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Qual o tratamento para mordida de rato?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento para mordida de rato consiste, primeiramente, na lavagem da ferida com água e sabão, deixando que a água escorra por alguns minutos sobre o local da mordida. Após a lavagem, o sabão deve ser totalmente removido para não atrapalhar a ação dos medicamentos que poderão ser aplicados. 

A irrigação com soro fisiológico a 0,9% e a imobilização do membro afetado, com elevação do mesmo, também fazem parte da conduta em caso de mordida de rato. Além de não colocar nenhum produto na ferida como pó de café, açúcar ou outras substâncias.

É provável que a vítima receba vacina ou soro antirrábico, evitando doenças que embora sejam raras, podem ser transmitidas por mordedura de roedores, como as infecções em geral, a raiva, e a febre por mordida de rato (FMR), esta então, uma doença ainda menos frequente, causada pela bactéria Streptobacillus moniliformis. 

A FMR se caracteriza por febre, erupção cutânea e artrite. Se não for tratada, pode evoluir com  pneumonia, endocardite e sepse, com prognóstico muito ruim, em média 10% dos casos chegam ao óbito.

O tratamento da febre por mordida de ratos é feito com antibióticos, sendo a penicilina o medicamento de escolha.

Em casos de mordidas de rato ou qualquer outro mamífero, a vítima deve dirigir-se ao serviço médico de urgência o mais rápido possível.

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Como ocorre a transmissão da hanseníase?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A transmissão da hanseníase se dá pelo contato prolongado e frequente com uma pessoa infectada pelo bacilo e que não esteja em tratamento. A pessoa infectada expele bacilos (bactérias) através do sistema respiratório superior quando ela fala, tosse ou espirra, por meio da saliva e secreções nasais. 

Como a bactéria tem uma baixa infectividade, apenas o contato por vários anos e frequente com a pessoa infectada é capaz de ocasionar a transmissão da hanseníase. Quando a pessoa inicia o tratamento para erradicar a doença, a transmissão é interrompida.

Hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium leprae, uma bactéria que acomete a pele e os nervos periféricos. Ela é uma doença de baixa infectividade, ou seja, o seu poder de contágio é baixo.

Vale lembrar que tocar uma pessoa com hanseníase não transmite a doença. Isso significa que a hanseníase não é transmitida pelo contato físico, mas sim pela inalação contínua de gotículas de saliva ou secreções do nariz infectadas pelo bacilo.

Outra informação pouco conhecida é que a grande maioria das pessoas é imune à hanseníase e não desenvolve a doença, mesmo se forem infectadas.

Quais são os sintomas da hanseníase?

A hanseníase se manifesta por meio de manchas claras, avermelhadas ou escuras, que não são vistas facilmente. Os limites dessas manchas são irregulares e a sensibilidade no local fica alterada. No local das lesões, também ocorre queda de pelos e não há transpiração.

Na fase aguda da doença, podem surgir nódulos ou inchaço nas orelhas, nas mãos, nos cotovelos e nos pés.

Se algum nervo periférico for afetado, a pessoa sente dormência, perda de força muscular e os dedos ficam retraídos, tornando o membro afetado incapacitado. 

A evolução da hanseníase é lenta. Os sintomas só aparecem depois de 2 a 6 anos que ocorreu o contágio. 

Por isso, quanto mais cedo a doença é diagnosticada, mais rápido o tratamento poderá ser iniciado, permitindo a quebra da cadeia de transmissão do bacilo. O exame físico, diagnóstico e tratamento são fornecidos gratuitamente nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Onde fica a pelve?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Pelve é a bacia ou região da sua cintura.

Localização da pelve

A pelve fica localizada na parte inferior do tronco, ao final da coluna lombar, é a chamada "cintura" das pessoas. É também aonde se encontram inseridos os membros inferiores, mais especificamente, a "cabeça" do fêmur.

O que é a pelve?

A pelve é uma das estruturas ósseas mais importantes do esqueleto humano. É composta pelos ossos:

  • Ílio (direito e esquerdo), o maior osso que a compõe;
  • Ísquio (direito e esquerdo), vem em seguida ao osso ílio;
  • Sacro e cóccix, a estrutura óssea posterior, aonde se encontram os orifícios para a saída das raízes nervosas da medula, as raízes sacrococcígeas e
  • Púbis, o osso mais anterior, que na sua junção, direito e esquerdo, formam a sínfise púbica.
Função da pelve

As principais funções da pelve são de sustentação do tronco, equilíbrio, mobilidade e proteção de estruturas moles que se localizam no seu interior, como a bexiga, útero, ureteres e intestinos.

A estrutura óssea recebe o peso do tronco e repassa ou divide esse peso, com as pernas. Auxilia no equilíbrio, e junto com as articulações e músculos da região, participa da movimentação do tronco, como na flexão (se inclinar para frente), extensão (se inclinar para trás), e sobretudo na lateralização e virada do corpo.

Algumas estruturas da pelve, são utilizadas como pontos de referência na prática médica, seja para exame físico, procedimentos cirúrgicos e acompanhamento da gestação e parto.

Em caso de maiores esclarecimentos sobre a pelve, fale com seu/sua médico/a clínico geral, ou médico/a de família.

O que é o hímen?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O hímen é uma membrana fina que reveste a entrada da vagina. O hímen muda conforme a idade, podendo apresentar formatos diferentes na recém nascida, na fase pré-puberal e na puberdade.

Além do hímen normal, uma porcentagem pequena das mulheres podem ter variações anatômicas caracterizando o hímen como: imperfurado, microperfurado, cribiforme ou septado. Essas variações são assintomáticas e geralmente percebidas apenas na época da primeira menstruação. No hímen imperfurado, a adolescente pode apresentar no momento da primeira menstruação uma história de dor no baixo ventre ou nas costas, dificuldade na micção e dor na defecação. O tratamento geralmente é feito com cirurgia para abertura da membrana. Nos outros tipos, praticamente a adolescente não sente nada, mas pode perceber alguns desconfortos na relação sexual, no uso de cremes vaginais e na introdução de absorventes internos. Nesses casos de incômodo, o tratamento pode ser feito com microcirugia para retirada do excesso da membrana.       

Essa membrana pode ser rompida com a relação sexual ou alguns traumas vaginais. Essa ruptura pode ser ou não acompanhada de algum sangramento.

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Quais os sintomas do hímen imperfurado e como é o tratamento?

Febre chikungunya é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A febre chikungunya não é contagiosa, ou seja, não é transmitida de pessoa para pessoa. A única forma de transmissão conhecida é através da picada do mosquito Aedes aegypti e Aedes albopictus infectados pelo vírus CHIKV.

O principal transmissor do vírus nas cidades é o mosquito Aedes aegypti. Nas zonas rurais e silvestres, o chikungunya é transmitido sobretudo pelo Aedes albopictus.

Porém, existe outra possibilidade de transmissão do vírus, que é da mãe para o feto durante o parto, caso a mãe esteja no período de transmissão da doença (viremia).

Não há evidências de transmissão do vírus da febre chikungunya pelo leite materno.

O mosquito adquire o vírus chikungunya (CHIKV) ao picar uma pessoa infectada durante o período de viremia, que vai desde um dia antes do aparecimento da febre até ao 5º dia da doença, quando o indivíduo ainda tem o vírus na corrente sanguínea.

Quais são os sintomas da febre chikungunya?

Os principais sintomas da febre chikungunya incluem febre alta (acima de 38,5ºC) de início rápido e forte dor nas articulações de mãos, pés, dedos, tornozelos e punhos. A pessoa pode apresentar ainda dor de cabeça, dores musculares e manchas vermelhas na pele.

Os sintomas da doença começam cerca de 2 a 12 dias depois da picada do mosquito, podendo chegar a 14 dias em alguns casos. É o chamado período de incubação da febre chikungunya.

Contudo, há pessoas que não manifestam sinais e sintomas e nem todos os que são picados pelo mosquito ficam doentes. Uma vez infectada, a pessoa fica imune à doença pelo resto da vida, independentemente de manifestar sintomas ou não.

Qual é o tratamento para o chikungunya?

O tratamento da febre chikungunya visa apenas aliviar os sintomas através de medicamentos para febre e anti-inflamatórios para as dores articulares, uma vez que não há um tratamento específico para a doença. Ainda não existe vacina contra a febre chikungunya.

Grande parte dos casos de febre chikungunya tem evolução benigna e a doença é auto-limitante, ou seja, resolve-se espontaneamente. Casos de morte são raros, sendo relatados principalmente em recém-nascidos e pessoas com outras doenças associadas.

Como prevenir a febre chikungunya?

Não existe vacina contra a febre chikungunya, nem medicamentos específicos para tratar a doença. Dessa forma, a única forma de prevenção é eliminando o mosquito.

Também recomenda-se utilizar repelentes, mosquiteiros e roupas que cubram bem o corpo para evitar a picada do mosquito, principalmente se a pessoa for viajar ou residir em áreas com surtos de chikungunya.

É verdade que o coração não dói?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, o coração dói sim. A prova disso é a dor no peito intensa e prolongada, sentida durante um infarto ("ataque cardíaco"). Essa dor no coração é provocada pela falta de oxigenação do músculo cardíaco, uma condição denominada isquemia.

Quando as artérias que irrigam o coração estão obstruídas, o sangue, e com ele o oxigênio, não chegam como deveriam ao músculo cardíaco, que então acaba por ser obrigado a produzir energia através de reações anaeróbias (sem a presença do oxigênio), o que acarreta a produção de ácido lático, uma substância capaz de estimular as terminações sensitivas do músculo do coração, provocando uma sensação de desconforto, queimação ou dor.

Além do infarto, existem outras doenças do coração que também podem se manifestar através de dor no peito, como inflamações do pericárdio (membrana que recobre o coração), problemas nas válvulas cardíacas e doenças da artéria aorta.

É certo que o coração não possui todos os tipos de terminações sensitivas que a pele, por exemplo, não sendo, portanto, capaz de produzir os mesmos tipos de dor, entretanto, em determinadas circunstâncias o coração dói e a dor pode indicar uma doença grave.

Assim, todo e qualquer tipo de dor no peito deve ser relatado a um médico clínico geral ou cardiologista.

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Intolerância à lactose tem cura? Qual médico devo procurar?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Intolerância à lactose não é propriamente uma doença, portanto sua cura é possibilitada a partir de uma reorientação alimentar.

A reorientação alimentar consiste na diminuição ou restrição da ingestão de leite e derivados (queijo, manteiga, iogurtes, leite condensado, creme de leite, etc) e alimentos que na sua produção contenha leite (bolo, sorvete, pão de queijo, etc) associada à substituição por alimentos com nutrientes e proteínas necessários no dia a dia.

Outra opção disponível no mercado é a enzima lactase (cápsula ou gotas) capaz de facilitar a absorção da lactose e, dessa forma, reduzir os sintomas provocados pela intolerância. Adicionada ao leite e após 24 horas de refrigeração na geladeira, a mistura pode ser usada para beber ou na fabricação de alimentos que utilizam leite na receita.

A nova dieta deve conter alimentos que ofereçam nutrientes como o cálcio e vitamina D que a pessoa deve ingerir diariamente.

O/a médico/a gastroenterologista bem como o/a clínico/a geral e médico/a de família são capazes de realizar o diagnóstico apropriado da intolerância à lactose e, juntamente com o/a nutricionista, orientar a dieta e alimentos que farão reduzir os sintomas e propiciar uma adequada qualidade de vida ao/a paciente.

Para mais informações:

Qual exame devo fazer para saber se tenho intolerância à lactose? Como é feito?

Virose é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. Virose é contagiosa. A infecção respiratória causada por vírus, conhecida como virose, é transmitida de pessoa a pessoa através das secreções respiratórias eliminadas pela pessoa infectada ao falar, tossir ou espirrar.

Por isso, é muito importante lavar as mãos com água e sabão para evitar que o vírus se espalhe, além de cobrir a boca com o braço ao tossir e espirrar.

A pessoa com virose deve evitar ambientes fechados, com pouca ventilação e com muitas pessoas para que o vírus não se espalhe demasiadamente.

Quais são os sintomas da virose?

Os principais sintomas da virose incluem obstrução nasal, dor de garganta, febre, tosse, perda de apetite, mal estar e coriza.

Casos mais graves de virose podem evoluir para pneumonia viral ou bacteriana devido à inflamação das vias respiratórias e co-infecção de outros micro-organismos.

Como é feito o diagnóstico e tratamento da virose?

O diagnóstico da virose é feito pela avaliação dos sintomas apresentados. Em alguns casos específicos e mais raros, pode ser necessário realizar exames para identificar o vírus causador da infecção.

O tratamento da virose é feito com medidas de suporte, que incluem hidratação e uso de medicamentos para controlar os sintomas, principalmente a febre.

Em caso de sintomas de virose, recomenda-se aumentar a ingestão de líquidos, privilegiar frutas cítricas (laranja, tangerina, limão) e alimentar-se com moderação.

Na presença de sintomas de virose, consulte o médico clínico geral ou médico de família para receber um diagnóstico e tratamento adequados.

Para saber mais sobre virose, você pode ler:

12 dicas para aumentar a imunidade: alimentos e conselhos importantes