Perguntar
Fechar
Exame VHS: Para que serve e como entender os resultados?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame VHS serve para identificar a presença de processos inflamatórios ou infecciosos no organismo, como artrites, infecções bacterianas, entre outras doenças.

VHS significa velocidade de hemossedimentação dos glóbulos vermelhos do sangue, também conhecidos como hemácias ou eritrócitos. O teste avalia a altura da camada de células que se depositam no fundo de um tubo de vidro com sangue durante um período de tempo.

Apesar disso, existem diversos fatores que podem alterar o exame VHS, gerando resultados falso-positivos e falso-negativos. Por isso o exame VHS tem maior utilidade para rastrear sobretudo doenças reumáticas, como a polimialgia reumática e a arterite temporal.

O VHS depende da agregação dessas células e da formação de um aglomerado de hemácias sobre um mesmo eixo.

Hemácias maiores que o normal (macrocíticas) depositam-se mais rapidamente no fundo do tubo, enquanto que as que têm um tamanho menor que o normal (microcíticas), sedimentam-se mais devagar. Por isso as anemias podem alterar o VHS.

Veja também: No hemograma, o que significa VCM, HCM e RDW?

Quando as hemácias têm formas irregulares, fica difícil de se agregarem sobre um mesmo eixo, o que reduz também o VHS.

Vale lembrar que o exame VHS não é o teste mais fidedigno para rastrear infecções, já que existem outros exames mais sensíveis para esse efeito, como o teste de proteína C- reativa, por exemplo.

Leia também: Proteína C reativa: O que é o exame PCR e para que serve?

Além disso, a própria febre e o aumento dos leucócitos são sinais mais precoces e fidedignos de infecções quando comparados ao aumento do VHS.

VHS Alto

Os valores de referência do VHS variam de acordo com a idade e o sexo:

Idade Homens Mulheres
menos de 50 anos até 15 mm/h até 20 mm/h
mais de 50 anos até 20 mm/h até 30 mm/h
mais de 85 anos até 30 mm/h até 42 mm/h

Quando o resultado do exame VHS está muito alto (acima de 100 mm/h), pode ser sinal de infecção, inflamação no tecido conjuntivo ou ainda câncer. A velocidade de hemossedimentação nesses casos é bastante específica e as chances de resultados falso-positivos é baixa.

Vale lembrar que valores tão elevados de VHS poucas vezes são encontrados no exame. No entanto, trata-se de um achado importante que precisa ser investigado, sobretudo se vier acompanhado por sinais e sintomas de infecção.

Saiba mais em: VHS alto, o que pode ser?

VHS Baixo

Quando o valor de VHS está baixo normalmente não é sinal de doenças e não tem grande relevância clínica.

Contudo, há algumas condições que podem manter os níveis de VHS constantemente baixos, o que pode interferir no diagnóstico de processos infecciosos e inflamatórios, que é o principal objetivo do exame de VHS.

Dentre as doenças e situações que podem deixar o VHS baixo estão o aumento do número de células sanguíneas (policitemia), aumento do número de leucócitos (leucocitose), também conhecidos como glóbulos brancos, uso de corticoides, distúrbios na coagulação do sangue e alguns tipos de anemia.

O médico que solicitou o teste é o responsável pela avaliação dos resultados do exame VHS.

Tenho feridas na boca, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Existem várias doenças e condições que causam ferida na boca.

Algumas são condições agudas, como pequenos traumas, aftas e infecção local, outras são relacionadas a doenças sistêmicas, como doenças autoimunes, reumáticas ou pode ainda representar um problema mais grave, como o câncer de boca.

Causas de ferida na boca
  • Aftas,
  • Herpes labial,
  • Estomatite,
  • Câncer de boca,
  • Doenças sistêmicas,
  • Leucoplasia e
  • Infecções.
Aftas

As aftas são feridas comumente encontradas na gengiva ou mucosa interna da boca. Trata-se de uma lesão de origem inflamatória, superficial, bastante dolorosa, de bordos elevados, coloração avermelhada com a região do centro mais pálida (esbranquiçada) e tamanhos variados.

Pode ser causada por pequenos traumas, mordeduras, consumo de alimentos ácidos, uso de medicamentos, infecções e viroses.

A afta não é contagiosa e costuma desaparecer espontaneamente. Pode surgir devido à falta de nutrientes na alimentação, baixa imunidade, estresse, infecções ou ainda doenças autoimunes.

Veja também: Quais são as principais causas de aftas e o que fazer para evitá-las?

Herpes labial

O herpes labial, outra doença comum na população, se apresenta inicialmente com coceira e sensação de queimação na região da boca, até que surgem as vesículas (pequenas bolhas), que se rompem no decorrer de poucos dias, dando lugar a uma ferida.

O lábio é a região mais acometida.

O herpes é altamente contagioso, principalmente na fase em que a lesão está liberando a secreção (líquido do interior das bolhas).

Leia também: Como controlar Herpes Labial?

Estomatite

A estomatite, é uma inflamação ou infecção na boca secundária a traumas, vírus ou fungos. Pode ocorrer em indivíduos de qualquer idade, embora seja mais frequente em crianças, visto que estão mais expostos a essas situações, além disso, possui um sistema imunológico em amadurecimento.

As feridas e irritação na boca, melhoram espontaneamente após a cicatrização ou término do ciclo normal da virose.

Câncer de boca

As feridas na boca causadas pelo câncer de boca, se caracterizam pela dificuldade na cicatrização e normalmente aumentam de tamanho com o tempo. Ao contrário dos outros machucados na boca, o câncer bucal geralmente não provoca dor ou qualquer outro sintoma.

Também pode lhe interessar: Caroço no céu da boca: o que pode ser?

Doenças sistêmicas

Algumas doenças sistêmicas, como doenças reumáticas, hematológicas ou autoimunes, podem apresentar como um dos seus sinais e sintomas, as feridas ou machucados frequentes dentro da boca. Como o pênfigo, o lúpus, a Doença de Behçet, entre outras.

O pênfigo é uma doença autoimune que provoca lesões dolorosas na boca, podendo se manifestar também na pele. No início, surgem pequenas bolhas que rapidamente se rompem, transformando-se em feridas. A deglutição dos alimentos pode inclusive ser prejudicada, conforme o tamanho das lesões.

Veja também: O que é pênfigo?

Leucoplasia

A leucoplasia é uma ferida encontrada na região interna da boca, acometendo também a língua, de coloração esbranquiçada, associada ao tabagismo, mordeduras na parte interna da boca, ou problemas nas próteses dentárias.

Importante identificar essas feridas, porque uma porcentagem delas pode evoluir para o câncer de boca. Sendo assim, o quanto antes for detectado e tratado, evita uma evolução desfavorável.

As feridas costumam desaparecer quando o hábito de fumar é interrompido, ou a causa resolvida, seja ajuste de próteses ou tratamento das feridas por mordedura.

Infecções

Há ainda o "sapinho", ou candidíase na boca. Uma infecção causada pelo fungo Candida Albicans. Os sintomas são de lesões esbranquiçadas, amareladas ou mesmo avermelhadas, superficiais, na mucosa interna da boca.

As crianças, pessoas imunodeprimidas ou em uso de certos medicamentos, como corticoides e antibióticos, são mais propensos a essa infecção. Por isso devem ter ainda maior cuidado com a higiene bucal durante esse período.

Para detectar as doenças no início, principalmente o câncer bucal, é importante estar atento ao aparecimento de feridas na boca. Lembrando que o câncer geralmente não provoca dor, o que torna esse "autoexame" ainda mais decisivo no diagnóstico precoce da doença.

A presença de qualquer ferida suspeita na boca deve ser avaliada por um médico/a da família ou dentista especialista em estomatologia.

Saiba mais em:

Quais são os sintomas de câncer de boca?

O que é estomatite e quais as causas?

Bolhas na boca, quais as causas?

Dor no quadril, o que pode ser e o que fazer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Uma das principais causas de dor no quadril direito ou esquerdo é a artrose, uma doença que caracteriza-se pela perda progressiva da cartilagem da articulação entre o fêmur e a bacia. Com o tempo, a dor no quadril pode causar rigidez e tornar os movimentos muito dolorosos.

A dor no quadril também é comum em pessoas que praticam esportes ou atividades físicas que geram um maior esforço ou sobrecarga na articulação da coxa.

Nos esportes, as principais causas de dor no quadril estão relacionadas com traumatismos, como quedas e impactos intensos. As lesões também podem ocorrer devido a movimentos extensos e repetidos.

As dores no quadril podem ainda estar relacionadas com problemas na coluna lombar ou com a região dos glúteos. É comum a dor irradiar para a virilha. Há casos em que a dor no quadril tem origem nos joelhos.

Outras causas de dor no quadril incluem artrite reumatoide, osteoartrite e outras formas de artrite, tendinite, hérnia de disco, osteoporose, sacroileíte, sinovite, osteomalácia, dor ciática, câncer (metástases ósseas de outros tumores, leucemias), osteomielite e doença de Paget do osso.

Em geral, os problemas na articulação do quadril desencadeiam dor no interior da articulação ou na virilha. Normalmente, quando a dor está localizada na região externa do quadril, na porção superior da coxa ou nos glúteos, a causa está nos músculos, ligamentos, tendões ou nos tecidos moles adjacentes à articulação.

Estiramento ou ruptura de ligamentos e tendões

A dor no quadril também pode ter origem num estiramento ou numa ruptura de algum músculo ou tendão. Essas lesões podem ocorrer principalmente durante a prática de exercícios físicos.

Bursite

A bursite no trocanter do fêmur também pode provocar dor no quadril. Trata-se da inflamação de uma bolsa localizada na lateral do fêmur que ocorre pelo atrito do tecido com o osso. A dor localiza-se na região lateral da coxa e geralmente é notada ao deitar-se sobre o lado afetado. A dor no quadril também pode surgir quando a pessoa permanece muito tempo em pé ou sobe escadas e geralmente piora à noite.

Diminuição da irrigação sanguínea

Problemas circulatórios na cabeça do fêmur podem provocar a morte de células ósseas devido à falta de fluxo sanguíneo, causando dor e limitações de movimento.

Fraturas

Pessoas com mais de 65 anos, principalmente mulheres, podem ter dor no quadril devido a uma fratura, geralmente após uma queda.

Qual o tratamento para dor no quadril?

O tratamento para a dor no quadril depende da causa, podendo incluir anti-inflamatórios, analgésicos, fisioterapia e até cirurgia.

Recomenda-se procurar /a médico/a ortopedista em caso de dor intensa no quadril, principalmente se houver rigidez da articulação ou limitação dos movimentos.

Também pode lhe interessar: Dor nas articulações durante a gravidez é normal?

O que é bico de papagaio e quais são os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Bico de papagaio é o crescimento anormal de uma pequena saliência óssea (osteófito) entre duas vértebras da coluna cervical, torácica ou lombar. O nome "bico de papagaio" é devido à forma desse osteófito, que também é chamado de "esporão de galo".

O bico de papagaio é uma artrose que acomete a coluna vertebral. O osteófito surge em decorrência do desgaste do disco intervertebral, cuja função é estabilizar e absorver impactos na coluna. Com o desgaste, o disco perde essa capacidade e o organismo, como defesa, produz mais osso entre as vértebras para proteger e estabilizar a coluna.

Existem diversos fatores que podem causar esse desgaste no disco intervertebral, dentre eles o envelhecimento. Muitas vezes, o bico de papagaio está associado a outras doenças, como artrites.

A presença do bico de papagaio na coluna pode causar a compressão de raízes nervosas, provocando vários sintomas.

Quais os sintomas de bico de papagaio?

Os sintomas de bico de papagaio podem incluir dor intensa no pescoço ou nas costas, rigidez, limitação dos movimentos, contraturas musculares, alteração da sensibilidade, formigamento nos braços ou pernas e diminuição da força muscular.

A dor no pescoço ou nas costas pode irradiar para ombros, braços ou pernas.

Os osteófitos ocorrem sobretudo em pessoas com mais de 50 anos de idade, devido ao desgaste natural que o disco intervertebral vai sofrendo ao longo da vida. Contudo, o bico de papagaio também pode surgir em indivíduos mais jovens.

Quais as causas do bico de papagaio?

Sedentarismo, má postura, obesidade, traumatismos na coluna, predisposição genética e envelhecimento estão entre as principais causas de bico de papagaio.

Qual é o tratamento para bico de papagaio?

O tratamento do bico de papagaio pode incluir repouso, uso de medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares (orais ou injetáveis), fisioterapia e exercícios específicos para a musculatura da coluna, como Pilates. Casos mais graves podem precisar de cirurgia.

O repouso, durante algumas horas ou dias, pode ser útil para aliviar as dores ou pelo menos não piorar os sintomas, principalmente se a pessoa tiver um trabalho que requer esforço físico.

A aplicação de calor no local, durante 20 minutos, também pode ajudar a aliviar as dores do bico de papagaio.

A fisioterapia pode exercer um importante papel no tratamento do bico de papagaio, atuando no alívio da dor e da inflamação e na melhora dos movimentos e da flexibilidade. Técnicas como RPG e Pilates podem trazer bons resultados, pois tonificam, alongam e fortalecem a musculatura que sustenta a coluna vertebral.

Quando as demais formas de terapia não produzem respostas satisfatórias ou dependendo do grau de compressão e da gravidade dos sintomas, a cirurgia pode ser a opção de tratamento mais indicada.

Porém, mesmo com o tratamento, o disco intervertebral não se regenera. Por isso, é importante controlar os fatores de risco e ter cuidados com a coluna no dia-a-dia.

O/a médico/a ortopedista ou neurocirurgião/ã é especialista indicado/a para diagnosticar e tratar bicos de papagaio.

Joelho inchado: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Joelho inchado é um sinal de extravasamento ou acúmulo de líquido na articulação. O inchaço pode ser decorrente de lesões no menisco ou ligamentos, tendinite, entorse, derrame articular (água no joelho), pancadas, sobrecarga por excesso de peso ou treino, artrose, entre outras causas.

Quando o joelho está inchado devido a traumas, lesões ou processos inflamatórios, é comum haver também dor, vermelhidão e aumento da temperatura local, que são os sinais clássicos de uma inflamação. 

Se o edema surgir após atividade física, sem um motivo aparente (traumas, entorses), e o joelho não estiver doendo, pode não ter ocorrido nada de grave e o inchaço tende a diminuir com o repouso. O joelho inchado nesses casos pode ser um sinal de uso excessivo da articulação.

Joelho inchado e doendo também pode indicar uma lesão de ligamento. As pancadas são as principais causas de lesões nos ligamentos mais externos; já os mais internos, sobretudo o cruzado anterior, são frequentemente lesionados nas torções de joelho em que o pé fica fixo no chão.

A ruptura parcial ou total de um ligamento dói intensamente e praticamente impede a pessoa de movimentar o joelho devido à dor.

Há também as lesões no menisco, que atua como uma espécie de amortecedor dos impactos entre os ossos do joelho. Esse tipo de lesão normalmente acontece por causas degenerativas relacionadas com a idade ou entorses de joelho durante a prática desportiva.

A tendinite é outra causa comum de inchaço no joelho. Trata-se de uma inflamação no tendão que ocorre principalmente devido ao esforço muscular contínuo e frequente, sobrecarga ou ainda desgaste articular.

No caso do joelho, os tendões mais afetados são o patelar, localizado logo abaixo da patela, na parte anterior do joelho, o quadricipital, que fica logo acima da patela, e o tendão da pata de ganso, localizado na parte medial anterior da tíbia (osso da canela).  

Os principais sintomas de tendinite no joelho incluem dor, inchaço, espessamento do tendão afetado, vermelhidão, aumento da temperatura local, dificuldade em movimentar a articulação e diminuição da força.

Veja também: Quais são os sintomas da tendinite?

O derrame articular, também conhecido como "água no joelho", deixa o joelho inchado devido ao acúmulo de líquido sinovial no interior da articulação. Esse líquido, semelhante a um gel, é produzido pelo organismo e serve para lubrificar, proteger e fornecer nutrientes à cartilagem.

Contudo, quando o líquido sinovial é produzido em excesso ou deixa de ser reabsorvido pela articulação, ele fica acumulado, causando inchaço no joelho. Dentre as principais causas de derrame articular no joelho estão as pancadas, sobrecargas articulares por uso excessivo, infecções e sinovite (inflamação da membrana que produz e absorve o líquido sinovial na articulação).

Leia também: Derrame articular, o que é?

Por fim, a artrose também pode ser colocada entre as principais causas de edema no joelho. Trata-se de uma doença que provoca uma perda progressiva da cartilagem da articulação, o que aumenta o atrito direto e o impacto entre os ossos. Os principais sintomas de artrose no joelho são dor, inchaço, rigidez, dificuldade em movimentar e deformidades articulares.

Em caso de joelho inchado, consulte o/a médico/a ortopedista para investigar a causa do inchaço e indicar o tratamento adequado.

Saiba mais em:

Joelho estalando: o que pode ser e o que fazer?

Água no joelho: Quais os sintomas e como tratar?

O que pode causar dor no joelho?

Como aliviar dor no joelho?

O que é artrose e quais os sintomas?

Água no joelho: Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas de água no joelho são o inchaço e a dor, podendo haver ainda vermelhidão local e dificuldade de movimentos. O início dos sintomas pode ser lento e evoluir aos poucos com o tempo, ou ser agudo e de evolução rápida.

O acúmulo de água no joelho é chamado de derrame articular. Ocorre devido a um aumento da produção de líquido sinovial, um fluido que está presente no interior da articulação e que serve para nutrir, proteger e lubrificar a cartilagem.

Dentre as causas mais comuns de água no joelho estão as lesões de estruturas internas, artrite, artrose, gota e sinovite. Algumas doenças infecciosas como salmonelose, parasitoses intestinais e gonorreia também podem levar a um quadro de artrite com derrame articular. Lembrando que o aumento da produção de líquido sinovial é decorrente de processos inflamatórios dentro da articulação.

O tratamento para água no joelho depende da sua causa e pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios e antibióticos, drenagem do líquido acumulado através de uma agulha, cirurgia, repouso e perda de peso. Quando o problema é causado por alguma doença, esta também precisa ser tratada.

Veja também: Derrame articular, o que é?

Em caso de joelho inchado e doendo, procure um médico de família ou clínico geral para uma avaliação inicial. Em muitos casos pode ser necessário o seguimento por reumatologista ou ortopedista, a depender da causa.

Saiba mais em:

Joelho estalando: o que pode ser e o que fazer?

O que pode causar dor no joelho?

Joelho inchado: o que pode ser?

O que é doença de Paget? Quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A doença de Paget, conhecida também por osteíte deformante, é uma doença crônica osteometabólica, em que ocorre uma reabsorção exagerada do material ósseo e remodelação inadequada, com consequente formação de um osso anormal, de tamanho aumentado, matriz mais esponjosa, portanto mais frágil.

Doença de Paget

Pessoas com doença de Paget apresentam uma decomposição acelerada do tecido ósseo em áreas específicas, que levam a destruição e regeneração óssea anormal, causando deformidade nos ossos afetados.

Pode acometer apenas um osso ou muitos ossos localizados em várias partes do esqueleto. Os locais mais acometidos são as clavículas, ossos dos braços, das pernas, da pelve, da coluna vertebral e do crânio.

A causa da doença de Paget não está bem estabelecida. Acredita-se haver influência de fatores genéticos, mas a doença também pode ser provocada ou deflagrada por uma infecção viral.

A doença é mais prevalente em homens com mais de 40 anos de idade.

Quais são os sintomas da doença de Paget?

O principal sintoma da doença de Paget é a dor óssea. Além da dor no osso, podem estar presentes outros sinais e sintomas como:

  • Fraturas patológicas;
  • Deformidades ósseas;
  • Osteoartrites;
  • Compressão de nervos;
  • Degeneração da coluna vertebral (estenose de canal);
  • Dor ou rigidez nas articulações e dor no pescoço;
  • Curvatura das pernas e outras deformidades visíveis;
  • Deformidades no crânio;
  • Dor de cabeça;
  • Perda auditiva;
  • Baixa estatura;
  • Aumento da temperatura da pele sobre as áreas afetadas.

No entanto, a doença de Paget não manifesta sintomas na maioria dos casos. O diagnóstico é feito acidentalmente, através de um exame de raio-x ou exames de sangue de rotina, que apresentam altos níveis de cálcio na circulação, ou quando ocorre a primeira fratura óssea.

Quais as possíveis complicações da doença de Paget?

As possíveis complicações da doença de Paget podem incluir: fraturas ósseas, surdez, deformidades, insuficiência cardíaca, hipercalcemia (níveis altos de cálcio no sangue), paraplegia e estenose espinhal. Em casos raros, a pessoa pode desenvolver osteossarcoma, um tipo de câncer ósseo.

Qual é o tratamento para doença de Paget?

O tratamento da doença de Paget inclui o uso de medicamentos inibidores de reabsorção óssea. Em alguns casos, pode ser indicada cirurgia, como nas compressões nervosas e osteoartrite grave, embora nenhum desses tratamentos seja totalmente eficaz contra a doença.

Não são todos os casos que necessitam do tratamento. Apenas em situações de doença ativa, ou situações específicas, deve ser iniciado o tratamento específico, como nos casos citados abaixo:

  • Acometimento de certos ossos, como os que sustentam o peso do corpo, estão comprometidos e o risco de fratura é maior;
  • Piora e evolução rápida das alterações ósseas;
  • Presença de deformidades ósseas;
  • Presença de dor refratária ou outros sintomas;
  • O crânio é afetado, o que pode levar à perda de audição;
  • Níveis de cálcio no sangue elevados e presença de sintomas decorrentes da hipercalcemia.

O tratamento com medicamentos ajuda a prevenir a degeneração e a formação óssea anormal. Os medicamentos mais indicados são:

  • Bisfosfonatos: Tratamento de primeira linha para a doença de Paget, ajudam a diminuir a remodelação óssea. Geralmente são administrados por via oral, mas também podem ser administrados por via intravenosa;
  • Calcitonina: Hormônio envolvido no metabolismo ósseo, diminuindo a concentração de cálcio no sangue e aumentando sua fixação nos ossos. Pode ser administrado sob a forma de spray nasal ou através de injeção subcutânea;
  • Paracetamol e anti-inflamatórios não esteroides: Medicamentos que podem ser administrados por via oral, para alívio da dor.

Na maioria das vezes, a doença de Paget pode ser controlada com medicação. A cirurgia ortopédica pode ser necessária para corrigir deformidades em casos graves. Alguns pacientes precisam realizar uma artroplastia.

Os principais objetivos do tratamento da doença de Paget são: diminuir as dores, restabelecer o metabolismo normal dos ossos e prevenir deformidades, complicações ósseas (artrites, fraturas) e compressão dos nervos.

A doença de Paget óssea deve ser diagnosticada pelo médico reumatologista ou ortopedista.

O que é a doença de Paget da mama?

A doença de Paget da mama é uma outra doença, com o mesmo nome. Trata-se de um tipo raro de câncer de mama que acomete a camada mais superficial da pele da região da aréola e do mamilo. A doença de Paget mamária ocorre principalmente em mulheres dos 60 aos 70 anos de idade.

Vale lembrar que a doença de Paget óssea não tem nenhuma relação com câncer.

Quais os sintomas da doença de Paget da mama?
  • Coceira e vermelhidão na aréola ou mamilo;
  • Pele espessa e áspera;
  • Ardência;
  • Bolhas com líquido;
  • Sangramento nos mamilos;
  • Presença de nódulos.

No início, a doença pode ser confundida com uma alergia, pois começa com uma vermelhidão e descamação que geralmente provocam ardência e coceira. A seguir surgem feridas, que podem eliminar secreção e provocar dor intensa. Pode haver sangramento dos mamilos e em cerca de metade dos casos existe um nódulo palpável na mama.

Qual é o tratamento da doença de Paget da mama?

O tratamento da doença de Paget mamária depende sobretudo do diagnóstico precoce e da extensão do tumor, sendo a cirurgia a forma de tratamento mais utilizada e resolutiva.

Nesses casos, a doença deve ser diagnosticada e acompanhada por um médico mastologista.

Qual o tratamento para o ácido úrico alto?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento para ácido úrico alto é feito através do controle da dieta e de outras doenças associadas, além do uso de medicação específica para eliminar ácido úrico, quando necessário. O objetivo é prevenir episódios de gota (um tipo de artrite provocado pelo acúmulo de cristais de ácido úrico na articulação) e evitar cálculos renais (pedras nos rins).

Algumas doenças são associadas a níveis elevados de ácido úrico, portanto, havendo o controle delas, o ácido úrico é normalizado por consequência. Esse é o caso da hipertensão arterial, diabetes, insuficiência renal, obesidade e aumento dos triglicerídeos.

Dieta para ácido úrico alto

A dieta visa restringir os alimentos ricos em purina, uma proteína que depois de ser metabolizada pelo organismo dá origem ao ácido úrico.

Alguns alimentos que devem ser evitados no caso de ácido úrico elevado:

  • Sardinha, anchova, frutos do mar;
  • Aves, carne vermelha, bacon;
  • Embutidos em geral;
  • Miúdos como rim, coração e fígado;
  • Bebidas alcoólicas, principalmente cerveja.

Alimentos que podem ser consumidos moderadamente devido ao teor moderado de purina:

  • Carne Bovina (100 g por dia);
  • Frango sem pele (120 g por dia);
  • Peixes como pescada e merluza (100 g por dia);
  • Feijão, lentilha, grão-de-bico (1/2 xícara por dia);
  • Couve-flor, aspargos, espinafre, cogumelos;
  • Margarina, manteiga e chocolate.

Alimentos que podem ser consumidos em maior quantidade devido ao baixo teor de purina:

  • Frutas, suco de frutas, café;
  • Leite desnatado, queijo minas, iogurte desnatado;
  • Arroz, massa, pão, cereais;
  • Verduras e legumes;
  • Nozes, azeite e óleos.
Beber água

É importante que o paciente beba pelo menos 10 a 12 copos (250 ml) de água por dia (2,5 litros), para ajudar a eliminação do ácido úrico do organismo.

Perder peso

A redução do peso para atingir o peso ideal é outra medida que auxilia a baixar a taxa de ácido úrico, uma vez que a obesidade contribui para o desenvolvimento da doença.

Medicamentos para ácido úrico alto

Os medicamentos específicos para baixar o ácido úrico são indicados apenas em alguns casos. Um deles é o Alopurinol, que diminui a velocidade de produção do ácido úrico, reduzindo sua quantidade no sangue e na urina. Lembrando que toda medicação deve ser utilizada apenas após indicação médica.

O/a médico/a de família ou clínico/a geral poderá realizar uma avaliação detalhada e indicação de uso de medicamentos a depender do quadro clínico de cada paciente.

Pode lhe interessar ainda:

Quais os sintomas do ácido úrico alto e baixo?