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12 Sintomas de Ansiedade (mentais e físicos) que você deve conhecer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A pessoa com ansiedade apresenta sintomas psicológicos como medo, preocupação excessiva na maior parte do tempo, angústia e sintomas físicos como palpitação, tremores e suor frio.

É uma doença que dura em média 6 meses, ou mais, e está associada ao aumento da tensão.

A ansiedade não deve ser desvalorizada e o paciente precisa ser acompanhado por um psicólogo e/ou psiquiatra para um tratamento adequado.

Sintomas de ansiedade

De forma geral, a ansiedade se manifesta como uma combinação de sintomas mentais e físicos, podendo ainda provocar pensamentos catastróficos e alterações de comportamento.

Sintomas mentais

1. Medo e preocupação excessiva

A dificuldade de parar de se preocupar mesmo em situações nas quais não há motivos para isso, é um dos sintomas chave do Transtorno de Ansiedade Generalizada. Neste caso, acontece a formação de pensamentos involuntários, antecipando acontecimentos ou preocupações futuras que podem nem acontecer.

2. Irritabilidade

É comum que pessoas com transtornos ansiosos se sintam mais irritadas, o que costumam referir como “nervos à flor da pele”. Qualquer pequena frustração ou desapontamento é sentido de forma intensa e pode desencadear reações explosivas.

3. Formigamento

A dormência ou formigamento no rosto, lábios ou nos braços pode ocorrer devido à liberação de neurotransmissores. O sintoma traz mais angústia, pois pode ser confundido com o início de um infarto ou derrame, levando grande parte desses pacientes a uma emergência.

4. Desânimo, desinteresse

A falta de ânimo e de interesse por coisas antes prazerosas é um sintoma bastante comum na ansiedade.

5. Alterações no sono

A insônia é outro sintoma chave, pois a ansiedade e tensão, não permitem que ao deitar-se para dormir, a pessoa consiga se desligar, mesmo que momentaneamente. É comum, nesse momento, os episódios de pensamentos ruins, sentimento de angústia e preocupações em relação ao futuro. Pode até acontecer da pessoa adormecer devido ao cansaço extremo, porém o sono é fragmentado, acaba por acordar no meio da noite pensando em “coisas que tenho que fazer ou resolver”.

Sintomas físicos

Além dos sintomas mentais, pessoas com ansiedade podem apresentar os seguintes sintomas físicos:

6. Palpitação;

7. Tremores;

8. Suor frio;

9. Tensão muscular;

10. Sensação de pressão ou aperto no peito;

11. Falta de ar, respiração ofegante e

12. Dificuldade de engolir ("bolo na garganta"), por espasmo do esofagiano.

O que é ansiedade?

A ansiedade pode representar uma reação emocional natural a diversas situações da vida, boas e ruins, e representa ainda um sinal de alarme ao organismo.

Esse sentimento passa a ser considerado um transtorno mental, quando o mecanismo de proteção se encontra desregulado e provoca respostas exageradas e prolongadas, a determinadas emoções.

O transtorno de ansiedade generalizado se caracteriza pelo medo excessivo, associado a tensão e com uma duração de pelo menos seis meses consecutivos, ou até mais.

Além disso, o transtorno causa um desconforto importante, prejuízo no desempenho social, profissional e/ou desenvolvimento das atividades da nossa vida diária.

Tratamentos para o transtorno de ansiedade

O tratamento depende das condições de saúde do paciente, do tipo de ansiedade e intensidade dos sintomas. No entanto é fundamental ser feito em conjunto, combinando as seguintes terapias:

Psicoterapia

A terapia cognitivo-comportamental é um tipo específico de terapia que trabalha cada um dos componentes da ansiedade - sintomas físicos, pensamentos e comportamentos – para que a pessoa possa viver no presente, no aqui e agora antecipando com menos frequência os seus pensamentos sobre o futuro.

Terapia medicamentosa

Quadros mais graves de transtorno de ansiedade são tratados com medicamentos. Podem ser utilizados medicamentos que tem como função aliviar os sintomas de ansiedade rapidamente como os benzodiazepínicos, bastante úteis no início do tratamento.

Medicamentos de longo prazo que atuam regulando os níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina, neurotransmissores vinculados às respostas exageradas de ansiedade também podem ser usados. São exemplos desses medicamentos, os antidepressivos e antipsicóticos, com excelente resposta no tratamento desses transtornos.

Atividade física

A prática de atividade física, especialmente os exercícios aeróbicos, ajudam a reduzir a ansiedade pela produção de endorfina e outros hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar.

Estilo de vida saudável

Adotar uma alimentação saudável e uso de probióticos, já demonstraram auxiliar no tratamento da ansiedade. A nossa flora intestinal está bastante associada a produção de serotonina.

Evitar o consumo exagerado de bebidas alcoólicas e drogas ilícitas, reduz a dependência e depressão do sistema nervoso, contribuindo para uma melhora dos sintomas de ansiedade.

O cigarro também parece contribuir para os sintomas de palpitação e dor no peito, sendo recomendado que procure ajuda para abandoná-lo.

Terapia alternativas

A meditação, yoga e outras terapias alternativas comprovadamente auxiliam na manutenção da atenção e do foco, além de trabalhar os pensamentos por meio da prática de exercícios respiratórios.

Portanto, hoje é considerada um dos componentes de tratamento para as crises de ansiedade e transtorno de ansiedade generalizado.

Ansiedade tem cura?

Sim, embora seja um tratamento difícil e por vezes demorado, a ansiedade pode alcançar a cura. Lembrando que o tratamento para ser eficaz, deve ser um tratamento conjunto.

Não existe um medicamento que assegure a cura de maneira isolada. Para chegar ao objetivo é preciso um comprometimento rigoroso do paciente com os seus terapeutas.

O tratamento mais adequado é a associação das medicações, com a terapia e atividades físicas regulares, além de adotar hábitos de vida saudáveis.

Para uma avaliação, diagnóstico e indicação de tratamento adequado procure um psiquiatra. Não utilize ansiolítico e antidepressivos sem orientação.

Entenda melhor sobre esse transtorno no artigo: Crise de ansiedade: o que é, como identificar os sintomas e o que fazer

Referências:

  • Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM–5). American Psychiatric Association (APA).
  • Alexander Bystritsky et al.; Complementary and alternative treatments for anxiety symptoms and disorders: Physical, cognitive, and spiritual interventions. UpToDate. Jun 05, 2019.
  • Alexander Bystritsky,, et al.; Pharmacotherapy for generalized anxiety disorder in adults. UpToDate. Sep 17, 2019.
O que é uma psicose e quais são os seus sinais e sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Psicose é um termo usado para identificar transtornos psiquiátricos em que a pessoa perde o contato com a realidade. O funcionamento mental de uma pessoa psicótica fica comprometido em vários níveis, provocando sinais e sintomas que incluem alucinações, delírios, confusão mental, perda de memória, comportamentos fora do comum, entre outros.

O termo "psicótico" também pode ser usado para designar distúrbios nos relacionamentos pessoais e sociais ou comportamentos isolados num determinado momento.

Perder o contato com a realidade significa que a pessoa não avalia corretamente as suas percepções e pensamentos, o que a leva a tirar conclusões incorretas em relação ao mundo real, mesmo que as evidências provem o contrário.

Existem diversos tipos de transtornos psicóticos, como esquizofrenia, transtorno delirante, transtorno psicótico induzido por substâncias, transtorno psicótico breve, entre outros.

Mesmo pessoas com transtornos mentais não-psicóticos podem apresentar sintomas psicóticos, como em casos de depressão grave, por exemplo.

São observadas alterações nos pensamentos e na afetividade, com um comprometimento de todo o comportamento, o que atrapalha a vida do indivíduo, podendo torná-lo incapaz de desenvolver-se plenamente e viver bem em sociedade.

Nas psicoses, pode haver uma negação total da realidade, que é substituída por conceitos únicos e particulares que caracterizam a doença.

Quais são os tipos de psicose?

Os transtornos psicóticos mais comuns, de acordo com a faixa etária, são:

  • Transtornos esquizofrênicos e psicoses reativas: sintomas começam geralmente na adolescência (idade entre 11 e 18 anos) ou em jovens adultos (entre 18 e 30 anos);
  • Depressão com sintomas psicóticos: mais comum em adultos, mas pode acometer outras faixas etárias;
  • Psicoses orgânicas: pode acometer qualquer faixa etária, mas se destaca entre os idosos.
Quais são os sintomas de uma psicose?

O sinal mais evidente de uma psicose é a manifestação de delírios ou alucinações sem estar ciente da origem patológica desses sintomas. Para entender a diferença entre delírio e alucinação, pode-se utilizar o seguinte exemplo:

Uma pessoa entra num local, vê um policial e, sem motivo algum, quer sair correndo porque acha que a polícia está ali para lhe prender. Neste caso, a polícia é real mas não está ali para prender a pessoa em questão. Foi ela que imaginou essa situação e acreditou ser verdade. Trata-se de um delírio. Alucinação seria ver o policial ou ouvir uma sirene da polícia sem que esses existissem, já que é isso que define a alucinação: ver ou ouvir algo que não existe.

Porém, é importante diferenciar uma síndrome de um transtorno psicótico. Uma síndrome psicótica apresenta os sintomas básicos de uma psicose mas não é a doença propriamente dita. Existem vários transtornos ou doenças mentais que englobam os sinais de um transtorno psicótico, sem que a pessoa seja necessariamente psicótica.

Quais são os sinais e sintomas que caracterizam uma síndrome psicótica?
  • Aparecimento súbito de alucinações, principalmente quando acompanhadas de ideias delirantes e incoerência na organização de ideias, além de desorientação no espaço e no tempo;
  • Desconfiança excessiva, isolamento, falta de interesse por atividades sociais, hostilidade e agressividade;
  • Tristeza acentuada, insônia, autoacusação, ideias ou tentativas de suicídio, descuido com a higiene pessoal;
  • Euforia, insônia, planos ou ideias grandiosas, excitação ou agitação psicomotora, eloquência exagerada;
  • Estar alheio(a) ao mundo exterior, com predomínio significativo do mundo interior, comportamentos bizarros ou estranhos, dificuldade em expressar emoções e sentimentos.
Esquizofrenia

A esquizofrenia, por exemplo, é uma forma típica de psicose. Trata-se de uma doença da personalidade, que altera toda a vivência da pessoa. Pessoas esquizofrênicas são consideradas “estranhas” ou “loucas”, devido à sua alienação da realidade. Menosprezam a razão e vivem nas suas fantasias.

Os sintomas que caracterizam a esquizofrenia, para fins de diagnóstico, incluem:

  • Ouvir os próprios pensamentos sob a forma de vozes;
  • Ouvir vozes que falam sobre o comportamento da pessoa;
  • Alucinações somáticas;
  • Sensação de controle dos pensamentos;
  • Sensação de ser controlado e influenciado por coisas externas.

A esquizofrenia é uma psicose que afeta o comportamento, a afetividade e o pensamento, sendo os delírios uma causa ou consequência das alterações sofridas nessas áreas.

O delírio mais comum da esquizofrenia é do tipo paranoide ou de referência. No primeiro caso, a pessoa acha que os outros estão tentando prejudicá-la ou a estão perseguindo. No segundo caso (referência), a pessoa acha que tudo e todos estão se referindo a ela (televisão, rádio, vizinhos…), o que a leva a ter um pouco de aversão a esses elementos.

Os delírios na esquizofrenia começam a se manifestar aos poucos, sendo percebidos gradualmente por amigos e familiares do paciente.

Já as alucinações visuais e auditivas são as mais comuns da esquizofrenia. Alucinações desse tipo caracterizam-se por ouvir vozes dos próprios pensamentos, ouvir vozes que falam e dão respostas, além de ouvir vozes que fazem observações sobre as ações da pessoa.

Porém, a esquizofrenia pode causar ainda alucinações ao nível do tato, olfato, paladar, movimentos, entre outras alucinações somáticas.

Essa transformação dos pensamentos em sons, outros sinais e sintomas de alucinação auditiva e a sensação de ter os pensamentos controlados por fatores externos, caracterizam um quadro típico de esquizofrenia.

Um indivíduo com esquizofrenia pode passar o dia inteiro ouvindo a sua própria voz, que faz comentários e previsões daquilo que foi ou será feito por ele.

Outro sintoma típico da esquizofrenia é a sensação de que o pensamento está sendo sugado para fora por alguma coisa do exterior ou está irradiando para fora da mente.

A sensação de ter as ações sendo controladas por forças ou agentes externos é outra característica marcante da esquizofrenia.

Em geral, as alucinações auditivas surgem em primeiro lugar e são as últimas a desaparecer com o tratamento.

Qual é o tratamento para psicose?

O tratamento das psicoses pode incluir medicamentos, psicoterapia, orientações para a família e prática de exercícios físicos. O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento das síndromes e transtornos psicóticos.

Quais são os efeitos da nicotina no organismo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os efeitos da nicotina incluem melhora leve do humor, diminuição do apetite, relaxamento muscular, aumento dos batimentos cardíacos, pressão arterial, frequência respiratória e atividade motora. A nicotina também tem ação vasoconstritora, ou seja, reduz o calibre dos vasos sanguíneos e ainda favorece a formação de coágulos.

A nicotina é um estimulante do sistema nervoso central. Trata-se de uma substância que provoca dependência química, física e psicológica, cujos efeitos interferem no organismo e no comportamento de quem fuma. 

A intensidade da dependência da nicotina aumenta com o número de cigarros consumidos por dia e o tempo de tabagismo.

Além de ser a responsável pelo vício de fumar, a nicotina potencializa a ação da fumaça do cigarro, aumentando o risco de derrame, infarto, doenças pulmonares e vários tipos de câncer.

Com o passar do tempo, a pessoa fica cada vez mais tolerante aos efeitos da nicotina no organismo. Isso significa que para sentir os mesmos efeitos do início do vício, é preciso consumir doses cada vez maiores.

Ao parar de fumar abruptamente ou diminuir o número de cigarros consumidos por dia, o indivíduo pode apresentar uma série de sintomas, que caracterizam a síndrome de abstinência de nicotina.

Esses sinais e sintomas podem incluir insônia, perturbações físicas e psicológicas, humor deprimido, irritabilidade, ansiedade, agitação, dificuldade de concentração, prisão de ventre, diminuição da frequência cardíaca, aumento do apetite, ganho de peso, entre outros.

Contudo, a síndrome da abstinência da nicotina normalmente desaparece depois de uma ou duas semanas que a pessoa deixou de fumar.

Uma forma de reduzir os efeitos de abstinência é através do uso do adesivo de nicotina, que permite que o corpo absorva nicotina através da pele, diminuindo os sintomas.

Saiba mais em: Como funciona o adesivo de nicotina para parar de fumar?

Em alguns casos para diminuir a ansiedade decorrente da cessação do uso também podem ser administrados medicamentos antidepressivos como a bupropiona.

Os adesivos de nicotina e a bupropiona são distribuídos gratuitamente pelo SUS. Para ter acesso ao tratamento para parar de fumar, procure uma Unidade Básica de Saúde.

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O que estou sentindo pode ser Síndrome do Pânico?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A síndrome do pânico é um transtorno mental caracterizado por ataques agudos de ansiedade intensa, em que a pessoa acha que algo catastrófico pode lhe acontecer a qualquer momento. O ataque de pânico ocorre de forma abrupta e inesperada, começa com um breve período de medo ou mal-estar intenso e atinge o seu pico em poucos minutos.

A duração de um ataque de pânico varia entre 15 e 30 minutos. Durante a crise, a pessoa apresenta sintomas físicos e mentais. Os sintomas físicos da síndrome do pânico incluem respiração ofegante, batimentos cardíacos acelerados, falta de ar ou sensação de asfixia, boca seca, tonturas, náuseas, tremores, transpiração intensa, desconforto na barriga e no peito, podendo até ocorrer vômitos ou desmaios no pico da crise.

O início repentino e rápido dos sintomas, associado ao aumento da frequência cardíaca, muitas vezes leva o indivíduo a pensar que vai ter um ataque cardíaco.

Os sintomas psicológicos que caracterizam a síndrome do pânico incluem desespero, medo de morrer, medo de enlouquecer, sensação de que algo trágico vai acontecer, sensação de morte iminente. Também já se sabe que mais da metade das pessoas com síndrome do pânico apresentam também sintomas de depressão.

Quem tem síndrome do pânico acaba vivendo com medo de ter medo, já que nunca sabe quando terá um ataque novamente. Isso gera muita ansiedade e insegurança, o que afeta significativamente a qualidade de vida da pessoa.

A síndrome do pânico é cerca de três vezes mais comum nas mulheres e os sintomas geralmente se manifestam na adolescência e início da vida adulta.

Não existe uma causa específica para o transtorno do pânico. A primeira crise pode ocorrer devido a um acontecimento traumático ou uma situação de estresse intenso, embora a maioria dos ataques iniciais ocorra sem motivo aparente.

Acredita-se que uma das possíveis causas para a síndrome do pânico esteja relacionada com fatores genéticos. Outra hipótese é uma disfunção do sistema de alerta do cérebro. O sistema de alerta é acionado naturalmente em situações que causam medo. Porém, quem sofre do transtorno pode ter esse sistema acionado sem uma causa específica.

O tratamento da síndrome do pânico é feito através da combinação de medicamentos com terapia cognitiva comportamental. A cura do transtorno é difícil de ser alcançada, com uma taxa de recaída bastante elevada.

O médico psiquiatra, clínico geral e médico de família podem realizar o diagnóstico e orientação do tratamento da síndrome do pânico.

Quem tem epilepsia pode beber álcool?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Beber uma pequena quantia de álcool pode não afetar as pessoas que tem epilepsia sob controle. O consumo moderado a pesado de bebidas alcoólicas aumenta o risco de precipitar as crises, principalmente no período de 7 a 48 horas após a ingestão de álcool.

A epilepsia é uma doença que possui tratamento e, ao realizar corretamente, oferece uma boa qualidade de vida à/ao paciente. Estando numa fase de controle das crises e num período estável do tratamento, a ingestão de pequenas quantidades de bebidas alcoólicas é permitida. Deve-se ressaltar que cada pessoa apresenta um limiar diferente e uma sensibilidade distinta.

A presença de quantidade moderada e excessiva de álcool na corrente sanguínea afeta o limiar no qual pode-se desencadear uma nova crise convulsiva. Por isso, para pacientes com epilepsia recomenda-se evitar bebidas alcoólicas ou fazer uso do álcool com moderação e em pequenas quantidades.

Procure realizar o tratamento de forma constante e correta, realizando com continuidade o acompanhamento médico. 

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Diferenças entre Esquizofrenia e Depressão
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As diferenças entre esquizofrenia e depressão são bastante significativas. Apesar de muitas vezes o paciente esquizofrênico apresentar também depressão, esta última em geral se instala após o aparecimento da esquizofrenia.

Embora a apatia e a falta de motivação se manifestem na esquizofrenia e na depressão, existem outros sinais e sintomas que podem facilmente diferenciar uma doença da outra.

Características da Esquizofrenia

A esquizofrenia é um transtorno mental que provoca crises de psicose caracterizadas por delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento amplamente desorganizado ou catatônico, negativismo, alterações da afetividade (indiferença, falta de expressão afetiva) e perda de motivação.

O esquizofrênico também pode apresentar dificuldade de concentração, alterações na coordenação motora, desconfiança excessiva e indiferença.

As alucinações são sobretudo auditivas e caracterizam-se pela sensação de ouvir vozes que não são reais. Os delírios geralmente se manifestam pela sensação de perseguição devido a situações irreais.

O discurso do esquizofrênico é desorganizado e os comportamentos são inadequados, com falas e atitudes sem sentido ou lógica. Também apresentam mudanças de humor sem razão aparente, manifestando alegria ou tristeza.

Outro sintoma da esquizofrenia é a dificuldade de memória, organização e entendimento em relação a assuntos, ideias e pormenores.

No trabalho, os esquizofrênicos normalmente têm dificuldade de relacionamentos, podendo apresentar ainda dificuldade nos estudos ou nas relações familiares.

Os sintomas da esquizofrenia tendem a se manifestar entre a adolescência e a idade adulta, até mais ou menos os 30 anos de idade. O indivíduo começa a apresentar mudanças de comportamento e nos relacionamentos sociais e interpessoais.

A causa da esquizofrenia está relacionada com fatores genéticos, ambientais e psicológicos.

A doença geralmente evolui em episódios agudos onde surgem vários destes sintomas, sobretudo delírios e alucinações. As crises são intercaladas por períodos de remissão, com poucos sintomas manifestos.

Características da Depressão

A depressão, um outro transtorno mental, caracteriza-se por uma tristeza profunda, duradoura e muito forte que o paciente não consegue vencer.

Os seus principais sintomas são: tristeza profunda e duradoura, falta de interesse ou prazer em atividades que se gosta de fazer, sensação de vazio, falta de energia, apatia, desânimo, falta de vontade de desempenhar tarefas, falta de esperança, pensamentos negativos, pessimismo e autodesvalorização.

A depressão ainda pode causar dificuldade de concentração, sono irregular, perda de apetite, ansiedade, dor de cabeça e desconfortos estomacais.

Casos mais graves de depressão podem levar também a ideias de morte e tentativas de suicídio. A depressão geralmente é recorrente, ou seja, o paciente tem episódios de depressão de tempos em tempos.

Porém, pacientes com depressão não apresentam alucinações e delírios, como frequentemente ocorre com os esquizofrênicos, a menos que tenham um outro transtorno mental.

Uma pessoa com esquizofrenia pode desenvolver uma depressão, mas esses dois transtornos diferem e devem ser tratados e diagnosticados separadamente pelo médico de família ou psiquiatra.

O stress aumenta o nível de colesterol?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o stress pode aumentar o nível de colesterol. Segundo alguns estudos científicos, pessoas que passam por situações de stress podem ter aumentos temporários dos níveis de colesterol sanguíneo.

Contudo, após 3 anos de situações agudas de stress, há uma maior chance dos níveis de colesterol ficarem elevados permanentemente. Isso porque, sob stress, o fígado produz uma quantidade maior de colesterol e em quadros de stress constante, o corpo apresenta dificuldades em retirar o colesterol do sangue.

Esse aumento do colesterol pode estar relacionado com o fato do colesterol ser utilizado pelo organismo como matéria prima na produção de células (o colesterol compõe a membrana celular).

Sabe-se que em situações de stress, o corpo entra num estado de luta ou fuga. É uma reação primitiva e automática que ocorre no ser humano. 

Assim, como uma resposta ancestral do organismo, uma maior produção de colesterol permite facilitar a reparação dos danos, dos ferimentos, das perdas teciduais e de outros traumas decorrentes dessas reações (luta ou fuga).

Além disso, muitas pessoas em situação de estresse constante tendem a se alimentar de maneira inadequada ou não praticar atividade física, sendo que dieta desequilibra e sedentarismo também podem contribuir para o aumento do colesterol.

Face a isso, é importante tentar controlar o stress, detectando as suas fontes. O controle do stress pode travar essa resposta do organismo, prevenindo assim o aumento dos níveis de colesterol.

Consulte o seu médico de família ou clínico geral caso tenha dúvidas sobre o colesterol, stress e outros fatores de risco.

Saiba mais em: Colesterol VLDL alto é perigoso? Quais são os riscos?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, o transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de personalidade múltipla ou de dupla personalidade, caracteriza-se pela presença de duas ou mais identidades diferentes que controlam algum comportamento da pessoa.

Essas personalidades são independentes uma da outra e em muitos casos não têm conhecimento da existência das demais.

Algumas pessoas podem ter até 10 personalidades ou mais, sendo o transtorno mais comum em mulheres. Há ainda casos em que uma determinada identidade não reconhece os familiares do indivíduo, enquanto outra pode reconhecer e demonstrar afeto pelos mesmos.

Essas pessoas também apresentam perdas de memória recente e mais antigas.

Veja também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?

Causas

Indivíduos com transtorno dissociativo de identidade não conseguem se lembrar das suas próprias informações pessoais. O transtorno muitas vezes está associado a traumas graves e constantes sofridos durante a infância.

O tempo de duração, a proximidade e a gravidade dos traumas sofridos durante esse período são fatores diretamente associados ao desenvolvimento do transtorno dissociativo.

Contudo, nem todas as pessoas que passam por situações traumáticas desenvolvem transtorno dissociativo de personalidade.

Existem diversos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento ou não dos sintomas, como a forma diferente que cada um tem de absorver e lidar com esses traumas.

Sabe-se também que indivíduos usuários de drogas e substâncias químicas ou que sofreram abusos sexuais têm mais predisposição para apresentar o transtorno dissociativo de identidade.

Os sintomas do transtorno dissociativo de identidade podem incluir ainda stress pós-traumático, automutilação e o seu diagnóstico é difícil.

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade.

Saiba mais em:

Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?