A ocitocina também conhecida como “hormônio do amor” é produzida no cérebro por uma glândula chamada hipófise. Produzido por homens e mulheres, atua para melhorar o humor e as interações sociais, fortalece os laços afetivos entre parceiros e ajuda a reduzir a ansiedade e melhora a libido e o desempenho sexual. Este hormônio também exerce importante função no momento do parto e durante a amamentação.
Efeitos da ocitocina no organismo1. Melhora o humorA ocitocina atua como um regulador do estado de humor das pessoas, o que possibilita expressar as emoções de forma benéfica e saudável, ajuda a reduzir o estresse e melhora a convivência entre as pessoas. Pode ser utilizada, mediante indicação de uma/a psiquiatra, no tratamento de pessoas com transtorno de ansiedade generalizada, fobia social e depressão.
2. Cria e fortalece os laços afetivosA criação dos vínculos afetivos entre mão e filhos ou filhas, bem como a formação e fortalecimento dos laços de afeto entre companheiros é outra função desempenhada pela ocitocina. Nestes casos, a ocitocina é produzida e liberada quando há contato de pele e quando existe a formação de uma relação de confiança entre as pessoas.
Por ter como um dos efeitos possibilitar a união entre as pessoas e o desenvolvimento das ligações de carinho, a ocitocina é conhecida como hormônio do amor.
A empatia é outra sensação desencadeada pela presença de ocitocina no organismo. Além destas ações, quanto maior a concentração deste hormônio no sangue, maior é a sensação de felicidade e bem-estar.
Alguns estudos indicam que a ocitocina pode ser importante para o tratamento de autismo, depressão pós-parto e esquizofrenia.
A ocitocina parece atuar também melhorando a libido e o desempenho sexual em homens e mulheres. Nos homens, atua juntamente com a testosterona e, na mulher, com a progesterona no sentido de despertar o interesse pelo contato íntimo e facilitar a lubrificação vaginal e o orgasmo.
4. Auxilia no trabalho de partoA ocitocina auxilia no trabalho de parto por estimular as contrações uterinas de forma ritmada. Como medicamento, é usada para induzir o trabalho de parto, especialmente quando este não aconteceu no tempo previsto ou quando está ocorrendo de forma muito demorada.
A indicação do uso de ocitocina para a indução do trabalho de parto exige uma avaliação clínica cautelosa pelo/a obstetra. O uso indiscriminado e sem prescrição adequada pode levar ao parto prematuro ou aborto.
5. Ajuda na amamentaçãoAo sugar o seio da mãe durante a amamentação, o bebê estimula a produção de ocitocina pelo organismo da mãe. Deste modo, a ocitocina ajuda no processo de amamentação e favorece a criação de vínculo afetivo entre a mãe e o bebê.
A ocitocina pode ser encontrada em farmácias?Sim. A ocitocina pode ser encontrada de forma sintética, em farmácias e para uso como medicamentos. Entretanto sua utilização somente deve ser efetuada mediante prescrição médica.
Atitudes simples são capazes de aumentar naturalmente a produção de ocitocina pelo seu corpo:
- Praticar atividade física;
- Estar com as pessoas que você gosta;
- Estabelecer contato físico por meio de carinho, abraços massagem;
- Efetuar o contato íntimo com seu parceiro ou parceira;
- Praticar a generosidade e as boas ações;
- Amamentar.
Quanto mais relaxado/a e livre de tensões você estiver, mais ocitocina o seu corpo produzirá sem precisar de remédios. Isto ampliará a sensação de bem-estar no seu cotidiano.
Não é necessário fazer curetagem após um aborto para poder engravidar novamente. Apesar da eliminação completa do conteúdo do útero ser necessária para não haver complicações em futuras gestações, nem sempre é preciso recorrer à curetagem, já que essa eliminação pode acontecer naturalmente em alguns casos.
Além disso, existem outros casos, como os de aborto retido no primeiro trimestre, em que pode ser usado um medicamento para estimular a eliminação do conteúdo uterino, substituindo a curetagem.
O ideal é sempre falar com o ginecologista ou o obstetra após o aborto para saber se existe necessidade de curetagem ou de outro procedimento. O médico também pode orientar quanto tempo é necessário esperar para engravidar novamente.
Leia também:
- Quanto tempo depois de perder o bebê posso engravidar?
- Existe risco em perder o bebê e engravidar no mês seguinte?
Referências:
Febrasgo Notícias. Tratamento ambulatorial do abortamento retido. 16 de março de 2018.
Dulay AT. Aborto espontâneo. Manual MSD.
Kashanian M, Akbarian AR, Baradaran H, Shabandoust SH. Pregnancy outcome following a previous spontaneous abortion (miscarriage). Gynecol Obstet Invest. 2006; 61(3): 167-70.
O parto prematuro ocorre quando o trabalho de parto começa antes da gestante completar 37 semanas de gravidez. O nascimento prematuro é uma das principais causas de incapacidade ou morte do bebê. Porém, um bom acompanhamento pré-natal aumenta as chances de um bebê prematuro se recuperar bem de um parto pré-termo.
Quais são os sinais e sintomas de parto prematuro?- Contrações uterinas acompanhadas de dor na coluna lombar ou sensação de pressão na virilha ou nas coxas;
- Vazamento de líquido em gotas ou em um fluxo pela vagina;
- Sangramento vaginal vermelho e brilhante;
- Secreção vaginal mucosa, espessa e com sangue;
- Ruptura da bolsa das águas;
- Ter mais de 5 contrações uterinas por hora ou contrações regulares e dolorosas;
- Contrações que se tornam mais longas, fortes e próximas umas das outras.
Procure atendimento médico imediatamente se notar algum desses sinais e sintomas antes da 37ª semana de gravidez:
- Cólica, dor ou pressão no abdômen;
- Escapes, sangramento, muco ou líquido saindo pela vagina;
- Aumento repentino de corrimento vaginal.
Na suspeita de parto prematuro, é feito um exame para verificar se há dilatação do colo do útero ou ruptura da bolsa.
Muitas vezes, é feito um ultrassom transvaginal para avaliar o comprimento do colo do útero. O parto prematuro geralmente pode ser diagnosticado quando o colo do útero está mais curto. Geralmente, o encurtamento do colo do útero ocorre antes da dilatação.
Se houver saída de líquido ou fluidos, estes serão analisados. O teste pode avaliar se a gestante dará à luz em breve ou não.
Se a gestante entrar em trabalho de parto prematuro, precisa ir a um hospital. Podem ser usados medicamentos para interromper as contrações e amadurecer os pulmões do bebê.
Quais as causas de parto prematuro?Na maioria das gestações, as causas de parto prematuro não são totalmente conhecidas. No entanto, sabe-se que certas condições podem aumentar o risco de um parto pré-termo, tais como:
- Parto prematuro anterior;
- História de cirurgia do colo do útero, como excisão electrocirúrgica por alça (LEEP) ou conização;
- Gravidez de gêmeos;
- Infecção da mãe ou das membranas ao redor do bebê;
- Defeitos congênitos do bebê;
- Hipertensão arterial (pressão alta) da gestante;
- Rompimento precoce da bolsa das águas;
- Excesso de líquido amniótico;
- Sangramento no primeiro trimestre de gravidez;
- Fumar durante a gravidez;
- Uso de drogas;
- Estresse físico ou psicológico grave;
- Pouco ganho de peso durante a gravidez;
- Obesidade.
O parto prematuro também pode ser causado por problemas na placenta, no útero ou no colo do útero.
Quando o colo do útero não permanece fechado por si próprio (insuficiência cervical) ou a forma do útero não é normal, existe risco de haver um trabalho de parto prematuro.
Mau funcionamento da placenta, descolamento prematuro da placenta e placenta prévia também podem levar a uma ameaça de parto prematuro.
Como reduzir o risco de parto prematuro?Para reduzir o risco de parto pré-termo, a gestante deve seguir as orientações do médico obstetra que está acompanhando a gravidez. Na presença de sinais e sintomas de trabalho de parto prematuro, deve-se procurar atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce é a melhor maneira de prevenir o nascimento de um bebê prematuro.
O pré-natal reduz o risco de parto prematuro. A gestante deve fazer os exames de rotina durante a gravidez, ter uma alimentação saudável, não fumar, não consumir bebidas alcoólicas e não usar drogas.
Mulheres com histórico de parto prematuro podem precisar receber o hormônio progesterona para retardar a evolução do parto.
Para maiores esclarecimentos sobre os sinais e sintomas de parto prematuro, consulte o médico obstetra responsável pelo acompanhamento pré-natal.
A ocitocina sintética é bastante utilizada em obstetrícia para induzir o trabalho de parto. Pode ser benéfico para as mulheres que possuem doenças graves e por isso necessitem do fim da gravidez, para casos em que o parto excedeu o tempo previsto ou mesmo quando está ocorrendo de forma muito demorada.
Nestes casos, as mulheres que fazem uso da ocitocina sintética podem passar pelo trabalho de parto de forma muito semelhante às mulheres que entram em trabalho de parto espontaneamente.
Entretanto, o uso indiscriminado da ocitocina sintética para este fim pode ser arriscado. Ao mesmo tempo em que pode auxiliar em partos mais complicados, pode provocar distúrbios em partos que ocorreriam normalmente apenas pela ação da ocitocina produzida pelo corpo da mulher. O uso indiscriminado da ocitocina sintética para acelerar o trabalho de parto pode causar:
- Aumento das complicações pós-cirúrgicas;
- Aumento das complicações durante o parto: aumento do risco de alterações na frequência cardíaca e oxigenação do bebê;
- Redução da sensação de prazer que as mulheres sentem após o parto uma vez que elas não produziram endorfina, adrenalina e outros hormônios que são produzidos juntos com a ocitocina para causar esta sensação;
- Lentidão na capacidade da mulher de vencer o cansaço e o sono nos momentos iniciais de cuidados com o recém-nascido, pois esta habilidade sofre influência da ocitocina que ela mesma produziria para o seu trabalho de parto;
- Dificuldades no processo de amamentação;
- Aumento dos índices de depressão pós-parto.
A ocitocina é um hormônio importante tanto para a reprodução humana como para mediar as relações sociais no que se refere à criação e formação das ligações afetivas e produção das sensações de bem-estar e de felicidade. Nós todos somo capazes de produzi-la sem recorrer ao hormônio sintético.
Não utilize ocitocina artificial sem orientação médica.
Provavelmente não. Desde que seja uma única vez (bebidas alcoólicas devem ser evitadas na gravidez.