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Tomei a pílula do dia seguinte e a menstruação atrasou...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sempre há possibilidade de erro, mas é raro, o mais provável é que esteja grávida mesmo.

Se tomou a pílula do dia seguinte e a menstruação não desceu, isso pode acontecer mesmo quando a pílula do dia seguinte foi eficaz. Porém, no seu caso, como tem um exame beta HCG positivo, é provável que esteja grávida.

A pílula do dia seguinte pode atrasar a menstruação devido ao desequilíbrio hormonal que ela provoca. Após o uso da medicação, o organismo precisa se readaptar e reajustar o ciclo menstrual. Isso pode demorar algum tempo a depender de qual momento do ciclo menstrual você utilizou a pílula do dia seguinte.

Quando a pílula do dia seguinte é usada próximo do período que viria a menstruação habitual, esse atraso pode ser de mais de 1 semana, prolongando o ciclo menstrual.

Normalmente, depois de tomar a pílula do dia seguinte, a menstruação volta a descer cerca de uma semana depois da data prevista.

Se a menstruação não ocorrer depois de 4 semanas da tomada da pílula, convém fazer um exame de gravidez. No seu caso, tendo já feito esse exame e tendo o resultado positivo, é importante procurar uma unidade de saúde para uma consulta médica.

Pílula do dia seguinte atrasa sempre a menstruação?

Não, sem sempre a pílula do dia seguinte atrasa a menstruação. Embora o atraso da menstruação seja um efeito colateral comum da pílula do dia seguinte, ele não ocorre na maioria dos casos.

De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), para aproximadamente 57% das mulheres que tomam o anticoncepcional, a menstruação vem na data prevista. A maioria das mulheres apresenta pouca ou nenhuma alteração relevante no ciclo menstrual.

Ainda segundo a OMS, cerca de 15% das usuárias que tomam a pílula do dia seguinte podem apresentar um atraso de até 7 dias na menstruação. Aproximadamente 13% das mulheres que usam a medicação podem apresentar um atraso menstrual de pouco mais de 7 dias. Em 15% das mulheres, a pílula do dia seguinte pode antecipar a menstruação em até uma semana.

A pílula do dia seguinte não é o único método anticoncepcional que pode atrasar ou ainda antecipar a menstruação. O anticoncepcional injetável trimestral, o DIU de cobre e os implantes também podem causar irregularidade menstrual.

Depois de tomar a pílula do dia seguinte a menstruação volta ao normal?

Sim, depois de tomar a pílula do dia seguinte a menstruação volta ao normal. A irregularidade ocorre no período menstrual imediatamente seguinte ao uso da pílula. Com a vinda da menstruação, o ciclo volta ao normal.

A irregularidade no ciclo menstrual causada pela pílula do dia seguinte resolve-se espontaneamente. O uso correto do anticoncepcional não provoca alterações duradouras ou permanentes na data da menstruação.

No entanto, o uso repetitivo da pílula do dia seguinte pode tornar as alterações menstruais mais intensas, tornando difícil para a mulher prever a vinda da menstruação e identificar o seu período fértil.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte, consulte o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou ginecologista.

Minha filha fez exame transaminase pirúvica...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O resultado significa que está normal, porque os valores considerados normais estão entre 7 a 56 U/L, e ainda, mesmo quando aumentado só configura um sinal de lesão hepática, quando esse valor ultrapassa pelo menos 2 x o valor de referência, que seria acima de 80, o que não é o caso da sua filha.

O achado de TGP elevada acidentalmente, inclusive em crianças, não é incomum. Entretanto não é encontrada uma causa para esse aumento, na maioria das vezes, não sendo indicado um tratamento nesses casos.

Os valores podem sofrer alterações também, de acordo com o sexo, idade e laboratório.

O que é o TGP?

A TGP (transaminase glutâmico-pirúvica) ou ALT (alanina aminotransferase), é uma enzima presente quase exclusivamente no fígado, mas também pode ser encontrada nos músculos e rins, por essa razão, é muito específica para investigação de doenças hepáticas.

Causas de elevação da TGP

As causas mais comuns de aumento da TGP são:

  • Hepatites
  • Doença inflamatória intestinal
  • Doença de Wilson
  • Doença celíaca
  • Obesidade
  • Diabetes
  • Esteatose hepática
  • Exercícios físicos extenuantes
  • Miopatias, entre outras.

Visto isso, o exame deve ser levado ao médico que o solicitou, para avaliação e demais esclarecimentos.

Leia também: O que pode significar nível alto ou baixo de TGO e TGP?

Plaquetas altas e baixas: o que pode ser e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Plaquetas altas é uma condição chamada plaquetose ou trombocitose, enquanto um quadro de plaquetas baixas é denominado plaquetopenia ou trombocitopenia.

A contagem normal de plaquetas no sangue varia entre 150.000 e 400.000 por microlitro de sangue, podendo variar um pouco entre os laboratórios.

Para detectar se as plaquetas estão altas ou baixas basta realizar um exame de hemograma. As plaquetas são avaliadas inicialmente nesse exame. Se for preciso um estudo mais específico de reação das plaquetas poderá ser pedido posteriormente.

O que são plaquetas?

As plaquetas, também chamadas como trombócitos, são células sanguíneas produzidas na medula óssea, juntamente com os outros tipos de células do sangue. A medula óssea é um tecido esponjoso localizado dentro dos ossos, sobretudo nos ossos grandes.

As plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea. Quando há um sangramento, as plaquetas se unem, formando um coágulo (trombo) que controla a perda de sangue no local.

Plaquetas altas

As plaquetas são consideradas altas, quando sua contagem tem valor igual ou superior a 400.000. O aumento de plaquetas é chamado trombocitose ou plaquetose. Isso significa que o corpo está produzindo mais plaquetas do que o esperado, e isso pode ser prejudicial para o organismo.

Quais as causas de plaquetas altas?

As plaquetas aumentadas podem ter várias causas. Dentre elas estão:

  • Anemia hemolítica;
  • Deficiência de ferro;
  • Infecções, grandes cirurgias ou traumatismos;
  • Doenças inflamatórias ou infecciosas, como distúrbios do tecido conjuntivo;
  • Doença inflamatória intestinal;
  • Tuberculose;
  • Câncer;
  • Uso de certos medicamentos;
  • Neoplasia mieloproliferativa (doença da medula óssea);
  • Retirada do baço.

Algumas condições podem deixar as plaquetas elevadas durante um curto período, como observado na recuperação de uma doença ou agressão, por exemplo:

  • Recuperação de perda de sangue grave por trauma/acidente;
  • Recuperação de uma contagem muito baixa de plaquetas causada pelo uso excessivo de álcool, falta de vitamina B12 ou folato (vitamina B9);
  • Inflamação ou Infecção aguda (sepse);
  • Resposta à atividade física extenuante.
Quais os sintomas de plaquetas altas?

Os sinais e sintomas de plaquetas altas estão associados à formação de coágulos sanguíneos e sangramentos. Situações que se refletem com sinais de fraqueza, dores de cabeça, tontura, dor no peito e formigamento nas mãos e nos pés, dependendo da localização desses coágulos.

Além disso, estudos apontam para o aumento das plaquetas como primeiro sinal de um câncer, em cerca de 35% dos casos, principalmente se o câncer for de origem pulmonar, gastrointestinal, mama, ovário ou hematológico, como o linfoma.

Coágulos sanguíneos

Os coágulos sanguíneos ou trombos, geralmente se alojam nos pequenos vasos do cérebro, extremidades de mãos e pés. Contudo, podem obstruir qualquer outra parte do corpo, inclusive no coração e nos intestinos.

Coágulos sanguíneos no cérebro podem causar sintomas como dor de cabeça contínua e tontura. Nos casos mais graves, acidente vascular cerebral (AVC).

Quando os coágulos se formam nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, podem causar dormência, vermelhidão, dor intensa ardente e latejante, pelo menor fluxo sanguíneo, com queixas referidas principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.

Sangramentos

O sangramento geralmente ocorre quando as plaquetas estão muito altas, com uma contagem superior a 1 milhão de plaquetas por microlitro de sangue, ou quando existem plaquetas defeituosas. Os sinais e sintomas nesses casos incluem sangramentos nasais, hematomas, sangramento da boca ou gengivas ou sangue nas fezes.

Embora o sangramento esteja mais frequentemente associado a plaquetas baixas, também pode ocorrer em pessoas com uma contagem de plaquetas altas.

Outra causa de sangramento em pessoas com plaquetas altas é uma condição chamada Doença de von Willebrand, que afeta o processo de coagulação do sangue.

Durante a gravidez, os coágulos encontrados na placenta podem causar aborto espontâneo ou problemas no crescimento e no desenvolvimento fetal.

Mulheres que apresentam plaquetas altas ou baixas e tomam pílulas anticoncepcionais têm um risco maior de desenvolver coágulos sanguíneos.

Contudo, não é apenas uma contagem de plaquetas alta que pode levar à formação de trombos. O desenvolvimento de coágulos também está relacionado a outras condições e fatores, como idade avançada, história anterior de coágulos sanguíneos, diabetes, hipertensão arterial (pressão alta) e tabagismo.

Qual é o tratamento para plaquetas altas?

Depende da causa dessa trombocitose.

Achado acidental, com demais exames normais e ausência de sinais ou sintomas, não precisam de tratamento, desde que a condição permaneça estável. Apenas manter acompanhamento, conforme orientação médica.

Em outros casos, a aspirina pode ajudar quanto ao risco de formação de coágulos sanguíneos, uma vez que a aspirina “afina” o sangue. No entanto, o uso do medicamento só deve ser feito com prescrição médica, após avaliação de riscos, pois pode originar sangramentos.

A aspirina é receitada para a maioria das mulheres grávidas que apresentam uma contagem de plaquetas aumentada, pois não há risco elevado de efeitos colaterais para o feto.

Algumas pessoas com plaquetas elevadas podem precisar de medicamentos ou procedimentos médicos para baixar a contagem de plaquetas.

Medicamentos

Os medicamentos para baixar as plaquetas altas no sangue são indicados em casos de:

  • Histórico de coágulos sanguíneos ou sangramentos;
  • Presença de fatores de risco de doença cardíaca, como níveis elevados de colesterol no sangue, pressão alta ou diabetes;
  • Idade superior a 60 anos;
  • Contagem de plaquetas acima de 1 milhão.

Dentre os medicamentos usados para diminuir a contagem de plaquetas no sangue, estão: hidroxiureia®, anagrelida® e interferon alfa®.

Plasmaférese

A plasmaférese é um procedimento usado para reduzir rapidamente as plaquetas no sangue. Contudo, só está indicado em situações de emergência, como casos de AVC.

Plaquetas baixas

As plaquetas são consideradas baixas, quando a contagem apresenta valores inferiores a 150.000. Se o nível de plaquetas estiver abaixo de 50.000, o risco de sangramento é ainda maior, mesmo em atividades leves e diárias. Uma contagem de plaquetas abaixo do normal é chamada trombocitopenia ou plaquetopenia.

Quais as causas de plaquetas baixas?

Existem duas causas principais para uma diminuição do número de plaquetas no sangue: Produção insuficiente de plaquetas pela medula óssea, ou destruição das plaquetas pelo próprio organismo.

Produção insuficiente de plaquetas

A medula óssea pode não produzir plaquetas suficientes nas seguintes doenças e condições:

  • Aplasia de medula;
  • Câncer de medula óssea, como leucemia;
  • Cirrose hepática;
  • Deficiência de vitaminas (B9 e B12);
  • Infecções da medula óssea;
  • Síndrome mielodisplásica (doença em que a medula óssea não produz células sanguíneas suficientes ou as produz com defeito);
  • Câncer;
  • Tratamento com quimioterapia.
Destruição das plaquetas

O exame de plaquetas pode apresentar uma contagem com valores baixos se as plaquetas estiverem sendo destruídas na circulação sanguínea, no baço ou no fígado. Isso pode ocorrer nas seguintes condições:

  • Infecções ou viroses, como dengue e zika;
  • Uso de medicamentos, como anticoagulantes;
  • Aumento do baço devido outras doenças como esquistossomose, hepatite, malária, mononucleose, entre outras;
  • Doenças autoimunes, como a purpura trombocitopenica idiopática (PTI) e lúpus eritematoso sistêmico;
  • Desordem que causa a formação de coágulos como a CIVD (coagulação intravascular disseminada);
  • Tratamentos contra o câncer com radioterapia ou quimioterapia.
Quais os sintomas de plaquetas baixas?

Uma pessoa com as plaquetas baixas pode não manifestar sintomas ou apresentar:

  • Sangramentos na boca e na gengiva;
  • Hematomas;
  • Sangramento nasal;
  • Erupção cutânea (aparecimento de pequenas manchas vermelhas na pele chamadas petéquias).

Outros sintomas de plaquetas baixas dependem da causa.

As hemorragias são a principal complicação das plaquetas baixas, podendo ocorrer inclusive no cérebro ou no trato digestivo.

Qual é o tratamento para plaquetas baixas?

O tratamento para plaquetas baixas consiste primeiro em tratar a causa base, se esta for diagnosticada, por isso depende da causa do problema.

Pessoas com plaquetas baixas que não apresentam sinais e sintomas não precisam de tratamento, desde que a condição permaneça estável e em acompanhamento.

Os casos mais graves podem precisar de tratamento mais específico ou até transfusão de plaquetas, para interromper ou prevenir sangramentos.

O médico que solicitou o exame de plaquetas é o responsável pela interpretação dos resultados e indicar o tratamento mais adequado ou encaminhar para um especialista, de acordo com cada caso.

Posso fazer ultrassom transvaginal estando com sangramento?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Precisa fazer essa pergunta para o serviço de ultrassonografia que vai fazer seu exame, do ponto de vista médico você pode fazer o exame mesmo com sangramento, porém algumas clínicas não realizam o exame se estiver com sangramento.

Qual especialista para realizar um exame de espermograma?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Qualquer médico/a de qualquer especialidade pode solicitar o exame de espermograma.

A avaliação do resultado do espermograma pode ser avaliada pelo/a clínico/a geral, médico/a de família ou urologista.

O mais importante é a avaliação que deve ser feita continuamente pelo/a médico/a. O/a profissional será o responsável por interpretar o resultado do espermograma e investigar as possíveis causas de alterações no resultado.

Consulte o/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou urologista para uma melhor investigação.

Leia também: Entendendo os Resultados do Espermograma

O que pode causar sopro no coração?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O sopro no coração ocorre toda vez que há algum defeito nas válvulas cardíacas, fazendo com que o sangue não circule de modo correto dentro do coração.

Existem 4 válvulas cardíacas (aórtica, pulmonar, mitral e tricúspide), que se abrem e fecham de modo sincronizado com os batimentos do coração. As válvulas se abrem para deixar o sangue passar e depois de fecham para impedir o seu retorno.

Há dois defeitos básicos que podem acontecer nas válvulas cardíacas e causar sopro no coração:

  • Estenose: quando a válvula não se abre completamente, e o sangue encontra dificuldade para passar de uma câmara cardíaca para outra;
  • Regurgitação ou insuficiência: quando a válvula não se fecha completamente, permitindo o refluxo do sangue na direção contrária da qual deveria seguir.

Algumas condições como febre, anemia, hipertireoidismo (funcionamento exacerbado da glândula tireoide), exercício físico e gravidez, podem causar o aparecimento de um sopro cardíaco temporário, sem que aconteça alteração nas válvulas cardíacas. Porém, esse sopro desaparece assim que sua causa é eliminada.

Além destas causas, é relativamente comum o acontecimento de sopro cardíaco em crianças, sem problemas cardíacos, que desaparece espontaneamente com o crescimento. Ele ocorre devido às desproporções entre os tamanhos das estruturas do coração e seus vasos.

As características do sopro benigno são: ser sistólico (ocorre durante a contração do coração) e de baixa intensidade. Além disso, fica mais intenso quando a pessoa se deita e diminui ou desaparece quando se senta ou fica em pé.

Quais as doenças que podem causar sopro cardíaco? Doenças cardíacas congênitas

São defeitos que já estão presentes ao nascimento e usualmente associa-se a outros sintomas de surgimento precoce, como problemas no desenvolvimento, falta de ar ao mamar, falta de apetite e cianose (lábios arroxeados).

Esses defeitos podem ser das válvulas cardíacas, mas também podem ocorrer por um defeito no septo que separa os ventrículos.

Na maioria das pessoas, os ventrículos esquerdo e direito nunca se comunicam, mas defeitos durante a formação da parede entre ambos podem causar pequenos "buracos" que permitem a passagem de sangue. Este fluxo de sangue anormal também produz sopro.

Prolapso da válvula mitral

Acontece quando os folhetos da válvula mitral são mais "frouxos", permitindo a regurgitação de sangue durante a contração do coração. Estima-se que a prevalência esteja abaixo de 2,5% de população. Poucas vezes requer tratamento cirúrgico, contudo é necessário consultar um cardiologista.

Febre reumática

Doença prevalente em países subdesenvolvidos, acontece como consequência da infecção da garganta ou da pele pelo estreptococo. Esta bactéria compartilha proteínas que são similares às estruturas cardíacas, levando o sistema imune do paciente a atacar erroneamente as estruturas cardíacas, especialmente as válvulas.

Não são todas as pessoas que desenvolvem febre reumática após infecção de garganta. É necessário ter uma predisposição individual e uma infecção de garganta causada por cepas específicas do Streptococcus pyogenes para se ter febre reumática. Além disso, é mais frequente quando a pessoa não recebeu um tratamento adequado com medicamentos antibióticos.

A febre reumática pode trazer sintomas na forma aguda, logo após a infecção estreptocócica, que incluem febre, artrite, nódulos subcutâneos, coreia (movimentos involuntários similares a uma dança) e eritema marginado, mas também pode permanecer assintomática, até que o defeito provocado na válvula leve a um mau funcionamento do coração (insuficiência cardíaca).

O tratamento da febre reumática deve ser feito por um médico e muitas vezes será necessária cirurgia cardíaca para correção do problema valvular.

Endocardite infecciosa

Acontece quando um micro-organismo, principalmente bactérias e fungos, infecta as válvulas do coração. Associa-se quase sempre à febre prolongada. Acontece geralmente quando uma bactéria ou fungo circulante na corrente sanguínea se aloja em uma das válvulas, multiplicando-se e formando o que chamamos de vegetação valvar.

Se não for reconhecida e tratada a tempo, a endocardite infecciosa destrói a válvula cardíaca acometida, levando o paciente a um quadro de insuficiência cardíaca aguda e grave, além de poder levar a outras complicações, como derrame cerebral, inflamação dos rins, embolia pulmonar e gangrena de membros.

O tratamento é feito com antibióticos por via endovenosa e deve ser feito por um período de quatro a seis semanas.

Calcificação da válvula

Acontece em idosos e as válvulas normalmente acometidas são a mitral e a aórtica. É a causa mais comum nos países desenvolvidos.

Insuficiência cardíaca dilatada

Quando o coração fica "inchado", os folhetos das válvulas se afastam, permitindo a regurgitação do sangue. As causas mais comuns de insuficiência cardíaca são infarto do miocárdio, hipertensão arterial e problemas na válvulas cardíacas.

O que é sopro no coração?

Sopro no coração é um som audível decorrente de um evento mecânico que ocorre dentro do coração ou dos vasos sanguíneos.

O sopro cardíaco é percebido na ausculta realizada durante o exame clínico e pode ser melhor avaliado pelo ecocardiograma, que mostrará a válvula e o grau de acometimento. Em alguns casos, o cardiologista deverá ser procurado para orientar o melhor tratamento.

O que é ferritina?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A ferritina é uma proteína responsável pelo armazenamento do ferro dentro das células do nosso organismo.

Ela pode ser medida a partir do exame de sangue específico chamado Dosagem de Ferritina. Com esse exame é possível saber o estoque de ferro disponível e diagnosticar possíveis deficiências de ferro no organismo.

O exame de Dosagem da Ferritina não é um exame de rotina. Geralmente ele é feito durante a investigação das causas de anemia e da deficiência de ferro.

Todo exame solicitado por profissionais de saúde deve ser levado na consulta de retorno para uma leitura pormenorizada e para correlacionar com o quadro clínico do/a paciente.

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Ultrassom revelou fígado aumentado e com gordura. Pode ser grave?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Depende. Fígado aumentado e com gordura tanto pode ser uma condição simples, que não vai lesionar o fígado, como pode evoluir para uma inflamação com lesão do órgão. Na maioria dos casos, o acúmulo de gordura no fígado tem evolução benigna.

Nos casos mais graves, a situação pode evoluir para cirrose hepática, que causa lesão permanente no fígado. O risco de cirrose é maior em pacientes idosos e diabéticos.

Por que tenho gordura no fígado? Quais as causas?

O acúmulo de gordura no fígado é o resultado de uma alimentação com excesso de gordura que o organismo não consegue metabolizar. Principalmente quando se trata de um excesso de ingesta de gordura saturada e gordura trans.

A gordura trans é facilmente depositada no fígado. Este tipo de gordura está presente em bolachas, salgadinhos, frituras, manteigas, margarinas, pães de queijo, entre outros.

Outra importante causa de fígado gordo é o consumo de álcool. Boa parte dos indivíduos que bebem regularmente desenvolvem fígado gordo, uma vez que o álcool permite uma rápida acumulação de gordura no fígado.

Contudo, mesmo pessoas que não consomem bebidas alcoólicas podem ter fígado gordo. Nestes casos, o acúmulo de gordura no fígado é causado por excesso de peso, diabetes e níveis elevados de colesterol ou triglicerídeos.

O fígado gordo também pode ser causado por:

  • Uso de medicamentos, como amiodarona, estrógenos, corticoides, tamoxifeno, antirretrovirais, tetraciclinas;
  • Doenças metabólicas genéticas;
  • Rápida perda de peso;
  • Formas artificiais de nutrição;
  • Ingestão de toxinas, como produtos químicos.
  • Predisposição hereditária.

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Qual o tratamento para fígado gordo?

Não existe um tratamento específico para fígado gordo e nenhum medicamento é totalmente eficaz nessa situação.

Por isso, o tratamento baseia-se numa série de medidas, que incluem:

  • Alterações no estilo de vida, com perda de peso, dieta e exercícios físicos;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  • Controlar doenças associadas, como diabetes;
  • Controlar os níveis de colesterol e triglicerídeos.

Esses cuidados são fundamentais para o sucesso no tratamento do fígado gordo. Mesmo se o paciente estiver usando algum medicamento, ele não será muito efetivo sem essas medidas.

É importante lembrar que o acúmulo de gordura no fígado é reversível, se estiver numa fase inicial.

O tratamento do fígado gordo deverá ser acompanhado pelo médico hepatologista ou gastroenterologista.