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Quais são os tipos de transtorno de humor?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os tipos de transtorno de humor mais comuns são a depressão e o transtorno bipolar. A depressão é considerada um transtorno de humor unipolar, pois a variação do humor fica apenas do lado depressivo. Quando as variações de humor oscilam entre a depressão e a euforia, o transtorno é bipolar.

Nos casos em que os sintomas depressivos ocorrem em simultâneo com a euforia (mania), são chamados de disforia ou episódio misto.

Depressão

O aparecimento da depressão é influenciado pela genética, stress emocional, pouco apoio social, baixas condições socioeconômicas, uso de substâncias e abuso de álcool, pós-parto, residir em cidades, ser portador de doenças graves, entre outros fatores.

Os sintomas da depressão incluem tristeza, pessimismo, redução das atividades habituais, falta de iniciativa, insônia, alterações no apetite, perda da libido, falta de prazer em atividades que antes eram prazerosas, dificuldade de concentração, perdas de memória, sentimentos de culpa, entre outros.

É comum pessoas com depressão descuidarem-se da aparência, apresentando-se muitas vezes despenteadas ou com a barba por fazer, por exemplo. Também é frequente evitarem o contato visual, ficarem de cabeça baixa e apresentarem movimentos e fala lentos.

Nos casos mais graves, a depressão pode levar ao suicídio.

Leia também: Quais são os sintomas do transtorno de humor e as suas causas?

Transtorno Bipolar

O transtorno de humor bipolar caracteriza-se por variações extremas de humor, alternando episódios de euforia (mania) e depressão. Na fase maníaca, a pessoa fica eufórica, com aumento das atividades física e mental. Já na fase depressiva, estão presentes sintomas como tristeza e lentidão para ter e concretizar planos.

As crises do transtorno de humor bipolar muitas vezes ocorrem de 2 em 2 anos quando a pessoa não está tomando os medicamentos.

Pessoas com bipolaridade podem tentar o suicídio, principalmente na fase da depressão. As tentativas de suicídio podem ocorrer em até 24% dos casos nos transtornos bipolares mais graves.

O transtorno bipolar normalmente surge entre os 18 e os 22 anos de idade.

Transtorno Ciclotímico

Nesse tipo de transtorno de humor, as variações entre os episódios depressivos e maníacos são crônicos, mas as crises são mais leves. Trata-se de um transtorno bipolar mais suave, sem a gravidade dos quadros de euforia e depressão observados na bipolaridade.

O tratamento dos transtornos de humor inclui o uso de medicamentos psiquiátricos e psicoterapia. O médico especialista responsável pelo diagnóstico é o psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno de humor tem cura? Como é o tratamento?

4 tipos principais de transtornos de ansiedade
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

De acordo com o Projeto Diretrizes, redigido pela Associação Brasileira de Psiquiatria, existem quatro tipos principais de transtornos de ansiedade: transtorno do pânico, transtorno de ansiedade social (a fobia social), transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e o transtorno de ansiedade generalizada. É preciso diferenciar entre cada um destes, para facilitar no diagnóstico:

1) Transtorno do pânico

A manifestação mais comum do transtorno de pânico é o ataque de pânico, um conjunto de sintomas de ansiedade que começam repentinamente, com manifestações físicas (como taquicardia, excesso de transpiração, sensação de morte iminente) e duram aproximadamente dez minutos.

Os primeiros ataques de pânico normalmente ocorrem inesperadamente. Depois disso podem acontecer quando se chega a um certo nível de ansiedade ou quando o indivíduo enfrenta alguma situação.

O transtorno de pânico começa com os ataques e pode causar agorafobia, condição em que o indivíduo evita algumas situações ou locais para não sofrer um ataque.

Locais onde o indivíduo pode sofrer um ataque são: túneis, engarrafamentos, aviões, espaços abertos de grande dimensão, shopping centers, ficar ou sair sozinho. Em todos esses cenários existe algo em comum: o problema que o paciente enfrenta, caso nelas tenha um ataque.

Conforme o transtorno evolui, o paciente vai ficando mais dependente de outras pessoas, tendo cada vez menos autonomia.

Existem outros transtornos mentais relacionados com o transtorno de pânico e precisam ser estudados para que seja criado uma estratégia de tratamento correta, como por exemplo: depressão ou abuso de álcool ou drogas.

2) Transtorno de Ansiedade Social (fobia social)

No caso do transtorno de ansiedade social (fobia social), os sintomas de ansiedade acontecem quando a pessoa é o foco de atenção dos outros. Pode acontecer quando ela escreve, come, assina, ou quando tem que falar em público.

É diferente de um ataque de pânico, porque os sintomas se manifestam durante uma situação social que causa desconforto e só terminam quando a interação com os outros indivíduos acaba.

O transtorno de ansiedade social pode ter início nos primeiros anos de vida de alguém, sendo que muitas vezes se manifesta na infância. Apesar disso, o transtorno fica mais claro no começo da idade adulta, quando a interação social é obrigatória.

Quando este transtorno evolui, vai causando limitações progressivas na vida da pessoa, podendo levar ao consumo excessivo de álcool ou depressão.

3) Transtorno obsessivo-compulsivo

Obsessões são impulsos, pensamentos ou imagens que surgem repetitivamente e de forma intrusiva. Normalmente estão relacionados com a ansiedade, e a pessoa não consegue impedir a sua manifestação, apesar de saber que se trata de uma situação anormal.

Compulsões são ações repetitivas, que pessoa sente que é obrigada a cumprir, para evitar entrar em um estado descontrolado de ansiedade. Muitas vezes essas compulsões consistem em rituais de limpeza, verificação e contagem.

Frequentemente a pessoa toma vários banhos por dia ou lava a mão dezenas de vezes porque sente que está sujo. Também verifica compulsivamente e várias vezes se deixou a porta aberta.

Estas obsessões e compulsões têm origem ou ficam mais intensas nos primeiros anos de adulto. A tendência é que fiquem cada vez mais graves, debilitando cada vez mais o paciente. Algumas vezes podem atingir um extremo, sendo que alguns pacientes são incapazes de cumprir tarefas simples, como levar um garfo até a boca.

4) Transtorno de ansiedade generalizada:

No caso de transtorno de ansiedade generalizada, os sintomas de ansiedade variam muito conforme o tempo, mas não acontecem como ataques e não estão ligados com situações específicas.

Ocorrem quase todos os dias e têm duração prolongada, por vezes meses ou anos. As pessoas revelam uma preocupação extrema, estando inquietam cansada e incapaz de se concentrar. A preocupação torna a pessoa facilmente irritável, com dificuldade para dormir (insônia), excesso de transpiração e com tensão muscular.

O princípio deste transtorno muitas vezes é incerto, e algumas pessoas afirmam que sempre foram nervosas.

Saiba mais em:

Em caso de suspeita de transtorno de ansiedade, um médico (preferencialmente um psiquiatra) deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo(a) e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.

Falta de apetite: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A falta de apetite pode ter muitas causas. Pode ser sintoma de problemas gastrointestinais, distúrbios hormonais, transtornos psiquiátricos, efeito colateral de algum medicamento, anemias, infecções, entre outras.

Pessoas com gastrite, enjoo, úlcera ou que sentem dor ao mastigar ou engolir podem ter falta de apetite. A ansiedade e a depressão também podem fazer a pessoa perder o apetite, assim como doenças endócrinas como hipotireoidismo ou insuficiência adrenal e até hábitos alimentares inadequados.

Porém, a falta de apetite nem sempre é sinal de algum problema de saúde. O calor, por exemplo, geralmente tira a fome de muita gente. Há quem faça apenas uma refeição por dia devido à falta de apetite. Essa alteração faz parte da adaptação do organismo à temperatura ambiente.

Vale lembrar que nos dias mais quentes o metabolismo fica mais lento, já que o corpo precisa de menos energia para manter a temperatura corporal constante.

Nesses casos, recomenda-se fazer várias refeições pequenas ao longo do dia, com alimentos leves e de fácil digestão, como saladas, frutas e legumes frescos ou cozidos.

É importante observar se a falta de apetite vem acompanhada de outros sinais e sintomas. Se a perda de apetite persistir, consulte o/a médico/a clínico/a geral ou  médico/a de família para investigar melhor o seu caso.

Serotonina: o que significa serotonina elevada ou serotonina baixa?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A serotonina é um importante neurotransmissor para o bom funcionamento do organismo humano. Participa da condução de impulsos nervosos, e é conhecida como o hormônio de felicidade.

Desempenha funções relevantes como: regular o funcionamento dos sistemas gastrointestinal, cardiovascular e da função cerebral; auxilia no controle do ciclo do sono e do humor e é essencial para o bom funcionamento da memória e atenção.

Por isso, o aumento ou redução das concentrações de serotonina no sangue, provocam alterações emocionais, motoras e ou nas funções orgânicas.

Serotonina elevada ou Síndrome serotoninérgica

O excesso de serotonina na corrente sanguínea é comumente associado ao uso de medicamentos controlados que agem aumentando a sua concentração no sangue. Principalmente quando mais de um medicamento com a função semelhante são associados.

Os sintomas podem variar de intensidade, desde sintomas leves, até os mais graves, podendo levar ao óbito. Por isso, na suspeita de síndrome serotoninérgica, entre em contato com seu médico, ou procure uma emergência:

Sintomas leves
  • Náusea;
  • Diarreia;
  • Tremores;
  • Sudorese;
  • Vermelhidão;
  • Febre;
  • Aumento dos batimentos cardíacos;
  • Elevação da pressão arterial;
  • Inquietação;
  • Confusão mental.
Sintomas Graves
  • Batimentos cardíacos rápidos e/ou irregulares (arritmia);
  • Febre alta;
  • Rigidez muscular, espasmos;
  • Crise convulsiva;
  • Inconsciência, coma.
Como reduzir os níveis sanguíneos de serotonina?
  • No caso de síndrome serotoninérgica, todas as medicações que agem no ciclo de serotonina devem ser SUSPENSAS imediatamente;
  • Ajustar a alimentação: adotar um plano alimentar rico em proteínas e baixa concentração de carboidratos;
  • Uso de medicamentos que auxiliam na redução dos níveis de serotonina no organismo: estes medicamentos devem ser prescritos obrigatoriamente pelo médico.
Sintomas de deficiência de serotonina (serotonina baixa)

Níveis baixos de serotonina podem desencadear os seguintes sintomas:

  • Sensação de cansaço frequente;
  • Distúrbios de humor, como impaciência, irritabilidade, mau-humor;
  • Sonolência durante o dia;
  • Inibição da libido;
  • Vontade de comer doces;
  • Necessidade de comer a todo momento;
  • Dificuldade de concentração;
  • Perda de memória.

Em casos mais graves, provoca:

  • Episódios de ansiedade;
  • Tristeza e isolamento social;
  • Alterações do sono;
  • Aumento de peso;
  • Depressão.
Como aumentar os níveis sanguíneos de serotonina?
  • Alimentação adequada: adotar uma alimentação rica em carboidratos;
  • Ingerir alimentos ricos em triptofanos: banana, ovos, carnes magras, chocolate amargo, leite e derivados, e cereais integrais;
  • Praticar de atividade física;
  • Tomar sol;
  • Praticar meditação;
  • Usar suplementos de serotonina: estes suplementos devem ser utilizados mediante orientação médica.

É importante comunicar ao médico a presença destes sintomas para uma orientação e ajuste de tratamento

Veja mais:

Quais os sintomas do transtorno esquizoafetivo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O transtorno esquizoafetivo tem como principal característica a manifestação de sintomas de mania, ou sintomas depressivos ou, os dois ao mesmo tempo. O quadro se assemelha bastante a outros transtornos como a esquizofrenia, depressão maior e transtorno bipolar, entretanto com diferentes tratamentos, portanto necessita de um correto diagnóstico, que depende da avaliação de um profissional.

Sintomas

Podemos citar como sintomas maníacos mais comuns:

  • Delírios (fantasias com manias de perseguição),
  • Alucinações auditivas (ouvir vozes e conversas),
  • Alucinações visuais,
  • Discurso sem coerência, confuso,
  • Mudanças de pensamentos,
  • Alterações nas relações afetivas,
  • Dificuldade de concentração.

Ainda, como manifestações de alterações de humor nas fases depressivas:

  • Desânimo,
  • Tristeza,
  • Desinteresse,
  • Falta de vontade e iniciativa,
  • Choro frequente,
  • Insônia,
  • Pensamentos negativos,
  • Baixa autoestima,
  • Dificuldades de concentração.

Nos episódios maníacos do transtorno esquizoafetivo, o paciente pode apresentar ainda, irritabilidade, hiperatividade física e mental, elevada autoestima, impulsividade e aumento dos gastos financeiros.

Tipos de transtorno esquizoafetivo 1. Transtorno esquizoafetivo principalmente esquizofrênico

No transtorno principalmente esquizofrênico, o indivíduo manifesta sinais e sintomas de esquizofrenia e pode não apresentar manifestações de uma síndrome afetiva.

2. Transtorno esquizoafetivo principalmente afetivo/depressivo

No transtorno principalmente afetivo/depressivo, apresenta sintomas depressivos mais exuberantes do que maníacos, ou mesmo apenas sintomas afetivos de depressão.

3. Transtorno esquizoafetivo misto

Já no transtorno misto, os sintomas apresentados são esquizofrênicos e afetivos.

O/A médico/a psiquiatra é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno esquizoafetivo. Na suspeita da doença, agende uma consulta.

Saiba mais em:

Transtorno esquizoafetivo: Quais as causas e como tratar?

Transtornos mentais: Como identificar e tratar?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Quais os sintomas do transtorno de personalidade borderline?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sintomas do transtorno de personalidade borderline são: instabilidade emocional, ansiedade, comportamentos impulsivos, demonstrações inadequadas de raiva, baixa autoestima, insegurança, tendência ao suicídio, dificuldade em aceitar críticas e regras, intolerância às frustrações e medo do abandono.

A instabilidade nas emoções, relacionamentos, autoimagem e sentimentos, com muita impulsividade associada, são os sintomas mais marcantes do paciente borderline.

O transtorno de personalidade borderline pode causar ainda sentimentos crônicos de vazio, rejeição e abandono, independentemente disso ser real ou fantasioso.

As consequências do transtorno borderline são vistas sobretudo nas relações disfuncionais que a pessoa tem nas áreas afetiva, familiar e profissional.

Como identificar uma pessoa borderline?

Identificar o transtorno é muito difícil e complexo mesmo para os profissionais desta área. Pode ser confundido com outros transtornos de humor, nos quais os tratamentos são bastante distintos. Entretanto podemos destacar que nesses casos, a pessoa com transtorno de personalidade borderline podem ter maior tendência a relacionamentos intensos, confusos e desorganizados. 

Facilmente muda o seu conceito sobre os outros e os seus sentimentos, geralmente desvalorizando as suas próprias qualidades anteriormente valorizadas.

Outras características marcantes dos pacientes com transtorno borderline são as automutilações e os comportamentos suicidas acentuados. Sabe-se que cerca de 10% dessas pessoas podem cometer suicídio devido ao sofrimento psíquico acentuado que a doença traz.

Quando surgem os primeiros sintomas do transtorno borderline?

Os primeiros sintomas do transtorno de personalidade borderline normalmente aparecem na adolescência e geralmente persistem por toda a vida, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.

Porém, na maioria dos casos, a gravidade do transtorno diminui com o tempo, o que leva a família supor que sintomas como rebeldia, impulsividade, falta de controle emocional e instabilidade são coisas típicas da idade.

No entanto, essas pessoas são inteligentes e talentosas, mas são boicotadas pelo transtorno, que as impedem de se desenvolverem.

O transtorno de personalidade borderline é uma doença mental grave que tem tratamento e deve ser tratada, mesmo nos casos mais leves.

O diagnóstico é da responsabilidade do médico psiquiatra e o tratamento é feito com psicoterapia e medicamentos que visam amenizar os sintomas ou tratar outras doenças associadas.

Leia também: O que é transtorno de personalidade borderline? Tem cura? Qual o tratamento?

Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) caracteriza-se por comportamentos impulsivos de agressividade, violência ou irritação, geralmente seguidos por sentimentos de arrependimento, constrangimento ou remorso.

As explosões podem resultar em danos materiais ou agressões físicas e verbais a terceiros, sendo normalmente desproporcionais às situações que as desencadeiam.

Além de poder ferir os outros, pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente também podem causar lesões em si próprios durante uma crise. 

Explosões de fúria

As explosões do Transtorno Explosivo Intermitente podem durar até meia hora e na maioria dos casos geram agressões físicas e verbais, danos corporais e destruição de propriedades de terceiros. As crises podem ocorrer frequentemente ou em intervalos de tempo que podem ir de semanas a meses. 

No período entre os episódios, o indivíduo pode mostrar-se relativamente calmo ou manifestar sinais de irritação ou impulsividade.

Antes ou durante as explosões de agressividade, a pessoa pode apresentar ainda pensamentos acelerados, euforia, formigamentos no corpo, tremor, aumento da frequência cardíaca, sensação de pressão na cabeça e aperto no peito.

Veja também: Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Diagnóstico

Contudo, para que o Transtorno Explosivo Intermitente seja diagnosticado, é necessário que a pessoa apresente os seguintes sinais e sintomas:

Episódios frequentes de explosões de agressividade que resultaram em agressões ou danos materiais a terceiros;

 Reações de agressividade que são absolutamente desproporcionais às situações que as desencadeiam;

 Atitudes agressivas que não são despoletadas pelo uso de drogas ou qualquer outra substância ou ainda por outras doenças e distúrbios psiquiátricos, como transtornos de personalidade e transtorno bipolar.

O tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente inclui o uso de medicamentos e psicoterapia.

Leia também: Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Na presença desses sintomas, consulte um médico psiquiatra para receber uma avaliação.

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma do transtorno afetivo bipolar é a súbita e extrema variação de humor, alternando períodos de mania e depressão.

Pessoas com transtorno afetivo bipolar ou distúrbio bipolar, como também é conhecido, passam por fases extremas de variações de humor, como a fase maníaca ou hipomaníaca que é caracterizada, peça euforia e hiperatividade física e mental, seguida pelo período de depressão, ansiedade ou tristeza, em que o indivíduo pode apresentar ainda lentidão para concretizar ou ter ideias.

As crises do transtorno bipolar podem ser leves, moderadas ou graves, com frequência e tempos de duração que variam conforme a gravidade.

Essas flutuações de humor influenciam negativamente as ações de quem sofre de bipolaridade, gerando reações desproporcionais aos acontecimentos reais ou até mesmo sem relação com os mesmos.

O transtorno afetivo bipolar normalmente se manifesta em homens e mulheres com idade entre 15 e 25 anos, embora possa ocorrer também em crianças e indivíduos mais velhos.

Depressão

A fase de depressão no transtorno bipolar pode se manifestar por tristeza profunda, falta de interesse em coisas e atividades das quais se gosta, apatia, isolamento social, variações de apetite, alterações do sono, diminuição acentuada da libido, cansaço, dificuldade de concentração, pessimismo, pensamentos negativos, falta de esperança, sensação de vazio, ideias suicidas, entre outros sintomas.

Mania

Na fase da mania, a pessoa apresenta enorme euforia, com mania de grandeza, elevada autoestima e autoconfiança, poucas horas de sono, hiperatividade física e mental, dificuldade em organizar as ideias e pensamentos, irritabilidade, falta de paciência, dificuldade de concentração, impulsividade para falar, aumento da libido e agressividade.

A bipolaridade nessa fase pode levar a pessoa a cometer atos que podem prejudicar os outros e ela própria, como gastar o dinheiro de forma descontrolada, demitir-se do trabalho ou ainda manifestar delírios e alucinações.

Hipomania

A fase da hipomania é breve e dura poucos dias. Os sintomas são parecidos com os da mania, mas são muito mais leves e por isso pouco interferem na vida da pessoa. Nesse período é comum o indivíduo estar apenas um pouco mais ativo, sociável, falante e eufórico que o normal.

O diagnóstico do transtorno afetivo bipolar é difícil e pode demorar vários anos até que a doença seja diagnosticada, uma vez que os seus sintomas podem ser confundidos com outros transtornos mentais, como esquizofrenia, síndrome do pânico, depressão ou transtorno de ansiedade generalizada.

O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença é o psiquiatra.

Saiba mais em:

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?