O exame anti-HBs serve para identificar anticorpos contra a hepatite B. Portanto, quando o anti-HBs dá positivo, significa que a pessoa já está imune ao vírus da hepatite B. Isso geralmente acontece após a vacinação ou cura da doença.
O anti-HBs é o anticorpo que o sistema imunológico produz contra o vírus da hepatite B, mais especificamente contra uma proteína localizada na superfície do vírus, conhecida como HBsAg.
Esse anticorpo não está presente em pessoas que ainda estão doentes. Por isso, o objetivo do exame não é saber se o paciente está com hepatite B, mas verificar se a doença já foi tratada e curada.
Para detectar a hepatite B é feito o exame de HBsAg. Em indivíduos doentes, o HBsAg dá positivo. Se o anti-HBs der positivo e o HBsAg negativo, significa que a pessoa já possui anticorpos contra a hepatite B e o vírus não está circulando mais na corrente sanguínea, ou seja, está curada.
Portanto, o exame anti-HBs positivo indica que o paciente já está imune ao vírus da hepatite B, seja por ter ficado doente ou ter tomado a vacina.
Vale lembrar que a vacina contra a hepatite B está disponível gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).
Saiba mais em:
Hepatite B tem cura? Se tem, qual o tratamento?
O tratamento de leucócitos baixos é individualizado, dependendo da causa, e pode inclusive não ser necessário. No entanto, pode ser a manifestação de uma doença, sendo indicado um tratamento específico para o problema.
De qualquer forma, como os leucócitos são as nossas células de defesa, é importante adotar medidas que estimulem o organismo a produzir mais células e manter os valores ideais no sangue.
Medidas para aumentar os leucócitos no sanguePrevenir as doenças, para ajudar na manutenção dos leucócitos no sangue.
- Cuidados gerais de saúde como manter vacinação atualizada, principalmente a vacina contra o vírus influenza, evitando uma virose comum, que sabidamente consome muito as células de defesa.
- Promover higiene das mãos, higiene dental e cuidados dentários regularmente para prevenir infecções orais. Os enxaguatórios bucais com antibióticos, como o gluconato de clorexidina 0,12%, podem ser usados nos casos de gengivite, para reduzir o risco de complicações.
- Manter qualidade do sono, dormindo pelo menos 7 a 8 horas por dia, durante a noite, sempre que possível. O sono age no equilíbrio hormonal e no funcionamento do sistema imunológico.
AlimentosAdotar boa alimentação, de preferência com auxílio de um nutrólogo ou nutricionista, ajuda na oferta de substratos necessários para a produção de leucócitos e, ao mesmo tempo, auxilia no combate às infecções.
Lista de alimentos que já comprovaram benefícios para tratamento de leucócitos baixos:
- Frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi)
- Legumes (batata-doce, cenoura)
- Vegetais verde-escuro (couve, espinafre, brócolis)
- Oleaginosas (nozes, amêndoas, castanha-caju)
- Peixes
- Mel
Para os casos mais graves, com leucócitos entre 500 e 1.000/mm³ ou pessoas em quimioterapia, pode ser indicado um remédio que estimula a produção de novas células, o pegfilgrastim.
Esse medicamento precisa de receita médica e orientações específicas, devido aos possíveis efeitos adversos. Trata-se de um tratamento bastante específico.
Leucócitos abaixo de 4000 é normal? O que pode ser?Pode ser normal sim.
O valor considerado normal de leucócitos no exame de sangue varia entre 4.000 e 11.000 por milímetro cúbico (mm³), na maioria dos laboratórios.
No entanto, em algumas situações, pode estar abaixo de 4 mil, sem significar uma doença, como no caso da: gravidez e certas etnias como os negros e judeus do Yemen e Sudão. Populações que habitualmente apresentam valores de leucócitos entre 3 e 4 mil por mm³, sem interferir na imunidade ou na sua qualidade de vida.
Outras causas de leucócitos baixos são:
- Doenças infecciosas, quando as células de defesa estão sendo consumidas para combater o microorganismo,
- Doenças autoimunes (lúpus, artrite reumatoide, diabetes),
- Doenças da medula óssea (órgão que produz os leucócitos) e
- Uso de certos medicamentos, como os quimioterápicos.
Portanto, a leucopenia é um resultado encontrado em um exame de sangue, que não significa obrigatoriamente uma doença.
Em caso de leucopenia, um médico clínico ou preferencialmente um hematologista deve ser consultado para avaliação. O tratamento (se necessário) vai depender da causa, que deve ser investigada inicialmente pelo médico que solicitou o hemograma, que poderá encaminhá-lo a algum especialista se julgar necessário.
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Referência:
Nancy Berliner. Management of the adult with non-chemotherapy-induced neutropenia. UpToDate: Feb 21, 2020.
Os valores de referência do PSA total variam conforme o laboratório, mas, em média, para homens com até 59 anos de idade, as taxas devem ficar abaixo de 4,0 ng/mL. Indivíduos entre 60 e 69 anos devem estar com um PSA total de no máximo 4,5 ng/mL. Já aqueles com idade igual ou superior a 70 anos, os valores não devem ultrapassar 6,5 ng/mL.
Contudo, é importante frisar que o valor do PSA total pode estar alto devido a outros fatores que não estão relacionados com câncer de próstata, tais como doenças, infecções ou procedimentos aos quais o homem foi submetido recentemente.
O que pode alterar o resultado do exame de PSA?Dentre os fatores que podem alterar o resultado do exame de PSA total estão o toque retal, massagem prostática, prostatite, infecção urinária, hipertrofia benigna da próstata, instrumentações uretrais, biópsia prostática e ejaculação recente.
Por exemplo, quando os valores do PSA total estão entre 4 e 10 ng/mL, pode ser difícil interpretá-los, já que esse aumento pode ter sido causado por uma hipertrofia benigna da próstata (quando a próstata aumenta de tamanho, mas não por câncer). Nesses casos, aconselha-se fazer a associação com o resultado do PSA livre.
A relação PSA livre / PSA total é menor nos pacientes com câncer. Isso significa que quando os valores de PSA livre são divididos pelos de PSA total, o resultado do cálculo costuma ser menor em quem tem câncer de próstata.
Os valores de referência para a relação PSA livre/PSA total não estão bem estabelecidos. Contudo, quando estão abaixo de 0,20, parecem se correlacionar com câncer de próstata, enquanto que valores acima de 0,20 parecem estar associados a doenças benignas.
O PSA, sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico, é uma substância produzida somente pela próstata. O exame de PSA serve para auxiliar o diagnóstico do câncer de próstata, associado ao toque retal e ultrassom, ou acompanhar pacientes com a doença já diagnosticada.
Para que o tratamento do câncer de próstata seja eficaz e capaz de curar o tumor, é necessário que a doença seja diagnosticada precocemente, quando o tumor ainda está localizado na próstata.
Quando a cápsula que envolve a próstata já está comprometida, assim como a área ao redor, os ossos e os gânglios, o tratamento pode não ser capaz de curar o tumor.
Em geral, o aumento do PSA nos casos de câncer de próstata ocorre progressivamente. Na suspeita de malignidade, é solicitada uma biópsia.
Quando realizar o exame de PSA?Caso estejam presentes os sintomas de dificuldade de urinar, diminuição da força do jato urina, aumento da frequência urinária, o PSA deve ser solicitado como exame de investigação inicial do câncer de próstata.
Atualmente, alguns órgãos como a US Preventive Service Task Force e o Instituto Nacional do Câncer (INCA) não recomendam a realização do exame de PSA como forma de rastreio do câncer de próstata rotineiramente. A recomendação atual é de que o paciente converse com o médico sobre os riscos e benefícios de se submeter ou não ao rastreamento.
Isto porque não há evidência científica até o momento de que o rastreamento do câncer de próstata traga mais benefícios do que riscos.
A realização do PSA como exame de rastreamento sem critérios leva a um aumento de sobrediagnóstico, induz o excesso de procedimentos terapêuticos. que podem levar a danos e efeitos adversos permanentes. Sendo que alguns tipos de câncer não evoluem de forma agressiva e não colocariam a vida do paciente em risco. Entre os possíveis danos do tratamento estão a disfunção erétil, incontinência urinária e sintomas intestinais.
Portanto, antes de realizar o exame indiscriminadamente é importante consultar um médico para maiores orientações.
A análise isolada do exame de PSA não permite o diagnóstico de doença prostática. É necessária correlação com a história e o exame físico do paciente e muita vezes a realização de outros exames complementares.
Para maiores esclarecimentos consulte um médico de família e comunidade, ou um clínico geral. Em casos de diagnóstico de câncer de próstata o seguimento deve ser realizado por um médico urologista.
CHCM é a sigla para Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média. No hemograma, os valores de CHCM servem para verificar a quantidade de hemoglobina presente nas hemácias, também conhecidas como eritrócitos ou glóbulos vermelhos.
A hemoglobina é uma proteína que se liga ao oxigênio, permitindo aos eritrócitos executar a sua função de transportar o oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo.
A Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) é um dos índices hematimétricos medidos através do eritrograma, parte do hemograma que serve para contar e avaliar as características dos glóbulos vermelhos.
Quando o valor de CHCM está alto, os eritrócitos são mais escuros. Se a pessoa estiver com anemia, ela é chamada hipercrômica. Por outro lado, se a CHCM estiver baixa, as hemácias estão mais claras e a anemia é denominada hipocrômica.
Quando os valores de CHCM estão dentro do normal, a coloração dos glóbulos vermelhos é considerada normal. Logo, em caso de anemia, ela é classificada como normocrômica.
Veja também: Hemácias normocíticas e normocrômicas é anemia?
Os valores de referência de CHCM variam entre 30 e 33 pg.
O outros índices hematimétricos fornecidos pelo eritrograma são o VCM (Volume Corpuscular Médio), que mede o tamanho da célula, e o RDW (Red Cell Distribution Width), que avalia amplitude de distribuição das hemácias. Esse índice serve para avaliar a variação de tamanho entre os glóbulos vermelhos.
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Os resultados do hemograma devem ser analisados e interpretados pelo/a médico/a que solicitou o exame, juntamente com o exame clínico do/a paciente.
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Leucopenia é quando o número de leucócitos, que são as células de defesa do sangue, está baixo.
O tratamento vai depender da causa e da intensidade.
A leucopenia pode aparecer normalmente em algumas situações da vida, e não exigir tratamento algum; ou pode ser sinal de infecções, inflamações, doenças da medula óssea, doenças autoimunes, doenças da tireoide e do baço, além de consequência ao uso de algumas medicações e a tratamentos como quimioterapia e radioterapia.
Ela, por si só, não é uma doença. Mas é um sinal de que algo pode estar acontecendo no corpo. Por isso, deve ser investigada para que a causa seja tratada.
Em casos extremos, em que a falta de leucócitos está tão intensa que pode favorecer a infecções graves, existem medicações capazes de estimular a produção dessas células.
Esse sinal deve ser investigado inicialmente pelo médico que solicitou o exame, o qual, quando necessário, poderá encaminhar a algum especialista.
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Leucograma: Para que serve e quais os valores de referência?
A fosfatase alcalina é uma enzima presente nas membranas de revestimento dos canalículos biliares (canalicular). Tem como uma de suas funções remover grupos fosfato de um grande número de moléculas diferentes, incluindo proteínas, nucleotídeos e alcalóides; como o próprio nome sugere, essa enzima é mais ativa em soluções alcalinas. O processo de remoção desses grupos fosfatos é conhecido como desfosforilação. Produzida por vários órgãos e tecidos, como o fígado, ossos, intestinos e até placenta, por exemplo, a fosfatase alcalina é encontrada normalmente no sangue de pessoas sadias.
Sua dosagem é geralmente utilizada para o diagnóstico de doenças hepáticas, pois o aumento de seus níveis pode indicar lesão hepática canalicular (colestase, hepatite, etc). A fosfatase alcalina também pode aumentar sempre que aumenta a atividade das células ósseas (por exemplo, durante o período de crescimento ou depois de uma fratura) ou como resultado de doenças ósseas, que incluem a osteomalacia, o câncer ósseo, e a doença de Paget.
A dosagem de fosfatase alcalina é feita no sangue. Ela possui duas isoenzimas: uma de origem hepática que avalia de maneira significativa os casos de obstrução biliar e outra de origem óssea que avalia as doenças que afetam a atividade osteoblástica.
Para a realização do exame, o paciente deve estar preferencialmente de jejum de quatro horas, evitar ingestão de álcool 72 horas antes do exame e manter o uso de remédios apenas se não puderem ser interrompidos.
Os valores de referência são os seguintes:
(observação: lembre-se que os valores de referência podem variar dependendo do método e dos reagentes usados. Logo, esses valores devem estar citados nos laudos de resultados dos exames laboratoriais de forma clara).
Faixa etária | Masculino (U/L) | Feminino (U/L) | Ambos os sexos |
Recém-nascido | -- | -- | 150 a 600 |
6 meses a 9 anos | -- | -- | 250 a 900 |
10 a 11 anos | 250 a 730 | 250 a 950 | -- |
12 a 13 anos | 275 a 875 | 200 a 730 | -- |
14 a 15 anos | 170 a 970 | 170 a 460 | -- |
16 a 18 anos | 125 a 720 | 75 a 270 | -- |
Acima de 18 anos | -- | -- | 50 a 250 |
Existe uma variedade de métodos usados para determinar a atividade da fosfatase alcalina. Esta variedade dificulta a comparação de resultados entre os diferentes laboratórios e os mencionados pela literatura.
A interpretação dos resultados do exame deve ser realizada pelo médico que o solicitou, em conjunto com a história e o exame clínico. Para maiores informações, procure um médico clínico geral.
Com um valor isolado de Gama GT não é possível estabelecer diagnóstico algum.
Este valor mencionado (255) está acima do valor de referência e, portanto a sua enzima Gama GT apresenta elevada.
O aumento de valores de Gama GT podem acontecer em pessoas que ingeriram quantidade elevada de bebida alcoólica ou em quem usa medicamentos como Fenobarbital e Fenitoína.
Esse aumento deve ser correlacionado com o valor das outras enzimas hepáticas e com o quadro clínico do/a paciente para poder estabelecer uma explicação correta.
Todos os exames de sangue e outros solicitados pelo/a médico/a deve ser apresentado na consulta de retorno para que ele/ela explique o real motivo desse valor.
Leia também:Exame de sangue Gama-GT alterado o que pode ser?
Quais são os valores de referência do Gama-GT?
O exame VDRL, sigla em inglês de Venereal Disease Research Laboratory, é um teste para detecção de pacientes que já tiveram sífilis, uma infecção sexualmente transmissível. O exame VDRL também serve para acompanhar a resposta ao tratamento da sífilis.
O exame VDRL é realizado através da coleta de uma amostra de sangue. Para fazer o exame, recomenda-se um jejum de 4 horas, embora não seja obrigatório.
VDRL negativo (não reagente)Quando o teste dá negativo (não reagente), usualmente indica que o paciente nunca teve contato com a bactéria causadora da sífilis, o Treponema pallidum, ou que, tendo já o paciente entrado em contato com a bactéria, o organismo ou o tratamento foram suficientes para eliminá-la.
Entretanto, pode acontecer da pessoa estar com sífilis e o teste dar negativo. É o chamado efeito prozona, que acontece quando há um elevado número de anticorpos produzidos pelo organismo durante o estado latente ou secundário da doença.
Resultados com títulos mais baixos, de 1/1 a 1/8, são um sinal de que a pessoa pode não ter sífilis, pois indicam que mesmo após diluir o sangue até 8 vezes, não foram encontrados anticorpos. Contudo, esses resultados também podem ser indicativos de falso positivo ou sífilis primária, em que a quantidade de anticorpos no sangue é baixa.
Leia mais sobre a sífilis em: O que é Sífilis?
VDRL positivo (reagente)Quando o VDRL é positivo (reagente), usualmente o resultado é mostrado em títulos (1/2;1/8;1/64; 1/128...), que reflete a quantidade de antígenos treponêmicos presentes no sangue do paciente. Quanto maior o denominador, maior a quantidade de antígenos circulantes.
Quando o título do resultado é igual ou superior a 1/16, o resultado é positivo (reagente). O resultado significa que os anticorpos estão presentes no sangue, mesmo quando este é diluído 16 vezes.
Algumas vezes o VDRL é positivo, contudo o paciente não teve contato com o treponema. É o chamado resultado falso positivo, que pode ocorrer em algumas condições, como: mononucleose infecciosa, brucelose, lúpus eritematoso sistêmico, doenças autoimunes, câncer, hepatite A, hanseníase, tuberculose, malária e, ocasionalmente, até gravidez.
Como o VDRL não é uma exame muito específico para diagnóstico da sífilis, é recomendável a sua análise junto à história e exame clínicos e à coleta de teste treponêmico específico, como o FTA-ABS ou o TPHA, que podem dar resultado positivo ou negativo. Uma vez que o paciente tenha tido contato com o treponema, o teste se manterá positivo pelo resto da vida, independentemente do tratamento.
Faz parte dos exames de pré-natal a coleta do VDRL, associado a teste treponêmico específico, pois a sífilis congênita pode trazer vários prejuízos ao bebê.
O exame também deve ser repetido no 2º trimestre de gravidez, mesmo quando o resultado é negativo no primeiro trimestre. Quando o resultado do exame VDRL é positivo, é necessário iniciar de imediato o tratamento adequado da sífilis. Sem tratamento, a doença pode ser transmitida para o bebê através da placenta ou durante o parto.
Se a gestante for diagnosticada com sífilis, o exame VDRL deve ser repetido mês a mês como acompanhamento do tratamento para garantir que a bactéria foi completamente erradicada do organismo.
Leve o resultado do exame de VDRL para o médico que solicitou ou procure uma unidade de saúde para atendimento.
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