Os valores mais comumente aceitos estão entre 0,5 e 5,0 µUI/mL, porém isso pode variar em função do método utilizado pelo laboratório.
Por isso, somente o médico que solicitou a coleta do exame pode interpretar corretamente os resultados obtidos.
O nível de LDH (lactato desidrogenase) pode estar alto em diversas doenças, em situações de estresse, ou mesmo uso de medicamentos, que provoquem algum grau de dano ou destruição de células e tecidos do corpo. Por exemplo, o LDH pode estar aumentado em casos de infarto do miocárdio, isquemia intestinal, infarto pulmonar, derrames (acidente vascular cerebral), uso de drogas e medicamentos, anemias, doenças renais e hepáticas, distrofia muscular, câncer, pancreatite, entre outros.
Contudo, ter o LDH alto nem sempre é sinal de doença ou problemas de saúde, já que existem outras condições que podem elevar as taxas de lactato desidrogenase no sangue. Dentre elas então o uso de determinados medicamentos (anestésicos, aspirina, fluoretos, mitramicina), atividade física intensa, gravidez, uso de prótese de válvula cardíaca ou ainda cirurgia recente.
O lactato desidrogenase é uma enzima que está presente em praticamente todos os tecidos do corpo. Em situações normais, a quantidade de LDH total encontrada no sangue normalmente é baixa, com valores de referência que ficam entre 115 e 225 UI/L.
Contudo, quando as células são danificadas ou destruídas, o lactato que estava dentro delas cai na corrente sanguínea, aumentando os níveis de LDH na circulação.
Existem ainda uma classificação das isoenzimas de lactato desidrogenase em LDH 1, 2, 3, 4 e 5, que estão presentes em órgãos e tecidos específicos. Assim, quando o LDH total está alto, o médico pode solicitar o teste das isoenzimas de LDH ou outros exames para auxiliar o diagnóstico e identificar qual o órgão esta comprometido.
Se o LDH-1 e/ou 2 estiverem altos, o dano podem ter ocorrido no músculo do coração, glóbulos vermelhos ou glóbulos brancos, nossos leucócitos; LDH-3 elevado indica lesão no pulmão, o LDH-4 pode indicar alterações nos rins, placenta e pâncreas, e o por fim, LDH-5 costuma aumentar quando o fígado ou o músculo esquelético são danificados.
Portanto, o exame de LDH serve para identificar a causa e a localização dos danos teciduais, bem como acompanhar a evolução dessas lesões. O exame também é usado para monitorar a resposta ao tratamento do câncer, uma vez que os valores de lactato desidrogenase tendem a baixar com a terapia.
Vale lembrar que a interpretação dos valores de LDH deve ser feita pelo médico que solicitou o exame, que levará em consideração o histórico do paciente, o exame clínico e o resultado de outros testes que tenham sido pedidos.
Saiba mais em: LDH baixo, o que pode ser?
O IgG e o IgM são exames para a detecção de anticorpos contra várias doenças entre elas a Toxoplasmose.
A toxoplasmose adquirida durante a gestação pode levar a problemas no feto, porém quando adquirida fora da gestação é uma doença geralmente passageira, benigna e não costuma deixar sequelas.
IgM: é o anticorpo da infecção aguda, positiva nos primeiros dias ou semanas após iniciada a infecção e costuma ficar elevado por alguns meses;
IgG: é o anticorpo que surge para imunizar a pessoa (proteger de futuras infecções da toxoplasmose), costuma dar positivo nas primeiras semanas após a infecção e assim pode permanecer por toda a vida.
IgM negativo e IgG negativo: nunca entrou em contato;
IgM positivo e IgG negativo: está com a infecção, está doente de toxoplasmose;
IgM positivo e IgG positivo: Infecção recente (semanas ou meses já podem ter se passado desde a doença);
IgM negativo e IgG positivo: infecção antiga (meses ou anos já podem ter se passado desde a doença).
Os monócitos baixos, uma condição também conhecida como monocitopenia, podem ser causados por, entre diversas outras razões: Estresse, terapia com imunosupressores, leucemia aguda, uso de corticóides, anemia aplástica.
O valor de referência (normalidade) para os monócitos é de 200 a 1000 por milímetro cúbico de sangue, que corresponde a 2 a 10% do total de leucócitos (4000 a 10000/mm3). Em caso de monocitopenia, um médico deve ser consultado para avaliação e tratamento adequado, se necessário.
Ter hemácias normocíticas e normocrômicas no resultado do exame de sangue indica que suas hemácias são normais. Apesar de os termos parecerem estranhos, "normocítica" indica que o glóbulo vermelho (hemácia) tem um tamanho normal, enquanto "normocrômica" significa que a coloração da célula está dentro do normal.
Ainda assim, é importante saber se a quantidade de hemácias também está normal para ter certeza de que está tudo bem. Isso porque, é possível ter hemácias normais e ainda assim apresentar anemia, por ter um baixo número de células. Nesses casos, a anemia é conhecida como “anemia normocrômica e normocítica”. Possíveis causas para esse tipo de anemia são:
- Perda de sangue que não seja crônica;
- Hemólíse causada devido a malária, por exemplo;
- Anemia por inflamação crônica, infecção ou câncer;
- Doença renal;
- Alguns problemas de tireoide ou hipófise;
- Desnutrição.
Outras causas podem ser tumores ou outros problemas de medula óssea.
Saiba mais em:
- O que é HCM e como interpretar no exame de sangue
- Para que serve o eritrograma e quais os valores de referência?
- Hemoglobina baixa, o que pode ser?
Referências
ASH - American Society of Hematology.
SBHH - Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia.
Classificação das anemias de acordo com a causa. Manual MSD.
Sim. O RDW alto no hemograma é sinal de que os glóbulos vermelhos do sangue têm tamanhos variados, o que pode indicar defeitos na forma dessas células. Apesar de ser um achado comum no eritrograma, resultados com níveis altos de RDW podem indicar anemia.
Em casos de anemia ferropriva, o tipo mais comum de anemia na população, a falta de ferro impede e ou reduz, a formação de hemoglobina, uma proteína de cor vermelha que está presente nas hemácias, cuja função é se ligar ao oxigênio para que este seja transportado dos pulmões para os tecidos do corpo.
A carência do ferro, portanto, dá origem a formação de hemácias de tamanho menor, o que aumenta o índice de variação desses tamanhos, o RDW.
O que significa RDW?RDW é a sigla em inglês para Red Cell Distribution Width (Amplitude de Distribuição dos Glóbulos Vermelhos). É um índice que indica a variação de tamanho entre os glóbulos vermelhos, também chamados de eritrócitos ou hemácias.
Serve para avaliar numa amostra a distribuição dessas células em relação ao seu diâmetro, mostrando assim o grau de heterogeneidade entre elas. Para classificar a anemia, deve ser usado em conjunto com o VCM.
Os valores de referência do RDW ficam entre 11,6% e 14,5%.
O RDW é um dos índices hematimétricos utilizados no hemograma para avaliar as características das hemácias. Os demais índices usados no eritrograma são o: VCM (Volume Corpuscular Médio) e o CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média).
VCM e CHCMO VCM serve para medir o tamanho da célula, enquanto o CHCM serve para avaliar a quantidade de hemoglobina presente nos eritrócitos.
O aumento do RDW no hemograma deve ser investigada pelo/a médico/a que solicitou o hemograma e que irá interpretar os resultados do eritrograma e de todo o exame juntamente com a história e o exame clínico do/a paciente.
Saiba mais sobre esse assunto, nos artigos a seguir:
CHCM alto no hemograma significa que há mais hemoglobina que o normal dentro dos glóbulos vermelhos, também chamados eritrócitos ou hemácias. Logo, essa células ficam mais escuras e são denominadas hipercrômicas. Em caso de anemia, ela também é chamada de hipercrômica.
Há ainda outras condições e doenças que podem deixar os valores de CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) elevados, como problemas na tireoide e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
Nos adultos, os valores de referência de CHCM ficam entre 30 e 33 pg.
A CHCM serve para medir a quantidade de hemoglobina presente nos glóbulos vermelhos. A hemoglobina liga-se ao oxigênio, permitindo que o gás seja transportado pelas hemácias dos pulmões para os tecidos do corpo. Também é a hemoglobina que dá a cor vermelha ao sangue.
A CHCM (Concentração da Hemoglobina Corpuscular Média) é um índice hematimétrico do eritrograma. Esse exame está incluído no hemograma completo e serve para contar e avaliar as características das hemácias.
Leia também: O que significa CHCM no hemograma?
Quando o valor de CHCM está baixo, os glóbulos vermelhos tornam-se mais claros e são classificados como hipocrômicos. Em caso de anemia, ela é chamada de hipocrômica.
Se os valores de CHCM estiverem normais, os eritrócitos são chamados normocrômicos e, a anemia, normocrômica.
Os resultados de CHCM, bem como todo o hemograma, devem ser analisados pelo/a médico/a que solicitou o exame.
Saiba mais em:
A bilirrubina alta pode indicar má capacidade de funcionamento do fígado, deficiência do fluxo de bile na vesícula biliar, bem como possíveis lesões hepáticas.
Pode, portanto, ser um sinal de hepatite, cirrose hepática, Síndrome de Gilbert (condição benigna e genética que provoca uma elevação nos níveis de bilirrubina), câncer de fígado, anemia falciforme, cálculos ou tumores biliares, entre outras doenças.
Em excesso, a bilirrubina se deposita na pele, parte branca dos olhos e mucosas, deixando a pele e os olhos amarelados, uma condição conhecida como icterícia.
A bilirrubina é uma substância resultante do metabolismo da hemoglobina, uma substância do sangue que carrega o oxigênio e dá a cor vermelha aos glóbulos vermelhos.
Quando os glóbulos vermelhos, também conhecidos como hemácias, envelhecem, eles são captados e destruídos pelo baço. A hemoglobina é então "quebrada"e transformada em bilirrubina, que por sua vez é metabolizada e excretada pelo fígado. A bilirrubina também é excretada pela bile e eliminada por meio das fezes.
A bilirrubina indireta é a primeira bilirrubina a ser produzida nesse processo, sendo depois transformada em bilirrubina direta.
Assim, quando a bilirrubina indireta está alta, é sinal de aumento da degradação de hemoglobina ou deficiência do funcionamento do fígado. Já o aumento da bilirrubina direta tem como principal causa a deficiência da bile em eliminar a bilirrubina.
A elevação simultânea dos níveis de bilirrubina direta e indireta pode ser causada por obstrução da bile ou lesão intensa das células do fígado.
O tratamento da bilirrubina alta irá depender da causa. Se por exemplo a causa do aumento da bilirrubina for hepatite ou cirrose o médico deverá instituir o tratamento para cura ou controle da doença e assim as bilirrubinas tendem a normalizar.
Por isso, se o seu exame vier com bilirrubinas altas consulte o seu médico para que se chegue ao diagnóstico adequado e a instituição do melhor tratamento.
O médico hepatologista é o especialista indicado para investigar as causas da bilirrubina alta e indicar o tratamento adequado.
Saiba mais em:
Para que serve o exame de bilirrubina no sangue?