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Dor na barriga, vômito e fazendo xixi toda hora é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, não é normal vomitar, apresentar queixa de dores de barriga e aumento da frequência urinária por 3 dias consecutivos, com certeza os sintomas são decorrentes de algum problema, físico ou emocional. Porém, também não há sinais de urgência, para procurar um pronto socorro, de acordo com o descrito.

Os sintomas descritos podem representar um quadro de virose, resfriado, gastroenterite, intoxicação alimentar, infecção urinária, entre outras, que em fases iniciais realmente não alteram o hemograma.

O fato de urinar muito, é até um sinal bom, de que os rins estão funcionando bem, dado sempre valioso em uma avaliação médica.

Portanto, recomendamos que procure um pediatra, clínico geral, ou médico da família para definir através de um exame clínico minucioso, qual a causa dos sintomas do seu filho e então otimizar esse tratamento.

No caso de piora do quadro, ou sinais de alerta como febre, recusa da hidratação, falta de apetite ou prostração, retorne imediatamente ao pronto socorro.

O que fazer no caso de dor de barriga e vômitos?

Tão importante quanto definir a causa da dor de barriga, náuseas e vômitos em uma criança, é saber o que fazer nessa situação. As medidas mais importantes são:

  • Hidratação oral vigorosa
  • Alimentação equilibrada
  • Repouso.

Os vômitos em uma criança podem causar desidratação rapidamente, e com isso problemas graves de saúde. Na faixa etária de bebês, a desidratação ainda é uma das principais causas de morte no Brasil.

Sendo assim, em qualquer caso de vômitos em crianças, as mães devem procurar o pediatra ou médico de família para orientações quanto a alimentação adequada e hidratação oral. Raramente, quando o tratamento é iniciado precocemente, é necessário hidratação venosa, porém apenas o médico poderá fazer essa análise.

Quando o bebê começa a falar? O que pode atrasar o início da fala?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A idade normal para um bebê começar a falar é por volta de um 1 ano de idade, quando começa a falar uma ou duas palavras, aplicadas corretamente.

Aos 2 anos de idade, a criança já é capaz de formar pequenas frases e aos 3 anos, responde perguntas simples. A partir dos 4 e 5 anos de idade, já é esperado que a criança saiba pronunciar o som de todas as letras, faça perguntas com "por que?" e conte até 10.

A aquisição da linguagem ocorre por fases. No início, a criança balbucia, depois começa a falar sílabas, em seguida forma algumas palavras, constrói frases, vai pronunciando os sons corretamente, e assim progressivamente.

Contudo, essa datas não são fixas e nem exatamente iguais para todas as crianças, além de ser normal e comum, que durante o aprendizado a criança troque algumas letras e omita outras.

A aquisição da fala e o desenvolvimento depende da capacidade do bebê para aprender, dos estímulos externos oferecidos e do funcionamento normal dos órgãos que participam da fala, os ouvidos, musculatura, boca, língua, laringe, nariz e os lábios.

O estímulo que ele recebe para falar tem um papel fundamental nesse desenvolvimento, por isso os irmãos mais novos, geralmente, começam a falar mais cedo que os mais velhos.

É comum observar um salto no desenvolvimento da fala quando a criança entra na escola, por volta dos 2 ou 3 anos, já que longe de casa ela é “obrigada” a se comunicar e interagir para conseguir o que precisa. O próprio contato com outras crianças e com os professores são formas de estímulo, que promovem o aumento do vocabulário e aprendizado.

Causas de atraso na fala

Existem diversos fatores que podem influenciar o desenvolvimento da fala, com:

  • Falta de estímulos,
  • Problemas auditivos,
  • Problemas respiratórios,
  • Problemas neurológicos e
  • Sexo da criança (uma vez que as meninas têm uma tendência natural para começar a falar antes dos meninos).

Os problemas auditivos, respiratórios e neurológicos, são as principais causas do atraso no processo de aquisição da linguagem. A deficiência auditiva é a primeira alteração a ser investigada.

Problemas respiratórios fazem a criança respirar pela boca, como a rinite alérgica, interferem na musculatura, causando uma ligeira "fraqueza", que acaba por prejudicar a pronúncia correta das palavras. O uso de mamadeira e chupetas em excesso também provoca esse problema.

Vale lembrar que a maioria das crianças consegue falar normalmente, mesmo quando demoram muito para começar. Nem sempre um atraso na fala significa um problema neurológico.

No atraso da linguagem causado por problemas neurológicos, a criança pode apresentar atrasos em outras áreas, o que o pediatra poderá observar nas consultas periódicas da puericultura.

Na maioria dos casos, esse atraso não necessita de um longo tratamento. Porém, é importante estimular a criança de maneira adequada. Por exemplo, ao invés de entregar o que a criança está pedindo com sons ou apenas apontando, fazê-la esperar até que diga o que quer. Os familiares também devem ser orientados a não repetir as palavras erradas que a criança pronúncia, mas ensiná-la a forma correta.

Se houver dúvidas em relação ao desenvolvimento da fala do bebê, o/a pediatra ou fonoaudiólogo/a deverão ser consultados.

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Com qual idade o bebê começa a falar?

Gagueira infantil: Como identificar e tratar?

Gagueira infantil: Como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sinais e sintomas da gagueira infantil normalmente aparecem na idade pré-escolar, entre 2 anos e meio e 3 anos de idade. A gagueira infantil caracteriza-se por repetições de sons ou sílabas das palavras, que resultam em bloqueios ou prolongamentos da fala, principalmente entre as palavras.

Crianças com gagueira infantil geralmente apresentam alguns tiques nos momentos de bloqueio e usam palavras de apoio muitas vezes nas frases, mesmo que essas palavras não se enquadrem no contexto. Também é comum que evitem falar na presença de outras pessoas.

Além de prejudicar a comunicação verbal, a gagueira muitas vezes vem acompanhada de timidez, medo associado à fala e ansiedade em algumas situações.

Contudo, crianças com idade entre 2 anos e meio e 3 anos podem gaguejar devido à ansiedade na hora de falar, o que pode alterar a fluidez da fala. Essa ansiedade é normal nessa fase de desenvolvimento da fala e aumento do vocabulário.

Nesses casos, a gagueira faz parte do desenvolvimento e muitas vezes desaparece espontaneamente, sem necessidade de tratamento. Quanto mais nova for a criança e menor o tempo de duração da gagueira, maiores são as chances dela se recuperar espontaneamente.

Porém, se a criança começa a gaguejar quando está aprendendo a falar, o distúrbio durar mais de 12 meses e piorar com o tempo, a gagueira infantil já não é considerada parte do desenvolvimento. O distúrbio é classificado como crônico e patológico, e precisa ser tratado.

O tratamento da gagueira infantil é feito com fonoaudiologia. O objetivo é ajudar a criança a falar de forma mais lenta, suave e fluente. A inclusão da família no tratamento pode aumentar as chances de sucesso e deve ser estimulada.

Uma importante orientação que é dada aos familiares é para que falem devagar com a criança. Diminuir a velocidade da fala facilita a fluência de quem gagueja. Por outro lado, falar em ritmo acelerado exige mais do sistema de compreensão da fala e do sistema linguístico que elabora e produz a resposta, contribuindo para que haja bloqueios.

A gagueira é um distúrbio de fluência caracterizado por interrupções ou prolongamentos da fala que impedem que a pessoa fale de forma contínua, fluida e sem esforço. Pode ser causada por fatores hereditários, sociais, psicológicos, linguísticos ou ainda atraso no desenvolvimento da linguagem.

A gagueira infantil pode persistir até à fase adulta. Quanto mais cedo o problema for diagnosticado e tiver início o tratamento, melhores e mais rápidos serão os resultados.

Leia também: Quando é que o bebê começa a falar, o que pode atrasar o início da fala?

Como saber se meu filho tem alergia à proteína do leite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da alergia à proteína do leite de vaca podem aparecer logo após a ingestão do leite ou alguns dias após a ingesta de leite ou derivados. Os sintomas podem manifestar-se na pele, causando dermatite (inflamação cutânea) e urticária (lesões vermelhas elevadas que coçam muito). Pode ainda haver sintomas respiratórios e gastrointestinais associados, como chiado no peito, nariz escorrendo, vômitos e diarreia.

A alergia à proteína do leite também pode se manifestar depois de horas ou dias da pessoa ter bebido leite. Nesses casos, os principais sintomas são o vômito e a diarreia, podendo haver ainda presença de sangue nas fezes. As reações na pele e no aparelho respiratório podem ou não estar presentes. Além disso, é possível que a criança apresente baixo ganho de peso.

As reações alérgicas que se manifestam rapidamente são desencadeadas por anticorpos (IgE), são geralmente mais facilmente diagnosticadas seja através de testes na pele ou análise de anticorpos no sangue. Um método bastante eficaz de diagnóstico é o teste de provocação oral, no qual a criança ingere pequenas quantidade de leite e observa se há manifestação de sintomas.

Já as alergias que demoram para se manifestar são mais difíceis de serem detectadas, pois não são mediadas por anticorpos e podem dar resultados negativos nos testes de pele e sangue.

A grande maioria das pessoas com alergia à proteína do leite de vaca consegue tolerar poucas quantidades de leite após excluir da alimentação o leite e os laticínios que causam alergia durante cerca de 3 anos. Algumas crianças e adultos podem até mesmo deixar de serem alérgicos ao leite depois de evitar o alimento durante esse período.

É importante lembrar que alergia à proteína do leite e intolerância à lactose não são a mesma coisa. Pessoas intolerantes à lactose têm dificuldade em digerir a lactose, que é o açúcar do leite. Os sintomas mais comuns nesses casos incluem dor abdominal, diarreia, gazes, flatulência, inchaço abdominal e vômitos.

Saiba mais em: Quais são os sintomas de intolerância à lactose?

Se o seu filho apresentar algum dos sintomas mencionados no artigo após ingerir leite, consulte o médico pediatra ou o médico de família da criança.

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Um bebê de um dia pode tomar benzetacil?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O bebê de um dia pode tomar Benzetacil caso haja indicação médica.

Benzetacil é um antibiótico da família da penicilina, bastante usado no combate a algumas doenças, como amigdalite bacteriana comunitária (dor de garganta adquirida fora do ambiente hospitalar), infecções respiratórias e de pele, sífilis, tratamento de longo prazo para prevenção da febre reumática, entre outras.

A Benzetacil combate vários tipos de bactérias incluindo aquelas que causam infecção de garganta (faringite, amigdalite), de ouvido (otite), de urina (cistite), de pele (erisipela, etc), intestinal (salmonelose, shigelose), sinusite, meningite, pneumonia, febre reumática e infecções sistêmicas que atingem o sangue como um todo.

A Benzetacil começa a fazer efeito de 15 a 30 minutos após a injeção e a sua ação se prolonga por um período que vai de 1 a 4 semanas. Trata-se de um antibiótico seguro para ser usado em bebês, crianças e adultos.

A única forma de tomar Benzetacil é através de injeção intramuscular. O local de aplicação recomendado é na parte superior lateral da nádega. Em crianças pequenas e bebês, a injeção geralmente é aplicada na coxa.

No Sistema Único de Saúde (SUS), a injeção de Benzetacil é fornecida gratuitamente quando prescrita pelo/a médico/a registrado/a.

A penicilina, assim como outros antibióticos, só deve ser usada com indicação e receita médica e durante o período completo indicado pelo/a médico/a.

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Mastite na amamentação é perigoso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não, desde que devidamente tratada, a mastite na amamentação não é perigoso e não impede o aleitamento materno, excepto por indicação médica.

Em caso de mastite, a mulher deve continuar a amamentar. Depois de dar de mamar no lado afetado, ela deve esvaziar manualmente a mama com uma bomba ou com as próprias mãos, até se sentir confortável e obter o esvaziamento completo da mama.

Esvaziar a mama evita o ingurgitamento mamário e permite a melhora mais rápida inflamação, por isso é essencial continuar a amamentação mesmo apresentando sintomas de mastite.

O que é mastite?

A mastite é uma inflamação nos ductos da mama que acomete sobretudo mulheres que estão amamentando. Costuma surgir entre a segunda e a quinta semana de amamentação, geralmente em apenas uma das mamas. Na maioria dos casos, as mastites não trazem complicações e apresentam boa evolução.

Quais as causas de mastite?

A inflamação ocorre quando o leite permanece nos ductos por tempo prolongado ou quando as fissuras no mamilo atuam como porta de entrada para bactérias.

De fato, a principal causa das mastites é a infecção por bactérias, sendo o Staphylococcus aureus responsável por mais de 90% dos casos.

Embora seja mais frequente durante a lactação, a mastite também pode surgir em outros períodos. Nesses casos, pode haver fatores que favoreçam o aparecimento da inflamação, tais como fumo, diabetes, lesão na mama e cirurgias com quadros de infecção no pós-operatório.

Quais são os sintomas de mastite?

Os sinais e sintomas da mastite incluem vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura e dor na mama afetada, bem como a presença de um nódulo no local. A mama também fica mais tensa e pode haver febre.

Qual é o tratamento para mastite?

O tratamento da mastite começa com o esvaziamento da mama por meio de bomba ou da ordenha manual. Para aliviar os sintomas, recomenda-se aplicar compressas frias na mama afetada, por no máximo 10 minutos.

Para facilitar a saída do leite no momento da amamentação, é indicada a aplicação de uma compressa morna antes do bebê mamar. A mama também pode ser a massageada e realizar a ordenha de um pouco de leite caso haja muito leite ingurgitado.

O tratamento da mastite também pode incluir medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos. A cirurgia pode ser necessária em alguns casos quando tem formação de abcesso, para drena-lo..

Durante o tratamento, não é necessário suspender a amamentação, exceto por indicação do médico.

A prevenção da mastite é feita através de uma pega adequada do bebê na hora de amamentar e redução das fissuras.

Casos mais leves de mastite podem ser tratados pelo médico de família ou ginecologista/obstetra, em algumas situações pode ser necessário a avaliação por um mastologista.

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Quais as causas da icterícia neonatal e como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A icterícia neonatal é causada pelo excesso de bilirrubina indireta no sangue do recém-nascido. Trata-se de uma condição "normal", fisiológica, de adaptação do organismo do bebê na grande maioria das vezes.

Entretanto também existem outras causas, não fisiológicas, ou seja, consideradas anormais, que sobrecarregam o fígado do recém nato causando a icterícia, e nessas situações é necessário um tratamento específico. São consideradas causas não fisiológicas de icterícia neonatal:

  • Hipotireoidismo congênito;
  • Incompatibilidade RH entre mãe e bebê;
  • Bebês de mães diabéticas;
  • Hemorragias;
  • Hematomas ou equimoses em reabsorção;
  • Infecções;
  • Anomalias gastrointestinais, e
  • até Oferta inadequada do leite materno.
O que é icterícia neonatal?

A bilirrubina é uma substância amarela proveniente do metabolismo da hemoglobina. Por isso, quando sua fração "indireta", ainda não transformada, encontra-se em excesso no sangue, ela dá à pele e aos olhos do bebê a sua coloração, amarelada.

Quando a substância passa pelo fígado, é transformada em bilirrubina "conjugada" ou bilirrubina direta, sendo então eliminada nas fezes ou na urina. Porém, como o fígado do recém-nascido ainda é imaturo, pode haver um atraso nessa conjugação, acumulando a bilirrubina no corpo, o que resulta na icterícia neonatal.

Recém-nascido com icterícia neonatal Quais são os sintomas da icterícia neonatal?

O principal sintoma é a coloração amarelada inicialmente na face e olhos do bebê, que depois são evidenciados também no tronco, abdômen, braços e pernas.

A icterícia neonatal costuma surgir entre o 2º e 3º dias de vida, o que permite seu tratamento ainda na maternidade, e tende a desaparecer progressivamente a partir do 10º dia de vida.

Em geral, a icterícia neonatal não oferece riscos ao bebê. Contudo, existem causas que devem ser investigadas e tratadas, para prevenir maiores riscos ao bebê, como as doenças gastrointestinais, a incompatibilidade sanguínea entre a mãe e a criança e alterações endócrinas, como o hipotireoidismo congênito principalmente.

Nos casos de doenças que levam a icterícia pela alta concentração de bilirrubina indireta no sangue, podem ser observados ainda outros sintomas, como irritabilidade, dificuldade na amamentação, coloração amarelada logo no 1º dia de vida, entre outros. Em situações muito raras, a quantidade de bilirrubina acumulada é tão alta que pode causar danos no sistema nervoso do bebê, a complicação mais temida da icterícia neonatal..

Qual é o tratamento para icterícia neonatal?

O tratamento da icterícia neonatal consiste na aplicação de luzes fluorescentes azuis na pele do recém-nascido, chamada fototerapia. Esse tratamento favorece o metabolismo e a excreção da bilirrubina, auxiliando o organismo ainda frágil do bebê.

A amamentação deve ser estimulada e frequente, sem restrições. São indicadas cerca de 10 mamadas por dia (24 horas). Essa recomendação durante o tratamento da icterícia neonatal serve sobretudo para aumentar o aporte calórico e o volume ingerido, o que favorece a eliminação da bilirrubina pelas fezes e pela urina.

Quando a icterícia tem origem em alguma doença ou incompatibilidade sanguínea, a fototerapia deve ser mais intensa e as sessões mais longas. Em alguns casos, o recém-nascido pode precisar receber transfusão de sangue.

Felizmente, na maioria dos casos de icterícia neonatal, o excesso de bilirrubina acaba por ser eliminado gradativamente e a icterícia resolvida em poucos dias sem qualquer sequela.

O tratamento da icterícia neonatal é da responsabilidade do/a médico/a pediatra.

Leia também: Como posso saber se o meu bebê tem icterícia?

TDAH tem cura? Como é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

TDAH não tem cura, mas tem tratamento.

Para tratar o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) são utilizados psicoterapia, psicopedagogia (crianças) e medicamentos estimulantes e antidepressivos.

Nas crianças, o tratamento do TDAH deve ser multidisciplinar devido às disfunções pedagógicas e comportamentais que podem estar associadas. Além das medicações, os pais e os professores devem receber orientações e para a criança são ensinadas técnicas específicas para reduzir as suas dificuldades no aprendizado.

A fonoaudiologia é recomendada em casos específicos, quando simultaneamente ao TDAH a criança apresenta também dislexia (dificuldade na leitura) ou disortografia (dificuldade no aprendizado da ortografia e regras gramaticais). Também pode ser necessário o acompanhamento com outros profissionais, como psicopedagogo e psicomotricista, dependendo das dificuldades apresentadas.

Os medicamentos já apresentam resultados positivos logo no início do seu uso, sendo necessário cuidado com as doses devido alta incidência de efeitos colaterais. O ideal é que seja iniciado com doses baixas e que o seu aumento seja lento e gradativo.

Os efeitos colaterais mais comuns são: irritabilidade, insônia, dor abdominal, tremores, falta de apetite e dor de cabeça. Contudo, essas reações são leves e ocorrem sobretudo no começo do tratamento.

A Terapia Cognitivo Comportamental é a técnica de psicoterapia mais usada para tratar o TDAH em adultos, com boa resposta no alívio dos sintomas. O método ajuda o paciente a desenvolver formas de lidar com as suas limitações.

Os medicamentos estimulantes ou antidepressivos são recomendados principalmente quando os sintomas provocam muito sofrimento ao indivíduo ou prejudicam gravemente a sua vida pessoal e profissional.

O primeiro passo para tratar o TDAH é reconhecer o problema. Muitas vezes as pessoas demoram a procurar ajuda devido ao preconceito que existe em relação aos transtornos mentais.

A criança com suspeita de TDAH deve ser avaliada por um médico pediatra, que a encaminhará para um especialista se suspeitar do transtorno. Já os adultos devem consultar um médico psiquiatra.

Saiba mais em: O que é TDAH e como é diagnosticado?