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Qual é o colesterol bom: LDL ou HDL?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O colesterol bom é o HDL. Sua sigla (HDL) vem do inglês e significa lipoproteína de alta densidade. Ele é chamado de colesterol “bom” porque além de não se aderir a parede do vaso sanguíneo devido ao seu peso, também remove o colesterol ruim (LDL) da circulação, transportando-o para o fígado, que depois elimina o LDL do corpo.

O HDL, por ter alta densidade, é mais “pesado” e por isso não flutua na superfície do sangue. Dessa forma, não se acumula nas paredes dos vasos sanguíneos e não forma placas de gordura que podem obstruir as artérias e causar infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

Já o LDL é chamado de colesterol “ruim”, porque pode se acumular nas paredes das artérias e formar essas placas de gordura quando em níveis elevados. A sigla LDL também vem do inglês e significa lipoproteína de baixa densidade. Isso significa que o colesterol LDL é mais “leve”.

Por isso, um nível de colesterol HDL alto é benéfico à saúde. Ao contrário, o nível sérico de LDL elevado, aumenta o risco de doenças cardio e cerebrovasculares.

O que é colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura presente em todas as células do corpo, produzido pelo fígado e também encontrado em diversos alimentos, como carnes e laticínios. O corpo necessita de colesterol para funcionar adequadamente, mas o excesso de colesterol no sangue aumenta o risco de doenças cardio e cerebrovasculares, como infarto e derrame cerebral (AVC).

O que é colesterol HDL e LDL?

O colesterol HDL e o colesterol LDL são dois tipos de lipoproteínas, uma combinação de gorduras (lipídios) e proteínas. Os lipídios precisam se ligar às proteínas para serem transportados no sangue. As proteínas funcionam como uma espécie de “peso”, já que a gordura é menos “pesada” (densa) que o sangue e de outra forma iria flutuar livremente na corrente sanguínea e não poderia ser transportada.

Qual deve ser o nível de colesterol bom (HDL)?
Idade Nível de colesterol bom (HDL)
Homens e mulheres com até 19 anos Mais de 45 mg/dL
Homens a partir dos 20 anos Mais de 40 mg/dL
Mulheres a partir dos 20 anos Mais de 50 mg/dL
Como aumentar o colesterol bom (HDL)?Ter uma dieta saudável

Para aumentar os níveis do colesterol bom (HDL), é necessário aumentar o consumo de gorduras boas (insaturadas) e diminuir a ingesta de gorduras ruins (saturadas e trans).

A gordura saturada está presente em alimentos como leite integral, queijo, carnes com alto teor de gordura (salsichas, bacon) e refeições preparadas com manteiga, banha de porco e óleo vegetal hidrogenado. As gorduras trans são encontradas em algumas margarinas, frituras e alimentos processados.

Já as gorduras insaturadas, consideradas “boas”, são encontradas no abacate, em óleos vegetais como azeite e nozes.

Nutricionistas recomendam limitar o consumo de carboidratos, especialmente açúcar, e aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras, como aveia e feijão.

Controlar o peso

Perder peso é uma forma de aumentar o nível de colesterol HDL, sobretudo se a pessoa tiver muita gordura na circunferência abdominal (cintura).

Praticar exercício físico

A prática regular de atividade física pode aumentar o colesterol bom (HDL) e reduzir o colesterol ruim (LDL). Para isso, recomenda-se fazer exercícios pelo menos por 30 minutos, pelo menos 4 vezes por semana. O ideal, sempre que possível é se exercitar todos os dias.

Não fumar

Fumar ou se expor à fumaça do cigarro pode reduzir o nível de colesterol HDL.

Reduzir o consumo de álcool

O consumo moderado de bebidas alcoólicas pode diminuir o colesterol HDL. Em excesso, o álcool pode causar ganho de peso, o que reduz o nível de HDL e aumenta o LDL.

Quais medicamentos podem aumentar ou baixar o colesterol bom (HDL)?

Alguns medicamentos para colesterol, como as estatinas, podem aumentar o colesterol bom (HDL) e diminuir o colesterol ruim (LDL). Em geral, essas medicações não são prescritas apenas para aumentar o HDL, mas principalmente para reduzir o LDL.

Por outro lado, alguns medicamentos podem diminuir os níveis de HDL, tais como:

  • Betabloqueadores (medicamento para pressão arterial);
  • Esteroides anabolizantes, incluindo testosterona, um hormônio masculino;
  • Progestinas (hormônios femininos usados em algumas pílulas anticoncepcionais e em terapia de reposição hormonal);
  • Benzodiazepínicos (sedativos frequentemente usados para ansiedade).

Para maiores esclarecimentos sobre colesterol HDL e LDL, consulte um médico de família ou um clínico geral.

Leia também: Qual o risco de ter o colesterol HDL (colesterol bom) abaixo do ideal?

Fiz um Raio X e apareceu uma "bola de pus" na barriga, do lado direito, pode ser apendicite?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. Pode ser, embora seja esperado que um quadro de apendicite apresente outros sintomas associados, como mal-estar, falta de apetite e febre, nem sempre isso acontece, principalmente no início da doença.

O Raio X é um exame que emite radiações, as quais são melhor absorvidas por tecidos como os ossos, e menos absorvidas por tecidos moles, como músculos ou líquidos, por isso fica mais difícil o diagnóstico de abscesso, ou "bola de pus" apenas com esse exame.

Entretanto, algumas vezes, imagens como o simples Raio X, sugerem um processo infeccioso ou abscesso, e devido aos riscos conhecidos de um diagnóstico "atrasado" de apendicite, nesses casos é mandatório continuar a investigação, com avaliação médica criteriosa e se necessário, complementar com exames mais específicos.

Portanto, deve procurar uma emergência médica, para ser avaliado por cirurgião/ã geral, de preferência, e seguir suas orientações de tratamento.

Leia também:

O que significa o meu tipo sanguíneo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem 4 grandes grupos de tipo sanguíneo: A, B, O e AB. Além desses 4 grupos, uma proteína chamada fator Rh pode estar presente (Rh+) ou ausente (Rh-) nos glóbulos vermelhos do sangue. Dependendo da presença ou ausência do fator Rh, a cada tipo sanguíneo é atribuído um símbolo positivo ou negativo: A+, A-, B+, B-, O+, O-, AB+ e AB-.

O tipo sanguíneo de cada pessoa é herdado do pai e da mãe, sendo portanto determinado pela genética. Por exemplo: uma pessoa pode herdar o tipo sanguíneo A do pai e o tipo B da mãe, resultando no tipo sanguíneo AB. No caso de receber sangue tipo B do pai e da mãe, terá um tipo sanguíneo B.

O tipo sanguíneo O, por outro lado, não afeta os tipos sanguíneos A e B. Isso significa que, se alguém herdar um “O” de sua mãe e um “A” de seu pai, por exemplo, seu tipo sanguíneo será A.

Como saber se posso doar ou receber sangue de acordo com meu tipo sanguíneo?

Tipo sanguíneo O: o tipo sanguíneo O é chamado de “doador universal”, pois pode doar sangue para os tipos A, B, AB e O. Pode receber apenas sangue tipo O.

Tipo sanguíneo A: pode doar para indivíduos do tipo A e do tipo AB. Pode receber apenas sangue tipo A e tipo O.

Tipo sanguíneo B: pode doar sangue para o tipo B e tipo AB. Pode receber apenas sangue do tipo B e do tipo O.

Tipo sanguíneo AB: pode doar para o tipo AB. Pode receber qualquer tipo de sangue (A, B, AB e O), sendo por isso chamado de “receptor universal”.

No entanto, não é apenas o tipo sanguíneo que determina a compatibilidade de doação. O fator Rh também é determinante. Pessoas Rh+ podem receber sangue Rh+ e Rh-. Já indivíduos Rh- só podem receber sangue Rh-.

Por exemplo: o tipo sanguíneo B pode receber sangue tipo B e tipo O. Assim, uma pessoa com tipo sanguíneo B+ pode receber sangue B+, B-, O+ e O-. Por outro lado, um indivíduo B- só pode receber sangue dos tipos B- e O-.

Por quê é importante haver compatibilidade entre os tipos sanguíneos?

O sistema imunológico possui anticorpos, que ajudam o organismo a combater micro-organismos como vírus e bactérias. No entanto, os anticorpos também podem atacar os glóbulos vermelhos de um sangue incompatível, pois não reconhece essas células como sendo as do próprio corpo.

Por exemplo, se alguém tiver sangue tipo B e receber sangue tipo A, seus anticorpos trabalharão para destruir os glóbulos vermelhos do tipo sanguíneo A. Isso pode levar à morte.

Vale ressaltar que os tipos sanguíneos nem sempre precisam ter uma correspondência exata para serem compatíveis. Por exemplo, uma pessoa com o tipo sanguíneo AB pode receber sangue A ou sangue B.

Além disso, qualquer indivíduo pode receber sangue tipo O, pois os anticorpos não atacam os glóbulos vermelhos desse tipo sanguíneo. É por isso que o sangue tipo O é considerado “doador universal”. No entanto, pessoas com sangue O podem receber apenas sangue tipo O.

Como o tipo sanguíneo afeta a gravidez?

A compatibilidade dos tipos sanguíneos do pai e da mãe podem ser motivo de preocupação durante a gravidez devido ao fator Rh. Se a mãe for Rh- e o filho for Rh+, as células sanguíneas da criança podem desencadear uma resposta imunológica na mãe.

Como resultado, o corpo da gestante produz anticorpos que atacam os glóbulos vermelhos da criança. Se isso ocorrer, o bebê poderá precisar de uma transfusão de glóbulos vermelhos durante a gestação ou imediatamente após o parto.

Por isso, no início da gravidez, é feito um exame de sangue para determinar o tipo sanguíneo da mãe. Se ela for Rh- e o bebê Rh+, a gravidez deve ser monitorada de perto e pode precisar de cuidados extras.

Estou grávida de 22 semanas, no ultrassom o cordão estava no meio das pernas mas a médica disse que tudo indica ser menina. Ela pode acertar?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Sim pode acertar como também pode errar, claro que a maior chance é que seja uma menina mesmo; os aparelhos de ultrassom modernos permitem uma boa visualização e os profissionais experientes garantem a segurança no diagnóstico.

Melhores posições para engravidar: isso existe mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não existem estudos científicos que comprovem uma determinada posição como melhor para engravidar, principalmente porque a fertilidade está relacionada a diversos fatores, por exemplo, a posição do útero.

Entretanto, um grupo de pesquisadores franceses, publicou em 2011 um estudo sobre o tema, no qual concluiu que as melhores posições para engravidar seriam a de "missionário" e "de quatro", pois durante a penetração a ponta do pênis fica diretamente alinhada ao colo do útero, permitindo um alcance mais profundo do esperma. Embora confirme também, que o excesso de preocupação possa dificultar a concepção.

O fator mais importante é conhecer e assegurar relações durante o período fértil, no qual ocorre a ovulação. Para isso é preciso entender o seu ciclo menstrual e período fértil.

Saiba mais: Como calcular o período fértil?

Para que ocorra gravidez é necessário que a relação ocorra durante período fértil. 6 Dicas para Engravidar 1. Conhecimento sobre a Anatomia

É importante que homens e mulheres conheçam seus corpos, e saibam como eles funcionam. Especialmente para as mulheres, o conhecimento sobre seu corpo sempre foi um tabu; e para algumas, ainda é. Conhecer o próprio corpo e saber identificar, em seu ciclo menstrual, o período fértil e os sinais de ovulação, são primordiais para aumentar as chances de engravidar.

O muco vaginal elástico e semelhante à clara de ovo, dores abdominais de um único lado do abdômen, temperatura corporal, libido e umidade vaginal aumentadas são alguns sinais de ovulação. A presença de escape, com pequeno sangramento de cor marrom também pode ocorrer, embora não tão frequente.

Para casais que pretendem engravidar, recomenda-se intensificar a frequência das relações sexuais neste período.

2. Parar de tomar anticoncepcional

Aguarde pelo menos duas menstruações ocorrerem antes de iniciar as tentativas de engravidar. Este é um tempo adequado para que os ovários retomem suas funções hormonais normais e o endométrio, tecido que reveste internamente o útero, volte a crescer. Com a recuperação da espessura do endométrio, o útero estará mais preparado para receber o óvulo fecundado. Estudos mostram que a chance de os abortos espontâneos ocorrerem é de 10 a 15% quando a mulheres engravidam logo após a suspensão do uso de anticoncepcional, o que se deve ao fato de o endométrio ainda estar muito fino para sustentar o óvulo.

3. Evitar fumar e/ou utilizar outras drogas

O tabagismo e/ou o uso de outras drogas podem alterar a qualidade dos óvulos e comprometer a fertilidade.

4. Ter cuidado com o peso e a alimentação

O peso interfere na fertilidade. Se o seu Índice de Massa Corporal está muito abaixo ou muito acima da faixa normal, poderá levar mais tempo para conseguir engravidar. Buscar uma alimentação saudável com orientação do nutricionista ajudará a construir um bom plano alimentar que pode tornar seu organismo mais saudável e facilitar a ocorrência de gravidez.

5. Fazer um check-up ginecológico

Informar à ginecologista que você e seu parceiro pretendem engravidar é importante. A partir desta informação, o(a) médico(a) já efetua o exame ginecológico preventivo e os demais exames necessários (hemograma, dosagem de hormônios, entre outros), antes da gestação.

Além disso, poderá oferecer reposição de vitaminas indicados para evitar complicações no neurodesenvolvimento fetal.

6. Ter atenção à idade

O fator isolado mais importante que pode comprometer a fertilidade feminina é a idade. Mulheres com idade superior a 35 anos com tentativas de engravidar durante 6 meses sem sucesso, devem buscar o especialista em fertilidade para não perder muito tempo. Se houver ovários policísticos ou problemas nas trompas, ou o homem apresentar problemas com sêmen, não se deve esperar este prazo de seis meses. O correto é procurar rápido um especialista.

A decisão de engravidar deve ser um plano comum do casal. Ambos devem estar dispostos a cuidar de sua saúde para promover a gestação. É importante que procurem orientação médica e sigam as recomendações para evitar problemas de saúde, preservar a saúde da mãe e do feto e fortalecer os vínculos afetivos.

Para saber mais: Quero engravidar: o que devo fazer?

Resultado do exame deu Gardnerella, será que é Vaginose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A presença de Gardnerella no exame de papanicolau, pode indicar uma infecção vaginal, a chamada vaginose bacteriana. Contudo, para ter certeza desse diagnóstico, é preciso passar por uma avaliação médica.

A Gardnerella é uma bactéria que está presente normalmente na flora vaginal, mas em pequenas quantidades. Os lactobacilos são as bactérias que predominam nessa região. Os sintomas de infecção são o corrimento acinzentado, com cheiro forte e desagradável.

A vaginose bacteriana por Gardnerella não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST) ou doença sexualmente transmissível (DST), mas pode ser transmitida por contato íntimo, para o homem.

Qual o tratamento da vaginose bacteriana?

O tratamento é baseado no uso de antibióticos, sendo o metronidazol o antibiótico de escolha. Pode ser administrado por via oral (comprimidos) ou por pomadas, durante 7 a 10 dias.

Além do antibiótico, é importante evitar as relações durante o tratamento, ou se o fizer, usar contraceptivos de barreira, como a camisinha.

O uso de bebidas alcoólicas, pode interferir na eficácia do medicamento e causar efeitos colaterais como náuseas e vômitos.

E, a princípio, não é preciso tratar o homem, a não ser que ele tenha sintomas. Se for uma parceira mulher, essa deve ser tratada em conjunto.

Como se pega gardnerella? Pode ser considerada uma DST/IST?

A mulher já possui a bactéria gardnerella na sua flora vaginal naturalmente, já o homem não. No homem, a Gardnerella é transmitida através de contato íntimo e relações sexuais.

A infecção no homem pode causar doença na uretra (uretrite), na glande ou prepúcio (balanite). Os sintomas são de vermelhidão no pênis, saída de secreção purulenta, ardência ao urinar e/ou dor na relação.

Nesses casos é preciso procurar um urologista, para dar início ao tratamento.

Como saber se tenho vaginose bacteriana?

A vaginose é uma infecção comum do trato genital feminino, que causa principalmente corrimento vaginal e odor fétido, semelhante à "peixe podre".

Uma situação que leva a grande desconforto e constrangimento. Outros sinais como vermelhidão, edema, dor durante as relações e coceira, podem ocorrer, porém, são sintomas bem menos frequentes.

A presença desses sintomas, sugere uma vaginose bacteriana, por isso é recomendado que procure um ginecologista para avaliação.

O que pode causar a vaginose bacteriana?

Os fatores mais relacionados à infecção vaginal são:

  • Limpeza íntima com sabonetes inapropriados,
  • Uso de ducha higiênica muitas vezes por dia,
  • Uso inadequado do papel higiênico. É fundamental passar o papel sempre da vagina em direção ao ânus, e não o contrário,
  • Situações que reduzem a imunidade: gestação, diabetes, uso crônico de remédios como o corticoide, ansiedade, estresse e alimentação ruim,
  • Ter vários parceiros sexuais,
  • Tabagismo.
A vaginose pode ter complicações?

Sim. Nas mulheres, a vaginose pode levar a infertilidade, por inflamações crônicas no útero e trompas. Aumenta o risco de contrair DST/IST como o HIV, tanto nos homens quanto nas mulheres. Pode ainda, nas gestantes, desencadear parto prematuro ou abortamento.

Sendo assim, toda a mulher que apresente alteração no exame, precisa procurar o seu ginecologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento com antibiótico e demais orientações que se façam necessárias.

As mulheres com idade entre 25 e 59 anos, que têm ou já tiveram vida sexual ativa devem fazer o exame preventivo periódico. Após dois exames com resultado normal em um intervalo de um ano, o papanicolau pode passar a ser feito a cada 3 anos.

Leia mais:

Referências:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Quais os níveis ideais de colesterol no sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os níveis ideais de colesterol no sangue são diferentes para homens e mulheres e variam conforme a idade. Para pessoas (homem ou mulher) com até 19 anos, os valores ideais de colesterol são os seguintes:

  • Colesterol total: Menos de 170 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Menos de 120 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Menos de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): Mais de 45 mg/dL.

Homens com 20 anos ou mais devem apresentar os seguintes valores de colesterol no sangue:

  • Colesterol total: 125 a 200 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Menos de 130 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Menos de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): 40 mg/dL ou mais.

Para mulheres com 20 anos ou mais, os níveis ideais de colesterol são:

  • Colesterol total: 125 a 200 mg/dL;
  • Colesterol não HDL: Menos de 130 mg/dL;
  • Colesterol LDL (colesterol “ruim”): Menos de 100 mg/dL;
  • Colesterol HDL (colesterol “bom”): 50 mg/dL ou mais.

Os triglicerídeos são gorduras ingeridas através da alimentação e também produzidas pelo organismo, que servem de reserva energética para seu metabolismo. Os níveis séricos não devem ultrapassar 150 mg/dL.

O que é o colesterol?

O colesterol é um tipo de gordura encontrada em todas as células do corpo. O colesterol é produzido pelo fígado e encontrado em alguns alimentos, como carnes e laticínios.

O corpo humano precisa de colesterol para funcionar adequadamente. Porém, se os níveis de colesterol no sangue estiverem altos, aumentam os riscos de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame cerebral.

Colesterol HDL

HDL é a significa em inglês para lipoproteína de alta densidade. Isso significa que esse colesterol é relativamente “pesado”, por isso não flutua na superfície do sangue e não se acumula na parede das artérias. Daí ser conhecido como “bom” colesterol, pois além de não formar placas de gordura nas artérias, remove o colesterol ruim (LDL) do sangue.

Colesterol LDL

LDL é a sigla em inglês para lipoproteína de baixa densidade. Ao contrário do bom colesterol, o LDL é mais leve e por isso tende a se acumular na parede das artérias, formando placas de gordura que podem obstruir o fluxo de sangue e causar infarto e derrame cerebral (AVC). Por isso é conhecido como colesterol "ruim".

Colesterol VLDL

VLDL é a sigla em inglês para lipoproteína de muito baixa densidade. Também é considerado como colesterol "ruim", pois também contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias.

O que pode aumentar os níveis de colesterol? Fumar

Fumar aumenta os níveis de LDL e diminui os níveis do bom colesterol (HDL). o que contribui para o maior risco de acúmulo de gordura nos vasos.

Idade e sexo

À medida que mulheres e homens envelhecem, seus níveis de colesterol aumentam. Antes da menopausa, as mulheres apresentam níveis mais baixos de colesterol total do que os homens da mesma idade. Após a menopausa, os níveis de colesterol LDL nas mulheres tendem a aumentar.

História familiar

A genética pode determinar a quantidade de colesterol que o corpo produz. Por isso, é comum haver vários casos de colesterol alto na mesma família.

O que pode diminuir os níveis de colesterol? Dieta

Alimentos ricos em gordura de origem animal (gordura saturada), aumentam os níveis de colesterol LDL no sangue. A gordura saturada está presente em alimentos como carnes, laticínios, chocolate, alimentos processados e fritos. Reduzir o consumo desses alimentos ajuda na redução do colesterol ruim e elevar o bom.

Atividade física

A atividade física regular pode ajudar a diminuir o colesterol ruim (LDL) e aumentar o bom (HDL), além de contribuir para a perda de peso. Para isso, recomenda-se praticar exercícios físicos durante 30 minutos, pelo menos 4 vezes por semana ou diariamente.

Pessoas com mais de 20 anos de idade devem verificar os níveis de colesterol pelo menos uma vez a cada 5 anos. Homens com 45 a 65 anos e mulheres dos 55 aos 65 anos devem realizar o exame de colesterol uma vez a cada 1 ou 2 anos.

Para maiores esclarecimentos, consulte um médico clínico geral ou médico de família.

Ter glicose 150 é normal?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Ter 150 de glicose é normal quando o teste é feito pouco tempo após comer. Mas quando 150 é o valor da glicemia em jejum, isso pode indicar diabetes. Isso porque a glicose, que é nossa principal fonte de energia, tem que ser mais baixa quando estamos em jejum e aumentar quando comemos.

A pessoa é considerada diabética quando:

  • A glicemia de jejum for maior ou igual a 126 mg/dL (em pelo menos 2 testes). Os valores menores que 100 são normais e os que ficam entre 100 e 125 são considerados pré-diabetes. O exame de glicemia de jejum é o mais usado para saber se a pessoa está com diabetes;

  • A glicemia for maior ou igual a 200 mg/dL 2 horas após um exame com sobrecarga de glicose (a pessoa toma um líquido muito doce 2 horas antes de colher o sangue para medir a glicemia). Os valores menores que 140 são normais. Valores entre 140 e 199 são considerados pré-diabetes.

O ideal quando há alguma dúvida ou suspeita de diabetes é ir ao médico. Somente ele pode pedir exames de laboratório e avaliar se a glicose e outros parâmetros importantes para a sua saúde estão normais. Além disso, somente o médico pode indicar um tratamento, quando for necessário.

Se quiser saber mais sobre os níveis de glicose no sangue, leia também:

Referências:

Cobas R, Rodacki M, Giacaglia L, Calliari L, Noronha R, Valerio C, Custódio J, Santos R, Zajdenverg L, Gabbay G, Bertoluci M. Diagnóstico do diabetes e rastreamento do diabetes tipo 2. Diretriz Oficial da Sociedade Brasileira de Diabetes (2022).

Brutsaert EF. Diabetes mellitus. Manual MSD.