Exames dentro do limite da normalidade.
No entanto, os exames realizados foram solicitados com um objetivo, seja como exames de rotina, ou na suspeita de alguma alteração identificada no exame clínico.
Por isso, apesar dos valores estarem todos dentro da normalidade, é importante que leve o resultado desse exame para o médico que o solicitou, que poderá interpretar esses valores de maneira mais detalhada e direcionada ao seu caso.
Exames de FSH e LHOs hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) são produzidos pela hipófise, com a função de coordenar o desenvolvimento e maturação puberal, processos reprodutivos e a secreção de esteroides sexuais nas gônadas (espermatozoides e óvulos).
Os valores normais de FSH e LH variam com a idade, sexo e período do ciclo, conforme detalhado abaixo:
FSHPara o sexo feminino:
- Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2,8 a 12 mUI/mL;
- Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 12 a 25 mUI/mL;
- Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 1,2 a 12 mUI/mL;
- Menopausa: > 30 mUI/mL.
Para o sexo masculino: 0,7 a 10 mUI/mL.
Para crianças antes da puberdade: menor que 4 mUI/mL
LHPara o sexo feminino:
- Fase folicular (do 1º ao 12º dia após a menstruação): 2 a 10 mUI/mL;
- Pico ovulatório (em média no 14º dia do ciclo menstrual): 10 a 60 mUI/mL;
- Fase lútea (do 16º dia do ciclo até a próxima menstruação): 0,5 até 12 mUI/mL;
- Menopausa: entre 10 e 70 mUI/mL.
Para o sexo masculino: 1 a 9 mUI/mL.
Para crianças antes da puberdade: menor que 0,15 mUI/mL
Leia também: O que é FSH e qual a sua função?
TriglicerídeosOs triglicerídeos são gorduras ingeridas e também produzidas no organismo, capazes de armazenar energia. Não representam um problema, desde que estejam dentro dos limites de normalidade.
Os valores considerados normais para os triglicerídeos, são abaixo de 150 mg/dl.
O exame de TSH ultrassensível (hormônio estimulante da tireoide), é indicado para auxiliar no diagnóstico de alterações no funcionamento da tireoide. Produzido pela hipófise, o TSH estimula a glândula tireoide a produzir os hormônios T3 e T4.
O T4 livre por sua vez, é transformado em T3, que participa ativamente do metabolismo do corpo.
Seus valores considerados normais são de: TSH = 0,5 e 5,0 µUI/mL e T4 livre = 0,7 a 2,7 ng/dl, sabendo que os valores podem variar de acordo com o método utilizado pelo laboratório.
ProgesteronaA progesterona é um hormônio produzido pelo corpo lúteo após a ovulação e pela placenta durante a gestação. Tem como funções, a fertilidade feminina, ativar as células que revestem a parede uterina e aumentar o fluxo sanguíneo, preparando o útero para receber o embrião.
Suas taxas consideradas normais, variam consideravelmente, de acordo com o ciclo menstrual, entre 0,15 a 20 ng/dl, na mulher não grávida, e na gestante, chega a mais de 200 ng/dl no terceiro trimestre. Na menopausa aparece menor do que 0,4.
ProlactinaA prolactina é outro hormônio produzido pela glândula hipófise, responsável pela estimulação de produção do leite, pelas mamas. O valor máximo normal da prolactina no sangue, normalmente não ultrapassa 20 ng/mL.
GlicemiaO valor normal para a glicemia de jejum, é constantemente reavaliado pela sociedade brasileira de endocrinologia e metabologia, visto sua importância para o aumento de risco de diabetes e outras doenças crônicas comuns na população.
Atualmente, os valore considerado normal é abaixo de 100 mg/dl. A partir de 100 até 125 mg/dl, já é considerado um quadro chamado Pré-diabetes (propensão para desenvolver diabetes).
Glicemia igual ou superior a 126 mg/dl: Diabetes. O diagnóstico é confirmado após repetição do exame em um outro dia.
Pode lhe interessar também: Como é feito o diagnóstico do diabetes?
Status pós histerectomia significa "depois da retirada do útero".
Essa nomenclatura é comum em resultado de ultrassom realizo em mulher que já retirou o útero. A cirurgia de retirada do útero é chamada histerectomia ("hystera" = útero; "ectomia" = excisão, retirada). Quando a mulher fica sem o útero, este órgão não mais aparece nos exames de ultrassonografia. Por isso, no resultado, o laudo médico consta como status pós histerectomia, sinalizando que a mulher já passou pelo procedimento de retirada do útero e não possui mais esse órgão.
Esse é um resultado normal e não é motivo de preocupação na mulher que já realizou esse procedimento. É importante levar o resultado do exame ao/à médico/a que solicitou para que possa analisar outros parâmetros presentes no exame, explicar a você o resultado em detalhe e avaliar os próximos passos no acompanhamento do seu caso clínico.
Em caso de outras dúvidas, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista.
Saiba mais em:
Histerectomia: como funciona a cirurgia de retirada do utero?
Alguma doença ou alteração na raiz nervosa da região lombar, ao nível de S1. S1 significa primeira vértebra sacral, e ainda segundo o laudo, do lado esquerdo.
Ou mais resumidamente:
Radiculopatia - doença da raiz nervosa
Lombar - na região lombar da coluna
Nível de S1 - primeira vértebra sacral (altura do sacro)
Esquerda - o lado acometido.
O que é radiculopatia?A radiculopatia é uma doença ou comprometimento de uma raíz nervosa, feixe de fibras nervosas que saem da medula através de orifícios da coluna vertebral, por toda a extensão da medula, dando origem aos nervos periféricos que serão distribuídos pelo corpo.
Os nervos periféricos por sua vez, recebem os estímulos externos, levam para o cérebro através de suas fibras, e trazem uma resposta sensitiva, motora ou mesmo reflexa.
Portanto qualquer alteração nessa comunicação do sistema nervoso periférico com o sistema nervoso central, seja por compressão da raíz do nervo, isquemia ou infiltração tumoral, originam os seguinte sintomas neurológicos:
- Alteração da sensibilidade, dormência, formigamento, "choques";
- Dor, com ou sem irradiação para outros locais;
- Diminuição de força, nos casos de compressão grave do nervo.
Vale lembrar que dificilmente, o comprometimento será bilateral. A queixa geralmente é localizada no lado da lesão. E os sintomas podem seguir o trajeto inervado por aquele segmento, por isso é comum queixas de irradiação da dor, por exemplo, um quadro de hérnia de disco, que leva a "dor ou sensação de choque no glúteo que segue até a sola do pé".
As raízes nervosas são divididas de acordo com a sua localização na coluna vertebral. A localização auxilia na abordagem do tratamento.
O médico, ou terapeuta que irá tratar o caso, deverá se basear na localização da lesão. Seja para fortalecimento da musculatura próxima ao problema, seja para o planejamento da abordagem cirúrgica, é preciso identificar primeiro aonde está a alteração.
A coluna vertebral é dividida em cervical, dorsal (ou torácica), lombar, sacra e coccígea. No total a coluna possui 31 pares de raízes de nervos espinhais, sendo 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígea.
Quais são as causas de radiculopatia?As causas mais comuns são: Hérnia de disco, sobrepeso, sedentarismo e traumas. Mas também podem ser originadas por carência nutricional, doenças crônicas descompensadas, como o diabetes e câncer.
Leia também: Hérnia de disco tem cura? Qual o tratamento?
Qual é o melhor tratamento para radiculopatia?O tratamento vai depender da gravidade e localização da radiculopatia.
No entanto podemos dizer que, para casos mais simples, sem grande comprometimento da raiz e sem alterações ao exame neurológico, o tratamento inicial deve ser conservador, com fisioterapia, técnicas de repostura (RPG), medicamentos, orientações gerais e fortalecimento da musculatura paravertebral.
Nos casos mais graves e com risco de sequelas neurológicas, ou ainda para casos de suspeita de tumor, o tratamento deve ser cirúrgico. O tipo de abordagem deverá ser avaliada entre a equipe médica, o paciente e seus familiares.
Portanto, a localização da lesão, o bom exame médico e um exame de imagem complementar, possibilitam o médico programar o tratamento o mais breve possível, evitando assim sequelas neurológicas.
Procure o médico que solicitou esse exame, para que junto com seu quadro clínico, seja definida a conduta mais adequada.
Pode lhe interessar também: O que é RPG e para que serve?
Não parece grave. Uma coleção cística ovariana de característica funcional, significa a presença de um cisto no ovário em atividade ou exercendo uma função. Em geral são cistos originados por estímulo hormonal.
Sugerimos que aguarde a consulta e leve o exame ao médico que o solicitou, para que junto com o exame clínico, posso interpretar o resultado e definir a conduta e orientações para seu caso.
Apenas nos casos de dor abdominal intensa, febre, corrimento marrom ou com presença de sangue, sugerimos solicitar adiantamento da consulta, ou procurar um atendimento de urgência médica para avaliação.
O que causa cisto no ovário?Os cistos ovarianos funcionais são originados habitualmente por estímulo hormonal, e por isso podem se apresentar em todas as etapas da vida da mulher desde a puberdade.
Porém existem casos de cistos logo após o nascimento, como resquício gestacional, embora não seja comum.
O cisto ovariano funcional é grave?Não. Os cistos são folículos que estimulados pelos hormônios femininos, evoluem para originar um óvulo e então ser expelido para as trompas. É o início da formação do gameta feminino. Quando o óvulo é formado e expulso para a trompa, o seu resquício forma um cisto, que participa do ciclo ovulatório e depois espontaneamente é é reabsorvido pelo organismo, sem causar qualquer problema.
Entretanto, algumas alterações hormonais podem comprometer esse processo, resultando em doenças como por exemplo a síndrome do ovário policístico. Quando os óvulos não conseguem ser expelidos e vão se acumulando no ovário, causando sinais e sintomas como dor pélvica, acne e irregularidade menstrual.
A síndrome do ovário policístico é uma condição benigna, mas que interfere no ciclo menstrual normal, sendo uma das causas mais comuns de dificuldade para engravidar.
Saiba mais no artigo: Ovário policístico causa dor?
Outra condição mais rara, mas que merece investigação nos casos de cisto funcional, é a possibilidade de representar uma lesão tumoral. Nesses casos pode ser preciso um tratamento mais agressivo, como biópsia ou ressecção cirúrgica.
Leia também: Cisto no ovário tem cura? Qual o tratamento?
Acrania é uma malformação congênita rara caracterizada pela ausência parcial ou completa do crânio em fetos humanos. Em geral, está associado à anencefalia e cursa com a incompatibilidade à vida, sendo fatal em curto prazo após o nascimento.
A acrania pode ser detectada pela ultrassonografia realizada durante as consultas de pré-natal.
A causa da acrania resulta de uma falha durante o processo de fechamento do tubo neural durante a quarta e quinta semanas de gestação. Com isso, não ocorre a formação da calota craniana (estrutura óssea que envolve e protege o cérebro) e, portanto, o tecido cerebral fica exposto ao líquido amniótico.
O uso de ácido fólico durante as primeiras 12 semanas de gestação e durante o período pré-concepcional pode apresentar como uma proteção para casos de malformação vinculada ao tubo neural.
O aconselhamento genético deve ser efetuado, uma vez que há chances de recorrências para as próximas gestações.
A gliose corresponde a alterações em pequenas áreas do cérebro causadas pelo mau funcionamento dos vasos que irrigam essas áreas. Já microangiopatia é o termo utilizado para se referir a estes pequenos vasos que estão danificados e, por isso, não funcionam adequadamente.
A gliose aparece no exame de ressonância magnética do crânio como pequenas manchas brancas.
Algumas doenças e fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de microangiopatia e gliose cerebral são:
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Tabagismo;
- Dislipidemia (aumento do colesterol ou triglicérides);
- Doença renal crônica;
- Apneia obstrutiva do sono.
No entanto, a gliose por microangiopatia também pode ser uma condição própria do envelhecimento e não causar sintomas ou outros problemas quando evolui lentamente e corresponde a regiões cerebrais pequenas e limitadas.
O tratamento da gliose se baseia principalmente no controle das condições e fatores de risco que agravam a microangiopatia, por isso é essencial:
- Controlar os níveis de pressão arterial;
- Controlar a glicemia (açúcar no sangue);
- Controlar os valores de colesterol e triglicérides;
- Deixar de fumar;
- Adotar uma alimentação saudável e praticar atividade física.
Consulte o seu médico de família, clínico geral ou neurologista para mais informações.
Referências bibliográficas:
1. da Cunha, A., Jefferson, J. J., Tyor, W. R., Glass, J. D., Jannotta, F. S., & Vitkovic, L. (1993). Gliosis in human brain: relationship to size but not other properties of astrocytes. Brain research, 600(1), 161–165.
2. Okroglic S, Widmann CN, Urbach H, Scheltens P, Heneka MT. Clinical symptoms and risk factors in cerebral microangiopathy patients. PLoS One. 2013;8(2):e53455. doi: 10.1371/journal.pone.0053455. Epub 2013 Feb 5. PMID: 23393549; PMCID: PMC3564848.
Retroversão é uma variedade anatômica normal e conteúdo amorfo pode significar algo relacionado uma possível gravidez ou algo próximo a isto.
Os exames que devem ser feitos pelo homem e pela mulher antes de tentar engravidar, são:
-
Para a mulher:
-
Tipagem sanguínea e fator Rh: Exame de sangue aonde será identificado o tipo sanguíneo da mãe e principalmente o fator RH. Nas mulheres com fator Rh negativo, é importante avaliar o fator do companheiro.
-
Hemograma: É um exame de sangue usado para avaliar a série "vermelha", ou seja, o valor das hemácias da mãe, descartando anemia, um quadro que pode prejudicar a gestação.
-
Teste de glicemia: Verifica os níveis de glicose (açúcar) no sangue e serve para detectar o diabetes ou saber se a mulher tem tendência para desenvolver a doença;
-
Sorologia para toxoplasmose, sífilis, Citomegalovírus (CMV), Hepatites virais, rubéola e HIV: É importante saber se a mulher é imune a essas doenças ou não, para que sejam tomados os devidos cuidados para evitá-las. Se forem adquiridas durante gravidez, podem trazer sérias complicações para a mulher e para o feto, como:
- Parto prematuro, aborto espontâneo;
- Para o bebê, catarata, glaucoma, doença cardíaca, atraso mental, hidrocefalia, retardo mental, surdez, atraso do desenvolvimento;
- Colpocitologia oncológica: Exame de rastreio para alterações celulares que podem evoluir para câncer de colo de útero.
-
Nos casos especiais, como mulheres acima de 35 anos de idade, obesas, diabéticas, ou com história prévia de abortos espontâneos, bebês muito grandes ou óbito fetal sem causa definida, podem ser acrescentados os seguintes exames:
- Mamografia: Pode ser indicada para mulheres acima de 35 anos de idade, ou com risco aumentado para câncer de mama;
- Ultrassom: Serve principalmente para detectar alterações no útero, como mudanças no seu formato e miomas, que podem causar aborto, além de endometriose, que pode dificultar a gravidez;
Tão importante quanto os exames antes de engravidar, é a avaliação médica quanto ao cartão de vacinação da mulher, atualizando todas as vacinas que forem necessárias, para prevenir doenças e ou complicações para a mulher e o bebê.
-
Para o homem:
- Hemograma: Com o mesmo objetivo de avaliar possíveis doenças no sangue, como anemia;
- Sorologia para HIV: Da mesma forma que na mulher, é importante identificar doenças que podem afetar a saúde da mãe e do bebê precocemente, para dar a opção de tratamento e orientações;
- Espermograma: Não é um exame obrigatório, mas aconselhável que o homem faça se o casal pretende engravidar, pois o exame avalia a capacidade reprodutiva do homem, através da análise da quantidade e qualidade dos seus espermatozoides.
Leia também: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?
O/A médico/a obstetra deverá orientar o casal quanto aos exames que ambos deverão fazer antes da gravidez.