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Teste de gravidez de farmácia positivo e beta hcg negativo: estou grávida ou não?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se o teste de gravidez de farmácia deu positivo e o beta hCG negativo, é provável que você não esteja grávida. O beta hCG raramente dá resultado falso negativo ou errado e é mais confiável do que o teste de farmácia.

Contudo, é importante lembrar que o teste de gravidez apenas detecta o hormônio hCG a partir de 1 semana após a concepção.

Os níveis do hormônio hCG, que só é produzido durante a gravidez, aumentam a partir do 8º dia de gestação. Por isso, se o teste for feito antes desse período, o resultado dará negativo. 

Portanto, se o exame beta hCG foi realizado depois desse período e deu negativo, provavelmente você não está grávida.

Os testes de farmácia levam algum tempo a mais para ficarem positivos, uma vez que as concentrações do hormônio na urina são bem menores que no sangue.

Veja também: Teste de farmácia de gravidez é confiável?

No entanto, se esses testes forem feitos com duas semanas de atraso da menstruação, têm maior possibilidade de presumir um resultado correto.

Teste de gravidez pode dar resultado falso negativo ou positivo?

Os testes gravidez de farmácia podem dar resultados falso positivo ou negativo. Isso significa que a mulher pode estar grávida e o teste acusar “negativo” ou não estar grávida e o resultado dar “positivo”. 

Esses resultados errados, sobretudo os falso negativos, ocorrem com mais frequência nas primeiras semanas de gestação, quando os níveis de hCG ainda são muito baixos para o hormônio ser detectado na urina.

O resultado do teste de gravidez de farmácia também pode ser alterado se o teste não for feito da forma correta.

Leia também: O teste de gravidez de farmácia pode dar falso negativo?

Por essas razões, a gravidez só é confirmada com o exame de sangue beta hCG. Normalmente, o exame é capaz de detectar se a mulher está grávida a partir do 12º dia de gravidez. 

A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo/a médico/a que solicitou o exame, juntamente com a história e o exame clínico da paciente. Por isso, é recomendado marcar uma consulta com o seu/sua médico/a para lhe dar as informações apropriadas para o seu caso.

Neutrófilos baixos, o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Neutrófilos baixos pode ser consequência de infecção, doenças do sangue, alcoolismo, uso de alguns medicamentos, quimioterapia, estresse, entre outras causas. O nível de neutrófilos no sangue fica baixo quando há uma rápida utilização ou destruição dessas células ou uma produção insuficiente das mesmas.

Dentre as doenças que afetam o sangue e podem baixar o número de neutrófilos estão a anemia aplásica, neutropenia idiopática crônica, neutropenia cíclica, mielodisplasia, neutropenia associada à disgamaglobulinemia, hemoglobinúria paroxística noturna, neutropenia congênita grave (síndrome de Kostmann). Essas doenças provocam distúrbios nas células mieloides, que dão origem aos neutrófilos.

Os neutrófilos baixos também podem ser decorrentes de síndromes, como síndrome de Shwachman-Diamond.

Existem ainda diversos fatores que podem provocar uma diminuição do número de neutrófilos, tais como estresse, uso de medicamentos corticoides, antibióticos, antitérmicos e de tratamento para AIDS, infecções virais, quimioterapia, substituição da medula óssea, quimioterapia, deficiência de vitamina B12, infecções, entre outros.

Saiba mais em: O que pode causar neutropenia?

Bebês com menos de 3 meses de idade possuem uma reserva muito baixa de neutrófilos, o que pode causar uma diminuição do número dessas células durante infecções graves e não um aumento, como normalmente ocorre em adultos.

Veja também: O que é neutrofilia?

Níveis baixos de neutrófilos aumentam o risco de infecções bacterianas e fúngicas, uma vez que a função dessas células é justamente defender o corpo contra esses agentes infecciosos.

É importante lembrar que o resultado do hemograma deve ser interpretado de acordo com os seus sintomas e sinais clínicos. Por isso, é importante levar o resultado do exame para o/a médico/a que solicitou fazer a correlação adequada e tomar as medidas apropriadas em cada caso.

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Eosinófilos baixo no exame o que significa?

Neutrófilos altos no hemograma: O que significa?

O que é neutropenia e qual o tratamento adequado?

O que significa bastonetes baixos no hemograma?

Qual o valor normal dos segmentados no exame de sangue?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O valor normal dos segmentados ou neutrófilos segmentados no sangue pode variar de acordo com cada laboratório. No entanto, você pode se basear nos seguintes valores de referência:

  • 3.000 a 8.000/mm³ ou
  • 40 a 65%

Os segmentados fazem parte do leucograma que, por sua vez, está incluído no hemograma completo.

Segmentados altos ou baixos, o que significa?

O nível de segmentados altos ou baixo no sangue indica que algo pode estar acontecendo no seu organismo.

Segmentados altos

Os segmentados são considerados altos no sangue quando atinge os seguintes valores:

  • acima 8.000/mm³ ou
  • acima 65%

A elevação dos níveis de segmentados no sangue é chamado de neutrofilia e ocorre nas seguintes condições:

  • Infecções bacterianas e/ou inflamações,
  • Hemorragias,
  • Infarto,
  • Uso de alguns medicamentos, por exemplo, os corticoides,
  • Presença de tumores e
  • Após a realização de cirurgias.
Segmentados baixos

Quando os segmentados no sangue estão baixos, observamos no exame de sangue os valores a seguir:

  • abaixo de 3.000 ou
  • abaixo de 40%

A redução dos segmentados na corrente sanguínea, se chama de neutropenia e pode indicar:

  • Doenças autoimunes,
  • Distúrbios na atividade da medula óssea,
  • Alcoolismo e
  • Tratamento com quimioterapia.
O que são os segmentados?

Os segmentados ou neutrófilos segmentados são os neutrófilos maduros, células de defesa encontradas em maior quantidade na corrente sanguínea. Os neutrófilos fazem parte dos glóbulos brancos do sangue, responsáveis pelo nosso sistema imune e muito importante no combate a infecções.

Neutrófilos jovens são conhecidos como bastões ou bastonetes e costumam estar elevados quando existe uma infecção aguda.

O resultado dos níveis de segmentados e outros componentes do hemograma completo, deve ser interpretado e analisado, de preferência, pelo médico que o solicitou. Geralmente é solicitado pelo médico de família ou clínico geral.

Se você quer saber mais sobre segmentados e/ou leucograma, leia também:

Segmentados alto no leucograma, o que pode ser?

Segmentados baixo no leucograma, o que pode ser?

Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?

Referência

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O leucograma está incluído no hemograma completo e serve para verificar o número de glóbulos brancos presentes no sangue e avaliar as características dessas células.

Os glóbulos brancos, também chamados de leucócitos, são células de defesa do organismo que protegem o corpo contra corpos estranhos, micro-organismos invasores e até células cancerosas.

Existem 5 tipos de leucócitos que desempenham diferentes papéis no sistema imunológico: eosinófilos, basófilos, neutrófilos, linfócitos e monócitos.

Quando o resultado do leucograma indica um aumento do número de leucócitos (leucocitose), pode ser apenas um aumento causado por estresse, sendo portanto considerado normal, desde que seja baixo.

Por outro lado, um nível de leucócitos alto pode ser sinal de inflamações, infecções ou leucemia. A doença é definida pela contagem de cada tipo de glóbulo branco.

Quando os neutrófilos estão altos, a causa provável é uma inflamação. Já o nível de eosinófilos pode estar elevado em casos de alergia e verminoses.

Veja aqui o que significa: O que são eosinófilos? O que pode alterar os seus valores?

Os bastonetes são neutrófilos jovens. Quando detectados no leucograma, dá-se o nome ao achado de "desvio à esquerda". Normalmente a presença de bastonetes na circulação é acompanhada por um aumento da quantidade de neutrófilos durante um processo inflamatório.

O surgimento de bastonetes no sangue durante a leucocitose normalmente indica que o organismo está reagindo bem à inflamação. Porém, se o número de bastonetes for superior ao de neutrófilos, é um sinal de que a medula não está conseguindo liberar células maduras suficientes e por isso acaba por enviar as mais jovens, que são os bastonetes.

Veja também: Bastonetes altos no hemograma, o que pode ser?

Quando o leucograma indica uma diminuição do número de leucócitos (leucopenia), geralmente é porque os glóbulos brancos estão sendo destruídos ou retirados da circulação, o que pode ocorrer em casos de infecções, inflamações e doenças autoimunes, genéticas, da medula óssea, da tireoide e do baço.

A redução no número de neutrófilos (neutropenia) associada a um aumento dos bastonetes indica a presença de um processo inflamatório grave.

Leucograma normal

Abaixo seguem os valores de referência, considerados normais, para o leucograma:

Leucócitos totais Valor absoluto Valor relativo
Basófilos Raros Raros
Eosinófilos 0 - 1.000/mm³ 1 - 6%
Neutrófilos jovens Raros Raros
Bastonetes 0 - 300/mm³ 1 - 2%
Segmentados 3.000 - 8.000/mm³ 36 - 53%
Linfócitos 1.500 - 6.000/mm³ 42 - 53%
Monócitos 0 - 1.000/mm³ 1 - 7 %

Lembrando que o leucograma deve ser analisado pelo/a médico/a que solicitou o exame, que levará em consideração a história do/a paciente, o exame clínico, o resultado de outros exames, bem como outros fatores que devem ser considerados para interpretar o exame.

Saiba mais em:

Segmentados: qual o valor normal?

O que é leucopenia e qual o tratamento adequado?

Nível de leucócitos alto pode indicar uma infecção grave?

Quais são os valores de referência de um hemograma?

Leucócitos baixos, o que pode ser?

Referência

Sociedade Brasileira de Análises Clínicas

Qual é o nível normal de ferritina no exame de sangue?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O valor de referência da ferritina é entre 40 a 200 ng/mL (mcg/L). Esse valor pode variar de acordo com o gênero e com a idade da pessoa.

ferritina é uma proteína responsável pelo armazenamento do ferro dentro das células do nosso organismo. Quando seu valor está alterado, ela indica que há um desequilíbrio no estoque do ferro disponível.

Ela pode ser medida a partir do exame de sangue específico chamado Dosagem de Ferritina. Com esse exame é possível saber o estoque de ferro disponível e diagnosticar possíveis deficiências de ferro no organismo.

O exame de Dosagem da Ferritina não é um exame de rotina. Geralmente ele é feito durante a investigação das causas de anemia e da deficiência de ferro.

Todo exame solicitado por profissionais de saúde deve ser levado na consulta de retorno para uma leitura pormenorizada e para correlacionar com o quadro clínico do/a paciente.

Leia também:

Ferritina alta ou baixa: Quais os sintomas, consequências e tratamentos?

O que é ferritina?

Quais são as causas e os sintomas de triglicerídeos altos?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As principais causas de triglicerídeos altos são a ingestão excessiva de carboidratos e gorduras, o excesso de peso e a falta de atividade física. Se não forem utilizados pelo corpo como fonte de energia, os triglicerídeos se acumulam e os seus níveis ficam elevados, o que aumenta o risco de doenças cardiovasculares e outros problemas, como pancreatite.

Os triglicerídeos altos também podem ter causa genética, uma condição chamada hipertrigliceridemia familiar. Vale lembrar que os triglicerídeos são gorduras ingeridas através da alimentação, mas que também são produzidas pelo organismo. Se houver uma produção excessiva, os níveis se elevam.

Além disso, o aumento dos triglicerídeos também pode estar associado a distúrbios metabólicos, uso de medicamentos e outras condições, tais como:

  • Diabetes mellitus;
  • Hipotireoidismo;
  • Abuso de bebidas alcoólicas;
  • Doença renal;
  • Dieta hipercalórica;
  • HIV e drogas antirretrovirais;
  • Patologias hepáticas;
  • Gravidez;
  • Uso de medicamentos, como corticoides, anticoncepcionais hormonais, diuréticos, betabloqueadores (tratamento de doenças cardiovasculares), antirretrovirais, entre outros.

O valor ideal dos triglicerídeos deve ficar abaixo de 150 mg/dL. Valores entre 200-499 mg/dL são considerados altos e acima de 500 mg/dL são considerados muito altos.

Quais os sintomas de triglicerídeos altos?

Em geral, os triglicerídeos altos não provocam sintomas. No entanto, quando os valores estão muito elevados (acima de 500 mg/dl), pode causar xantomas (aglomerações de gordura na pele e nos tendões), lipemia retiniana (alteração da cor dos vasos sanguíneos da retina, que ficam com uma coloração que vai do amarelo-alaranjado ao branco), aumento do tamanho do fígado e pancreatite.

Quando a taxa de triglicérides estão muito elevada, acima de 600 mg/dl, pode haver inflamação do pâncreas, o que requer tratamento imediato e intensivo, com mudanças na alimentação, atividade física e uso de medicamentos.

O que são triglicerídeos?

Os triglicerídeos são gorduras ingeridas através da alimentação e produzidas pelo organismo. Os triglicerídeos servem como reserva de energia, sendo utilizados pelo corpo quando necessário.

Por si só, os triglicerídeos não oferecem riscos para a saúde. Porém, quando essas gorduras não são usadas pelo corpo como fonte de energia, principalmente devido à falta de atividade física, os seus níveis se elevam. Em excesso, os triglicerídeos se acumulam na parede das artérias, aumentando o risco de infarto e derrame cerebral.

Em geral, quando os triglicerídeos estão altos, o colesterol HDL (“bom colesterol”) está baixo, o que agrava a situação. Isso porque o colesterol HDL, apesar de também ser um tipo de gordura, remove o colesterol LDL (“mau colesterol”) e os triglicérides da circulação sanguínea, impedindo que essas gorduras “más” se acumulem nas artérias. Por isso ele é conhecido como “bom colesterol”.

Dessa forma, quando os triglicerídeos estão altos, o colesterol bom (HDL) está baixo e o colesterol mau (LDL) está alto, o risco de doenças cardiovasculares é maior, principalmente se a pessoa tiver diabetes.

Como baixar os triglicerídeos?

O tratamento para triglicerídeos altos é feito sobretudo através de mudanças na alimentação, principalmente pela redução da ingestão de carboidratos, e no estilo de vida. Em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos.

Pratiquei sexo oral e no dia seguinte tive alguns sintomas. Posso estar com uma infecção aguda pelo HIV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Se você teve uma relação em que praticou sexo oral sem proteção, existe sim um risco de ter sido infectado/a pelo vírus HIV.

Porém, nem sempre na fase aguda do HIV há presença de sintomas e, quando há, geralmente só se manifestam depois de 2 a 4 semanas em que ocorreu o contágio. Entre 10% e 60% das pessoas podem ficar até 6 meses sem apresentar qualquer sintoma da infecção.

Após o contágio pelo vírus do HIV, a infecção pode progredir de forma silenciosa, durante um tempo prolongado, sem manifestação de sinais e sintomas. É nessa fase que o HIV se instala, invade e destrói os glóbulos brancos, multiplicando-se.

Vírus HIV

Na fase inicial da infecção, o corpo aumenta a produção de glóbulos brancos para compensar a redução da quantidade dessas células e tenta combater o vírus. Todo esse período pode durar até 9 anos, variando conforme a gravidade da infecção, as defesas do organismo da pessoa, além da presença de outras doenças que baixam a imunidade.

À medida que a infecção do HIV evolui, o organismo torna-se incapaz de combater outros processos infecciosos, pois os glóbulos brancos são responsáveis pela defesa do organismo. Começam então a surgir as chamadas infecções oportunistas, como pneumonia, tuberculose, meningite, entre outras.

Vale ressaltar que, mesmo sem manifestar sintomas, o vírus pode ser transmitido e detectável no exame de sangue.

Quais são os sintomas da infecção aguda pelo HIV?

Os sintomas da fase aguda do HIV são inespecíficos e podem incluir: febre, fadiga, gânglios linfáticos aumentados, dor de garganta, emagrecimento, dores musculares, dor de cabeça, náuseas, suores noturnos, diarreia e rash cutâneo (manchas na pele).

É importante lembrar que a presença desses sintomas não significa que você tenha a infecção do vírus HIV. Outras doenças comuns, como gripes, viroses e infecções de garganta podem manifestar os mesmos sinais e sintomas dessa fase inicial da infecção pelo HIV.

O que é a janela imunológica do HIV?

Após a infecção pelo HIV, o organismo começa a produzir anticorpos específicos contra o vírus. Porém, demora um tempo para que os anticorpos sejam suficientes para serem detectados no exame de sangue. Esse período de tempo é a chamada janela imunológica.

Normalmente, os testes de HIV são realizados com a finalidade de detectar anticorpos contra o vírus no sangue. Isso significa que, se a pessoa fizer o teste durante o período da janela imunológica, o resultado pode dar negativo.

A janela imunológica do HIV varia entre duas semanas e 4 meses, podendo chegar aos 6 meses em alguns casos. Por isso, recomenda-se que o teste seja feito depois de 3 meses após o eventual contágio. O ideal é repetir o exame após 6 meses.

O exame usado para detectar o HIV é muito sensível e específico, com uma eficácia de quase 100%. Contudo, é preciso respeitar a janela imunológica para evitar resultados “falso-negativos”, que são frequentes nesse período.

Nesse momento que você apresenta o exame negativo, deve continuar prestando atenção no seu corpo, em possíveis sintomas e procurar consulta médica caso seja necessário.

O vírus do HIV pode ser detectado pelo exame de sangue oferecido gratuitamente nas Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).

Leia também: Estou com medo de ter pego HIV?

Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Existem vários tipos de exame de sangue e cada um deles serve para avaliar diferentes parâmetros. Os exames de sangue são usados para avaliar o funcionamento de órgãos e glândulas como pâncreas, fígado e rins, detectar doenças como câncer, anemia e diabetes, avaliar os níveis de colesterol, glicose, ácido úrico, entre muitas outras indicações.

Dentre os tipos de exame de sangue mais usados estão o hemograma, colesterol, triglicerídeos, glicemia, ácido úrico, ureia, creatinina, HIV e PSA.

Hemograma

O hemograma serve para analisar as células do sangue, ou seja, os leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas. O exame é usado para auxiliar o diagnóstico e acompanhar doenças como anemia, leucemia, infecções e inflamações, problemas de imunidade, entre outras.

Hemácias

As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos ou eritrócitos, transportam o oxigênio através da circulação sanguínea.

Quando o nível de hemácias está alto, o sangue pode ficar mais "grosso" e prejudicar o funcionamento das outras células sanguíneas. Por outro lado, se houver uma redução do número de glóbulos vermelhos, pode ser um sinal de hemorragia ou anemia.

Leucócitos

Os leucócitos ou glóbulos brancos fazem parte do sistema imunológico do corpo. São células de defesa que protegem o corpo contra doenças, inflamações e infecções.

Se o hemograma detectar níveis elevados de leucócitos (leucocitose), pode ser um indício de algum processo infeccioso, câncer (leucemia), ataque cardíaco ou ainda morte de algum tecido do corpo.

Já a leucopenia caracteriza-se por um número baixo de leucócitos (leucopenia) e pode ter diversas causas, como infecções virais, tratamento para câncer, ingestão de mercúrio, febre tifoide, sarampo, hepatite, rubéola, entre outras.

Plaquetas

As plaquetas atuam na coagulação sanguínea. A análise dessas células no hemograma serve para verificar a capacidade que o sangue tem de coagular quando há sangramentos, além de detectar as causas de um aumento ou diminuição do número dessas células.

Veja também: Que doenças o hemograma pode detectar?

HIV

O exame de sangue para detectar o vírus HIV, causador da AIDS, detecta anticorpos produzidos pelo organismo para combater o vírus. Quando o resultado do exame é "não reativo", significa que não foram encontrados anticorpos contra o vírus no sangue do indivíduo. Portanto o resultado nesse caso é "negativo" para HIV.

Contudo, o fato do resultado dar negativo não significa que a pessoa não tenha a doença. Os resultados falso-negativos ocorrem sobretudo na fase inicial da doença ou no período da janela imunológica do HIV.

Saiba mais em: O que é janela imunológica do HIV?

Quando o resultado do exame é positivo, costuma-se realizar um outro exame de sangue anti-HIV para confirmar o diagnóstico. Esse exame é mais preciso, pois não detecta anticorpos, mas sim o material genético do vírus.

Leia também: Como é feito o exame do HIV?

Colesterol

O exame de sangue de colesterol analisa 3 tipos de colesterol VLDL, LDL e HDL. Os dois primeiros são considerados "mau colesterol", enquanto que o HDL é conhecido como "colesterol bom".

Quado os níveis de LDL e VLDL (mau colesterol) estão altos, pode haver formação de placas de gordura dentro das artérias que podem obstruir o fluxo sanguíneo, aumentando o risco de derrames e infarto.

Já o HDL é considerado "bom colesterol" porque não forma placas de gordura e pode remover da circulação o LDL.

Saiba mais em: Qual a diferença entre colesterol VLDL, LDL e HDL?

Triglicerídeos

Os triglicerídeos são gorduras provenientes da alimentação e que também são produzidas pelo organismo. O exame de triglicerídeos é importante para avaliar o risco de doenças cardiovasculares, já que quando os seus níveis estão altos também pode haver formação de placas de gordura na parede interna das artérias, assim como ocorre com o colesterol.

Se os triglicérides, como também são conhecidos, estiverem muito elevados, pode haver inclusive inflamação do pâncreas.

Também pode lhe interessar: O que são triglicerídeos?

Glicemia

O exame de sangue de glicemia serve para avaliar os níveis de glicose (açúcar) na circulação sanguínea, sendo usado para diagnosticar diabetes e outras alterações metabólicas.

Quando a glicemia está acima dos valores de referência (hiperglicemia), pode ser um sinal de diabetes. Já a hipoglicemia caracteriza-se pela pouca quantidade de glicose na circulação e na maioria dos casos trata-se de um efeito colateral de tratamentos com insulina ou hipoglicemiantes orais.

Veja também: Como é feito o diagnóstico do diabetes?

Ácido úrico

O ácido úrico é um produto metabólico das purinas, uma substância presente nas células e que fazem parte do material genético das mesmas.

Uma ingestão excessiva de carne e bebidas alcoólicas pode aumentar os níveis de ácido úrico, podendo causar episódios de gota. Se o ácido úrico estiver alto, também pode levar à formação de pedra nos rins.

Leia também: Quais os valores de referência do ácido úrico?

Ureia

A ureia é um produto do metabolismo das proteínas. É produzida no fígado e eliminada na urina. O exame de sangue de ureia ajuda a avaliar o funcionamento dos rins, já que níveis altos de ureia podem indicar que os rins perderam a capacidade de filtrar o sangue adequadamente, levando a um acúmulo de ureia na circulação.

Contudo, o exame de ureia não é muito exato para avaliar a função renal, já que a ureia pode se elevar conforme a alimentação e o nível de hidratação do indivíduo, bem como em caso de infecções, doenças hepáticas, gravidez, entre outras doenças e condições.

Quando os resultados do exame de ureia estão abaixo dos valores de referência, pode ser um sinal de desnutrição, baixa ingestão de proteínas, insuficiência hepática, gestação, outras doenças e condições.

Uma vez que os níveis de ureia no sangue podem estar altos ou baixos em diversas situações, é comum pedir esse exame juntamente com o exame de creatinina, que é mais preciso para avaliar a função renal.

Leia também: Qual o valor de referência da ureia?

Creatinina

A creatinina é resultante da degradação de uma substância presente nos músculos. Quanto mais massa muscular tiver a pessoa, maior é a quantidade de creatinina na circulação.

Boa parte da creatinina é filtrada nos rins, por isso esse exame de sangue serve para avaliar a capacidade de filtração dos rins. Se a função renal estiver reduzida, os resultados irão apresentar níveis de creatinina elevados.

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PSA

O exame de sangue de PSA serve para detectar doenças ou alterações na próstata, tais como câncer, infecções, aumento de tamanho da glândula e traumas.

PSA é a sigla para Antígeno Prostático Específico. É produzido na próstata e está normalmente presente na circulação sanguínea. Quando há alguma alteração na glândula, os níveis de PSA ficam altos.

O exame de PSA associado ao toque retal é a forma mais eficaz de detectar o câncer de próstata nas fases iniciais.

Saiba mais em: Quais são os valores de referência do PSA?

Todos os exames de sangue devem se interpretados pelo médico que os solicitou, juntamente com os sinais e sintomas apresentados, a história clínica e outros exames, quando necessários.