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Posso tomar nimesulida de 100mg amamentando?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. A nimesulida® é um anti-inflamatório, que não está indicado para uso em mulheres amamentando. Uma opção de anti-inflamatório indicado pela Academia Americana de Pediatria para a mulher durante a amamentação, por ser considerado de baixo risco, é o ibuprofeno®.

Entretanto recomendamos que qualquer uso de medicamentos nessa fase da vida da mulher, deva ser discutida com seu médico ginecologista ou pediatra.

Quais medicamentos posso tomar durante a amamentação?

Essa é uma questão muito comum nessa etapa da vida da mulher, e não é fácil responder visto que o volume de medicamentos que existem hoje no mercado é muito extenso, e cada situação precisa de uma avaliação criteriosa.

O Ministério da Saúde do Brasil esclarece que a maioria das medicações passam sim pelo leite materno, mas em pequenas quantidades, por isso nem sempre são absorvidos pelo organismo do bebê, de qualquer forma, sempre deve ser informado e discutido com o médico assistente o uso de medicamentos.

Contudo, sugere como medicamentos fortemente contraindicados: o antibiótico Linezolida®, anticoncepcional hormonal combinado e cosméticos com formol na sua composição.

Além desses, outros podem ser prejudiciais, porém devem ser avaliados riscos e benefícios pela equipe médica e paciente.

Contraindicações de nimesulida®

Quanto a nimesulida®, as contraindicações formais pelo fabricante, são:

  • Pacientes que tenham alergia à nimesulida® ou a qualquer outro componente do medicamento;
  • Histórico de reações de hipersensibilidade (por exemplo.: broncoespasmo, rinite, urticária e angioedema) ao ácido acetilsalicílico ou a outros anti-inflamatórios não esteroidais;
  • Histórico de reações hepáticas ao produto;
  • Pacientes com úlcera péptica ou doença gástrica em atividade;
  • Ulcerações recorrentes ou com hemorragia no trato gastrintestinal;
  • Pacientes com distúrbios de coagulação graves;
  • Pacientes com insuficiência cardíaca grave;
  • Pacientes com insuficiência renal e/ou hepática;
  • Pacientes menores de 12 anos.

Embora não seja uma contraindicação absoluta, durante o uso de nimesulida® e outros anti-inflamatórios, é preferível evitar o uso de analgésicos, para não mascarar possíveis reações adversas e sinais iniciais de infecção.

O uso concomitante de outros anti-inflamatórios não esteroidais também é uma contraindicação relativa, pelo aumento do risco de lesão gástrica. Assim como a administração concomitante com drogas hepatotóxicas conhecidas e abuso de álcool, uma vez que podem aumentar o risco de reações hepáticas.

Para maiores esclarecimentos fale com seu/sua médico/a ginecologista.

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É possível menstruar estando grávida?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é possível menstruar estando grávida. O que pode acontecer durante a gravidez, principalmente no início, é o sangramento vaginal que lembra a menstruação e ocorre no período esperado por ela.

O sangramento que ocorre no início da gravidez e pode ser confundido com a menstruação é o sangramento de nidação, que ocorre quando o embrião se implanta na parede do útero.

Características do sangramento de nidação (do início da gravidez)

Normalmente o sangramento de nidação costuma ter um aspecto diferente do sangramento da menstruação, podendo apresentar uma cor rósea, vermelho claro ou marrom. Também tende a ser mais curto, em menor quantidade.

Além disso, esse sangramento da implantação do embrião não ocorre com frequência, sendo raro, ou seja, a maioria das mulheres grávidas, não irão apresentar o sangramento de nidação.

Caso você esteja grávida e apresente sangramento, procure um médico para uma avaliação, isto porque a perda de sangue durante a gestação pode indicar aborto ou outros problemas da gestação.

Ausência de menstruação na gravidez

Inclusive, um dos primeiros sinais de suspeita de gravidez é justamente a ausência de menstruação no período esperado pela mulher, observando um atraso menstrual de 1 ou mais semanas.

Portanto, o mais comum é que a mulher não menstrue e não apresente nenhum sangramento na gravidez.

Nesse início da gravidez outros sinais podem ser observados como náusea, aumento da sensibilidade nas mamas, cansaço e aumento da frequência urinária.

Por isso, caso a mulher tenha feito relações sexuais desprotegidas no período fértil e não esteja em uso de nenhum anticoncepcional, é válido fazer um teste para confirmar a gravidez. Procure uma Unidade Básica de Saúde para uma consulta e orientação mais detalhada.

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Dores no estômago na gravidez: o que fazer?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

Dor de estômago é um sintoma muito comum na gestação. Em geral, melhora bastante com mudança no hábito alimentar, mas medicações podem ser necessárias.

A forma mais eficaz de evitar esse problema é fracionar a dieta, ou seja, realizar um número maior de refeições por dia, reduzindo a quantidade de alimentos ingerida em cada refeição. Dessa forma, evita-se que o estômago fique muito cheio e favoreça ao refluxo gastroesofágico.

Além disso, a ingestão de líquidos durante a refeição também prejudica esse aspecto, e é altamente contraindicado.

Evitar a ingestão de alimentos pesados e gordurosos também é fundamental.

Por fim, é muito útil também evitar deitar-se logo após as refeições. Manter a posição sentada durante ao menos uma hora pode ajudar muito.

Em alguns casos, entretanto, pode ser que alguma medicação antiácida esteja indicada.

Por isso, é muito importante que a gestante procure o seu obstetra, para uma avaliação e orientação mais apropriada.

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Barriga inchada, azia, dor nas costas e muita fome. Pode ser gravidez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Barriga inchada, azia, dor nas costas e muita fome podem ser sintomas de gravidez, principalmente porque a sua menstruação está atrasada, que é o indício mais evidente de que você pode estar grávida.

Os primeiros sintomas de gravidez normalmente surgem a partir da 5ª ou 6ª semana de gestação, ou seja, cerca de uma a duas semanas depois do dia esperado da menstruação. 

O atraso menstrual é o primeiro sinal, que pode vir acompanhado de náuseas e vômitos, aumento da sensibilidade nos seios, aumento da frequência urinária e cansaço.

Conforme a gravidez avança, começam a aparecer outros sintomas, que incluem barriga inchada, azia, prisão de ventre, desconforto na região pélvica, variações de humor, falta de ar, escurecimento dos mamilos, tontura e aumento do apetite, principalmente para um determinado tipo de alimento.

Porém, é comum a mulher sentir a barriga um pouco mais inchada nos dias que antecedem a menstruação.

Se a sua menstruação estiver com mais de uma semana de atraso, faça um teste de gravidez de farmácia ou procure uma unidade de saúde. Se o resultado for positivo, consulte o/a médico/a de família ou ginecologista para uma consulta de avaliação e/ou início do pré-natal, se for o caso. 

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Com 3 meses de gravidez é possível ver o sexo do bebê?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Provavelmente não. Com três meses de gravidez pode ser muito cedo para ter certeza do sexo do bebê.

Na ultrassonografia transvaginal, a depender da posição do feto e da implantação da placenta, é possível identificar o sexo a partir da 13ª a 16ª semana de gestação. Isso significa a partir do 4º ao 5º mês de gravidez.

A ultrassonografia transvaginal permite visualizar o órgão genital do feto a depender da semana gestacional em que é feito e da posição em que o feto encontra-se no útero.

A ultrassonografia transvaginal é indicada para detectar precocemente a gravidez e avaliar aspectos da anatomia do feto, bem como a implantação da placenta.

Entretanto, a partir da 8ª semana de gravidez é possível saber o sexo do bebê através de um exame de sangue específico conhecido como sexagem fetal.

A sexagem fetal é um exame de sangue com taxa de acerto em torno de 99% e não precisa de solicitação médica. Porém, este exame possui um valor elevado, não é disponibilizado na rede pública e nem há cobertura pelos convênios.

Outro exame que também é de custo elevado e está disponível em algumas farmácias especializadas é um exame de urina que pode identificar o sexo do bebê a partir da 10ª semana de gravidez.

Para saber o sexo do bebê, é aconselhável aguardar um pouco mais e realizar a ultrassonografia transvaginal em torno da 16ª a 20ª semana de gravidez. Nessa época, os genitais do feto estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.

Converse com seu/sua médico/a durante as consultas de pré-natal para esclarecer as suas dúvidas e entender um pouco mais sobre o estágio da gravidez em que você está.

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Como é a recuperação após cesariana?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O tempo total de recuperação após uma cesariana varia de mulher para mulher: enquanto algumas conseguem ficar de pé apenas algumas horas após a cirurgia, outras precisam de mais tempo para se recuperar, principalmente se houver algum tipo de complicação durante o parto.

A recuperação completa não é fácil, pois é uma cirurgia de grande porte e o corpo precisará de cerca de seis meses para se recompor. Entre 10 e 12 horas depois da cesárea, a mulher deve tomar um banho, o que pode ser aparentemente difícil. 

Provavelmente a mulher vai precisar de ajuda e a enfermeira ou um acompanhante poderão ser necessários. Será necessário ajuda para deitar-se e para levantar-se da cama, por isso será mais fácil se alguém puder ficar de acompanhante para entregar o bebê à mãe quando ele chorar ou quiser mamar.

Tempo de internamento hospitalar:

O tempo de internamento hospitalar para o parto por cesariana é geralmente de três dias, e após este período se a mulher e o bebê estiverem bem, poderão ir para casa, mas em alguns casos os dois ou um dos dois poderão ficar mais alguns dias no hospital para recuperar de alguma situação, o que pode ocorrer por exemplo se o bebê apresentar icterícia.

Recuperação em casa:

Após receber alta hospitalar, a mulher deverá se recuperar em casa. É aconselhável ter uma ajuda extra, especialmente nos primeiros dias. A mulher deverá evitar esforços, dedicando-se apenas ao seu bem estar, à amentação e aos cuidados com o bebê. Tarefas domésticas não devem ser prioridade e por isso toda ajuda é bem vinda.

Recomenda-se usar uma cinta pós-parto para aumentar o conforto, amenizar a sensação de que os órgãos estão soltos dentro do abdômen e para reduzir o risco de seroma na cicatriz.

Saiba mais em: O que é seroma e como é o tratamento?

É necessário também usar um absorvente noturno por causa do sangramento que irá ocorrer, semelhante a uma menstruação forte, que pode durar até 60 dias.

Quanto à cicatriz, os pontos só devem ser retirados oito dias após a cesária e ela poderá ser lavada normalmente durante o banho. No caso da mulher estar com muitas dores, poderá tomar o analgésico prescrito pelo médico.

Leia também: Os pontos da cesárea estão inflamados. O que fazer?

O pós operatório deve ser acompanhado pelo seu ginecologista, sempre que for possível. Ele poderá atuar no caso de qualquer complicação.

Até que idade uma mulher pode engravidar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Naturalmente a mulher pode engravidar até quando tiver ciclos menstruais, ou seja, até entrar na menopausa. Essa idade é variável de mulher para mulher e costuma ser em torno dos 50 anos de idade.

Após os 45 anos, no período de transição da fase fértil para a menopausa, há mudanças no padrão do ciclo menstrual da mulher, com aumento do intervalo entre as menstruações, consequentemente ciclos maiores e anovulatórios. O esgotamento dos óvulos ( armazenados nos ovários desde a vida intra uterina) e a mudança nas suas características faz com que a mulher não seja mais capaz de engravidar naturalmente.

Todas essas questões da fertilidade podem ser investigadas pelo/a médico/a ginecologista ou inicialmente pelo/a médico/a de família e clínico/a geral.

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Peito com caroço durante a amamentação: o que pode ser?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Nódulos ou caroços na mama podem ser benignos ou malignos. Particularmente durante a amamentação, eles podem ser resultado de cistos lácteos (bolsas cheias de leite) e infecções (mastite), que são condições benignas, mas que requerem avaliação do ginecologista e tratamento em determinadas ocasiões.

Outras causas de nódulos na mama são: alterações fibrocísticas benignas, fibroadenomas, cistos e câncer de mama. Apenas após a avaliação do médico ginecologista e, se necessário, a realização de mamografia e ultrassonografia mamárias, poderá ser diagnosticada a causa do nódulo, e instituído o adequado tratamento.

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