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O que fazer em caso de descolamento de placenta?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em caso de descolamento de placenta, a grávida deve ir imediatamente para um serviço de urgência/pronto socorro. Lá, a equipe médica irá verificar a frequência cardíaca do bebê, examinar a gestante, fazer exames de sangue e realizar ultrassom.

Embora o diagnóstico de um descolamento de placenta seja sobretudo clínico, uma vez que a ultrassonografia nem sempre detecta pequenos descolamentos, o ultrassom pode excluir a possibilidade de haver uma placenta prévia, outra causa provável de sangramento uterino.

Ao suspeitar de descolamento da placenta, a gestante deve permanecer em repouso absoluto para evitar o agravamento do quadro e aguardar a indução do parto ou a cesariana. 

A gestante deve procurar auxílio médico imediatamente se observar algum dos seguintes sintomas de descolamento de placenta:

  • Sangramento vaginal ou rompimento da bolsa com líquido sanguinolento;
  • Dor abdominal ou na coluna lombar que surge de forma súbita;
  • Contrações frequentes, com pouco espaço entre elas, ou uma contração que não termina;
  • Deixar de sentir o bebê se mexer.

O descolamento de placenta deve ser diagnosticado e tratado pelo/a médico/a obstetra.

Parto normal após cesariana é perigoso?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Um parto normal após cesariana pode ser perigoso, se a mulher tiver antecedente de três ou mais cesáreas. Isso porque na cesárea o obstetra corta o útero numa região específica para poder retirar o bebê e nas cesarianas seguintes o local de abertura uterina é o mesmo da cicatriz anterior.

Por isso, acredita-se que após três cesáreas essa cicatriz passe a ser um local mais suscetível de rotura, tanto devido ao crescimento do útero durante a gravidez como e, principalmente, devido às contrações do trabalho de parto. 

Alguns obstetras optam por parto cesariana se a mulher tiver antecedente de duas ou três cesarianas, pelo risco de rotura uterina (rompimento do útero), e com isso um risco de morte fetal e materna (por sangramento).

Também pode lhe interessar: Quantas cesáreas uma mulher pode fazer?

O seu obstetra deverá orientá-la sobre a melhor opção para o parto.  

27 semanas são quantos meses de gravidez?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

27 semanas de gravidez são 6 meses e 3 semanas. No entanto, não existe a necessidade de saber a idade gestacional em meses. Os profissionais de saúde sempre utilizam a semana como unidade de medida de tempo para a gestação.

As consultas de pré-natal são mensais nesta fase da gestação, mas passam a ser semanais a partir da 28ª semana. Além da avaliação feita todos os meses, é entre a 24ª e a 28ª semanas que o médico pede exames para investigar a diabetes gestacional.

O bebê com 27 semanas mede cerca de 37 cm e pesa perto de 875 g. Nessa etapa da gravidez já é importante conversar com o médico sobre o parto, contracepção após o nascimento do bebê e amamentação, por exemplo.

Leia também:

Referências:

NOTA TÉCNICA PARA ORGANIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE COM FOCO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE E NA ATENÇÃO AMBULATORIAL ESPECIALIZADA — SAÚDE DA MULHER NA GESTAÇÃO, PARTO E PUERPÉRIO. / Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein. São Paulo: Hospital Israelita Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2019. p. 27-28.

Chames MC, Bailey JM, Greenberg GM, Harrison RV, Schiller JH, Williams CB. Guidelines for Clinical Care Ambulatory. Prenatal care. Michigan Medicine, University of Michigan. Last review: January 2019. https://www.med.umich.edu/1info/FHP/practiceguides/newpnc/PNC.pdf

Kiserud T, Piaggio G, Carroli G, Widmer M, Carvalho J, Neerup Jensen L, et al. (2017) The World Health Organization Fetal Growth Charts: A Multinational Longitudinal Study of Ultrasound Biometric Measurements and Estimated Fetal Weight. PLoS Med 14(1): e1002220

Estou grávida e não tenho vontade de fazer sexo?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Existem muitas alterações hormonais, físicas e psicológicas na gravidez, algumas mulheres tem o apetite sexual aumentado e outras reduzido, como é o seu caso, converse com seu marido e com seu ginecologista sobre isso.

Qual a alimentação ideal para quem está amamentando?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A mulher que está amamentando precisa de uma alimentação equilibrada que deve incluir:

  • frutas,
  • verduras,
  • legumes,
  • ovos,
  • queijos,
  • alguns peixes,
  • carne,
  •  frango,
  • alta ingestão de água.

A suplementação vitamínica é indicada apenas em mulheres veganas (fazem dieta vegetariana estrita) com vitamina B12 e em mulheres anêmicas com ferro.

O que deve ser evitado?

Alguns peixes (tubarão, peixe-espada, cavala, pirá ) devem ser evitados pois contém alta concentração de mercúrio e podem prejudicar o desenvolvimento cerebral do bebê. Outros peixes e frutos do mar com menor concentração de mercúrio (camarão, atum, salmão, badejo, cação, robalo listrado e marlim) podem ser consumidos no máximo 2 vezes por semana.

A cafeína (café, chá preto, refrigerante cola) não deve exceder 3 xícaras por dia, pois pode provocar no bebê agitação e problemas para dormir.

O cigarro é proibido porque reduz a quantidade de leite e causa inúmeros prejuízos para o bebê como problemas respiratórios, infecções nos pulmões e ouvidos.

O álcool pode ser consumido bem raramente e, de preferência, logo após a mamada pois demora cera de 2 horas para ser eliminado pelo organismo da mãe.

A amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses, se você tem dúvidas procure o médico de família ou o pediatra.

Leia também: Amamentar aumenta o apetite?

Pílula do dia seguinte tomada corretamente pode falhar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A pílula do dia seguinte mesmo usada corretamente pode falhar. Não há nenhum método de anticoncepção 100% eficaz e a pílula do dia seguinte como um método de anticoncepção de emergência não é diferente.

A pílula do dia seguinte apresenta uma probabilidade de falha em torno de 2 a 3%. A pílula do dia seguinte usada até no máximo 72 horas após uma relação sexual desprotegida é eficaz e se apresenta como uma boa opção contraceptiva de emergência.

Para aumentar a eficácia da pílula do dia seguinte, recomenda-se tomar o medicamento logo após a relação sexual desprotegida. Porém, mesmo usada em até 3 dias depois da relação, ela continua sendo eficaz para prevenir a gravidez.

Qual é a eficácia da pílula do dia seguinte?

Nas primeiras 24 horas, a eficácia da pílula do dia seguinte pode chegar a 98%. Depois de 48 horas, a eficácia diminui para cerca de 85%. Se a mulher tomar o medicamento em 72 horas, as chances de prevenir a gravidez caem para 58%.

Por isso, quanto mais cedo a pílula for tomada, maior é a sua eficácia. Para tomar a pílula do dia seguinte corretamente, a mulher deve seguir as orientações do fabricante.

Porém, como toda medicação, a pílula apresenta uma porcentagem de falha que pode ocorrer e, nesse caso, aparenta ser bem reduzida, variando de 2 a 3% dos casos.

A pílula do dia seguinte não é abortiva, ou seja, caso a fecundação (junção do óvulo com espermatozoide) já tenha ocorrido, ela não evitará a gravidez.

Como saber se a pílula do dia seguinte falhou?

Apesar de ter uma eficácia de até 98% se tomada nas 24 horas após a relação desprotegida, a pílula do dia seguinte pode falhar. Nesse caso, a única maneira de saber se o medicamento falhou é fazendo um teste de gravidez.

Por isso, espere pela menstruação. Se ela se atrasar por 8 a 15 dias, faça o teste. Os testes de gravidez de farmácia devem ser feitos preferencialmente com 8 a 15 dias de atraso menstrual. Isso porque só depois de 8 dias os níveis do hormônio Beta-hCG, produzido na gravidez, estão altos o suficiente para serem detectados no exame.

O uso da pílula do dia seguinte deve ser feito com precaução e não é recomendado o uso de rotina como método anticoncepcional de médio e longo prazo. Ela é uma medicação de emergência e deve ser usada no menor tempo possível após a relação sexual desprotegida.

Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?

As situações de emergência que justificam tomar a pílula do dia seguinte incluem: rompimento do preservativo, esquecimento do diafragma, uso incorreto ou esquecimento da pílula anticoncepcional, esquecimento do anticoncepcional injetável ou ainda em casos de estupro e relações sexuais desprotegidas imprevistas.

Para maiores esclarecimentos sobre a pílula do dia seguinte, consulte o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.

Leia também:

Como tomar a pilula do dia seguinte?

Tive Síndrome Hellp, quanto tempo esperar para engravidar? Pode acontecer novamente?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existe um tempo estipulado para engravidar de novo. Na verdade você poderá sim engravidar de novo após avaliação detalhada e conversa com seu/sua médico/a assistente, pois vários fatores deverão fazer parte desta decisão.

A Síndrome HELLP é uma doença grave, hipertensiva que ocorre durante a gravidez, citada entre as três principais causas de mortalidade materno-fetal no Brasil. Caracterizada pela presença de hipertensão arterial severa associada a hemólise (destruição de precoce de hemácias), alterações hepáticas, com aumento das enzimas hepáticas (TGO e TGP), e plaquetopenia (plaquetas abaixo de 100.000 por mm³).

Portanto, a próxima gestação deverá ser planejada com cautela e com devidas orientações para evitar que ocorra novamente, existe sim o risco de recorrência.

Primeiro é importante que seja feita uma avaliação criteriosa para descartar outras causas de hipertensão no seu organismo, com coleta de exames de sangue e de imagem, a critério da equipe médica.

Depois será necessário algum tempo, pelo menos entre seis meses a um ano, para: Ajustar doses de medicamentos anti-hipertensivos; Estabilizar sua pressão arterial; Mudança de hábitos alimentares e atividade física para preparar o organismo para próxima gestação e Acompanhar melhora completa do quadro clínico e alterações hepáticas, ou seja, a normalização de enzimas hepáticas, hemácias e plaquetas.

Por fim, determinar qual melhor opção e período que deverá repensar para próxima gestação.

O médico ginecologista/obstetra é o médico responsável nesses casos e deverá fazer o acompanhamento e orientações necessárias.

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Não conseguir segurar a urina depois do parto, é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Depois do parto normal a mulher pode ter incontinência urinária. Não é uma situação propriamente "normal", porque nem todas as mulheres com parto vaginal ficam com incontinência urinária, no entanto, a depender de como foi o parto o risco de incontinência urinária pode ser maior ou menor.

Algumas situações que podem aumentar o risco de incontinência urinária após o parto normal são: uso de fórceps, obesidade na mulher grávida e peso excessivo do recém-nascido.

O parto normal pode provocar lesão nos músculos, nervos e tecido conjuntivo do assoalho pélvico, que pode resultar em incontinência urinária.

O assoalho pélvico sustenta os órgãos pélvicos e mantém o controle da urina. Para desempenhar essa função adequadamente, é necessário que a sua musculatura, inervação e tecidos conectivos estejam íntegros.

Durante a fase de expulsão do trabalho de parto, a cabeça do bebê força e estica o assoalho pélvico, podendo provocar a ruptura dos músculos, tecidos e nervos.

Para diminuir o risco de ter incontinência urinária após o parto praticar exercícios específicos para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico. Da mesma forma após o parto, exercícios de reabilitação do assoalho pélvico podem permitir a adequada recuperação dessa musculatura, levando a melhora dos sintomas de incontinência urinária.

Para mais informações, fale com o seu médico obstetra.

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