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Prednisolona dá sono?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A prednisolona pode causar sonolência, no entanto essa reação parecer ser pouco frequente.

Reações observadas com mais frequência com o uso da prednisolona são:

  • Insônia;
  • Nervosismo;
  • Cansaço;
  • Aumento de apetite;
  • Suscetibilidade a infecções;
  • Aumento de pressão arterial e retenção de água;
  • Problemas de visão (catarata e glaucoma);
  • Aumento da glicemia (pré-diabetes) e dos triglicérides no sangue.

As reações são mais comuns quando o tratamento dura mais que alguns dias ou com altas doses. Nesses casos, o médico pode optar por reduzir a dose que está sendo usada, para tentar diminuir ou reverter as reações que surgiram.

Algumas reações podem ser mais comuns se você tem alguma doença (como diabetes) ou usa algum outro medicamento. Por isso, avise o médico se você sabe que tem alguma doença ou se está tomando outros medicamentos.

Talvez você queira ler também:

Referência:

Prednisolona. Bula do medicamento.

Alguns remédios podem causar úlceras? O que fazer para evitar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existem remédios que podem causar úlceras, como os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs), como a aspirina, o ibuprofeno e o diclofenaco. De fato, a irritação no estômago provocada pelo uso regular desses medicamentos é a segunda maior causa de úlcera gástrica.

Por isso, é importante usar esses medicamentos apenda quando estritamente necessário, sob orientação médica na dosagem e tempo prescritos. Deve-se evitar ao máximo a auto-medicação de AINEs.

Sempre que possível deve-se utilizar medicamentos alternativos ou adicionar algum outro remédio para ser usado com o anti-inflamatório a fim de prevenir a formação de úlceras. Se os remédios forem a causa da úlcera, é necessário parar de tomá-los.

Leia também: Úlcera gástrica tem cura? Qual o tratamento?

Caso você esteja usando um anti-inflamatório não-hormonal (AINEs) há algum tempo e com frequência, fale com o seu médico de família ou clínico geral e esclareça as suas dúvidas sobre as chances do remédio causar úlceras e outros problemas gastrointestinais.

Saiba mais em:

O que é úlcera gástrica e quais os sintomas?

Uma úlcera pode virar câncer?

Depois de quanto tempo tomando anticoncepcional estou protegida?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

No caso da pílula anticoncepcional, a proteção começa:

  • No 1º dia da menstruação: se você começar a tomar a primeira cartela da pílula no 1º dia do ciclo (no dia em que a menstruação começa);
  • No 8º dia após o início da menstruação: caso inicie a primeira cartela entre o 2º e o 7º dia a partir do início da menstruação. Neste caso, o recomendado é que use um método de barreira (como o preservativo) nos primeiros 7 dias.

Isso é o que está indicado na bula dos medicamentos. Entretanto, alguns médicos podem recomendar que use preservativo em todas as relações durante o uso da primeira cartela do anticoncepcional, como uma medida extra para evitar a gravidez.

Nas demais cartelas, você está protegida mesmo no período de pausa (desde que o anticoncepcional seja usado da forma correta). Deve-se tomar 1 comprimido por dia, na ordem indicada na embalagem e de preferência sempre à mesma hora para garantir o efeito da pílula.

A possibilidade de ocorrência de gravidez aumenta:

  • A cada comprimido esquecido;
  • Com o uso incorreto;
  • Se utilizar certos medicamentos ao mesmo tempo (alguns antibióticos, anticonvulsivantes e anti-retrovirais, por exemplo);
  • Se você vomitar ou tiver diarreia após tomar o anticoncepcional.

Nestas situações, é recomendado utilizar também um método contraceptivo não hormonal, como o preservativo, para garantir a proteção contra uma gravidez.

Você pode querer ler também:

Referência:

Ciclo 21. Bula do medicamento

Yasmin. Bula do medicamento

Alprazolam: para que serve e quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O alprazolam serve para tratar transtornos de ansiedade e seus sintomas, como tensão, boca seca, medo, angústia, dificuldade de concentração, irritabilidade, insônia, aumento da frequência cardíaca (taquicardia), sensação de sufocamento, "bolo na garganta", suor nas mãos, mãos frias, tontura, náuseas, diarreia, calafrios, entre outras manifestações físicas e psíquicas.

O alprazolam também está indicado no tratamento da ansiedade decorrente da abstinência de bebidas alcoólicas e síndrome do pânico, que se caracteriza por crises repentinas de ansiedade, medo extremo e sensação de terror.

Como o alprazolam funciona?

O alprazolam pertence ao grupo de medicamentos benzodiazepínicos, que exercem um efeito depressor no sistema nervoso central. Dependendo da dose e do tempo de uso, o medicamento pode causar a melhora da angústia e do quadro de ansiedade esperado, mas também comprometimento no desempenho de tarefas simples, até mesmo quadros de sonolência, esquecimentos, fala arrastada e dependência da medicação.

Depois de ingerir a medicação, o alprazolam é logo absorvido, portanto proporciona um alívio rápido dos sintomas. A concentração máxima de alprazolam no organismo ocorre após 1 a 2 horas de sua tomada.

Como tomar alprazolam?

Para os casos de transtornos de ansiedade, a dose inicial recomendada de alprazolam varia entre 0,25 mg e 0,5 mg, divididos em 3 a 4 doses por dia. A dose diária máxima não deve ultrapassar os 4,0 mg, sempre administrados em doses divididas, 3 a 4 vezes ao dia.

Para o transtorno do pânico, as doses iniciais de alprazolam variam entre 0,5 mg e 1,0 mg, tomados em dose única, ou 0,5 mg, 3 vezes ao dia.

O tempo de duração do tratamento com alprazolam para o transtorno de ansiedade é de pelo menos 6 meses, podendo ser estendido de acordo com a resposta ao tratamento. No caso do transtorno do pânico, a duração mínima sugerida é de 8 meses.

No caso de pessoas idosas ou com condições debilitantes de saúde, a dose de alprazolam normalmente é de 0,25 mg, 2 ou 3 vezes ao dia., não devendo ultrapassar 0,75 mg por dia

Quando necessário e bem tolerado pela pessoa, as doses podem ser aumentadas gradualmente, assim como, quando houver melhora, deverão ser reduzidas lentamente.

As doses de alprazolam devem ser estabelecidas pelo médico, conforme a gravidade dos sintomas e a resposta ao tratamento. O aumento das doses deve ser feito com cautela para evitar efeitos colaterais.

Como parar de tomar alprazolam?

Para interromper o uso de alprazolam, recomenda-se inicialmente reduzir a dose, de maneira lenta e gradativa, conforme orientação médica. A sugestão de redução da dose é de 0,25 a 0,5 mg a cada 3 dias. Há casos em que pode ser necessário a redução de forma ainda mais lenta.

Quais as contraindicações do alprazolam?

O alprazolam é contraindicado para pessoas que já tiveram reação alérgica ao medicamento, a algum dos componentes da fórmula ou a outros benzodiazepínicos.

O medicamento também é contraindicado para pessoas com miastenia gravis (doença neurológica que interfere na força muscular), glaucoma (aumento da pressão intraocular) e em menores de 18 anos de idade.

Quais são os efeitos colaterais do alprazolam?Efeitos colaterais muito comuns (ocorrem em 10% dos casos ou mais)
  • Sedação;
  • Sonolência.
Efeitos colaterais comuns (ocorrem em 1% a 10% dos casos)
  • Perda de apetite, confusão, depressão;
  • Desorientação, diminuição da libido, alteração da coordenação motora;
  • Alterações no equilíbrio, falta de memória, alteração da fala;
  • Dificuldade de concentração, aumento do sono, letargia;
  • Tontura, dor de cabeça, visão turva;
  • Prisão de ventre, boca seca, náuseas;
  • Cansaço, irritabilidade.
Efeitos colaterais incomuns (ocorrem em 0,001% a 0,01% dos casos)
  • Ansiedade, insônia;
  • Nervosismo, perdas de memória;
  • Tremores, fraqueza muscular;
  • Alteração de peso.

O uso de alprazolam só deve ser feito com prescrição médica. Na presença de algum efeito colateral, o médico que receitou o medicamento deverá ser informado.

Pode lhe interessar também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

7 Remédios eficazes e medidas caseiras para dor de barriga
Dra. Juliana Guimarães
Dra. Juliana Guimarães
Enfermeira doutorada em Saúde Pública

Os remédios indicados para dor de barriga como Buscopan®, Luftal® e Floratil® ajudam a reduzir o movimento intestinais, acúmulo de gases e restabelecem a flora intestinal. Por este motivo, estes e outros medicamentos ajudam a aliviar a dor abdominal, cólicas e diarreia.

Entretanto, é importante que a causa da dor de barriga seja investigada para que o melhor tratamento seja indicado. Evite usar qualquer um destes medicamentos sem orientação médica.

1. Buscopan® (butilbrometo de escopolamina)

Indicações: usado para o alívio rápido e prolongado de dores de barriga, cólicas e desconforto abdominal.

Contraindicações: Buscopan® é contraindicado em casos de fraqueza muscular grave (miastenia gravis), não funcionamento do intestino (íleo paralítico ou obstrutivo) estreitamento do aparelho digestivo, dilatação do intestino grosso (megacólon), intolerância a frutose e alergia a componentes presentes na fórmula.

Além disso, crianças com diarreia também não devem usar Buscopan®.

2. Luftal® (simeticona)

Indicações: utilizado para reduzir o excesso de gases no aparelho digestivo. Quando os gases se acumulam no estômago e no intestino, provocam dor de barriga, cólicas, desconforto abdominal, aumento do volume do abdome.

Contraindicações: Não utilize Luftal® se você apresentar aumento do volume abdominal, cólicas intensas, dor de barriga que dura mais de 36 horas, massa palpável no abdome, suspeita de perfuração ou obstrução intestinal.

3. Floratil® (Saccharomyces boulardii)

Indicações: Floratil® é usado para restaurar a flora intestinal e para o tratamento de diarreias de causas diversas.

Contraindicações: Alergia às substâncias da fórmula. Não há condições conhecidas que contraindiquem o uso da medicação.

4. Duspatalin® (cloridrato de mebeverina)

Indicações: Indicado para o tratamento da dor de barriga, de espasmos abdominais, desconforto intestinal causados pela Síndrome do Intestino Irritável. Esta síndrome incluem sintomas com dores no estômago e câimbras, sensação de inchaço, presença de gases, diarreia, constipação ou combinação dos dois. Além disso, apresenta fezes redondas, endurecidas como nozes, ou em forma de fita.

Contraindicações: Duspatalin® é contraindicado para pessoas alérgicas aos componentes da fórmula.

5. Imosec® (cloridrato de loperamida)

Indicações: Imosec® é indicado para diarreia aguda sem infecção e diarreia crônica associadas a doenças que provocam inflamação como a Doença de Crohn e retocolite ulcerativa (doença inflamatória que afeta o intestino).

Contraindicações: Imosec® é contraindicado em casos de diarreia com sangue ou acompanhada de febre, prisão de ventre, ou se você estiver com o abdome distendido. Deve ser utilizado exclusivamente por adultos. Não devendo, portanto, ser administrado para crianças. Pessoas com alergias aos componentes da fórmula também devem evitar o uso do medicamento.

6. Tiorfan® (racecadotrila)

Indicações: Indicado para o tratamento de pessoas com diarreia aguda.

Contraindicações: Tiorfan® é contraindicado para pacientes com alergia aos componentes da fórmula e intolerância à lactose. É preciso procurar um médico de família ou clínico geral se você apresentar sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos prolongados ou incontrolados. Pessoas que têm problemas nos rins ou fígado não devem usar Tiorfan®.

Mulheres grávidas somente devem usar este medicamento sob orientação médica.

7. Maiorad®(cloridrato de tiropramida)

Indicações: Maiorad® é indicado para diarreia aguda não infecciosa, diarreias crônicas associadas a doenças inflamatórias como Doença de Crohn e retocolite ulcerativa. É recomendado somente para adultos.

Contraindicações: Pessoas com dor abdominal e ausência de diarreia, com disenteria aguda caracterizada por sangue nas fezes e febre alta, com colite ulcerativa aguda e com enterocolite bacteriana.

Medicamentos como Imosec®, Tiorfan®, Maiorad® podem ser usados em casos de diarreias não associadas a infecções. Entretanto, em algumas situações estes medicamentos podem piorar o quadro de diarreia e somente devem ser usados sob prescrição médica.

Medidas caseiras para aliviar a dor de barrigaChá de erva-doce

O chá das sementes de erva-doce (Foeniculum vulgare) ajuda aliviar a dor de barriga, especialmente, pela redução dos gases. Para fazer o chá coloque 1 colher de sopa de sementes de erva-doce em uma xícara de água fervente, tampe e deixe descansar de 10 a 15 minutos. Logo após, basta coar e ingerir o líquido morno. Beba de 2 a 3 vezes ao dia.

Chá de boldo

Além de amenizar a dor de barriga pela redução dos gases, o chá de boldo também alivia cólicas intestinais.

No preparo do chá você deve utilizar uma colher de chá de folhas secas de boldo. Pique as folhas e coloque em 150 ml de água fervente. Deixe descansar por 10 minutos. Após esse período de descanso, coe e tome o chá ainda morno de 3 a 3 vezes ao dia.

Associado a estes cuidados aumente a ingestão de água e alimente-se de forma leve e saudável dando preferência a alimentos como caldo de carne ou frango sem gordura, arroz, torradas e banana-maçã.

Quando devo buscar uma emergência?

Se mesmo fazendo tratamento com algum destes medicamentos, é importante que você busque um serviço de emergência se começar a apresentar: sangue nas fezes ou febre, diarreia persistente e vômitos

Presença de sangue na fezes,

  • Febre acima de 38oC,
  • Diarreia que persiste por mais de 36 horas,
  • Dor abdominal intensa acompanhada de vômitos.

Nestes casos, busque o serviço de emergência o mais rapidamente possível e não use nenhum medicamento sem orientação médica.

Para saber mais sobre dor de barriga, você pode ler:

O que é bom para dor de barriga?

Dor de Barriga: o que fazer?

O que é bom para parar a diarreia rapidamente?

Referências

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA. Memento Fitoterápico da Farmacopeia Brasileira. Brasília: ANVISA, 2016.

FBG - Federação Brasileira de Gastroenterologia.

Ansiedade e remédio podem causar impotência sexual?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Caso o problema tenha começado após o uso do medicamento, pode sim ser a causa, apesar da ansiedade, por si só, ser uma das causas mais comuns de impotência sexual atualmente.

A impotência sexual é definida como a dificuldade em conseguir ou manter uma ereção adequada para se ter uma relação sexual satisfatória.

As causas mais comuns de impotência são:

  • Distúrbios de humor, como ansiedade e depressão;
  • Estresse;
  • Idade;
  • Doenças físicas, como hipertensão e diabetes mal controladas, entre outras;
  • Cirurgias;
  • Tabagismo;
  • Abuso de álcool;
  • Uso de medicamentos.

Sabendo que a maioria dos casos de impotência tem origem em fatores orgânicos e psicológicos associados.

Os principais fatores de risco relacionados com a impotência sexual incluem diabetes, hipertensão arterial, arritmia cardíaca, aterosclerose, doenças coronárias, renais e neurológicas, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, obesidade, doenças da próstata, depressão e idade.

Há ainda outras condições que podem causar dificuldade de ereção, como a doença de Peyronie (pênis curvado), diminuição dos níveis de testosterona, hiperplasia benigna da próstata e tratamento do câncer de próstata.

Cerca de 50% dos homens com diabetes e aproximadamente 40% daqueles que têm doenças cardiovasculares apresentam algum grau de impotência.

A idade é outro importante fator para a impotência sexual. Cerca de metade dos homens com mais de 40 anos podem ter algum grau de dificuldade de ereção.

Entre os homens mais jovens, a impotência sexual tem como principal causa fatores psicológicos.

Se o problema da impotência persistir, não pare o uso do medicamento por conta própria! Volte ao médico que o prescreveu para uma reavaliação, esclarecimentos e ajuste do tratamento.

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Cafeína tira a dor de cabeça?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim, a cafeína pode tirar a dor de cabeça. Acredita-se que a propriedade que a cafeína tem de dilatar os vasos sanguíneos do corpo e contrair os vasos sanguíneos do cérebro, seja, pelo menos em parte, responsável pelo alívio de algumas dores de cabeça conseguido pela ingestão de cafeína.

Substâncias que dilatam os vasos sanguíneos, como o álcool, pode causar dores de cabeça vasculares. Já a cafeína tem ação vasoconstritora, ou seja, contrai os vasos sanguíneos, o que pode ajudar a combater a dor causada pela dilatação dos vasos sanguíneos da cabeça.

A cafeína é frequentemente adicionada a medicamentos para dor porque melhora a absorção e aumenta o efeito analgésico do remédio.

Muitos pacientes afirmam que uma xícara de café forte pode ajudar a aliviar uma enxaqueca ou até mesmo acabar com ela, quando tomada logo no início da dor de cabeça.

Falta de cafeína dá dor de cabeça?

É importante lembrar que pessoas que consomem grandes quantidades de cafeína, como as que bebem café em excesso, podem apresentar vários sintomas quando deixam de ingerir a substância durante mais tempo que o habitual.

Um dos sintomas da abstinência da cafeína é a dor de cabeça. Nesses casos, a dor de cabeça costuma surgir principalmente quando a pessoa acorda mais tarde que o normal.

Isso acontece porque depois de tantas horas, os níveis de cafeína na circulação sanguínea já baixaram muito, causando sintomas, entre eles a dor de cabeça.

Este tipo de dor de cabeça geralmente é latejante, semelhante à dor da enxaqueca, e só costuma passar depois de uma ou duas xícaras de café.

Outros sintomas que a falta de cafeína pode causar:

  • Taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos);
  • Alterações na pressão arterial, metabolismo e apetite;
  • Insônia;
  • Agitação;
  • Tremores.

Para maiores esclarecimentos sobre os efeitos da cafeína no tratamento da dor de cabeça, fale com o/a seu/sua médico/a de família ou com o/a médico/a neurologista.

Botox: como funciona e quais os efeitos colaterais?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O botox® é um medicamento que tem como princípio ativo a toxina botulínica tipo A, uma substância purificada extraída de bactérias. A toxina interrompe os estímulos nervosos nos músculos, causando paralisia da musculatura. Como resultado, o músculo fica mais relaxado, pois deixa de ser estimulado. Por isso, as aplicações desse produto são muito utilizadas para o tratamento de rugas na face além de outras indicações, como na espasticidades (músculos "enrijecidos"), por doenças neurológicas, como AVC e espasmos faciais.

Como é feita a aplicação de botox®?

A aplicação de botox® é feita através da injeção de pequenas quantidades de toxina botulínica diretamente nos músculos selecionados. A agulha usada na aplicação é de tamanho pequeno e bem fina, sendo o procedimento bem tolerado e realizado em poucos minutos.

As rugas com melhores resultados no tratamento costumam ser aquelas localizadas entre as sobrancelhas, na base do nariz, ao redor dos olhos (“pés-de-galinha”), na testa e no pescoço.

Nas doenças neurológicas, os músculos tratados são aqueles mais rígidos, facilitando a reabilitação com fisioterapia, terapia ocupacional, além de auxiliar na higiene do paciente. Por exemplo, nos casos de pacientes com AVC que não conseguem abrir a mão, ou esticar o braço por completo, a limpeza da palma da mão e axilas ficam dificultadas, portanto o uso da toxina está indicado, para permitir uma adequada higiene e bem estar.

Outras doenças que causam espasticidade e se beneficiam do tratamento com toxina são esclerose múltipla, doença de Parkinson, lesões medulares, espasmo hemifacial, entre outros.

Em quanto tempo posso ver os efeitos do botox®?

Os efeitos da aplicação de toxina botulínica não são imediatos, geralmente se tornam mais evidentes depois de 3 a 7 dias, atingindo seus efeitos máximos no primeiro mês, com duração de 3 a 6 meses. Após esse período, os músculos voltam a receber os sinais nervosos e os efeitos começam a desaparecer progressivamente. Por essa razão, para manter os resultados do botox®, é preciso seguir exatamente as orientações do/a médico/a assistente.

Quais são os efeitos colaterais do botox®?

Os efeitos colaterais da aplicação de toxina botulínica são muito poucos e temporários, estando muitas vezes relacionados com o próprio local da injeção. Os hematomas, dor de cabeça, sintomas semelhantes a um resfriado leve, estão entre as reações mais comuns.

Em casos mais raros, por haver queda das pálpebras ou de apenas uma delas. Todos os possíveis efeitos colaterais do botox® são leves, passageiros e autolimitados.

Quais as indicações do botox®?

Além de tratar as rugas e sequelas de AVC, o botox® também possui outras importantes indicações:

  • Hiperidrose
  • Blefaroespasmo
  • Espasmo hemifacial
  • Enxaqueca crônica
  • Estrabismo
  • Bexiga neurogênica e
  • Incontinência urinária.

Na hiperidrose (transpiração excessiva) nas axilas, nas mãos e nos pés. A toxina botulínica diminui a produção de suor pelas glândulas sudoríparas. A aplicação nesses casos é feita com a toxina botulínica bem diluída e a injeção é aplicada na pele dessas regiões. Com apenas uma aplicação de botox, a transpiração fica reduzida durante meses. Depois desse período, a transpiração volta ao que era e para manter os efeitos é necessária uma nova aplicação.

O blefaroespasmo e espasmo hemifacial, as contrações dos músculos da face são involuntárias e ininterruptas, causando dor local, dificuldade na visão e lacrimejamento do olho, além do constrangimento pela movimentação "anormal", que acaba por chamar muita atenção de pessoas ao redor. Algumas vezes pode precipitar crises de ansiedade e depressão. A toxina botulínica é a primeira escolha de tratamento e oferece excelentes resultados para esses casos.

Na enxaqueca crônica, sem melhora a tratamentos convencionais, já está indicado a aplicação da toxina nos músculos do couro cabeludo, com resultados satisfatórios.

No estrabismo, na verdade a primeira grande indicação de aplicação local da toxina, oferece bons resultados e deve ser aplicado e acompanhado pelo/a médico/a Oftalmologista.

O tratamento da bexiga neurogênica e incontinência urinária são indicados e acompanhados pelo/a médico/a urologista.

O especialista responsável pela aplicação de botox®, no caso do tratamento das rugas e hiperidrose, é o/a médico/a dermatologista e para os casos neurológicos, o/a médico/a neurologista.

Vale ressaltar que além do Botox®, existem outras marcas de toxina botulínica do tipo A liberadas para as mesmas indicações no mercado Brasileiro.