem analisadas no laboratório. Esse procedimento pode provocar uma cólica leve e um pequeno sangramento, que são considerados normais e não devem ser motivo de pânico. No entanto, se o sangramento for maior ou se houver dúvidas sobre qualquer mal-estar após o exame ou durante a gravidez, deve-se procurar um serviço médico obstétrico.
O obstetra é o médico indicado para orientar a realização dos exames durante a gravidez.
Não há diferença entre os sangramentos, somente sabemos se foi um ou outro depois. Se foi nidação, uma gravidez deve aparecer. Se foi escape, uma gravidez não deve aparecer.
O sangramento da nidação é uma perda de sangue que ocorre no momento em que o óvulo fecundado fixa-se na parede interna do útero, logo no início da gravidez. Já o sangramento de escape, também chamado spotting, é aquele que ocorre fora do período menstrual, daí ser conhecido também como sangramento intermenstrual.
O sangramento de nidação é um tipo de escape. No entanto, utiliza-se o termo “nidação” para diferenciá-lo dos outros tipos de sangramento, já que essa perda de sangue é característica do começo da gestação.
Tanto no sangramento de escape como no de nidação, há uma perda de sangue pequena, sendo observadas pequenas gotas de sangue na calcinha. Esse tipo de sangramento não é suficiente para cobrir um absorvente.
A ocorrência de sangramento de escape no início da gestação também pode ser sinal de gravidez ectópica, que ocorre quando o óvulo fecundado se desenvolve fora do útero. Trata-se de uma condição que pode ser fatal se não for tratada.
Sangramento de escape pode ser gravidez?Sim, um sangramento de escape pode ser gravidez. Porém, a nidação nem sempre causa sintomas e nem todas as mulheres apresentam sangramento. Por outro lado, algumas gestantes podem ter escape durante as primeiras 20 semanas de gravidez.
Além da nidação, a ocorrência de sangramento de escape no 1º trimestre de gravidez pode ainda ser devida a relações sexuais, infecções e alterações hormonais.
As causas mais graves de escape no 1º trimestre de gestação incluem:
- Aborto espontâneo: quase todas as mulheres que abortam espontaneamente têm sangramento antes do aborto;
- Gravidez ectópica: pode causar sangramento e cólicas;
- Gravidez molar: ocorre quando o óvulo fertilizado se implanta no útero e não se desenvolve.
A gestante deve procurar atendimento médico se apresentar:
- Sangramento intenso;
- Sangramento com cólicas ou dor;
- Tontura e sangramento;
- Dor no abdômen ou na pelve.
- Miomas uterinos ou pólipos uterinos ou cervicais;
- Alterações hormonais;
- Inflamação ou infecção do colo do útero ou do útero;
- Lesão ou doença na vagina causada por relações sexuais, trauma, infecção, pólipo, verrugas genitais, úlcera ou varizes;
- Uso de DIU;
- Gravidez ectópica;
- Aborto espontâneo;
- Complicações na gravidez;
- Secura vaginal devido à falta de estrógeno após a menopausa;
- Estresse;
- Usar anticoncepcional hormonal de forma irregular, como iniciar e interromper ou pular pílulas anticoncepcionais, adesivos ou anéis vaginais;
- Hipotireoidismo;
- Uso de anticoagulantes;
- Câncer ou lesões pré-cancerígenas no colo do útero, útero ou trompas de Falópio;
- Exame pélvico, biópsia cervical ou outros procedimentos no colo do útero ou endométrio.
O sangramento vaginal que ocorre entre os períodos ou após a menopausa pode ser causado por vários problemas. A maioria é benigna e pode ser facilmente tratada. Em alguns casos, o sangramento pode ser sinal de câncer ou pré-câncer. O risco de desenvolver câncer aumenta para aproximadamente 10% em mulheres com sangramento na pós-menopausa.
Portanto, qualquer perda de sangue deve ser avaliada pelo/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
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Para gestante nenhum anti-inflamatório é recomendando, pois, podem causar problemas cardíacos no feto.
As mulheres que estão amamentando devem evitar o uso de anti-inflamatórios. Entretanto, se houver mesmo necessidade, pode fazer uso de medicamentos considerados de baixo risco para a amamentação como ibuprofeno, cetoprofeno e diclofenaco.
Mulheres grávidas ou que estão amamentando, devem buscar orientação de um médico de família ou obstetra antes de usar anti-inflamatórios ou qualquer o outro medicamento.
Anti-inflamatórios na gravidezDe forma geral, não é recomendado o uso de qualquer anti-inflamatório não-esteroide (AINEs) durante a gestação.
Sua utilização somente deve ser feita após rigorosa avaliação médica para evitar complicações como prolongamento de trabalho de parto, maior risco de hemorragia pós-parto e aumento da pressão pulmonar do bebê.
Tanto a Aspirina® como o AAS®, ambos compostos por ácido acetilsalicílico devem ser evitados durante a gravidez. Este medicamento pode provocar anemia, hemorragia e inibição do trabalho de parto, especialmente, quando usado em doses elevadas.
Anti-inflamatórios durante a amamentaçãoA maior parte dos anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs), passam para o leite materno. No entanto, alguns deles chegam ao bebê em pequenas quantidades ou mesmo podem não ser absorvidos pelo seu sistema gastrointestinal. Estes medicamentos incluem:
- Ibuprogeno: Buscopan®, Trifene®
- Ácido mefenâmico: Ponstan®, Pontin®
- Cetoprofeno: Profenid®
- Diclofenaco: Voltaren®, Cataflan®, Biofenac®, Diclofenac®
- Celoxib: Celebra®
- Piroxican: Feldene®
- Flurbiprofeno: Allergan®
- Fenoprofeno: Trandor®
- Ácido flufenâmico: Nobelisin®
- Cetorolaco: Toradol®
Esses são os anti-inflamatórios mais indicados, embora a dose e o tempo de uso deva ser definido pelo médico de acordo com a situação e condições de saúde da mãe.
Para saber mais sobre uso de anti-inflamatórios durante a amamentação e gravidez:
Quais remédios posso tomar na gravidez?
Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?
Posso tomar ibuprofeno durante a amamentação?
Ibuprofeno pode ser tomado durante a gravidez?
Referências
Aragão, F.F.; Tobias, A.F. Pharmacological treatment of pain in pregnancy. BrJP, (2)4:374-80, 2019.
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Manual de teratogênese em humanos. FEBRASGO, 2018.
A dor de cabeça durante a gravidez é um sintoma comum, e pode ser normal, quando causada pela ação dos hormônios da gravidez. Nesse caso é chamada de cefaleia fisiológica da gravidez.
Entretanto, outras situações podem levar a dores na nuca, e devem ser investigadas, especialmente a hipertensão arterial. Causa comum de dor de cabeça nessa região, além de ser um fator de risco para complicações na gestação.
A alimentação inadequada, desidratação, mudanças de hábitos de vida, cheiros fortes, problemas de visão, distúrbios do sono e transtornos de humor, também são causas comuns de cefaleia nessa fase.
Causas de dor de cabeça na gravidez1. Cefaleia fisiológica da gestaçãoA dor de cabeça pode ser localizada em qualquer região, mas é mais comum a dor por toda a cabeça, e é causada pelo aumento do hormônio estrogênio.
O hormônio estrogênio, tem como uma das suas funções, o aumento dos vasos sanguíneos, que apesar de ser benéfico e necessário para a evolução da gravidez, pode trazer efeitos indesejados como a cefaleia e o inchaço.
2. Aumento da pressão arterialO aumento da pressão arterial é uma causa preocupante de dor de cabeça na gestação, e a localização mais comum para essa causa é a nuca.
Sendo assim, sempre que uma gestante apresenta esse tipo de dor, é importante que seja aferida a sua pressão e se estiver alta, entrar em contato imediatamente com o seu médico obstetra.
O pico hipertensivo é muito perigoso em qualquer fase da gestação.
3. Mudança de hábitos de vidaAs mudanças de hábitos de vida, como alterações alimentares, tomar menos café e bebidas estimulantes, pode causar dores de cabeça.
As náuseas e vômitos tão comuns no início da gravidez, também pela ação dos hormônios, reduz consideravelmente o apetite, levando a quadro de dor de cabeça, fraqueza e mal-estar.
A desidratação, seja pelo descuido, ou pelos sintomas de náuseas, é mais uma causa de cefaleia.
Também é importante não ficar mais de 3 horas sem comer, já que o jejum prolongado reduz o aporte de glicose para o cérebro, causando ainda mais dores de cabeça.
Usar perfumes muito fortes ou odores intensos podem causar dor de cabeça, porque durante a gravidez, a mulher tem os sentidos mais apurados, devido também à ação dos hormônios.
5. Problemas de visãoOs problemas de visão, estando ou não grávida, é uma causa frequente de dores de cabeça. Devendo ser investigada principalmente nos casos de dor na nuca, que pioram com o decorrer do dia, e de manhã está melhor.
Provavelmente pelo esforço feito durante todo o dia.
6. Distúrbios do sonoAs alterações de sono, seja a insônia ou o hábito de dormir demais, são fatores desencadeantes de dores de cabeça.
Atualmente, é recomendado dormir de 7 a 8 horas por dia. A
7. Transtornos de humorO estresse, a ansiedade e preocupações comuns nessa fase da vida da mulher, a ansiedade e a depressão, favorecem o aparecimento de dor de cabeça com mais frequência e intensidade.
Mais raramente, condições muito mais graves, como pré-eclâmpsia, meningite, aneurismas e tumores cerebrais, devem ser investigados se houver sinais e sintomas de hipertensão intracraniana, como: febre, náuseas, vômitos, rigidez de nuca, confusão mental ou mudança de comportamento.
Dicas para evitar as dores de cabeça na gravidez- Manter-se hidratada;
- Se alimentar regularmente e de maneira saudável. Não passar mais de 3h em jejum, e comer frutas e legumes diariamente;
- Evitar alimentos gordurosos, queijos amarelos, alimentos cítricos e embutidos;
- Evitar o estresse;
- Tente fazer drenagem linfática para gestantes ou experimente fazer massagens com um profissional; ajudam a diminuir a ansiedade e estimulam a circulação sanguínea;
- Procurar fazer atividades físicas próprias para gestantes. Hidroginástica ou ioga são práticas recomendadas, mas sempre com orientação de um profissional;
- Pratique outros exercícios de relaxamento ou acupuntura;
- Evite ficar exposta à luz muito intensa, como ficar na praia, ao sol, especialmente sem usar proteção para a cabeça e olhos;
- Evite cheiros fortes, exposição à fumaça de cigarro, perfumes fortes, cheiro de tinta, entre outros odores intensos;
- Evite locais barulhentos;
- Evite viajar para locais de grande altitude, devido a menor concentração de oxigênio, mais um fator que precipita dores de cabeça;
- Tente manter um horário de sono regular;
- Certas dores aliviam bastante após repouso, ou se a pessoa conseguir pelo menos relaxar. Compressas de água morna ao redor dos olhos ou mesmo na nuca ser úteis.
O tratamento deve ser baseado na causa do problema, e sempre buscar opções não medicamentosas inicialmente, para não fazer mal ao bebê.
No caso de dor de cabeça na nuca durante a gravidez, informe o seu médico obstetra e siga rigorosamente as suas orientações.
Nunca se auto medique, especialmente grávida.
Para saber mais sobre este tema, você pode ler:
Dor de cabeça na gravidez: quais remédios posso e quais não posso tomar?
Quais remédios posso tomar na gravidez?
Referência
Federação Brasileira da Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Resultados de Beta-hCG inferiores a 2 indicam que o exame deu negativo. Os valores de referência do Beta-HCG podem variar de laboratório para laboratório e de acordo com fatores individuais.
Em geral, valores de Beta-hCG entre 0 e 25 indicam resultado negativo. Porém, mulheres que estão na 1º ou 2º semana de gestação podem apresentar valores menores que 25.
Por isso, se o exame deu negativo, é indicado aguardar mais 10 a 15 dias. Se a menstruação continuar atrasada, recomenda-se repetir o exame.
Resultados com valores entre 25 e 100, na maioria das vezes, são indicativos de gravidez, ou seja, significam “positivo”. Porém, em alguns laboratórios, esses valores podem ser interpretados como indeterminados. Nestes casos, se houver dúvidas em relação à gravidez, espera-se mais 10 a 15 dias. Se o atraso menstrual persistir, deve-se repetir o exame.
Quando o Beta-hCG apresenta valores superiores a 100, o resultado é positivo e é então diagnosticada a gravidez.
Leia mais sobre Beta-hCG em: Resultado do exame de gravidez
O exame Beta-hCG deve ser realizado quando a menstruação estiver mais de 15 dias atrasada. Se o resultado der negativo e a menstruação ainda não veio, recomenda-se esperar mais 10 ou 15 dias e repetir o exame. Se, mesmo assim, o resultado continuar “negativo”, procure um médico clínico geral, médico de família ou um ginecologista.
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Sim, a mulher sem trompas pode até engravidar naturalmente, mas é muito raro e vai depender do problema que ela apresente. A ausência completa de trompas, por exemplo uma malformação desde o nascimento, não tem como carrear o óvulo, portanto não poderia engravidar naturalmente, mas existem meios de implantar o óvulo no útero e desenvolver a gestação normalmente.
Se for o caso de laqueadura, ou seja, a mulher se submeteu a "ligadura das trompas", apesar de raro pode sim acontecer. As trompas podem refazer o canal, se regenerar, e deixar que o óvulo passe, permitindo a gravidez.
Praticamente 100% das mulheres que fazem laqueadura ou que não tem trompas não engravidam mais. Os casos em que ocorre a recanalização das trompas seguida de gravidez são raríssimos.
Trata-se de um método anticoncepcional, como o preservativo, o DIU, o anticoncepcional oral ou o injetável.
Porém, a mulher que fez laqueadura e deseja engravidar pode recorrer às técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro ("bebê de proveta"). É o método mais indicado, pois a concepção do embrião é feita em laboratório para que depois ele seja transferido para o útero da mãe.
Se você não tem trompas ou fez uma laqueadura e deseja engravidar, fale com o seu ginecologista sobre as possibilidades da fertilização in vitro e tire as suas dúvidas.
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O cálculo do período fértil e do dia fértil pode facilmente ser feito a partir de um sinal presente todos os meses na vida da mulher: a menstruação.
Porém, a menstruação apenas deverá ser considerada como um sintoma clínico confiável para o calcular o período fértil quando existir uma regularidade. Menstruações irregulares inviabilizam esse cálculo, tornando-o pouco confiável. No caso de ciclos irregulares o cálculo pode ser feito de outra maneira.
Cálculo do período fértil em ciclos regularesPara calcular o período fértil, e montar a sua tabelinha, primeiro você precisa saber quantos dias tem o seu ciclo menstrual. Lembrando que o primeiro dia do ciclo é o dia que vem a menstruação e o último é o dia anterior à menstruação seguinte.
Vamos usar como exemplo um ciclo de 28 dias. Ilustrando para facilitar: primeiro dia de menstruação foi dia 01/ janeiro e no dia 30 de janeiro veio de novo, seu ciclo foi de 01 até 29 de janeiro, ou seja, 28 dias, o próximo ciclo do dia 30 de janeiro até por exemplo dia 27 de fevereiro, também 28 dias, e quando assim acontecer podemos dizer que é um ciclo regular.
Nesses casos de ciclo regular (28 dias) o cálculo se faz da seguinte forma:
1. anote o primeiro dia de menstruação
2. Conte 14 dias - exatamente a metade - esse é o seu dia mais fértil
3., Mais 3 dias antes e 3 dias depois - 11º ao 17º dia - semana fértil da mulher, a semana que a mulher apresenta maior probabilidade de engravidar.
Portanto, o período fértil de uma mulher que tenha 28 dias de ciclo começa 11 dias após a vinda da menstruação, ou seja, no 11º dia do seu ciclo menstrual.
No caso do ciclo ser regular, mas de 29 ou 30 dias, fazemos o mesmo cálculo, com o dia exatamente do meio do ciclo sendo o mais fértil, três dias antes e três dias depois.
Dessa forma, para conseguir engravidar, o ideal é que tenham relações dentro desse período. Quanto mais próximo do 14º dia e mais frequentes forem as relações, maiores são as chances de engravidar. Caso você não queira engravidar deve evitar ter relações nesse período.
Saiba mais em:
O exame transvaginal serve para o médico visualizar, com maior proximidade e nitidez, estruturas e órgãos pélvicos como o útero, os ovários, o colo do útero e as trompas, sendo utilizado para avaliar a espessura do endométrio; sangramento uterino; presença de massa pélvica (mioma, câncer); anomalias no útero; localização do DIU; avaliação da gravidez e auxiliar as técnicas de reprodução assistida.
Na gravidez, o exame (ecografia ou ultrassom) transvaginal é feito nos primeiros 3 meses para saber a idade gestacional, excluir a possibilidade de gravidez ectópica, diagnosticar gestação múltipla, avaliar a vitabilidade ovular e do colo do útero. Entre a 10ª e a 13ª semana, permite diagnosticar malformações fetais e rastrear alterações cromossômicas.
A partir do segundo trimestre o exame feito é o ultrassom abdominal e não mais o transvaginal.
Quem realiza o exame transvaginal é o/a médico/a radiologista ou ultrassonografista.