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Monócitos baixos, o que pode ser?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os monócitos baixos, uma condição também conhecida como monocitopenia, podem ser causados por, entre diversas outras razões: Estresse, terapia com imunosupressores, leucemia aguda, uso de corticóides, anemia aplástica.

O valor de referência (normalidade) para os monócitos é de 200 a 1000 por milímetro cúbico de sangue, que corresponde a 2 a 10% do total de leucócitos (4000 a 10000/mm3). Em caso de monocitopenia, um médico deve ser consultado para avaliação e tratamento adequado, se necessário.

RDW alto no hemograma pode ser anemia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. O RDW alto no hemograma é sinal de que os glóbulos vermelhos do sangue têm tamanhos variados, o que pode indicar defeitos na forma dessas células. Apesar de ser um achado comum no eritrograma, resultados com níveis altos de RDW podem indicar anemia.

Em casos de anemia ferropriva, o tipo mais comum de anemia na população, a falta de ferro impede e ou reduz, a formação de hemoglobina, uma proteína de cor vermelha que está presente nas hemácias, cuja função é se ligar ao oxigênio para que este seja transportado dos pulmões para os tecidos do corpo.

A carência do ferro, portanto, dá origem a formação de hemácias de tamanho menor, o que aumenta o índice de variação desses tamanhos, o RDW.

O que significa RDW?

RDW é a sigla em inglês para Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos). É um índice que indica a variação de tamanho entre os glóbulos vermelhos, também chamados de eritrócitos ou hemácias.

Serve para avaliar numa amostra a distribuição dessas células em relação ao seu diâmetro, mostrando assim o grau de heterogeneidade entre elas. Para classificar a anemia, deve ser usado em conjunto com o VCM.

Os valores de referência do RDW ficam entre 11,6% e 14,5%.

O RDW é um dos índices hematimétricos utilizados no hemograma para avaliar as características das hemácias. Os demais índices usados no eritrograma são o: VCM (Volume Corpuscular Médio) e o CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média).

VCM e CHCM

O VCM serve para medir o tamanho da célula, enquanto o CHCM serve para avaliar a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos.

O aumento do RDW no hemograma deve ser investigada pelo/a médico/a que solicitou o hemograma e que irá interpretar os resultados do eritrograma e de todo o exame juntamente com a história e o exame clínico do/a paciente.

Saiba mais sobre esse assunto, nos artigos a seguir:

CHCM alto no hemograma, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

CHCM alto no hemograma significa que há mais hemoglobina que o normal dentro dos glóbulos vermelhos, também chamados eritrócitos ou hemácias. Logo, essa células ficam mais escuras e são denominadas hipercrômicas. Em caso de anemia, ela também é chamada de hipercrômica.

Há ainda outras condições e doenças que podem deixar os valores de CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) elevados, como problemas na tireoide e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Nos adultos, os valores de referência de CHCM ficam entre 30 e 33 pg.

A CHCM serve para medir a quantidade de hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos. A hemoglobina liga-se ao oxigênio, permitindo que o gás seja transportado pelas hemácias dos pulmões para os tecidos do corpo. Também é a hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue.

A CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) é um índice hematimétrico do eritrograma. Esse exame está incluído no hemograma completo e serve para contar e avaliar as características das hemácias.

Leia também: O que significa CHCM no hemograma?

Quando o valor de CHCM está baixo, os glóbulos vermelhos tornam-se mais claros e são classificados como hipocrômicos. Em caso de anemia, ela é chamada de hipocrômica.

Se os valores de CHCM estiverem normais, os eritrócitos são chamados normocrômicos e, a anemia, normocrômica.

Os resultados de CHCM, bem como todo o hemograma, devem ser analisados pelo/a médico/a que solicitou o exame.

Saiba mais em:

VHS alto, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O valor de hemossedimentação, o VHS, quando está alto pode ser sinal de infecções causadas por vírus ou bactérias, processos inflamatórios, ou situações crônicas como anemia, diabetes, insuficiência renal e cardíaca, ou mesmo gestação.

VHS alto é grave?

O valor de hemossedimentação alto não necessariamente indica uma doença de maior gravidade, o aumento de VHS pode não ser significativo em pessoas sem sintomas ou sem outras alterações laboratoriais.

O exame de VHS torna-se mais específico quando os valores de VHS atingem níveis muito elevados, acima de 100 mm/h.

Nesses casos trata-se de um achado importante e que precisa ser avaliado, principalmente se a pessoa estiver com sinais e sintomas de infecção, como febre, mal-estar, inapetência e aumento do número de leucócitos (leucocitose) no exame de sangue.

Algumas causas importantes de VHS muito alto são:

  • Doença infecciosa aguda,
  • Polimialgia reumática,
  • Arterite temporal,
  • Inflamação no tecido conjuntivo
  • Câncer.
Quais são os valores de referência do VHS?

Os valores de referência do VHS variam de acordo com a idade e o sexo:

Idade Homens Mulheres
menos de 50 anos até 15 mm/h até 20 mm/h
mais de 50 anos até 20 mm/h até 30 mm/h
mais de 85 anos até 30 mm/h até 42 mm/h

Pode haver pequenas variações nos valores de referência conforme o laboratório em que o exame foi realizado.

Cabe ao médico que solicitou o exame interpretar os resultados e investigar a causa do aumento do VHS.

Saiba mais em:

Exame VHS: Para que serve e como entender os resultados?

Referências bibliográficas:

SANTOS V. M. et al. Velocidade de sedimentação das hemácias: utilidade e limitações. 2000

O que são monócitos?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Os monócitos são células do sangue que fazem parte do sistema imunológico. Os monócitos têm a função principal de defenderem o organismo de corpos estranhos como bactérias ou vírus, mas também removem células mortas, senescentes ou alteradas do nosso corpo, removem partículas estranhas, e destroem células tumorais, entre outras funções.

O monócito é um dos cinco tipos principais de leucócitos (monócitos, linfócitos, basófilos, neutrófilos e eosinófilos) e podem ser identificados em microscopia óptica (lâminas com esfregaço de sangue).

Os monócitos desenvolvem-se a partir da medula óssea, circulam na corrente sanguínea por poucos dias e finalmente deslocam-se para os tecidos onde são denominados macrófagos, ou outros nomes particulares dependendo do tipo de tecido, por exemplo: microglia, no sistema nervoso; células de Kupffer, no fígado; e células de Langerhans, na epiderme.

O aumento ou diminuição de monócitos no sangue pode ser evidenciado através de um leucograma, incluso no hemograma completo.

A realização de exames de sangue periódicos é aconselhável, e em casos de alterações quaisquer da normalidade, seja no leucograma ou outros exames, um médico deverá ser consultado para avaliação e tratamento, se necessário.

Casal com o mesmo tipo de sangue a criança nasce com problema?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Quando o casal tem o mesmo tipo sanguíneo não existe nenhum risco para o bebê, em relação a este fator.

A complicação mais temida durante uma gestação, quando os pais têm tipos sanguíneos diferentes, ocorre quando a mãe é RH negativo e o pai RH positivo, porque assim o bebê pode ser RH positivo como o pai, e o organismo da mãe pode produzir anticorpos que ultrapassam a placenta e causam destruição das células sanguíneas do feto. Esses anticorpos são produzidos por não conhecer o fator RH, o qual não existe no organismo da mãe.

Como consequências pode ocorrer anemia, icterícia ou até complicações cardíacas para o bebê no nascimento. Entretanto, quando a mulher está dentro de um programa adequado de pré-natal, esse quadro é facilmente evitado, ou controlado porque já existe tratamento específico.

Portanto, quando o casal tem o mesmo sangue não correm esse risco, embora toda gravidez tenha riscos quando não é devidamente acompanhada.

Se estiverem planejando uma gestação ou se estiver grávida, o mais importante é que mantenha as consultas com seu médico ginecologista/obstetra, e siga as orientações dadas para que sua gestação se desenvolva da maneira mais saudável e prazerosa possível.

Leia também:

Bastonetes altos no hemograma, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Nível de bastonetes alto no hemograma pode ser sinal uma infecção bacteriana aguda. Os bastonetes são neutrófilos (células de defesa) imaturos. Portanto, quando os níveis estão altos, significa que o organismo está solicitando mais neutrófilos da medula óssea, onde são produzidos. O resultado é um aumento do número de neutrófilos jovens (bastonetes) no sangue.

Em geral, quando os bastonetes estão altos, o nível de neutrófilos maduros, chamados de segmentados, também está elevado. Se o aumento de bastonetes vier acompanhado por um aumento do número dos outros glóbulos brancos (eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos), indica que o organismo está respondendo bem a uma inflamação ou infecção.

Porém, se o número de bastonetes estiver mais alto que o de segmentados, significa que a medula óssea não está conseguindo enviar para o sangue uma quantidade suficiente de neutrófilos maduros, liberando os imaturos. Isso geralmente ocorre em processos inflamatórios e infecciosos mais graves.

Veja também: Segmentados alto no leucograma, o que pode ser?

Os neutrófilos são um tipo de células do sangue que participam no combate às infecções. A sua quantidade pode aumentar nos casos de infecções (principalmente quando há presença de febre e pus em algum local), inflamações, tumores, sangramentos, uso de certas medicações, entre outras causas. 

Saiba mais em: Nível de leucócitos alto pode indicar uma infecção grave?Mielócitos altos ou baixos no leucograma, o que significa?

O resultado de um exame sempre deve ser interpretado de acordo com os sintomas e sinais clínicos que a pessoa apresenta. Por isso, é importante levar o resultado do exame para que o/a médico/a que solicitou faça a correlação adequada e tome as medidas apropriadas em cada caso.

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O que fazer em caso de plaquetas baixas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A plaquetopenia, como chamamos as plaquetas baixas no sangue, devem ser tratadas conforme a sua causa. Situações como a gravidez, ou durante uma virose, a queda das plaquetas são temporários, por isso não existe um tratamento específico, mas devem seguir orientações, como evitar traumas e aumentar o consumo de alimentos ricos em vitamina K.

Entretanto, nos casos graves, pode ser preciso uma transfusão de plaquetas de urgência. Importante frisar ainda, que existem indivíduos saudáveis, que apresentam níveis discretamente baixos de plaquetas (usualmente próximos a 100.000/mm³), sem causar prejuízo à sua saúde. Nestes casos, nada deve ser feito, além de acompanhar com exames periódicos.

O hematologista é o médico capacitado para identificar a doença a ser tratada, dar início ao tratamento mais adequado e demais recomendações nos casos de plaquetopenia. Entenda um pouco mais cada etapa deste tratamento, a seguir.

1. Identificar a causa

Essa etapa é a mais importante, porque enquanto houver uma doença impedindo a formação ou destruindo as plaquetas existentes, a doença não será controlada.

2. Transfusão de plaquetas

Nos casos mais graves, de sangramento abundante e risco de vida, será indicado transfusão de plaquetas, que duram em média 3 dias. Havendo necessidade, a transfusão poderá ser repetida.

3. Medicamentos
  • Corticoides — são utilizados para aumentar a contagem de plaquetas, mas também com duração reduzida, geralmente indicado no tratamento da Púrpura Trombocitopênica Idiopática ou PTI;
  • Azatioprina — imunossupressor, diminui a produção de anticorpos pelo organismo sendo utilizado também nos casos de PTI;
  • Imunoglobulina endovenosa — indicada em situações de maior gravidade, como PTI refratária, infecção generalizada.
4. Alimentação

Não existem alimentos que aumentem a quantidade de plaquetas no sangue, entretanto, alimentos ricos em vitamina K são essenciais para a formação de fatores de coagulação, que contribuem para o controle de sangramento. Portanto, nesse caso, o consumo de alimentos ricos nessa vitamina pode ser benéfico.

Alimentos ricos em vitamina K: vegetais verde-escuros, como espinafre, couve, acelga, brócolis, agrião, ainda, fígado e ovos.

5. Cuidados gerais Escovar os dentes com cuidado

Usar escovas de dentes macias, adequadas e evitar movimentos grosseiros durante a escovação, além de não usar fio dental, são recomendações úteis para evitar sangramento oral.

Evitar bebidas alcoólicas e medicamentos sem orientação médica

As bebidas alcoólicas e medicamentos que interferem na coagulação, como anticoagulantes, anti-inflamatórios e alguns analgésicos, devem ser evitados, para não comprometer ainda mais a coagulação.

Evitar atividades físicas e atividades de lazer perigosas

Situações perigosas como atividades físicas de autodefesa, artes marciais, bicicleta ou alpinismo, devem ser desencorajadas, enquanto o problema não é resolvido, devido ao risco de ferimentos que exijam uma coagulação adequada.

Atenção com objetos cortantes

Ter atenção redobrada quando manusear objetos cortantes, como faca, tesoura ou lâminas.

Comprimir os ferimentos

Caso ocorra um corte ou ferimento com sangramento, é importante fazer uma compressão do local, por tempo prolongado, para auxiliar nessa coagulação e reduzir a perda de sangue.

Nos casos de cortes profundos ou sangramento volumoso, procure imediatamente um serviço de urgência, para evitar complicações mais graves.

O que é plaquetopenia, ou trombocitopenia?

Trombocitopenia ou plaquetopenia, é o nome dado ao caso de plaquetas baixas no sangue. O valor normal, com pequenas variações entre laboratórios, é de 150.000 a 400.000 plaquetas por mm³. Valores abaixo de 150.000 é considerado plaquetopenia ou trombocitopenia.

As plaquetas são células do sangue, que participam ativamente da coagulação. Portanto, valores abaixo de 150.000/mm³, aumentam o risco de sangramento. Por isso a necessidade de investigar a causar, iniciar quanto antes o seu tratamento, para evitar complicações maiores.

As principais complicações são os sangramentos gástricos e intra cerebrais (AVC hemorrágico).

Causas de plaquetopenia

A diminuição das plaquetas no sangue podem ser causadas de 2 formas, pela diminuição da sua produção, nas doenças da medula óssea, local onde as plaquetas são produzidas, ou pela destruição mais rápida das células existentes, como nos casos de viroses, doenças autoimunes, tratamento quimioterápico ou medicamentos.

As causas mais comuns são: trombocitopênica imune (PTI), infecções virais e bacterianas, uso de certos medicamentos, gravidez, doença do fígado, doenças do baço e doenças da medula óssea (órgão responsável pela sua produção).

Para cada uma das situações, existe um tratamento específico a ser indicado. O hematologista é o responsável por essa avaliação e tratamento.

Sintomas de plaquetopenia

Os sintomas de plaquetopenia, na maioria das vezes, aparecem apenas nos casos mais graves, quando as plaquetas estão abaixo de 50.000/mm³, como:

  • Petéquias (pequenos pontinhos avermelhados no corpo);
  • Sangramento gengival ao escovar os dentes ou passar fio dental;
  • Sangramento vaginal abundante ou fora do período menstrual;
  • Sangramento na urina ou nas fezes;
  • Sangramento espontâneo pelo nariz e
  • Dificuldade de coagulação em pequenos ferimentos.

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Referência:

ABHH - Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular.