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Dores no pescoço e ombros, dormência nos olhos e lábios, o que pode ser?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Dores no pescoço e ombros, dormência nos olhos e lábios podem não estar diretamente relacionados. As dores no pescoço e ombros podem ser causadas por traumatismos, por tensão crônica sobre os músculos dessas regiões ou por má postura. Já a sensação de dormência pode ser um sintoma causado por estados de ansiedade.

A ansiedade é uma reação normal frente à situações de incerteza, estresse ou perigo. Porém quando essa reação tem uma intensidade ou duração anormal e exagerada para determinada situação, pode ser o resultado de um transtorno de ansiedade. Alguns sinais e sintomas do transtorno de ansiedade são: boca seca, inquietação, tremores, sudorese, dormências ou formigamentos, cansaço, tensão muscular, tontura, taquicardia, sensação de sufocamento, distúrbios gastrointestinais.

O clínico geral deve ser consultado para uma avaliação inicial e para encaminhamentos à outros profissionais da saúde, se necessário.

Estou com mania de comer papel, faz mal? O que fazer para parar?
Dr. Ivan Ferreira
Dr. Ivan Ferreira
Médico

Mania de comer papel pode fazer mal dependendo da quantidade e do tipo de papel que se come. Essa mania de faz parte de um problema chamado picamalácia ou pica, que é a vontade de comer coisas estranhas que não são consideradas alimentos. Pode ocorrer na gravidez ou em outras fases da vida. Para parar é necessário realizar um acompanhamento psicológico para a identificação da causa dessa vontade, que geralmente está ligada à outros problemas, e das possíveis formas de interferir nela.

Algumas causas para a vontade de comer coisas estranhas podem ser:

  • problemas psicológicos, como estresse, ansiedade, separação dos pais, problemas na interação familiar, abuso infantil;
  • problemas relacionados à fome, desnutrição ou à falta de nutrientes como o ferro, cálcio e zinco;
  • problemas neurológicos, como em crianças com autismo e pessoas com atrasos no desenvolvimento intelectual;
  • costumes socioculturais;
  • doenças psiquiátricas.

Embora muitas vezes as pessoas tenham dificuldade em falar sobre esses desejos com o médico, é importante que isso seja feito. O clínico geral poderá orientar o tratamento e encaminhamentos necessários.

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os transtornos de personalidade são muitos e estão constantemente sendo reavaliados e reclassificados. Alguns grupos dividem em 10 tipos, outros em 8, uma tendência mais atual está classificando os tipos em apenas em 6 grupos: esquizotípica, limítrofe, antissocial, narcisista, esquiva e obsessivo-compulsiva.

No entanto, existe uma classificação geral em que todos concordam, que são 3 grandes grupos:

Grupo A: Incluindo os tipos paranoides, esquizoides e esquizotípicos. Esses indivíduos são os considerados "excêntricos" e "esquisitos".

Grupo B: Os casos de antissociais, fronteiriços, histriônicos, borderline e narcisísticos. Essas pessoas têm personalidades dramáticas, emotivas e volúveis.

Grupo C: E por fim, os tipos dependentes, os evitativos e os obsessivo-compulsivos. São consideradas personalidades ansiosas e com tendência para o medo.

Falando um pouco sobre cada tipo de personalidade, lembrando que muitas vezes elas se sobrepõem, podemos destacar alguns sinais e sintomas mais pertinentes a cada tipo.

1. Grupo A: Esquizotípica, limítrofeTranstorno da Personalidade Paranóide

São desconfiados e suspeitam dos outros, interpretando as intenções de terceiros como maldosas. Acham que estão sendo explorados, maltratados ou enganados, pois têm dúvidas infundadas sobre a lealdade ou confiabilidade de outras pessoas.

A relutância do indivíduo em confiar nos outros também é devida a um medo sem fundamento de que possam usar informações contra ele.

Há interpretações de significados ocultos em observações e acontecimentos sem maldade, que parecem ser humilhantes ou ameaçadores para a pessoa.

É comum guardarem rancores, sendo implacáveis com qualquer tipo de insulto ou deslizes. Reagem com raiva ou atacando rapidamente quando interpretam qualquer tipo de ataque ao seu caráter ou reputação, ainda que a situação pareça inofensiva e sem más intenções aos olhos de terceiros.

Também desconfiam com frequência da fidelidade do seu cônjuge ou parceiro.

Transtorno da Personalidade Esquizóide

Caracteriza-se pela pouca expressão de emoções e pelo distanciamento das relações sociais, sem desejos de terem relações mais íntimas ou mesmo terem uma família.

São pessoas que preferem realizar atividades sozinhas e poucas vezes sentem prazer naquilo que fazem. Não costumam ter amigos próximos, a não ser os seus parentes de 1º grau.

Elogios ou críticas não afetam pessoas com transtorno de personalidade esquizoide, que demonstram distanciamento, frieza e pouca abertura afetiva.

Transtorno da Personalidade Esquizotípica

Esse transtorno de personalidade prejudica as relações sociais e interpessoais, uma vez que provoca grande desconforto e pouca capacidade para se ter relações íntimas.

São pessoas que apresentam distorções na cognição ou percepção, comportamento ou aparência excêntrica, crenças bizarras ou ainda pensamentos fantasiosos que interferem no comportamento, tornando-o desajustado ao seu meio cultural.

Podem ter ainda ilusões, discurso bizarro, desconfiança e manifestar pouco afeto. Apresentam uma enorme ansiedade social, que permanece mesmo depois de familiarizar-se com as pessoas. Essa relutância em se socializar normalmente está relacionada a medos paranóides e não a uma visão negativa deles mesmos.

2. Grupo B: Antissociais, fronteiriços, narcisísticos, borderline e histriônicosTranstorno da Personalidade Antissocial

Caracteriza-se pela falta de respeito e à violação dos direitos dos outros. Esses indivíduos não conseguem se adequar às regras da sociedade, nomeadamente às leis, cometendo atos ilícitos repetidamente.

A irritabilidade e a agressividade são características marcantes, com tendência para brigas ou agressões físicas. Também desrespeitam de forma irresponsável a segurança pessoal e alheia.

Têm tendência para enganar, mentir, usar nome falso ou aproveitar-se de terceiros para conseguirem prazer ou vantagens pessoais. Quando fazem mal a alguém não apresentam remorso, agindo com indiferença ou justificando o ato.

São pessoas irresponsáveis e por isso fracassam constantemente nos trabalhos ou no cumprimento dos deveres financeiros.

Transtorno da Personalidade Narcisista

Os narcisistas manifestam comportamentos ou fantasias de grandeza, com necessidade excessiva de serem admirados.

São pessoas com ideias grandiosas acerca delas mesmas, consideram-se importantes e querem ser reconhecidos, exagerando as suas realizações e talentos.

O transtorno de personalidade narcisista caracteriza-se também por fantasias de sucesso, inteligência, poder e beleza ilimitados ou ainda um amor ideal.

Os narcisistas acreditam que são especiais e únicos e que somente podem ser compreendidos ou devem associar-se a pessoas ou entidades diferenciadas. Manifestam arrogância e insolência nos seus atos e comportamentos.

Também são presunçosos, ou seja, esperam receber tratamentos favoráveis e especiais a si próprios ou uma obediência quase instantânea naquilo que querem.

Nos relacionamentos pessoais são exploradores, tirando vantagem sobre os outros para alcançarem seus objetivos. Também demonstram falta de empatia, ou seja, não se identificam com os sentimentos dos outros ou não reconhecem as necessidades alheias.

É comum sentirem inveja dos outros ao acharem que os outros sentem inveja deles.

Transtorno da Personalidade Borderline

Pessoas com transtorno da personalidade borderline são instáveis nos relacionamentos pessoais, na autoimagem e na afetividade. São muito impulsivos e fazem grandes esforços para evitar serem abandonados, seja na realidade ou na imaginação.

Os relacionamentos pessoais são intensos e pouco estáveis, alternando períodos de idealização e desvalorização.

Indivíduos borderline possuem perturbações de identidade, com muita instabilidade e resistência na autoimagem ou no seu próprio "eu".

A impulsividade normalmente é voltada para áreas que podem ser potencialmente prejudiciais à própria pessoa.

É comum haver gestos, comportamentos ou ameaças frequentes de suicídio ou ainda comportamentos automutilantes.

São instáveis na afetividade por terem um humor muito reativo. Também apresentam sentimentos de vazio crônicos, além de dificuldade de controlar a raiva, que costuma ser intensa ou inadequada.

Leia também: Quais os sintomas do transtorno de personalidade borderline?

Transtorno da Personalidade Histriônica

Apresentam emotividade exagerada e buscam constantemente a atenção dos outros. Quando não são o centro das atenções, sentem desconforto.

O comportamento em relação aos outros é frequentemente inadequado, muitas vezes sedutor ou provocante sexualmente, usando constantemente a beleza e o corpo para chamar a atenção.

Os discursos de pessoas com transtorno de personalidade histriônica são muito impressionistas, mas com falta de detalhes. Esses pacientes são dramáticos, teatrais e expressam-se emocionalmente de forma exagerada.

Também são facilmente influenciáveis pelos outros ou pelas situações, além de considerarem os relacionamentos mais próximos do que na verdade são.

3. Grupo C: Dependentes, evitativos e obsessivo-compulsivosTranstorno da Personalidade Dependente

Pessoas com esse transtorno têm uma necessidade excessiva de serem cuidadas em todos os aspectos, levando a um comportamento submisso e com medo de separação. Precisam que os outros assumam o controle sobre as áreas mais importantes da sua vida.

Quando estão sozinhos sentem-se desamparados e desconfortáveis, pois acreditam serem incapazes de cuidar deles próprios. Apresentam preocupações e medos irrealistas de serem abandonados e ficarem desamparados.

Esses indivíduos apresentam dificuldade em tomar decisões do cotidiano e precisam sempre de muitos conselhos e orientações de terceiros.

Possuem dificuldade em manifestar opiniões ou posições que discordem dos outros, devido ao receio de perderem a aprovação ou o apoio.

Por terem pouca autoconfiança, dificilmente têm iniciativa de começar projetos ou realizar alguma coisa sozinhos. Não lhes falta vontade, motivação ou energia, mas julgam-se incapazes.

Pode oferecer-se para fazer coisas extremas e desagradáveis, somente para receber apoio e carinho.

Pessoas com esse tipo de transtorno de personalidade buscam rapidamente um novo relacionamento quando uma relação íntima é interrompida, à procura de amparo e carinho.

Transtorno da Personalidade Esquiva

São inibidos socialmente, com sentimentos de inadequação e excessiva sensibilidade a avaliações negativas. Por isso, evitam atividades que tenham contato direto com outras pessoas, por medo de serem criticados ou desaprovados.

Dificilmente se envolvem com alguém antes de ter a certeza de que o outro a estima. São reservados nas relações afetivas devido ao medo de serem ridicularizados ou passarem vergonha.

Indivíduos com esse tipo de transtorno de personalidade acreditam que são socialmente ineptos, sem qualidades pessoais ou inferiores.

O medo excessivo de passar vergonha também os deixa extremamente relutantes em começar novas atividades ou assumir riscos.

Leia também: Qual é o tratamento para o transtorno da personalidade esquiva?; Como identificar alguém com transtorno da personalidade esquiva?

Transtorno da Personalidade Obsessivo-Compulsiva

Os obsessivos-compulsivos apresentam preocupação exagerada com organização, são perfeccionistas. Essas pessoas ficam tão preocupadas com pormenores, listas, regras, ordem, organização ou horários, que perdem o objetivo principal das suas tarefas.

O perfeccionismo atrapalha a realização das tarefas dos indivíduos com esse tipo de transtorno de personalidade. São pessoas extremamente dedicadas ao trabalho e à produtividade, deixando de lado o convívio social, o lazer e os amigos.

Os obsessivos-compulsivos são muito conscienciosos, escrupulosos e inflexíveis em assuntos morais, éticos ou de valores, além de serem rígidos e teimosos.

Têm tendência em guardar objetos que já não servem para nada, ainda que não tenham ligação emocional com os mesmos.

São relutantes em trabalhar em equipe e delegar tarefas, exceto nos casos em que as coisas são feitas exatamente como querem.

Também veem o dinheiro como algo que deve ser guardado para uma emergência e por isso gastam sempre o mínimo possível, tanto com eles próprios como com os outros.

Relembrando que existem ainda indivíduos com transtornos mistos de personalidade, com características de diferentes tipos e transtornos de personalidade.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e orientar o tratamento dos transtornos de personalidade.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O transtorno de ansiedade generalizada caracteriza-se por uma preocupação e apreensão intensas, difíceis de controlar, que duram mais de 6 meses. Os sintomas podem ser físicos e psicológicos, como irritabilidade, angústia, agitação, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar, medo, entre outros. Quem sofre do transtorno apresenta uma ansiedade excessiva, desproporcional à realidade, o que causa muito sofrimento.

Para que o distúrbio seja identificado como transtorno de ansiedade generalizada, a pessoa tem que apresentar, durante um período mínimo de 6 meses consecutivos, pelo menos 3 dos seguintes sintomas:

  • Sintomas físicos: agitação, cansaço, tensão muscular, taquicardia ("batedeira"), transpiração, dor de cabeça, falta de ar, aumento da pressão arterial, insônia, náuseas, vômitos, diarreia;
  • Sintomas mentais: angústia, irritabilidade, dificuldade de concentração, medo, preocupação excessiva.

É importante lembrar que a ansiedade é uma reação natural do organismo que prepara o indivíduo para enfrentar algumas situações. Ficar ansioso antes de dar uma palestra ou fazer um exame importante, por exemplo, é normal.

A ansiedade é considerada uma doença quando causa sofrimento intenso e interfere negativamente em todas as áreas da vida da pessoa. A ansiedade constante e crônica também pode desencadear ataques de pânico.

O que é o transtorno de ansiedade generalizada?

O transtorno de ansiedade generalizada é um distúrbio mental em que uma pessoa geralmente está preocupada ou ansiosa com muitas coisas e acha difícil controlar essa ansiedade.

A causa do transtorno de ansiedade generalizada é desconhecida. É possível que o transtorno esteja relacionado com fatores genéticos e estresse, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.

O principal sintoma do transtorno de ansiedade generalizada é a presença constante de preocupação ou tensão por pelo menos 6 meses, mesmo quando há pouca ou nenhuma razão específica. As preocupações parecem flutuar de um problema para outro. Os problemas podem envolver família, relacionamento interpessoal, trabalho, dinheiro e saúde.

Mesmo sabendo que suas preocupações ou medos são exagerados, uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada tem dificuldade em controlá-los.

Qual é o tratamento para o transtorno de ansiedade generalizada?

O tratamento do transtorno de ansiedade generalizada pode ser feito com medicamentos ansiolíticos e antidepressivos associados à psicoterapia.

Medicamentos

Certos medicamentos, geralmente usados para tratar a depressão, podem ser úteis no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Os antidepressivos previnem os sintomas ou diminuem a intensidade dos mesmos.

Também são usados medicamentos ansiolíticos e sedativos. Essas medicações podem ser utilizadas quando as manifestações se tornam muito graves ou quando a pessoa está prestes a se expor a algo que sempre desencadeia os sintomas.

Psicoterapia

Muitos tipos de psicoterapia podem ser usados no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Porém, uma das formas de psicoterapia mais usada e eficaz é a terapia cognitivo-comportamental. A terapia pode ajudar a pessoa a entender a relação entre seus pensamentos, comportamentos e sintomas, auxiliando no controle e na diminuição da ansiedade.

Durante a terapia cognitivo-comportamental, a pessoa pode aprender a:

  • Entender e controlar visões distorcidas dos fatores estressantes da vida, como o comportamento de outras pessoas ou acontecimentos;
  • Reconhecer e substituir os pensamentos que causam pânico para ajudar a pessoa a se sentir mais no controle;
  • Gerenciar o estresse e relaxar quando surgirem os sintomas;
  • Evitar pensar que problemas menores se tornarão problemas terríveis.

Além dos medicamentos e da psicoterapia, algumas medidas podem ajudar a diminuir os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada, tais como:

  • Reduzir o consumo de cafeína;
  • Evitar o consumo de drogas ilícitas ou beber grandes quantidades de álcool;
  • Praticar atividade física regularmente e descansar o suficiente;
  • Participar de grupos de apoio.

O estresse causado pelo transtorno de ansiedade generalizada pode ser aliviado ao ingressar em um grupo de apoio. Compartilhar com outras pessoas que têm experiências e problemas em comum pode ajudar a pessoa a não se sentir sozinha. A participação nesses grupos não substitui os medicamentos ou a psicoterapia, mas pode ser uma ajuda adicional.

O prognóstico de uma pessoa com transtorno de ansiedade generalizada depende da gravidade do distúrbio. Em alguns casos, o transtorno é crônico e difícil de tratar. No entanto, a maioria dos pacientes melhora com medicamentos e psicoterapia.

O/a médico/a psiquiatra ou o/a médico/a de família são responsáveis por avaliar o caso, definir o tratamento mais adequado e encaminhar a pessoa para dar início às sessões de psicoterapia.

Saiba mais em: Quais os sintomas dos transtornos de ansiedade?

O que é uma pessoa sedada?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sedação é um procedimento onde o médico aplica uma medicação que tem como principal efeito acalmar o paciente, fazê-lo ficar calmo, tranquilo, dormindo...

Sintomas como: tontura, vômito e diarreia... o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O conjunto de sintomas que inclui vômito e diarreia geralmente sugere um quadro de gastroenterite.

No entanto, outras doenças e condições que também pode causar sintomas de diarreia e vômitos incluem: doença inflamatória intestinal (Doença de Crohn, retocolite ulcerativa), síndrome do intestino irritável, uso de certos medicamentos (como antibióticos), intolerância a lactose, entre outras.

O que é a gastroenterite e quais os seus sintomas?

A gastroenterite corresponde a uma inflamação do trato gastrointestinal, provocada por agentes patogênicos como vírus, bactérias, protozoários ou toxinas alimentares.

Os principais sintomas da gastroenterite são:

  • Náuseas e vômitos;
  • Diarreia;
  • Dor abdominal;
  • Febre.

Algumas pessoas podem ainda queixar-se de dor de cabeça, fraqueza ou mal-estar.

O sintoma de tontura embora menos frequente também pode estar associado a gastroenterites, principalmente quando a pessoa encontra-se desidratada.

A desidratação é um dos principais riscos da gastroenterite, é ocasionada pela perda de líquidos através da diarreia e do vomito. A desidratação pode agravar o sintoma de tontura. Outros sintomas da desidratação são:

  • Cansaço;
  • Sede intensa;
  • Boca, lábios e olhos secos;
  • Fraqueza;
  • Dor de cabeça.

Por isso, o tratamento da gastroenterite consiste basicamente em manter uma ingestão adequada de líquidos de modo a impedir a desidratação.

É importante beber de 2 a 3 litros de água por dia e manter uma alimentação leve com alimentos como arroz, maçã, banana, canja e pão ou cereais cozinhados. O uso de soro de hidratação pode ser necessário em alguns casos.

O uso de medicamentos antibióticos só está indicado em casos muito específicos, geralmente não são necessários.

Medicamentos antieméticos, que controlam o vômitos, podem ser usados quando os episódios de vômitos estão muito frequentes. Medicamentos antidiarreicos não estão indicados.

Caso apresente sintomas de tontura, vômitos e diarreia persistentes consulte um clínico geral ou médico de família para uma avaliação.

Transtorno opositor desafiador tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Transtorno opositor desafiador (TOD) pode ter cura sim, principalmente se o tratamento for iniciado de forma precoce.

Importante salientar que os casos de TOD que não são devidamente tratados, podem evoluir para outros distúrbios, como o transtorno de conduta e o transtorno de personalidade antissocial na adolescência e idade adulta.

Na adolescência, o TOD pode aumentar o risco de transtorno de ansiedade, abuso de álcool, uso de drogas e delinquência.

Como deve ser o tratamento do Transtorno opositor desafiador?

O tratamento deve ser multidisciplinar, abordando diferentes áreas e métodos, levando em consideração sobretudo a avaliação e orientações nos ambientes sociais e familiares aos quais as crianças estão inseridas.

Quando a criança apresenta outros transtornos mentais associados, como ansiedade, TDAH, depressão e bipolaridade, o uso de medicamentos pode ser necessário.

Com o tratamento adequado, é possível controlar os sintomas do transtorno de oposição desafiante. Através da psicoterapia, a criança ou o adolescente aprende a controlar as emoções, sobretudo a raiva, lidar com as frustrações e relacionar-se socialmente.

Para os pais, a terapia familiar e as orientações do psicólogo ajudam a elaborar melhores métodos de disciplina.

É importante frisar que o sucesso do tratamento depende muito das mudanças que devem ocorrer nos ambientes sociais e familiares que cercam a criança. Por isso, os resultados podem demorar para aparecer e o tratamento pode levar anos.

Saiba mais em:

Como identificar o transtorno opositor desafiador (TOD)?

Quais as causas do transtorno opositor desafiador (TOD)?

Risperidona: para que serve?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A risperidona é um antipsicótico indicado no tratamento da esquizofrenia, psicoses agudas e crônicas, transtorno bipolar, irritações decorrentes do autismo, estresse pós traumático e outros distúrbios psiquiátricos. A risperidona também tem efeitos positivos sobre a ansiedade, o estresse e as alterações mentais causadas por esses transtornos.

A risperidona serve, portanto, para tratar psicoses em geral, atuando sobre diversos transtornos, como confusão mental, alucinações, delírios, excesso de desconfiança, isolamento social, timidez excessiva, entre outros.

A risperidona também é utilizada no controle de transtornos do comportamento, como agressões físicas e verbais, excesso de desconfiança e agitação.

A risperidona é indicada ainda para pessoas com mania, cujos sintomas incluem humor muito expansivo ou irritável, excesso de autoestima, pouca necessidade de sono, pensamentos acelerados, diminuição da atenção, concentração ou capacidade de julgamento, atitudes inadequadas ou agressivas.

Em crianças e adolescentes com autismo, a risperidona pode ser utilizada para tratar a irritabilidade relacionada ao transtorno autista, como agressões, autoagressão, surtos de raiva e angústia, além de mudanças bruscas de humor.

O uso do medicamento é indicado para casos agudos (início súbito) e crônicos (longa duração).

Mesmo depois de uma melhoria dos sintomas, a risperidona costuma ser mantida para controlar os transtornos e evitar recaídas.

Quais são as contraindicações da risperidona?

A risperidona é contraindicada para pessoas alérgicas ao medicamento ou a alguma substância da sua fórmula. Em caso de alergia, pode haver erupções na pele, coceira, respiração curta ou inchaço no rosto. Na presença dessas manifestações, o/a médico/a que receitou o medicamento deve ser contactado/a imediatamente ou a pessoa deve se dirigir a um serviço de urgência.

Essa medicação é um antipsicótico atípico ou de segunda geração que comparado aos de primeira geração tem menos efeitos adversos. Por outro lado, a nova classe de medicação tem outros efeitos também indesejados e um valor comercial mais elevado.

A risperidona é uma medicação que precisa ser acompanhada de perto, com possíveis ajustes de dose e suspensão temporária em alguns casos. Não tome medicação sem indicação médica. Converse com o/a médico/a psiquiatra para tirar suas dúvidas.