Não é recomendado beber energético durante a gravidez. Isso porque as bebidas energéticas têm composições muito variáveis, mas que normalmente incluem:
- Cafeína;
- Taurina;
- Vitaminas;
- Aromatizantes;
- Corantes.
O consumo de algumas destas substâncias não é recomendado durante a gravidez. Por exemplo, o consumo de cafeína durante a gestação pode levar a complicações e perda gestacional, além de restrição de crescimento e baixo peso do bebê ao nascer.
Além disso, as bebidas energéticas podem conter açúcar. O consumo de uma elevada quantidade de açúcar pode levar ao aumento do peso da gestante, diabetes gestacional, além de alterações de paladar e do metabolismo do bebê, aumentando o risco de obesidade.
Se quiser saber mais sobre o que pode e o que não pode tomar durante a gravidez, leia também:
Referências:
ABIR. Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas. Energéticos. Saiba mais sobre os energéticos.
Goran MI, Plows JF, Ventura EE. Effects of consuming sugars and alternative sweeteners during pregnancy on maternal and child health: evidence for a secondhand sugar effect. Proc Nutr Soc. 2019; 78(3): 262-71.
Qian J, Chen Q, Ward SM, Duan E, Zhang Y. Impacts of Caffeine during Pregnancy. Trends Endocrinol Metab. 2020; 31(3): 218–27.
A couve é um alimento muito nutritivo e, por este motivo, traz diversos benefícios à saúde. É rica em proteínas, cálcio, ferro, vitamina C, betacaroteno e fibras. Por ser um vegetal crucífero, possui altas concentrações de vitaminas e minerais que são essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo.
1. Promove uma melhor digestão e funcionamento intestinalO consumo de couve auxilia na manutenção da saúde do estômago. O fitoterápico chamado sulforafano, presente nos vegetais crucíferos, protege o estômago e impede a proliferação e a infecção por bactérias Helicobacter pylori, responsáveis pelo desenvolvimento de gastrite, úlcera péptica e câncer de estômago.
As fibras presentes nas folhas de couve ajudam a manter o volume de água nos intestinos e a formar o bolo fecal. Deste modo, favorecem a motilidade, promovem a regularidade e o bom funcionamento intestinal.
2. Auxilia na redução do colesterolAs fibras, presentes em alta concentração nas folhas de couve, auxiliam no controle e redução do colesterol. Na medida em que estas fibras passam pelo intestino, a gordura ingerida com a alimentação é absorvida e, posteriormente, eliminada nas fezes.
A redução do colesterol ocorre também pela alta capacidade de ligação aos ácidos biliares no trato digestivo. Vale destacar que os ácidos biliares são constituídos a partir do colesterol e que a ligação adicional de colesterol aos ácidos biliares e a sua excreção provocam, portanto, uma redução efetiva dos níveis de colesterol no sangue.
Estudos demonstraram que as folhas de couve cozidas no vapor têm maior capacidade de se ligar aos ácidos biliares do que outros vegetais crucíferos como brócolis, repolho, couve de Bruxelas, mostarda e couve-flor.
Por ser rica em fibras, a ingestão regular de couve em um plano alimentar saudável pode auxiliar no controle dos níveis de insulina e, por consequência, no controle da diabetes. Estudos verificaram que pessoas portadoras de diabetes tipo 1 que consomem uma alimentação rica em fibras possuem reduzidos níveis de glicose.
Para quem tem diabetes tipo 2, a alimentação com alto teor de fibras tem a capacidade de reduzir os níveis de lipídios e de melhorar a concentração de insulina no sangue.
4. Atua na prevenção de câncerOs glucosinolatos, compostos encontrados nos vegetais crucíferos (couve, couve de Bruxelas, brócolis, mostarda e couve-flor), têm sido estudados quanto ao seu poder de impedir a proliferação de câncer de pulmão, mama, próstata e colorretal em diferentes estágios.
Estas substâncias também estão sendo estudadas para o combate ao câncer de pele, esôfago e pâncreas. Entretanto, os resultados das pesquisas para estes tipos de câncer ainda são preliminares e necessitam ser mais bem estudadas.
5. Fortalece os ossos e protege as células nervosasPor ser rica em vitamina K, a couve tem atuação importante para o aumento da massa óssea a para contenção de lesões dos neurônios.
A vitamina k atua como um importante modificador de proteínas da matriz óssea. Esta ação faz com que a absorção de cálcio aumente e a sua eliminação por meio da urina seja reduzida, o que propicia o aumento da massa óssea.
Além disso, a vitamina K é importante para pessoas com doença de Alzheimer uma vez que ela limita as lesões dos neurônios.
6. Benéfico para mulheres grávidasA couve é rica em ácido fólico que tem como principal função a produção de novas células. Além de auxiliar na manutenção da saúde do sistema nervoso, o ácido fólico ajuda a fechar o tubo neural dos bebês durante a gestação. Alguns estudos demonstraram também que a vitamina K pode reduzir o risco de lábio leporino e distúrbios cardíacos em bebês.
Uma alimentação saudável é chave para a sua saúde. Priorize alimentos naturais como frutas, legumes, verduras e carnes magras e não faça dietas radicais sem orientação nutricional.
A gravidez ectópica é a gravidez que acontece fora do útero, por isso não consegue se desenvolver até o fim. Apenas no útero é possível receber o embrião, nutrir e acomodar um bebê durante a gestação.
Inicialmente, pode não haver sintomas, mas por volta da 6ª a 8ª semana de gestação os sintomas começam a aparecer, sendo os principais, o sangramento vaginal, dor na barriga de forte intensidade e o atraso menstrual.
A gravidez ectópica é uma emergência obstétrica, pois a ruptura da tuba uterina, ovário e colo do útero pode provocar sangramento intenso e a morte materna. Por este motivo, é importante que seja feito diagnóstico precoce, ou seja, antes da ruptura destas estruturas por meio do pré-natal.
1. Sangramento vaginalA mulher pode apresentar sangramento vaginal ou relatar a presença de manchas de sangue na roupa íntima, sem razão aparente.
2. Dor abdominalÉ comum que as mulheres com gravidez ectópica sintam dor intensa do lado afetado pela gravidez ectópica. Por exemplo: se for uma gravidez tubária localizada na tuba uterina direita, a dor se manifestará com maior intensidade do lado direito do abdome.
3. Atraso menstrual ou menstruação ausenteÉ possível que a mulher perceba atraso menstrual ou ausência da menstruação. Por vezes, ainda nem sabem que estão grávidas.
Estes sintomas podem não ocorrer ao mesmo tempo, mas são os mais comuns de uma gravidez ectópica.
Gravidez ectópica, o bebê sobrevive?Infelizmente, não. Por vezes o feto consegue se manter vivo até a 16a semana de gestação fora do útero como no caso da gravidez nas trompas. Entretanto, os tecidos fora do útero não conseguem fornecer sangue e nutrientes necessários para a manutenção da vida e para o desenvolvimento do bebê.
Além disso, geralmente em torno da 16ª semana, a estrutura que contém a gravidez ectópica se rompe e o feto não é mais capaz de sobreviver sozinho.
A ruptura de uma gravidez ectópica pode ser fatal para a mãe se não for tratada rapidamente.
Quando devo procurar uma emergência?Uma gravidez ectópica pode apresentar sintomas apenas no momento da ruptura da trompa, o que traz grande risco de vida para a mulher. Por este motivo, esteja atenta aos seguintes sintomas, especialmente se associados a um atraso menstrual:
- Dor forte e constante na parte inferior do abdome,
- Perda volumosa de sangue de cor vermelho vivo ou bem escuro e diferente do sangue menstrual,
- Tontura,
- Sudorese fria e úmida (suor frio e pele úmida),
- Queda da pressão arterial.
Nestes casos, busque imediatamente atendimento em uma emergência hospitalar. O exame de Beta-HCG e ultrassonografia transvaginal auxiliam a confirmar o diagnóstico.
O tratamento mais comum para a gravidez é cirúrgico. Nestes casos, a mulher é submetida a uma cirurgia para retirar o embrião, a placenta e reconstruir a tuba uterina, por exemplo, nos casos de gravidez tubária.
Nos casos de gravidez ectópica sem ruptura e descoberta precoce, o tratamento pode ser feito com o uso de um medicamento, que promove a redução e desaparecimento da gravidez ectópica.
Cabe ao ginecologista/obstetra avaliar o caso, e definir o melhor tratamento, caso a caso.
Tive uma gravidez tubária, é possível engravidar de novo?
Um bebê formado nas trompas ou no ovário pode sobreviver?
Referências
- Diádica, J.M.; PATEL, J.M. Cervical Ectopic Pregnancy: A Rare Site of Implantation. The Journal of Emergency Medicine, v.56(6):e123-e125, 2019.
- FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
- Protocolos FEBRASGO: Gravidez Ectópica. FEBRASGO, 2018.
- LAYDEN, E.; MADHRA, M. Ectopic pregnancy. Obstetrics, Gynaecology & Reproductive Medicine, 30(7):205-212, 2020.
O Utrogestan pode ajudar a manter a gravidez, sendo indicado em casos de abortos espontâneos recorrentes (3 ou mais perdas sucessivas) ou após ameaças de aborto. Também é indicado durante alguns tratamentos para engravidar.
O Utrogestan parece ajudar a segurar o bebê:
- Nos casos de insuficiência lútea (ou seja, progesterona abaixo do normal a partir da segunda fase do ciclo): é a principal indicação;
- Quando a causa do aborto não é identificável;
- Quando a causa dos abortos anteriores são processos inflamatórios ou imunológicos.
O início e a duração do tratamento com Utrogestan são variáveis, por isso o ideal é que converse com o seu médico.
Leia também:
Referências:
Utrogestan, Bula do medicamento.
Aborto recorrente e progestagênios. -- São Paulo: Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Série Orientações e Recomendações FEBRASGO. 2017; 2(6): 1-28.
A paciente que está com a bactéria KPC incubada geralmente está internada em ambiente hospitalar e só sai do hospital após o tratamento, ou seja, após eliminar a bactéria do organismo.
Com o tratamento adequado e a recuperação, a paciente pode ter uma vida normal e poderá engravidar sem apresentar nenhum perigo para o bebê.
Nesse sentido, a bactéria não apresenta nenhum risco para as mulheres que desejam engravidar.
Parto humanizado é um parto em que as condutas e as atitudes profissionais estão centralizadas nas necessidades da mulher. No parto humanizado, as intervenções ou os procedimentos são realizados apenas quando existe uma indicação real e não por rotina.
A Organização Mundial da Saúde define algumas atitudes que os profissionais devem ter e os direitos da mulher durante um parto humanizado:
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Atitudes dos profissionais:
- Respeitar a vontade da mulher de ter um(a) acompanhante da sua escolha durante o trabalho de parto e durante o parto;
- Monitorar o bem-estar físico e emocional durante todo o processo;
- Responder às informações e explicações solicitadas;
- Permitir que a mulher caminhe durante o período de dilatação e fique na posição que desejar no momento da expulsão;
- Orientar e oferecer formas de aliviar a dor durante o trabalho de parto, como massagem, banho morno e outras técnicas de relaxamento;
- Permitir o contato de pele com pele entre mãe e bebê e o início da amamentação logo após o nascimento;
- Ter normas de procedimentos e acompanhar a evolução do parto pelo partograma;
- Oferecer alojamento conjunto e estimular o aleitamento materno.
Direitos da mulher:
- Estar acompanhada durante o trabalho de parto e parto por alguém escolhido por ela;
- Conhecer a identidade do profissional;
- Receber informações sobre os procedimentos que serão realizados com ela e com o bebê;
- Receber alimentos e líquidos, sem excessos, durante o trabalho de parto;
- Caminhar e se movimentar durante o trabalho de parto;
- Receber massagens ou outras técnicas de relaxamento;
- Tomar banhos mornos;
- Adotar a posição que quiser no momento da expulsão do bebê;
- Receber o bebê para mamar logo após o nascimento;
- Ser chamada pelo nome.
Os profissionais devem respeitar o tempo, os limites, os desejos, a ansiedade e a expectativa da mulher durante todo o trabalho de parto e parto propriamente dito.
A figura central no parto humanizado é a mulher, que deve ter autoridade sobre o seu próprio corpo e também sobre o processo do nascimento.
O profissional que está dando assistência à parturiente deve chamá-la pelo nome, explicar em cada momento o que está acontecendo e orientá-la, bem como a sua família, o máximo possível.
O principal objetivo do parto humanizado é resgatar o nascimento pela sua simplicidade e promover mudanças no comportamento e nas atitudes dos profissionais envolvidos no processo.
Mais sobre o assunto em: Quais as vantagens e desvantagens do parto humanizado?
Engravidar depois de uma perda espontânea não é considerado um risco. A maioria das mulheres consegue ter uma gravidez normal e um bebê saudável nessa situação.
No entanto, caso o aborto tenha ficado retido e tenha sido necessário algum procedimento médico, existe um risco aumentado de problemas na gravidez atual. As complicações que podem acontecer são:
- Sangramento no primeiro trimestre;
- Parto prematuro;
- Morte fetal.
Outra questão a ser considerada para se saber se existe risco de uma nova perda na gravidez atual é quantas perdas já ocorreram. Quando os abortos são repetidos, o risco de uma nova perda é maior. Nesses casos, é preciso ter um acompanhamento mais cuidadoso no pré-natal.
No caso de ainda não ter se recuperado emocionalmente da perda anterior ou sentir muito medo de perder novamente o bebê, procure cuidados emocionais (como terapia). Isso também vale para o seu parceiro. Além disso, é importante conversar com seu médico sobre os seus medos.
Você pode querer ler também:
Referências:
Febrasgo Notícias. Tratamento ambulatorial do abortamento retido. 16 de março de 2018.
Dulay AT. Aborto espontâneo. Manual MSD.
Kashanian M, Akbarian AR, Baradaran H, Shabandoust SH. Pregnancy outcome following a previous spontaneous abortion (miscarriage). Gynecol Obstet Invest. 2006; 61(3): 167-70.
Hale S, Shkodzik K. How Soon After an Abortion Can You Get Pregnant?
Mira Insights. Mira Blog
Não parece haver problema em tomar chá de camomila durante a gravidez, desde que não seja algo muito frequente. A camomila é considerada segura, mas é importante que o chá seja de boa procedência, para evitar contaminações com outras ervas que podem causar problemas para a gestante.
Entretanto, tomar qualquer chá de forma diária ou muito frequente não é aconselhável. As substâncias dos chás, quando ingeridas em excesso, podem causar intoxicação. No caso dos chás em sachês, eles podem aumentar os níveis de fluoreto do sangue da gestante e o excesso de fluoreto pode afetar o desenvolvimento cognitivo do bebê.
O chá de camomila tem propriedade anti-inflamatória e moderada ação antioxidante e antimicrobiana. É indicado para aliviar cólicas e diarreia, principalmente. A ação calmante que lhe é atribuída popularmente não é comprovada.
Para saber mais sobre o uso de chás na gravidez, leia também:
Referências:
Krishnankutty N, Jensen TS, Kjae rJ, Jorgensen JS, Nielsen F, Grandjean P. Public-health risks from tea drinking: Fluoride exposure. Scand J Public Health. 2022; 50(3): 355-61.
Chamomile. In: Drugs and Lactation Database (LactMed) [Internet]
McKay DL, Blumberg JB. A review of the bioactivity and potential health benefits of chamomile tea (Matricaria recutita L.). Bethesda (MD): National Institute of Child Health and Human Development; 2006.
Phytother Res. 2006; 20(7): 519-30.