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Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas do transtorno dissociativo de identidade caracterizam-se pelo aparecimento de duas ou mais personalidades distintas, que muitas vezes não têm conhecimento uma da outra.Os sintomas podemos incluir ainda alucinações, perdas de memória e dificuldade de concentração.

As identidades podem ser tão dissociadas que podem não identificar pessoas da família, a própria casa, o trabalho, colegas, amigos, e até relutar em se enquadrar nas condições predominantes na identidade dominante do indivíduo.

As personalidades podem ter características muito diferentes, inclusive no sexo, nas raças e nas idades. O vocabulário usado por elas pode ser variado, podendo ainda ter diferentes sotaques e habilidades, como uma ser canhota e as outras serem destras.

Amnésia

Um dos sinais mais frequentes do transtorno dissociativo de identidade é a perda de memória por períodos indefinidos de tempo. Isso acontece porque quando uma personalidade está no controle, a outra não processa o que está acontecendo e quando ganha consciência não se lembra do que aconteceu.

Contudo, em alguns casos a amnésia não ocorre e as personalidades podem ter conhecimento uma da outra. Nesses casos, a pessoa pode dividir as memórias entre as diferentes identidades, mas quando uma personalidade está no controle do corpo, as outras não influenciam os comportamentos.

Outros transtornos mentais

Pessoas com transtorno dissociativo de identidade podem ainda ter outros transtornos psicológicos decorrentes da personalidade múltipla, como depressão, ataques de pânico, psicoses, tendências suicidas, fobias, entre outros.

Transtorno Dissociativo de Identidade x Esquizofrenia

Embora sejam muitas vezes confundidos, a esquizofrenia e o transtorno de personalidade múltipla, ou de dupla personalidade, como também é conhecido, não têm relação entre si e são doenças diferentes.

A grande diferença entre as duas doenças é o aparecimento das diferentes personalidades que ocorre no transtorno dissociativo. Os eventos alucinatórios no trastorno dissociativo de identidade estão associados e relacionados a uma outra identidade, como se alguém dentro da sua cabeça quisesse fazer algo, é um pouco diferente da alucinação típica da esquizofrenia.

Na esquizofrenia, o paciente pode ter crises extremas de humor, mas em todas elas a sua personalidade vai ser a mesma..

O diagnóstico do transtorno dissociativo de identidade é difícil. O especialista responsável por identificar a doença e orientar o tratamento é o médico psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?

Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?

Desmaios, tontura e quando desmaia ronca e baba?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pode ser uma crise convulsiva, um distúrbio metabólico, problemas psicológicos, entre outras causas.

São muitas as possibilidades que levam a um quadro clínico semelhante ao descrito, como citado acima. Porém, os problemas psicológicos devem ser a última opção a ser investigada, trata-se de um diagnóstico de exclusão.

As demais condições devem ser avaliadas por um médico clínico geral ou neurologista, através da coleta de mais informações, exame clínico, neurológico e exames complementares, de acordo com a suspeita diagnóstica.

Crise convulsiva

A crise convulsiva, ou crise de epilepsia, é caracterizada pela presença de abalos involuntários e ou rigidez, com perda da consciência nas crises generalizadas. Pode haver ainda salivação excessiva ("baba"), emissão de sons confusos ou roncos e perda de controle esfincteriano, com liberação de urina e ou fezes durante a crise.

A epilepsia é uma doença, que tem como sintoma principal as crises convulsivas. Geralmente diagnosticada na infância ou início da idade adulta, após a presença de mais de uma crise, sem causa aparente.

A confirmação da doença é feita através de avaliação clínica, exame neurofisiológico - eletroencefalograma (EEG), exames de imagem, para exclusão de outras causas e exames de sangue. Os resultados sendo compatíveis com a doença, confirma o diagnóstico, permitindo o início do tratamento específico com anticonvulsivantes.

Quando a primeira crise convulsiva acontece após os 18 anos de idade, sugere um problema secundário, como cistos cerebrais, tumores ou distúrbios metabólicos. Portanto nesses casos é fundamental uma avaliação mais abrangente.

Saiba mais em: O que fazer em caso de ataque epilético?

Contudo, não é só a epilepsia que gera crises convulsivas. Algumas doenças e desordens do organismo podem aumentar a excitabilidade cerebral, resultando em crises, como a hipóxia cerebral, hipoglicemia, estímulo luminoso ou estresse agudo.

Distúrbios metabólicos

Os distúrbios metabólicos graves, também podem desencadear quadro clínico semelhante, com perda da consciência, desmaios, até crises convulsivas verdadeiras. As alterações mais comuns são:

  • Hipóxia - redução de aporte de oxigênio para o cérebro, como nas crises de asma ou altitudes extremas;
  • Hipoglicemia - comum em diabéticos descompensados;
  • Hiperglicemia - diabéticos sem controle adequado, ou infecções graves;
  • Sepse - quadro de infecção generalizada;
  • Uremia - taxas elevadas de ureia no sangue, comum em paciente renal crônico com infecção ou sem o tratamento adequado;
  • Hipocalemia - níveis muito baixos de potássio, que pode acontecer em casos de vômitos intermitentes, desidratação ou uso crônico de diuréticos e outros medicamentos, assim como a
  • Hiponatremia - níveis de sódio muito baixos no sangue, embora nesses casos o quadro mais comum seja de confusão mental, a demora no tratamento pode levar a crise convulsiva.

Leia também: O que é a hipoglicemia?

Ansiedade

A crise de ansiedade é um quadro incontrolável, no qual pode evoluir para a crise de pânico, aonde o paciente desenvolve sintomas físicos e sinais evidentes de taquicardia, sudorese, mal-estar, "bolo" na garganta e dificuldade respiratória.

Algumas vezes ocorre uma descarga adrenérgica tão intensa no sangue, que resulta em desmaios, salivação excessiva e tremores, bastante semelhante a crises convulsivas.

Porém, para cada distúrbio existe um tratamento específico e diferente. Além disso, algumas das possíveis causas são graves e levam a risco de morte. Sendo assim, é necessário que seja definida a causa desse problema, e instituído o tratamento adequado.

Procure um médico neurologista para dar seguimento a essa investigação, diagnóstico e tratamento.

Autismo tem cura?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

O autismo é um transtorno global do desenvolvimento e é considerado uma doença crônica, ou seja, sem cura até o momento.

De maneira geral, o tratamento tem 4 objetivos:

  • Estimular o desenvolvimento social e a comunicação;
  • Melhorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas;
  • Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado;
  • Ajudar as famílias a lidarem com o autismo.

O autismo é um transtorno que nunca desaparece completamente, porém, com os cuidados adequado, o indivíduo se torna cada vez mais adaptado à sociedade.

O tratamento envolve diversos profissionais: pediatria, psiquiatria, psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo e terapeuta ocupacional, e é fundamental o papel dos familiares.

Em 2010, falou-se pela primeira vez em cura do autismo, a partir de uma pesquisa científica feita na Universidade da Califórnia, em que se conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. Contudo, apesar de trazer esperança às famílias de pacientes autistas, ainda não há aplicabilidade clínica até o momento e muitas pesquisas ainda devem ser feitas para poder se falar na cura do autismo.

Alprazolam: para que serve e quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O alprazolam serve para tratar transtornos de ansiedade e seus sintomas, como tensão, boca seca, medo, angústia, dificuldade de concentração, irritabilidade, insônia, aumento da frequência cardíaca (taquicardia), sensação de sufocamento, "bolo na garganta", suor nas mãos, mãos frias, tontura, náuseas, diarreia, calafrios, entre outras manifestações físicas e psíquicas.

O alprazolam também está indicado no tratamento da ansiedade decorrente da abstinência de bebidas alcoólicas e síndrome do pânico, que se caracteriza por crises repentinas de ansiedade, medo extremo e sensação de terror.

Como o alprazolam funciona?

O alprazolam pertence ao grupo de medicamentos benzodiazepínicos, que exercem um efeito depressor no sistema nervoso central. Dependendo da dose e do tempo de uso, o medicamento pode causar a melhora da angústia e do quadro de ansiedade esperado, mas também comprometimento no desempenho de tarefas simples, até mesmo quadros de sonolência, esquecimentos, fala arrastada e dependência da medicação.

Depois de ingerir a medicação, o alprazolam é logo absorvido, portanto proporciona um alívio rápido dos sintomas. A concentração máxima de alprazolam no organismo ocorre após 1 a 2 horas de sua tomada.

Como tomar alprazolam?

Para os casos de transtornos de ansiedade, a dose inicial recomendada de alprazolam varia entre 0,25 mg e 0,5 mg, divididos em 3 a 4 doses por dia. A dose diária máxima não deve ultrapassar os 4,0 mg, sempre administrados em doses divididas, 3 a 4 vezes ao dia.

Para o transtorno do pânico, as doses iniciais de alprazolam variam entre 0,5 mg e 1,0 mg, tomados em dose única, ou 0,5 mg, 3 vezes ao dia.

O tempo de duração do tratamento com alprazolam para o transtorno de ansiedade é de pelo menos 6 meses, podendo ser estendido de acordo com a resposta ao tratamento. No caso do transtorno do pânico, a duração mínima sugerida é de 8 meses.

No caso de pessoas idosas ou com condições debilitantes de saúde, a dose de alprazolam normalmente é de 0,25 mg, 2 ou 3 vezes ao dia., não devendo ultrapassar 0,75 mg por dia

Quando necessário e bem tolerado pela pessoa, as doses podem ser aumentadas gradualmente, assim como, quando houver melhora, deverão ser reduzidas lentamente.

As doses de alprazolam devem ser estabelecidas pelo médico, conforme a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. O aumento das doses deve ser feito com cautela para evitar efeitos colaterais.

Como parar de tomar alprazolam?

Para interromper o uso de alprazolam, recomenda-se inicialmente reduzir a dose, de maneira lenta e gradativa, conforme orientação médica. A sugestão de redução da dose é de 0,25 a 0,5 mg a cada 3 dias. Há casos em que pode ser necessário a redução de forma ainda mais lenta.

Quais as contraindicações do alprazolam?

O alprazolam é contraindicado para pessoas que já tiveram reação alérgica ao medicamento, a algum dos componentes da fórmula ou a outros benzodiazepínicos.

O medicamento também é contraindicado para pessoas com miastenia gravis (doença neurológica que interfere na força muscular), glaucoma (aumento da pressão intraocular) e em menores de 18 anos de idade.

Quais são os efeitos colaterais do alprazolam?Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em 10% dos casos ou mais)
  • Sedação;
  • Sonolência.
Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos)
  • Perda de apetite, confusão, depressão;
  • Desorientação, diminuição da libido, alteração da coordenação motora;
  • Alterações no equilíbrio, falta de memória, alteração da fala;
  • Dificuldade de concentração, aumento do sono, letargia;
  • Tontura, dor de cabeça, visão turva;
  • Prisão de ventre, boca seca, náuseas;
  • Cansaço, irritabilidade.
Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,001% a 0,01% dos casos)
  • Ansiedade, insônia;
  • Nervosismo, perdas de memória;
  • Tremores, fraqueza muscular;
  • Alteração de peso.

O uso de alprazolam só deve ser feito com prescrição médica. Na presença de algum efeito colateral, o médico que receitou o medicamento deverá ser informado.

Pode lhe interessar também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem dezenas de distúrbios do sono. Os principais tipos de transtorno são classificados nos seguintes grupos: Insônia, distúrbios respiratórios do sono, narcolepsia, distúrbios do ritmo circadiano, parassonias, manifestações motoras noturnas e sintomas noturnos isolados.

Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou manter o sono. A falta de uma ou várias noites de sono reparador pode trazer prejuízos na qualidade de vida e até na saúde da pessoa.

As insônias podem causar alterações de humor, irritabilidade, sonolência durante o dia, cansaço, dificuldade de concentração, prejuízos na memória, falta de motivação, aumento do risco de acidentes automobilísticos ou de trabalho, aumento da tensão muscular, dor de cabeça, entre outras consequências.

Insônias crônicas, ou seja, que duram mais de 3 meses, também aumentam o risco de depressão. Por outro lado, já se sabe que boa parte dos casos de insônia estão também relacionados a estados de ansiedade ou depressão.

Leia também: Qual o tratamento para insônia?

Distúrbios Respiratórios do Sono

Esse grupo de transtornos do sono engloba os distúrbios que provocam alterações no padrão normal da respiração. O mais frequente é a síndrome da apneia obstrutiva do sono, mais conhecida como apneia do sono. Esse distúrbio do sono causa obstrução das vias aéreas, podendo diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

Os principais sintomas da apneia do sono incluem ronco, interrupções da respiração (apneias) durante o sono, sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração e prejuízos na memória.

Dentre as principais causas da apneia obstrutiva do sono estão a obesidade, as anomalias do crânio e da face e os distúrbios hormonais. Esse distúrbio do sono é mais comum em homens, principalmente entre os mais idosos e aqueles que têm história de apneia do sono na família.

Saiba mais em: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Narcolepsia

Esse distúrbio do sono tem como principal sintoma a sonolência excessiva durante o dia. Outras características comuns da narcolepsia incluem cataplexia, paralisia do sono, fragmentação do sono noturno, alucinações, entre outras manifestações.

A narcolepsia geralmente começa a se manifestar entre os 10 e os 20 anos de idade, prejudicando a formação da personalidade, o desempenho escolar e acadêmico, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito e trabalho.

A cataplexia, uma manifestação frequente desse distúrbio do sono, caracteriza-se por episódios repentinos de perda de força muscular durante o dia, muitas vezes causados por alterações emocionais

As alucinações ocorrem quando a pessoa está na transição entre dormir e acordar, manifestando-se normalmente sob a forma de experiências visuais, auditivas ou que envolvem diversos sentidos.

Já a paralisia do sono é a perda dos movimentos que ocorre ao adormecer ou, principalmente, ao acordar. A pessoa está consciente, mas perde temporariamente a capacidade de se movimentar.

Leia também: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?

Parassonias

As parassônias são distúrbios do sono que provocam eventos físicos, experiências desagradáveis e alterações comportamentais quando a pessoa está no ínicio do sono, durante o sono ou ao despertar.

As parassônias geralmente ocorrem durante a fase REM do sono, que é o estágio do sono profundo. Dentre os tipos mais comuns de parassônias estão o despertar confusional, o sonambulismo, o terror noturno e as parasssônias relacionadas ao sono REM.

O despertar confusional caracteriza-se por comportamentos confusos ou confusão mental ao acordar. No sonambulismo, o indivíduo desperta durante o sono profundo e caminha enquanto permanece com a consciência alterada durante um espaço de tempo.

Já os terrores noturnos manifestam-se sob a forma de gritos, choro e medo intenso. A pessoa dificilmente acorda durante os episódios, já que esse distúrbio ocorre na fase do sono profundo. Depois, ficam confusos e não se lembram do ocorrido.

As parassônias do sono REM têm como sintomas os comportamentos anormais, os pesadelos e a paralisia do sono frequente.

Os distúrbios comportamentais que ocorrem na fase do sono profundo (REM) podem interromper o sono ou até machucar a pessoa, ou quem estiver dormindo com ela. O transtorno interrompe o relaxamento muscular que ocorre durante o sono REM, o que leva a pessoa a se movimentar de acordo com os sonhos que tem.

Já os pesadelos são sonhos ruins recorrentes, normalmente ligados ao medo e à ansiedade. Esse distúrbio do sono prejudica a qualidade do sono e a execução de tarefas durante o dia.

Veja também: Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios no Ritmo Circadiano

Esse distúrbio do sono é causado por alterações no relógio biológico do corpo e prejudica a qualidade de vida e do sono. Sua principal causa é o estilo de vida em que há pouco tempo dedicado ao sono. Tratam-se de pessoas que têm um padrão de sono diferente daquele adotado pela sociedade em geral, dormindo normalmente menos ou com horários de sono diferentes das outras pessoas.

Manifestações Motoras Noturnas

Esses distúrbios do sono têm como sinais e sintomas certos tipos de movimentos que prejudicam o sono. Dentre os mais comuns estão a síndrome das pernas inquietas, os movimentos periódicos dos membros e os bruxismo.

A síndrome das pernas inquietas provoca uma vontade muito forte de mexer as pernas durante o repouso, principalmente ao final do dia e à noite. O desconforto geralmente alivia ao movimentar as pernas ou andar.

Veja também: Síndrome das pernas inquietas tem cura? Qual é o tratamento?

Os movimentos periódicos dos membros podem ser decorrentes da síndrome das pernas inquietas, embora também possam ocorrer isoladamente. Esse distúrbio do sono caracteriza-se pela realização de movimentos repetitivos de braços ou pernas durante o sono.

O bruxismo associado ao sono caracteriza-se pelo ranger dos dentes de forma repetitiva durante o sono. O bruxismo pode fazer a pessoa acordar, prejudicando a qualidade do sono, além de causar dor na articulação da mandíbula e desgaste dos dentes.

Sintomas Noturnos Isolados

O distúrbio do sono mais comum desse grupo é o ronco. Trata-se de um ruído proveniente da via aérea superior, sobretudo durante a inspiração.

Também pode lhe interessar: Ronco tem tratamento?

É importante lembrar que os distúrbios do sono causados por transtornos mentais, doenças neurológicas ou outro tipo de problema de saúde não são considerados distúrbios do sono, mas sintomas da doença de base.

O tratamento dos distúrbios do sono pode incluir o uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida, entre outras intervenções médicas de diferentes especialidades, como neurologia, psiquiatria, pneumologia e otorrinolaringologia.

Saiba mais em:

Quais os sintomas dos distúrbios do sono?

10 Dicas para Melhorar a Qualidade do Sono

Sono excessivo: o que pode ser?

Transtorno de personalidade é uma doença mental?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os transtornos de personalidade não são propriamente doenças mentais. Se referem a um conjunto de características e traços de personalidade muito intensos, rígidos e que podem trazer prejuízos a vida da pessoa.

Por isso, os transtornos de personalidade estão no limite entre a normalidade e as doenças mentais. Tais transtornos apresentam características específicas que os diferencia dos transtornos mentais propriamente ditos.

Inclusive essa forma de classificação é um tanto quanto controversa entre os especialistas em saúde mental, isto porque os próprios profissionais da saúde podem discordar do significado de um transtorno mental.

Além disso, muitas pessoas podem se encaixar em mais de um tipo ou mesmo serem erroneamente diagnosticada com um transtorno de personalidade. O diagnóstico pode ainda reforçar rótulos e estigmas das pessoas que apresentam esse padrão de comportamento, dificultando ainda mais a adaptação dessas pessoas a sociedade.

Geralmente, uma pessoa com transtorno de personalidade tem dificuldade em se ajustarao seu meio, vivendo fora das normas básicas dos grupos da sociedade. Esse desajuste ao meio em que se vive pode manifestar-se sob a forma de agressividade, excesso de introversão, exibicionismo exagerado, desconfiança sem razão, entre outras.

Esse processo pode provocar sofrimento e transtorno às pessoas do círculo pessoal e familiar da pessoa com esse tipo de problema, sendo ela própria vítima de suas próprias atitudes.

Portanto, embora não sejam doenças mentais propriamente ditas, os transtornos de personalidade podem trazer sofrimento e distúrbios no dia a dia, quando isso ocorre comumente são considerados um quadro psiquiátrico.

Nesse tipo de situação o tratamento pode ser necessário, e é feito principalmente com psicoterapia, em algumas situações o uso de medicamentos também é necessário.

Saiba mais em:

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Quais os sintomas dos transtornos de personalidade?

Qual é o tratamento para os transtornos de personalidade?

Transtorno afetivo bipolar tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Transtorno afetivo bipolar não tem cura, mas é possível manter os sintomas sob controle com tratamento adequado. O tratamento é feito com medicamentos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

É fundamental seguir todo o tratamento corretamente, pois só assim é possível prevenir as crises e controlar a instabilidade de humor, o que permite uma melhor qualidade de vida e menor mortalidade.

Lembrando ainda que as fases depressivas prolongadas não tratadas adequadamente podem aumentar o risco de suicídio em pacientes com transtorno afetivo bipolar.

Medicamentos

Os medicamentos usados para tratar o transtorno afetivo bipolar são principalmente os estabilizadores de humor. Podem incluir também, quando necessário, os antipsicóticos, ansiolíticos, anticonvulsivantes e antidepressivos.

Contudo, os medicamentos antidepressivos podem provocar uma passagem rápida da depressão para a euforia ou aumentar a incidência das crises, por isso devem ser usados com cautela.

Psicoterapia

O papel da psicoterapia no tratamento do transtorno afetivo bipolar é muito importante, pois ajuda a pessoa a lidar com o distúrbio e as dificuldades que traz, auxiliando também na prevenção de novas crises e na continuidade do tratamento medicamentoso.

A terapia familiar deve sempre ser incluída porque sua participação contribui para um melhor resultado e continuidade do tratamento do paciente.

Mudanças no estilo de vida

Associado ao medicamento e psicoterapia, faz parte do tratamento do transtorno bipolar os cuidados com hábitos de vida. São recomendados principalmente:

  • Suspender o uso de substâncias ilícitas, álcool e estimulantes como anfetaminas
  • Evitar alimentos e bebidas estimulantes, como excesso de cafeína
  • Evitar privação de sono
  • Evitar estresse
  • Aderir a hábitos saudáveis como atividade física regular

O paciente precisa ser bem esclarecido quanto a sua doença e da necessidade em fazer uso regular do seu medicamento, assim como pacientes portadores de outras doenças crônicas, como a hipertensão e diabetes.

O/A médico/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno é o/a psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?

Quais os sintomas do transtorno de personalidade esquizóide?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno de personalidade esquizóide tem como principais sintomas:

  • Desinteresse em se relacionar
  • Preferência por atividades solitárias
  • Frieza
  • Apatia

Segundo os critérios do Manual de desordens mentais mais atual, a 5ªedição [DSM-5], para o diagnóstico do transtorno de personalidade esquizoide, os pacientes precisam apresentar um distanciamento persistente e desinteresse geral nos relacionamentos sociais e expressões. Preenchendo pelo menos 4 (ou mais), das características descritas abaixo:

  1. Nenhum desejo ou prazer com relacionamentos íntimos, incluindo aqueles com membros da família
  2. Forte preferência por atividades solitárias
  3. Pouco, ou nenhum interesse em atividade sexual com outra pessoa
  4. Pouco, ou nenhum prazer com atividade física ou de lazer
  5. Não ter amigos íntimos ou confidentes, exceto, algumas vezes, um parente de primeiro grau
  6. Indiferença quanto a elogios ou críticas sobre si mesmo
  7. Frieza emocional, distanciamento ou pouco afeto em geral

As pessoas com personalidade esquizóide não desejam ter relações íntimas ou constituir família, preferindo atividades solitárias, em que raramente sentem prazer. As atividades preferencialmente escolhidas por elas são jogos de computador ou matemática. As experiências sensoriais, como tomar sol, abraçar ou ter contato íntimo com terceiros são reduzidas ou dão pouco prazer.

Por isso dificilmente têm amigos próximos, se aproximando poucas vezes, de um parente de primeiro grau. A raiva e a alegria geralmente não são experimentadas, muitas vezes têm dificuldade em expressar a raiva, mesmo quando são diretamente atacados ou provocados. Assim como a alegria, mesmo que algo muito bom aconteça em sua vida.

Entretanto, o transtorno pode ser tratado amenizando os sintomas e visando uma melhor qualidade de vida para a pessoa e seus familiares.

O/A médico/a psiquiatra é o/a responsável pelo diagnóstico e orientação do tratamento, que deve ser iniciado o quanto antes para um melhor resultado.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno de personalidade esquizóide?

Qual é o tratamento para o transtorno de personalidade esquizóide?