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Existem tipos de sangue incompatíveis?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, há tipos de sangue incompatíveis, especialmente quando se trata de transfusões sanguíneas, e de gestação. Para receber uma transfusão é preciso analisar os tipos sanguíneos do receptor e do doador, para evitar uma reação do organismo que pode ser fatal.

Os tipos sanguíneos são determinados pela presença de antígenos na superfície dos glóbulos vermelhos. Os sistemas ABO e o sistema Rh são os principais a ser determinados. De acordo com o sistema ABO, são formados os tipos sanguíneos: A, B, AB e O. O Sistema Rh divide os tipos sanguíneos em Rh positivo, quando o antígeno está presente ou negativo, quando ausente.

A avaliação para transfusão e para a gestação serão abordadas com mais detalhes a seguir.

Tipos de sangue incompatíveis para uma transfusão
  • Tipo A - Os indivíduos com sangue A não podem receber sangue do tipo B nem do tipo AB, pois o antígeno B presente nessa hemácia vai causar uma reação e produção de anticorpos contra ele; poderá receber apenas dos tipos sanguíneos, A ou O.
  • Tipo B - Pessoas com sangue tipo B não podem receber do tipo A nem do AB, porque não reconehce os antígenos tipo A. Então só podem receber transfusões de tipo B ou O;
  • Tipo AB - Indivíduos com sangue tipo AB, podem receber transfusões de qualquer tipo sanguíneo, sendo por isso considerados o receptor universal.
  • Tipo O - Já pessoas com tipo sanguíneo O, só podem receber deles mesmo, qualquer outro tipo de sangue, A, B ou AB podem desencadear reação inclusive pode ser fatal. Em contrapartida, pode doar para todos os tipos, conhecido portanto, como doador universal.

Indivíduos com sangue Rh negativo só podem receber transfusões de Rh negativo, salvo raras exceções. Já indivíduos com Rh positivo podem receber transfusões de Rh positivo ou negativo.

Complementando a informação acima, então, o doador universal é o tipo O negativo, e o receptor universal, o tipo AB positivo.

Tipos de sangue incompatíveis para ter filhos

A importância maior é determinar o fator RH dos pais. Porque quando a mãe é RH negativo e pai RH positivo, o bebê tem grande chance de ser RH positivo. Com isso, durante a gestação e principalmente após o parto, libera volume maior de sangue para a corrente sanguínea da mãe.

Depois do primeiro parto de um bebê Rh positivo, ou da transfusão acidental de sangue Rh positivo, o sangue da mãe cria anticorpos anti-Rh+. Durante a segunda gravidez, esses anticorpos podem atravessar a placenta e uma doença chamada eritroblastose fetal, ou doença hemolítica do recém-nascido.

A doença pode causar anemia, mal formação fetal, problemas cardiológicos e até a morte do bebê. No entanto, hoje já existem tratamentos para esta condição, e mães com Rh negativo, com pesquisa positiva para esses anticorpos. O mais indicado é administrar na gestante, imunoglobulina anti-D (RhoGAM®) algumas semanas antes do parto ou nas primeiras 72 horas após o parto, de forma a impedir a formação dos anticorpos que poderiam criar complicações nas gestações seguintes.

A pesquisa do tipo sanguíneo (ABO e Rh), além da pesquisa de coombs indireto (se Rh negativo), deve ser feita no pré-natal de toda a gestante.

Para maiores informações, consulte o seu obstetra ou clínico geral.

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Referência:

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.

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Dr. Charles Schwambach
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Médico

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Posso engravidar durante o resguardo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

É possível engravidar durante o resguardo, embora seja raro.

O resguardo é o período que compreende os 40 dias após o parto. Durante esse período, é indicado que a mulher não pratique relações sexuais, pois o seu aparelho reprodutor está se recuperando da gestação e do parto, há maior risco de infecções e pode haver desconforto ou mesmo dor.

Os hormônios produzidos durante o aleitamento materno bloqueiam a ovulação e, por isso, a mulher não menstrua e não engravida. A amamentação pode funcionar como um método anticoncepcional apenas se a mulher estiver amamentando exclusivamente em livre demanda (ou seja, não está oferecendo outro tipo de leite para o bebê), nos primeiros seis meses e ainda não teve nenhuma menstruação depois do parto. Quando o bebê passa a ingerir alimentos e fórmulas e a amamentação deixa de ser exclusiva, o ciclo menstrual começa a voltar ao normal.

A partir dos 40 dias pós parto, a mulher pode começar a usar algum tipo de método anticoncepcional para evitar a gravidez. Isso pode ser conversado com o/a profissional de saúde durante as consultas do pré natal ou do acompanhamento pós parto para orientação de métodos anticoncepcionais disponíveis e mais indicados para cada situação, além de realizar um planejamento familiar.

Assim, se realmente for desejo da mulher ter relações sexuais durante o resguardo é orientado o uso de preservativo para evitar gravidez indesejada.

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Mulher grávida pode fazer banho de lua?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, mulher grávida pode fazer banho de lua, desde que tenha alguns cuidados. A gestante que pretende descolorir os pelos do corpo deve esperar passar o 1º trimestre de gravidez e nunca usar produtos à base de amônia. 

O banho de lua com água oxigenada é permitido na gravidez, mas só a partir do 2º trimestre de gestação.

Mesmo assim, recomenda-se que o produto seja deixado na pele durante no máximo 5 minutos e que a água oxigenada tenha o grau mínimo.

A descoloração dos pelos com amônia é totalmente contraindicada durante toda a gravidez, pois a substância é absorvida pela pele e pode chegar à corrente sanguínea, intoxicando o feto ou provocando malformações fetais.

Uma boa solução caseira para clarear os pelos na gravidez e que não tem nenhuma contraindicação é usar uma mistura de iogurte natural com chá de camomila.

Basta aplicar sobre os pelos e deixar o local tomar sol. Atenção apenas ao horário de exposição solar, que deve ser antes das 10hs e depois das 16hs.

Apesar de demorar mais para dourar os pelos, o iogurte natural com camomila pode ser usado inclusive no 1º trimestre de gravidez sem risco de prejudicar o bebê.

Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico obstetra ou consulte um médico dermatologista.

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7 Coisas que uma Grávida Não Deve Fazer

Quanto tempo depois de perder o bebê posso engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Depois de perder o bebê, a mulher deve esperar cerca de 3 a 6 meses para engravidar novamente. A Organização Mundial de Saúde recomenda pelo menos 6 meses.

Após abortos espontâneos ou abortos retidos pode ser realizado um procedimento de raspagem da da camada interna do útero, chamado de curetagem, que permitem retirar restos ovulares. O útero passa por um período de recomposição dessa camada, por isso recomenda-se esse período de intervalo entre um gravidez e outra, assim é possível oferecer novamente um ambiente adequado para a fixação do embrião. 

Contudo, já é possível engravidar logo no primeiro ciclo menstrual após a perda do bebê. Em geral, a menstruação volta depois de 4 a 6 semanas.

A recuperação física após um aborto geralmente ocorre em poucos dias, mas é preciso levar em consideração que o útero ainda está se recuperando. Além disso, existe o fator emocional que costuma ser muito intenso nesses casos.

Desde que a mulher tenha esperado um tempo mínimo de 3 meses e se sinta preparada emocionalmente para voltar a engravidar, ela pode começar a tentar, é importante consultar um médico de família ou ginecologista/obstetra antes para maiores orientações.

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O que é descolamento ovular? É perigoso?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Descolamento ovular é o acúmulo de sangue entre a placenta e o útero. Pode ocorrer em qualquer fase da gestação, mas é mais comum no primeiro trimestre, ou seja, nas primeiras 12 semanas de gravidez. O descolamento ovular pode ser perigoso se for muito grande, devido ao risco de descolamento de placenta.

Porém, na imensa maioria dos casos, esse acúmulo de sangue, chamado hematoma, é absorvido e a gravidez prossegue sem complicações quando é feito repouso e acompanhamento adequado. Por volta da 20ª semana o hematoma desaparece espontaneamente. O risco de aborto é pequeno e ocorre em apenas 1% a 3% dos casos.

Na maioria das vezes, o descolamento ovular, também conhecido como hematoma subcoriônico, é detectado no primeiro exame de ultrassom transvaginal. Normalmente não causa sintomas, ou pode haver um pequeno sangramento.

As causas do descolamento ovular não são conhecidas, por isso não há nada que a gestante possa fazer para evitá-lo.

Não há um tratamento específico para o descolamento ovular. O procedimento vai depender do médico, do tamanho e localização desse hematoma.

Na maioria das vezes, o tratamento consiste em repouso absoluto inicialmente, depois parcial (não fazer esforços físicos, não ter relações sexuais) conforme evolução do quadro.

Comunique imediatamente o seu médico obstetra ou procure um serviço de urgência se observar qualquer sangramento durante a gravidez.

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É normal ter câibra durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
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Clínica médica e Neurologia

Sim, é normal ter câibra durante a gravidez, principalmente na panturrilha ("batata da perna"), parte posterior da coxa e planta dos pés. Eventualmente a cãibra também pode ocorrer na barriga devido ao espasmo da musculatura abdominal.

As cãibras nas grávidas são mais frequentes a partir do 4º mês de gestação, quando a musculatura da perna é mais exigida devido ao aumento de peso e inevitável reajuste do seu eixo de equilíbrio.

Esse aumento do esforço dos músculos, principalmente os da panturrilha, provocam uma fadiga muscular que favorece o aparecimento das cãibras.

Além disso, no último trimestre de gravidez, o feto necessita de grandes quantidades de cálcio para a formação dos seus ossos, utilizando mais cálcio da reserva da gestante para suprir essa necessidade do bebê, resultando na ocorrência das cãibras.

Cãibra na barriga durante a gravidez é normal?

As cãibras também podem acometer os músculos abdominais e, neste caso, também são normais e podem acontecer, embora não sejam tão comuns.

No entanto, vale referir que, muitas vezes, as grávidas referem uma "cãibra na barriga" que na realidade não é uma cãibra propriamente dita, mas sim contrações uterinas (contrações de Braxton-Hicks) que começam a ser sentidas entre a 16ª e a 20ª semana de gravidez.

Nesse caso, a mulher geralmente não sente dor, apenas algum desconforto. Essas contrações deixam a barriga dura por alguns instantes e têm uma duração de 30 a 60 segundos, podendo ocorrer várias vezes ao dia.

Porém, se as contrações uterinas durarem mais de 30 segundos e ocorrerem com uma frequência de 2 a 3 contrações a cada 10 minutos, significa que a mulher já pode ter entrado em trabalho de parto e deve se dirigir para a maternidade.

Fale com o seu médico obstetra e peça maiores orientações sobre como prevenir as cãibras durante a gravidez. Muitas vezes os suplementos minerais são indicados e podem resolver boa parte do problema, mas só devem ser usados com prescrição médica.

Veja também:

É possível ver que está grávida num ultrassom pélvico?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. O ultrassom pélvico detecta a presença de gravidez.

O ultrassom pélvico serve para avaliar órgãos e estruturas pélvicas da mulher como útero, endométrio, ovários, trompas uterinas, etc. É um exame de imagem em que, através de um aparelho, o/a médico/a visualiza de imediato normalidades ou possíveis alterações nessa região.

Examinando com maior proximidade e nitidez, estruturas e órgãos pélvicos como o útero, os ovários, o colo do útero e as trompas, o exame pode ser indicado para avaliar a espessura do endométrio; sangramento uterino; presença de massa pélvica (mioma, câncer); anomalias no útero; localização do DIU; avaliação da gravidez e auxiliar as técnicas de reprodução assistida.

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O que é ultrassom obstétrico e para que serve?