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Quais os sintomas da trombocitose e qual o tratamento?
Dra. Ângela Cassol
Dra. Ângela Cassol
Médico

Trombocitose, ou plaquetas altas, pode não causar sintomas ou podem ocorrer náuseas, vômitos, perda de noção espacial (labirintite) e formigamento nas extremidades.

Muitas vezes não requer tratamento e é temporária. Em alguns casos, especialmente se o número de plaquetas for superior a 1.000.000/mm3, pode ser necessário o uso de ácido acetil salicílico, pelo risco de trombose, e hidroxiureia, um agente citorredutor (que diminui a contagem das células do sangue).

Não há evidência de que seja necessário evitar ou preferir alimentos ou que a prática de outras modalidades de tratamento seja benéfica.

A avaliação da causa da trombocitose e se há necessidade de tratamento deverá ser feita pelo médico hematologista.

Como é feita a histerossalpingografia?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A histerossalpingografia é feita mediante a injeção de um contraste no útero, que permite ao médico obter imagens do útero e das trompas através de um equipamento especial de raio-x, chamado fluoroscopia. O tempo de duração do procedimento é de cerca de 15 minutos.

Durante a histerossalpingografia, a paciente posiciona-se como se estivesse numa consulta ginecológica, de maneira que o médico possa alcançar o colo do útero e introduzir o aparelho que aplica o contraste.

O exame deve ser realizado após o início da menstruação, entre o 8º e o 11º dia do ciclo menstrual. Assim, é mais seguro garantir que a mulher não está grávida.

A histerossalpingografia é contraindicada no caso de suspeita de gravidez, uma vez que durante o exame são manipulados o útero e a cavidade uterina.

Como é o preparo para a histerossalpingografia?

No dia anterior à realização da histerossalpingografia, a mulher não deve ter relações sexuais e precisa tomar 1 comprimido de laxante. A seguir, deve beber bastante líquido, de preferência suco de laranja e ameixa. A dieta no dia anterior é leve, sem carnes, massas e pães.

Histerossalpingografia dói?

A histerossalpingografia provoca alguma dor e é comum a mulher sentir cólicas durante o procedimento. As dores e o desconforto são causados pela introdução dos instrumentos usados durante o exame e pela injeção do contraste. A própria manipulação do útero pode gerar contrações uterinas, causando cólicas.

Histerossalpingografia ajuda a engravidar?

A histerossalpingografia não tem por finalidade ajudar a engravidar. O objetivo do exame é detectar alterações no útero ou nas trompas que possam dificultar a gravidez.

Porém, muitas mulheres fazem a histerossalpingografia com a esperança de que o exame pode desobstruir as trompas e aumentar as chances de gravidez.

De fato, há relatos de mulheres que conseguiram engravidar após a realização do exame devido à desobstrução das trompas. Isso pode ocorrer se a obstrução for simples.

Contudo, não se pode afirmar que a passagem do contraste pelas trompas provoque qualquer efeito capaz de corrigir o problema que esteja impedindo a passagem dos óvulos pelas mesmas. O contraste serve para identificar qualquer alteração que possa estar impedindo a gravidez, mas não ajuda a engravidar.

O que é a histerossalpingografia?

A histerossalpingografia é um exame que serve para avaliar o útero e as trompas, que ligam os ovários ao útero e desempenham uma função fundamental na reprodução. Por isso, o exame é indicado sobretudo para mulheres que têm dificuldade de engravidar.

Durante a histerossalpingografia, são tiradas radiografias seguidas da pelve, que fornecem imagens do trajeto que o contraste percorre na cavidade uterina e nas trompas.

O contraste é um produto usado em vários tipos de exames e fornece uma imagem mais nítida, permitindo ao médico obter uma melhor análise das estruturas observadas.

Na histerossalpingografia, o contraste permite avaliar alterações no formato do útero e das trompas, além da presença de aderências, miomas, malformações uterinas, dilatações ou obstrução nas trompas ou no útero.

O risco de complicações na histerossalpingografia é muito baixo e o exame costuma ser bastante fiável.

O médico responsável pela realização da histerossalpingografia é o radiologista.

Preciso estar em jejum para exame de sangue? Por quantas horas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O tempo de jejum depende do tipo de exame de sangue solicitado e pode variar de acordo com o laboratório.

Lembre-se que o jejum é o tempo no qual ficamos sem ingerir calorias, ou seja, alimentos. O consumo de água é liberado, porém, com moderação.

Exames de sangue que não precisam de jejumHemograma completo

Para realizar o hemograma completo (quando apenas ele é solicitado), não é necessário jejum. Entretanto, a alimentação que antecede o exame deve ser leve, ou seja, evite consumo de gorduras e açúcares.

O hemograma completo avalia as células que compõem o sangue como os glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos), glóbulos brancos (leucócitos) e plaquetas.

É um exame importante para diagnosticar inflamações, infecções, anemias, problemas na medula óssea, alterações nas plaquetas, entre outras.

Exames com jejum de 3 horasSódio

Verificar a concentração de sódio na corrente sanguínea é importante para avaliar a função renal e o equilíbrio deste mineral no organismo, especialmente para as pessoas que tem pressão alta (hipertensão arterial) ou baixa (hipotensão arterial).

Potássio

O potássio é um mineral indispensável ao bom funcionamento dos músculos, nervos e células em geral. Níveis muito elevados ou muito baixos de potássio podem alterar o ritmo dos batimentos cardíacos ou até mesmo provocar parada cardíaca.

Ureia

Verificar a quantidade de ureia no sangue permite avaliar o funcionamento dos rins e .

TGO e TGP

TGO e TGP são enzimas solicitadas no exame de sangue para avaliar o funcionamento do fígado.

O período de jejum destes exames (sódio, potássio, ureia, TGO e TGP) não deve ultrapassar 14 horas.

Exames com jejum de 4 horasFerro

O ferro é um mineral essencial para o bom funcionamento de todas as células do nosso organismo. Ele desempenha função relevante na síntese de DNA, na produção da energia do organismo e no transporte de oxigênio para os músculos.

Por estes motivos, é importante que os níveis de ferro sejam avaliados no exame de sangue.

LH (hormônio luteinizante)

As concentrações de hormônio luteinizante são observadas para avaliar a função da hipófise e diagnosticar problemas de fertilidade, doenças nos ovários ou testículos e problemas de maturação sexual.

FSH (hormônio folículo-estimulante)

Os níveis de FSH no sangue permitem avaliar o funcionamento dos ovários e testículos.

T3 (tri-iodotironina)

O hormônio T3 é um dos hormônios produzidos pela tireoide. Sua dosagem no sangue permite avaliar a função desta glândula.

PSA (Antígeno específico da próstata)

A dosagem das concentrações de PSA no sangue é solicitada somente para os homens e permite identificar, por exemplo, uma potencial presença do câncer de próstata.

O tempo de jejum para estes exames (ferro, LH, FSH, T3 e PSA) não deve ser superior a 14 horas.

Exames com jejum de 8 horas ou maisGlicemia

O exame de glicemia mensura os níveis de glicose (açúcar) no sangue. É um importante exame para a prevenção ou controle do diabetes.

Curvas glicêmicas

O exame de curva glicêmica é feito por meio da análise da concentração de glicose (açúcar) no sangue em jejum e logo após a ingestão de um líquido açucarado oferecido pelo laboratório. Deste modo, é possível avaliar a glicose em jejum e também verificar a resposta do organismo quando exposto à glicose.

É um exame útil para diagnosticar pré-diabetes, diabetes, resistência à insulina e outros problemas relacionados ao funcionamento do pâncreas.

Curvas insulínicas

A curva insulínica permite avaliar o nível de insulina na circulação sanguínea. É feita a primeira coleta de sangue em jejum, na qual são dosados os níveis de glicose e insulina. Logo após administra-se 75 gramas de glicose para adultos e 1,75 g/kg de peso para as crianças.

As coletas são feitas de acordo com a orientação médica e os resultados são comparados para detectar diabetes, resistência à insulina, níveis elevados de insulina (hiperinsulinismo).

Para estes exames (glicemia, curvas glicêmicas e insulínicas) o tempo de jejum não pode ultrapassar 12 horas.

Colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL)

O exame de colesterol total e de suas frações (LDL, HDL, VLDL) medem a quantidade de colesterol e de seus subtipos na circulação sanguínea. O LDL e o VLDL são frações do colesterol total que se referem à quantidade de colesterol "ruim" e o HDL, à concentração de colesterol "bom".

Estes exames são importantes para verificar os riscos para doenças cardiovasculares, como o infarto, que podem acontecer pelo colesterol ruim elevado.

Triglicérides

A quantidade de triglicérides é, normalmente, medida com o exame de colesterol total e frações (LDL, HDL, VLDL).

É um tipo de gordura que, com o colesterol elevado, aumenta o risco para as doenças cardiovasculares como o acidente vascular cerebral e infarto.

Para estes exames (Colesterol e Triglicérides) o tempo de jejum deve ser entre 8 e 12 horas.

Posso beber água durante o período de jejum?

Você pode sim ingerir água durante o período de jejum. Entretanto, é preciso fazer isto com moderação. Beba apenas a quantidade de água suficiente para saciar sede.

Ingerir água em excesso pode provocar alterações nos resultados do exame de sangue.

Evite a ingestão de bebidas alcoólicas, chás e refrigerantes uma vez que elas podem alterar os componentes do sangue e, consequente, os resultados dos exames.

O uso de medicamentos influencia no exame de sangue?

O uso de alguns anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos como a aspirina podem causar alterações nos resultados dos exames de sangue.

Comunique ao médico os medicamentos que você utiliza cotidianamente. Deste modo, ele pode orientar a suspensão ou não do remédio para a realização do exame de sangue.

Caso a medicação não seja suspensa, é necessário comunicar ao laboratório sobre os medicamentos utilizados para que eles sejam considerados na análise do seu exame de sangue.

Que preparos são necessários antes de realizar os exames de sangue?
  • Respeite o tempo de jejum orientado pelo médico que solicitou o exame de sangue ou pelo laboratório;
  • Quando mais de um exame de sangue for solicitado ao mesmo tempo, respeite o tempo de jejum de 8 a 12 horas;
  • Faça uma alimentação leve, caso o jejum não seja necessário;
  • Beba somente a quantidade de água necessária para saciar a sede;
  • Evite atividades físicas muito vigorosas 24 horas antes da coleta do exame de sangue;
  • No caso do exame de PSA, evite atividade sexual nos 3 dias que antecedem o exame;
  • Comunique ao médico e laboratório os medicamentos que você utiliza constantemente;
  • Não consuma bebidas alcoólicas durante as 72 horas que antecedem o exame de sangue;
  • Evite fumar no dia da coleta do exame de sangue.

Caso você tenha dúvidas em relação ao exame de sangue solicitado, comunique-se com seu médico de família ou clínico geral.

Leia também:

Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?

Fiz uma transvaginal e tinha um cisto, fiz outra e sumiu?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os cistos de ovários podem desaparecer espontaneamente após algumas semanas, principalmente se forem cistos funcionais como cistos de ovário ou cistos de corpo lúteo, portanto não se preocupe com esse fato.

Não precisa repetir novamente o exame caso não surja nenhum outro sintoma ou outro motivo para realização de um novo ultrassom.

Os cistos são estruturas benignas em forma de bolha, que contém líquido e são recobertos por uma fina película. Não evoluem para câncer embora alguns tumores malignos de ovário possam ter estrutura cística que podem ser confundida com um cisto benigno.

A maioria dos cistos não causam nenhum sintoma e podem mesmo passar despercebidos. No entanto, podem causar sintomas como dor de forte moderada a forte intensidade caso sofram uma ruptura ou torção. Em alguns casos a ruptura de um cisto pode levar a um quadro hemorrágico mas que raramente é grave.

Como saber se o cisto no ovário sumiu?

Através da realização de um ultrassom pélvico é possível confirmar se o cisto reduziu de tamanho ou mesmo desapareceu.

Consulte o seu médico ginecologista ou médico de família para uma melhor avaliação do seu caso.

Leia mais sobre cistos de ovários em:

Quais os sintomas de cisto no ovário?

Cisto no ovário tem cura? Qual o tratamento?

Urocultura: por que e como devo fazer?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A urocultura é também conhecida como urinocultura ou cultura de urina. Este exame consiste em identificar a presença e o tipo de bactéria naquela amostra de urina.

A presença de bactérias na urina é um forte indicador de infecção urinária, entretanto nem sempre aponta uma infecção ativa. Algumas bactérias colonizam a uretra e a bexiga sem provocar doenças.

Por que devo fazer a urocultura? Meio de cultura com colônias de bactérias.

É o exame mais indicado para diagnosticar cistite (infecção de bexiga) e pielonefrite (infeções dos rins).

Em laboratório, a urina é colocada em um meio favorável à proliferação das bactérias denominado meio de cultura. Após 48 horas, se houver bactérias na urina, é possível observar as colônias de bactérias e detectar a bactéria causadora da infecção.

Quando solicitado em conjunto com o antibiograma ou Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA) é possível identificar, os antibióticos eficazes ao tratamento.

Leia mais

Para que serve o TSA?

Como fazer coleta da urina para urocultura?

Para coletar a urina para urocultura, siga as seguintes etapas;

  1. Lave a região íntima com água e sabão;
  2. Os homens precisam retrair o prepúcio e a mulher, afastar os lábios vaginais;
  3. Inicie a micção, desprezando o primeiro jato de urina. Este primeiro jato lava as impurezas da uretra e é por este motivo que não deve ser coletado;
  4. Colete o restante da urina em um frasco próprio para o exame. Este frasco é, normalmente, dado pelo laboratório e pode também ser adquirido em farmácias.

Quanto mais rápido a urina for entregue no laboratório, mais confiável será o resultado da urocultura.

As pessoas que não conseguem coletar a urina sozinhas podem fazer a coleta por meio de uma sonda (cateterismo vesical). Este procedimento é uma forma de evitar a contaminação e é feito em casos específicos como em pessoas acamadas ou paraplégicas.

Para realizar o exame de cultura de urina não é necessário o jejum. É preferível que seja colhida a primeira urina da manhã, pois durante a noite a urina fica por mais tempo na bexiga o que favorece a multiplicação de bactérias.

Se não for possível a coleta da primeira urina da manhã, pode-se colher a urina subsequente logo após a consulta.

Indicações da Urocultura
  • Identificar a infecção urinária quando a consulta médica não é suficiente para detectá-la;
  • Em casos de infecções urinárias de repetição;
  • Definir o antibiótico adequado ao tratamento da infecção;
  • Em situações com suspeita de pielonefrite (infecção renal);
  • Antes de procedimentos urológicos;
  • Em mulheres grávidas;
  • Em casos de episódios de febre de origem não esclarecida.

O uso de antibióticos inadequados antes da realização da urinocultura pode levar a um resultado falso negativo.

O uso de qualquer medicamento, entre eles os antibióticos, somente devem ser prescritos pelo/a médico/a. É este o profissional que tratará a infecção urinária.

Veja também:

Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados

Qual é o perigo de ter plaquetas baixas?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

O principal perigo quando as plaquetas estão muito baixas é a hemorragia. Isso acontece por as plaquetas serem células importantes no processo de coagulação do sangue.

As hemorragias graves podem acontecer sem haver outro motivo além das plaquetas muito baixas. Isso é raro (mais frequente quando as plaquetas estão abaixo de 20.000/mm³).

As mais perigosas podem acontecer no aparelho digestivo e no sistema nervoso central (causando acidente vascular cerebral hemorrágico). O AVC hemorrágico é muito grave.

Quando preciso ter cuidado?

É preciso ter cuidado quando as plaquetas estão muito baixas e quando há outros problemas de saúde que podem aumentar o risco de hemorragias. Nos casos em que já houve uma hemorragia, quando há manchas roxas na pele ou mucosas e sangue na urina (hematúria), o risco de hemorragias é muito alto.

A baixa concentração de plaquetas no sangue é chamada plaquetopenia ou trombocitopenia. Quando ela é leve (plaquetas entre 100.000 a 150.000/mm³), deve apenas ser acompanhada pelo médico, através da realização de exames de sangue periodicamente. Esses valores podem ser normais para algumas pessoas.

O risco de hemorragias pode ser maior quando você tem:

  • Problemas de coagulação do sangue
  • Inflamação, infecção ou febre
  • Defeitos anatômicos ou cicatrizes cirúrgicas
  • Plaquetas que não “funcionam” direito

Quando a plaquetopenia é moderada (plaquetas entre 50.000 e 99.000/mm³) ou grave (plaquetas abaixo de 50.000/mm³), algumas condições de saúde que levam à sua diminuição também podem trazer riscos para a saúde. Por isso, é importante investigar a causa para poder tratá-la. Algumas delas são:

  • Câncer com supressão da medula óssea (onde as plaquetas são formadas), como as leucemias e linfomas
  • Problemas de medula óssea
  • Doença autoimune e síndrome antifosfolípide
  • Infecções: infecções virais (vírus causadores de covid-19, HIV, zica, hepatite C, Epstein-Barr) e malária são alguns exemplos
  • Deficiências alimentares: falta de vitamina B12, folato e cobre; excesso de zinco
  • Doença crônica grave do fígado (como a cirrose) e baço aumentado
  • Coagulação intravascular disseminada
  • Infecções bacterianas com sepse (infecção generalizada)
  • Pré-eclâmpsia
O que é feito no caso de hemorragias?

Nesse caso, é possível receber uma transfusão de plaquetas. A transfusão também pode ser realizada antes de um procedimento de urgência que vá causar sangramento (como uma cirurgia).

A quantidade de plaquetas e a frequência das transfusões dependem da concentração / contagem de plaquetas que você tem e da gravidade do sangramento.

Outra situação em que pode ser indicada é para aumentar o número de plaquetas e evitar sangramentos prolongados. Nesses casos e sempre que o risco de hemorragia for verificado com antecedência, outras alternativas podem ser o uso intravenoso de imunoglobulinas (anticorpos) ou de corticoides.

O que faço para tentar evitar as hemorragias?

Evitar as situações em que você pode se machucar é a principal medida. Como há alguns medicamentos que podem ser responsáveis pela baixa contagem de plaquetas, suspender o uso pode ser importante para evitar as hemorragias. O álcool e as drogas também precisam ser evitados.

O risco de hemorragia em qualquer caso em que houver rompimento de vasos sanguíneos será maior quando as plaquetas estiverem muito baixas. Os vasos podem romper:

  • Com um corte
  • Em um acidente
  • Com uma pancada
  • Durante uma cirurgia

Por isso, enquanto as plaquetas estiverem muito baixas, essas situações precisam ser evitadas sempre que possível.

Atividades físicas em geral devem ser evitadas, principalmente as que podem levar a quedas. Dobre o cuidado ao manipular facas, tesouras, objetos de vidro e lâminas.

Em alguns casos, o que causa a plaquetopenia é o uso de medicamentos. Alguns exemplos são:

  • Heparina — que também pode causar trombose
  • Quinina (inclusive na água tônica)
  • Alguns antibióticos: sulfonamidas (como a trimetoprima e o sulfametoxazol), ampicilina, rifampicina e vancomicina são exemplos
  • Paracetamol
  • Cimetidina
  • Carbamazepina, ácido valproico e fenitoína
  • Alguns anti-inflamatórios, como o ibuprofeno e o naproxeno
  • Alguns medicamentos para câncer

Nesses casos, a primeira medida para evitar hemorragias é parar de tomá-lo. O médico irá dizer como parar de usá-lo e substitui-lo, se for necessário. A contagem de plaquetas normalmente volta ao normal entre 5 e 7 dias após a interrupção.

O uso de álcool em excesso e de drogas também podem causar a diminuição das plaquetas.

Há outros riscos quando as plaquetas estão baixas?

Raramente, há risco de trombose venosa ou arterial. Isso pode acontecer principalmente nos casos em que a trombocitopenia foi desenvolvida devido:

  • Ao uso de heparina
  • À administração das vacinas contra o coronavírus da AstraZeneca e Janssen / Johnson & Johnson (muito raro)
  • Ao desenvolvimento de síndrome antifosfolípide (uma doença autoimune que pode ser causada pelo lúpus, uso de alguns medicamentos, infecções e câncer)
  • À coagulação intravascular disseminada (que pode acontecer em caso de infecção bacteriana generalizada, por exemplo)

Tanto as hemorragias quanto a trombose são problemas graves de saúde. Os casos graves de plaquetopenia necessitam de acompanhamento e tratamento urgentes para preveni-las.

Você pode querer ler:

O que fazer para aumentar a contagem de plaquetas?

Qual a quantidade normal de plaquetas?

Quais as causas de plaquetas baixas?

Quais são os sintomas de plaquetas baixas?

O que fazer em caso de plaquetas baixas?

Não consigo aumentar nível das plaquetas. O que fazer?

Referências:

UpToDate. Platelet transfusion: Indications, ordering, and associated risks

UpToDate. Diagnostic approach to the adult with unexplained thrombocytopenia

É possível ecografia dar resultado com sexo do bebê errado?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, é possível errar o sexo do bebê com a ecografia (ultrassom). Exames de ecografia que são realizados muito precocemente tem maior chance de apresentar um resultado errado, isto porque a genitália do feto é muito semelhante nos dois sexos no início da gestação.

Além disso, a posição do feto durante o exame do ultrassom também pode dificultar a visualização do sexo do bebê e confundir o médico que está realizando o exame.

É ainda possível que o pênis do menino fique um pouco escondido e o profissional interpretar que portanto o bebê seja uma menina, também é possível ocorrer o oposto, quando o profissional confunde o clitóris da menina com um pênis.

Pesquisas mostram que a possibilidade de acerto do sexo do bebê através do ultrassom pode variar de 80 a 90%, a depender da época da gestação em que foi feito o exame.

Recomenda-se que o exame para visualização do sexo do bebê seja feito um pouco mais tarde, por volta da 16ª a 20ª semana, nesse período os genitais estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.

Converse com o médico que está acompanhando a gestação para esclarecer mais dúvidas sobre o exame de ultrassom e o sexo do bebê.

Além disso,

Leia também: Na ultrassonografia transvaginal dá para saber o sexo do bebê?

Faz 2 meses que tenho menos dias de menstruação, muito sono e fazendo muito xixi. Se estiver grávida, posso mesmo assim fazer uma ecografia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Inclusive a Ecografia (ou Ultrassonografia), é um dos exames utilizados para confirmar ou descartar a gravidez.

A ecografia é um exame de imagem, realizado por um médico capacitado, na maioria das vezes um radiologista, que pode ser utilizado para avaliar diversos sistemas. No caso de investigação de gestação, nas primeiras semanas. a via mais indicada é a via transvaginal.

Antes mesmo da ecografia, por ser um exame que leva mais tempo para ser agendado, você pode realizar um dos testes de urina na farmácia, pois estão disponíveis e possuem alta sensibilidade, ou seja, mais de 90% de confiabilidade, e não necessita de receita médica. Ou o teste de dosagem de Beta HCG no sangue, teste mais específico, porém este necessita de pedido médico, e agendar o quanto antes uma consulta médica com ginecologista / obstetra, para avaliação e orientação adequada.

Vale ressaltar que os sintomas de menstruação irregular, sonolência e aumento da frequência urinária podem ter outras causas que não só a gravidez, por isso é fundamental a consulta com médico especialista, visando iniciar além da investigação de gestação, um check-up completo, clínico e hormonal. A hipertensão, a diabetes e os distúrbios de tireoide por exemplo, podem inicialmente apresentar quadro clínico semelhante a esse.

Em casos de alteração no ciclo menstrual, um médico ginecologista / obstetra deve ser consultado.

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