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Colesterol VLDL alto é perigoso? Quais são os riscos?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Ter o colesterol VLDL alto é perigoso, pois trata-se de um colesterol considerado ruim.

Níveis elevados de VLDL aumentam os riscos de doenças cardiovasculares como derrame e infarto, já que esse tipo de colesterol pode se depositar na parede das artérias e formar placas de gordura que bloqueiam o fluxo sanguíneo (aterosclerose).

O colesterol VLDL é responsável pelo transporte de triglicerídeos na corrente sanguínea. Sua sigla "VLDL" vem do inglês e significa "lipoproteína de muito baixa densidade" (Very Low Density Lipoprotein).

Os outros 2 tipos de colesterol são o LDL (lipoproteína de baixa densidade - Low Density Lipoprotein), também conhecido como "colesterol ruim" ou "mau colesterol" e o HDL (lipoproteína de alta densidade - High Density Lipoprotein - colesterol de alta densidade), também chamado de "colesterol bom".

O colesterol LDL é chamado de "mau" devido à sua baixa densidade, o que faz com que essa gordura "flutue" na superfície do sangue e se acumule na parede das artérias, formando placas de gordura que podem entupir o vaso e causar derrames e infartos.

Veja também: Quais os riscos do colesterol alto?

Já o HDL é chamado de "colesterol bom" por ter alta densidade, ou seja, é "mais pesado" e por isso não fica na superfície do sangue e pode arrastar o mau colesterol, "limpando" as artérias.

Saiba mais em: Qual o risco de ter o Colesterol HDL (colesterol bom) abaixo do ideal?

Portanto, sendo o VLDL um colesterol de muito baixa densidade, os seus níveis devem estar controlados, assim como os do colesterol LDL. 

Veja aqui o que fazer no caso de colesterol alto.

Os valores de referência para o colesterol VLDL em adultos de até 20 anos são:

Valores de referência colesterol VLDL
Desejável Limítrofe Alto
VLDL abaixo de 30 mg/dl VLDL entre 30 e 67 mg/dl VLDL acima de 67mg/dl

Contudo, os especialistas da Sociedade Brasileira de Cardiologia não consideram os valores do colesterol VLDL muito relevantes para avaliar o risco de doenças cardiovasculares. Para eles, o risco não está relacionado diretamente às taxas de colesterol total, mas sim à maior proporção de colesterol bom (HDL) em relação ao ruim (LDL).

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Como é feito o exame do HIV?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O exame do HIV é feito a partir da coleta de sangue. O exame de sangue solicitado com esse fim específico, o anti-HIV, detecta os anticorpos produzidos contra o vírus. Quando o exame de sangue anti-HIV é positivo, há necessidade de realização de um outro tipo de exame a título de confirmação. Esse tipo de exame detecta a presença do RNA do vírus.

Outro exame disponível é o teste rápido de detecção do HIV realizado a partir de uma gota de sangue tirada do dedo da pessoa.        

Outra opção atualmente disponível é o exame a partir do fluído oral da pessoa. Nesse exame, o/a profissional de saúde orienta a coleta da secreção do interior da boca da pessoa utilizando uma haste que deve ser friccionada na gengiva superior e inferior dos dentes.

A coleta de sangue realizada em laboratório segue o procedimento de um outro exame qualquer em que o sangue é retirado do braço da pessoa em menos de 5 minutos. O resultado do exame geralmente é liberado em 24 horas a depender do laboratório.

Os testes rápidos (gota de sangue e fluído oral) é indicado em apenas algumas situações. O tempo para liberar o resultado em geral não excede os 30 minutos.

Todos eles são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser realizado nas unidades de saúde do sistema.

Leia também:

Como é feito o diagnóstico do HIV?

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Quais os sintomas do HIV?

Quais são os principais tipos de exame de sangue e para que servem?

Estou grávida de 14 semanas e o meu CMV IgG e IgM deu...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

IgG positivo significa que já teve a infecção e foi curada, IgM positivo significa infecção recente e Igm negativo significa sem infecção recente, provavelmente você teve citomegalovírus e já está curada, pelos seus exames já deve fazer um bom tempo (só precisa descobrir se foi a mais de 14 semanas) fale com seu obstetra, mas fique tranquila.

Ômega 3 aumenta o colesterol?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, ômega 3 não aumenta o colesterol. Os ácidos graxos ômega 3 fazem parte do grupo das gorduras insaturadas, que são aquelas que não aumentam o colesterol no sangue.

Pelo contrário, o ômega 3 tem como principais funções:

  • Reduzir os níveis de colesterol total
  • Reduzir o LDL (colesterol ruim)
  • Aumenta o HDL (colesterol bom)
  • Pode reduzir os níveis de triglicerídeos
Qual é a importância do ômega 3 na dieta?

Na dose certa, o consumo diário de ômega 3 ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, trazendo vários benefícios para o coração e vasos sanguíneos, tais como:

  • Ajuda a impedir a formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, uma importante causa de infarto e acidente vascular cerebral ("derrame");
  • Pode atenuar processos inflamatórios;
  • Dilata os vasos sanguíneos, produzindo uma discreta redução da pressão arterial;
  • Diminui a viscosidade do sangue, o que melhora a circulação sanguínea.
Qual alimento é rico em ômega 3?

O ômega 3 está presente principalmente em peixes como salmão, atum, sardinha, truta, cavala e arenque.

O consumo diário de ômega 3 deve ser superior a 1,8 g, o equivalente a 300 gramas de peixe por semana.

Contudo, as sociedades médicas de cardiologia, ginecologia e obstetrícia, orientam a todos, mas principalmente as gestantes, evitar o consumo de peixes com alto teor de mercúrio, como tubarão, peixe-espada, cavala-rei ou peixe-telha.

Os quatro tipos de peixes ou mariscos mais indicados para o consumo, por possuírem baixo teor de mercúrio são: camarão, atum light, salmão e bagre.

Existe algum risco em tomar cápsulas de ômega 3?

Sim, por exemplo, gestantes no último trimestre de gestação.

Portanto, para tomar cápsulas de ômega 3 ou qualquer outra medicação, mesmo que substâncias naturais, é importante ser avaliado por um profissional da área, médico ou nutricionista.

Ser avaliado e analisar todo o histórico de saúde da pessoa e as suas necessidades.

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O que fazer no caso de neutrofilia durante a gravidez?
Dr. Gabriel Soledade
Dr. Gabriel Soledade
Médico

No caso de neutrofilia durante a gravidez deve-se investigar a causa da mesma.

Neutrofilia é o aumento no número de neutrófilos, que é um tipo de células do sangue que participa no combate às infecções.

Essas células normalmente estão aumentadas durante a gravidez, e isso é uma variação considerada normal para essa fase da vida.

Entretanto, algumas características da neutrofilia podem dar sinais de complicações, como infecções, inflamações e até mesmo alguns tumores.

Por isso, o obstetra que acompanha a gestante e que solicitou o exame deve ser consultado, para que o diagnóstico exato seja feito e o tratamento, quando necessário, seja iniciado.

Como entender os resultados do exame de gravidez Beta-hCG?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O exame Beta-hCH é um exame de sangue usado para diagnosticar a gravidez. O exame serve para detectar a presença do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) no sangue. O hCG normalmente só é produzido pelo corpo da mulher se ela estiver grávida. Contudo, o nível de hCG também pode estar elevado em mulheres com certos tipos de tumores ovarianos.

O exame de gravidez Beta-hCG pode ser qualitativo ou quantitativo. O resultado do Beta-hCG qualitativo indica apenas “positivo” ou “negativo”. Se der positivo, a mulher está grávida. Resultados negativos indicam ausência de gravidez.

Já o Beta-hCG quantitativo indica a quantidade do hormônio hCG no sangue. Os resultados são baseados em valores. Trata-se de um exame mais usado para determinar as semanas de gestação, já que o exame de sangue Beta-hCG qualitativo já é suficiente para confirmar a gravidez.

A medição quantitativa de hCG ajuda a determinar a idade exata do feto, além de auxiliar o diagnóstico de gravidez anormal, como gravidez ectópica e gravidez molar, além de abortos.

O Beta-hCG quantitativo também é usado como parte de um teste de rastreio para a síndrome de Down e também para diagnosticar condições não relacionadas à gravidez que podem aumentar os valores de hCG.

Como entender os resultados do exame Beta-hCG quantitativo?

Os resultados do exame Beta-hCG quantitativo são apresentados em mUI/mL. Mulheres que não estão grávidas apresentam resultados com valores abaixo de 5 mUI/mL.

Na gravidez, o nível de hCG aumenta rapidamente durante o 1º trimestre de gestação e depois cai ligeiramente. Os valores esperados de hCG em mulheres grávidas são baseados no tempo de gravidez.

Valores normais de Beta-hCG
  • 3 semanas: 5 a 72 mUI/mL;
  • 4 semanas: de 10 a 708 mUI/mL;
  • 5 semanas: de 217 a 8.245 mUI/mL;
  • 6 semanas: 152 a 32.177 mUI/mL;
  • 7 semanas: 4.059 a 153.767 mUI/mL;
  • 8 semanas: de 31.366 a 149.094 mUI/mL;
  • 9 semanas: de 59.109 a 135.901mUI/mL;
  • 10 semanas: de 44.186 a 170.409 mUI/mL;
  • 12 semanas: de 27.107 a 201.165 mUI/mL;
  • 14 semanas: de 24.302 a 93.646 mUI/mL;
  • 15 semanas: de 12.540 a 69.747 mUI/mL;
  • 16 semanas: de 8.904 a 55.332 mUI/mL;
  • 17 semanas: de 8.240 a 51.793 mUI/mL;
  • 18 semanas: de 9.649 a 55.271 mUI/mL.

Vale lembrar que os valores de Beta-hCG podem variar um pouco entre os laboratórios.

Valores de Beta-hCG alterados

Se os valores de Beta-hCG estiverem acima do esperado, seja para mulheres grávidas ou não grávidas, podem ser sinal de:

  • Gravidez com mais de um feto, como gêmeos ou trigêmeos;
  • Coriocarcinoma uterino (câncer grave do útero);
  • Mola hidatiforme ou gravidez molar (complicação rara de gravidez em que ocorre multiplicação anormal de células da placenta);
  • Câncer de ovário;

Durante a gravidez, valores de Beta-hCG abaixo do normal, de acordo com o estágio gestacional, podem indicar:

  • Morte do feto;
  • Aborto incompleto;
  • Ameaça de aborto espontâneo;
  • Gravidez ectópica (gestação fora do útero).
Exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso positivo?

Sim, o exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso positivo, ou seja, o resultado é “positivo” e a mulher não está grávida. Isso pode ocorrer em caso de:

  • Gravidez ectópica (gestação fora do útero);
  • Aborto espontâneo;
  • Tumor trofoblástico;
  • Mola hidatiforme ou gravidez molar;
  • Câncer de ovário.
Exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso negativo?

Sim, o exame Beta-hCG qualitativo pode dar resultado falso negativo, ou seja, o resultado é “negativo” e a mulher está grávida. Isso pode ocorrer se o exame for feito antes de completar uma semana de gravidez, quando os níveis de hCG ainda estão muito baixos para serem detectados no sangue. Por isso, é necessário esperar pelo menos 7 dias após a concepção para fazer o exame.

O médico que solicitou o exame Beta-hCG é o responsável pela análise e interpretação dos resultados.

Para saber mais sobre o exame Beta-hCG, você pode ler:

Fiz dois Beta-HCG e o segundo foi menor, estou com...

Beta HCG ajuda a detectar gravidez molar?

Após aborto em quanto tempo beta-HCG dá negativo?

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Fiz exames de sangue de TSH e T4 Livre...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Quer dizer que os exames estão normais. Ainda assim, é fundamental que leve o resultado para o médico que o solicitou, porque provavelmente está conduzindo uma investigação e esses resultados darão seguimento ao seu acompanhamento.

O que quer dizer TSH e T4?

O TSH (hormônio estimulante da tireoide), produzido na hipófise (glândula localizada abaixo do cérebro), age estimulando a glândula tireoide a produzir seus hormônios específicos (T3 e T4). Os valores considerados normais para esse hormônio estão entre 0,5 e 5,0 µUI/mL, porém podem variar em função do método utilizado e do laboratório.

O T4 (tiroxina) é o hormônio produzido na glândula tireoide, que está na sua maior parte na forma inativa, ligada a uma proteína; e o T4 livre (tiroxina livre circulante no sangue), é a fração desse hormônio, que não está ligada a nenhuma proteína, por isso pode ser convertido em T3 (tri-iodotironina), o hormônio que age efetivamente no metabolismo do corpo.

Seus valores considerados normais, variam também de acordo com a faixa etária, método de estudo e laboratório, com valores entre: Recém-nascidos: 2,6 a 6,3 ng/dL e Adultos: 0,8 a 2,7 ng/dL.

Para que servem os exames de TSH e T4?

São os exames utilizados na prática médica, para acompanhar ou investigar possíveis alterações na função da tireoide. Muito utilizado por exemplo na suspeita de hipotireoidismo ou hipertireoidismo. Trata-se de um exame simples, realizado através de uma amostra de sangue, aonde são dosados os níveis desses dois hormônios, além de outros, e comparados aos valores considerados normais, ou adequados para aquela faixa etária.

O/A médico/a responsável por essa avaliação e maiores esclarecimentos é o/a endocrinologista.

Leia também: Quais são os sintomas de tireoide alterada?

Existem exames para detectar trombofilia durante a gravidez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, existem exames de sangue e estudos genéticos para detectar trombofilia durante a gravidez, porém, a gestação provoca alterações na coagulação sanguínea que interferem no resultado dos exames, portanto nem sempre está indicada a investigação nesta fase.

Não existe ainda um consenso, mas para a confirmação do diagnóstico de trombofilia, é indicado a repetição dos exames semanas ou meses após o parto.

Os exames para detectar trombofilia são de custo elevado e podem ser mais prejudiciais do que benéficos, por exemplo quando se apresentam alterados mas sem indicação de tratamento. O que por vezes causa grande ansiedade e angústia desnecessárias à gestante.

Veja também: Quais os riscos da trombofilia na gravidez?

Quando é necessário detectar trombofilia durante a gravidez?

Apenas sob determinadas circunstâncias é que o rastreio da trombofilia na gravidez é indicado. Algumas das indicações são:

  • Episódios anteriores de trombose;
  • 2 ou mais abortos espontâneos ("sem explicação") consecutivos, de fetos normais, como menos de 10 semanas de gestação;
  • 1 ou mais nascimentos prematuros (menos de 34 semanas) de fetos normais;
  • Pré-eclampsia grave;
  • Restrição grave do crescimento do feto;
  • Casos de tromboembolismo em familiar de 1º grau;
  • Familiar de 1º grau com trombofilia.

O médico obstetra é o especialista que deverá avaliar a necessidade de solicitar, ou não, os exames para detectar trombofilia durante uma gravidez.