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O que faço para livrar minha filha dos piolhos?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Talvez deve-se usar novamente os remédios, tanto o por via oral, quanto o remédio para usar no cabelo (mas procure um médico para adaptar bem a dose ao máximo possível para sua filha para ter certeza que vai resolver) e também é importante saber de onde ela está pegando os piolhos, precisa eliminar o contato com a fonte dos piolhos, senão eles voltam a toda hora, mesmo que você faça o tratamento correto.

Saiba mais em: Qual é o melhor tratamento para acabar com piolhos?

Hipotermia em bebê: o que fazer para evitar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para evitar a hipotermia no bebê é importante mantê-lo aquecido, assim como o ambiente em que se encontra.

1. Cuidar da temperatura ambiente

A recomendação pelas sociedades de pediatria, é que a temperatura do quarto do bebê seja mantida entre 18ºC e 21ºC, com o bebê agasalhado. Acredita-se ser a melhor estratégia, visto que existe uma relação de maior risco de morte súbita do recém-nascido com o aquecimento excessivo.

2. Evitar baixas temperaturas

Evitar expor o bebê a ambientes frios. Se for necessário, basta agasalhar a criança, com gorro e luvas adequadamente.

3. Verificar a temperatura do bebê

Para saber se tem frio ou calor, de forma prática e corriqueira, é observar a temperatura na barriga ou na nuca do bebê, ou então, a forma mais segura, fazer uso de um termômetro. As mãos, por serem extremidades do corpo, têm a tendência de se manterem mais frias, mesmo que o bebê não esteja com frio.

4. Dar banhos curtos

Os banhos devem ser sempre rápidos, com duração máxima de 5 minutos, e o local deve estar aquecido. Após o banho, é preciso enxugar o bebê rapidamente para evitar a perda de calor, embrulhando-o logo com uma toalha.

O que é a hipotermia?

Em bebês, a temperatura corporal considerada normal deve estar entre 36,5ºC e 37°C. A hipotermia em bebês pode ser classificada em 3 níveis:

Hipotermia leve: temperatura corporal entre 36ºC e 36,4°C;

Hipotermia moderada: temperatura entre 32ºC e 35,9°C;

Hipotermia grave: temperatura menor que 32,0°C.

Por quê os bebês podem ter hipotermia?

Os bebês estão mais susceptíveis à hipotermia que os adultos, porque seu organismo ainda não tem a capacidade de regular a temperatura totalmente desenvolvida. Por isso, eles perdem calor com mais facilidade se forem expostos a ambientes frios.

Quais são os sintomas de hipotermia em bebê?

Um bebê com hipotermia poderá apresentar:

  • Dificuldade na amamentação, sucção débil;
  • Hipotonia (bebê mais molinho);
  • Lentidão (bebê menos ativo);
  • Respiração acelerada;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Quedas na saturação de O2;
  • Pele fria e com coloração avermelhada;
  • Edema ou esclerema (inchaço nos olhos);
  • Tremores.

A baixa temperatura corporal é um quadro grave, que pode levar à hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue), aumentar a acidez do sangue e, nos casos mais extremos, causar a morte.

O que fazer em caso de hipotermia?Hipotermia leve (36ºC e 36,4°C)
  • Manter o bebê com gorro de algodão
  • Colocar roupas secas;
  • Manter o bebê coberto e em quarto e a cama aquecidos;
  • Colocar o bebê em contato direto com a pele de um adulto;
  • Amamentar e
  • Verificar a temperatura do bebê a cada meia hora, até chegar aos 36,5ºC. Depois, a temperatura deve ser verificada de hora em hora, durante 4 horas.
Hipotermia moderada (32ºC e 35,9°C)

Deve-se seguir os mesmos procedimentos para hipotermia leve além de aplicar toalhas aquecidas no bebê. Caso a temperatura corporal não suba, o bebê deve ser levado ao médico.

Hipotermia grave (temperatura inferior a 32,0°C)

Nesses casos, aqueça o bebê e leve-o imediatamente a um serviço de urgência.

Pode ser necessário colocar o bebê numa incubadora aquecida ou outras medidas de urgência.

Nó e bolo na garganta: saiba se é ansiedade e o que fazer
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Nó na garganta pode ter outras causas, mas está normalmente associado à ansiedade. Não é à toa que o termo aparece em muitas músicas e poemas, associado a outras manifestações, como o aperto no peito.

Além do nó na garganta e do aperto no peito, outros sintomas comuns de ansiedade são:

  • O coração bate muito rápido;
  • Tremores;
  • Medo intenso;
  • Suor intenso.

Ela também pode causar falta de ar, enjoo, frio na barriga e dor de estômago.

Algumas manifestações da ansiedade são mais leves, outras mais graves.

Sentir ansiedade em alguns momentos é normal. Se está iniciando uma nova atividade, um novo emprego, um novo relacionamento, vai senti-la como uma excitação, associada à alegria.

Também é normal sentir alguma ansiedade em situações que causam desconforto, como foi o caso da pandemia.

Ela passa a ser um problema quando for frequente, por um período prolongado e / ou se for muito intensa. Isto pode fazer com que apareçam sintomas como o nó ou bolo na garganta, falta de ar, dor de estômago e insônia, entre outros.

O que você pode fazer quando o nó na garganta aparece?

Muitas pessoas conseguem resolver o problema e viver sem grandes prejuízos sociais e profissionais apenas usando essas dicas para controlar a ansiedade:

Respire profundamente

Respirar calmamente é uma técnica infalível para controlar uma crise de ansiedade que está começando. Você só respira calma e profundamente quando está calmo e quando faz isso o seu cérebro acredita que esteja tudo bem. A respiração pode ser feita da seguinte maneira: inspire lentamente contando até 3; conte até 3 e retenha o ar; expire lentamente, contando até 6. Você deve manter essa respiração por pelo menos 2 minutos. Feche os olhos durante a prática, se puder.

Morda a língua

Há outra forma de controlar uma crise de ansiedade: morda levemente a ponta da língua. É uma técnica baseada nos conhecimentos da acupuntura e do do-in. Funciona!

Mude o foco

A ansiedade vem como um mecanismo natural do ser humano de tentar evitar a dor. Tente mudar o foco. Busque o que pode lhe dar prazer. Inclua em sua rotina caminhar, entrar em contato com a natureza, ler um bom livro, ouvir boa música, escrever, desenhar, pintar, fazer exercícios físicos ou artesanato, estar com pessoas queridas ou com seus animais de estimação.

Meditação e ioga

As práticas de meditação e de ioga requerem disciplina, pois leva algum tempo para sentir seus resultados.

A meditação ajuda no controle dos sintomas da ansiedade tanto quanto um tratamento com medicamentos. Há vídeos e aplicativos que ajudam a começar.

A prática de ioga traz benefícios para além do exercício físico. Técnicas de respiração, relaxamento, meditação e foco no agora são os pontos que ajudam a controlar a ansiedade e são trabalhados nas aulas.

O que pode causar a ansiedade?

É muito difícil especificar quando o transtorno de ansiedade tem início. Por isso, você pode ter dificuldade para perceber como ele começou e se há uma ou mais causas para isso.

A ocorrência de vários eventos negativos na vida aumenta muito a chance da ansiedade se tornar um problema. Doenças graves como câncer e problemas cardíacos também podem ser responsáveis pelo aumento da ansiedade.

O problema muitas vezes começa na infância e persiste na vida adulta. A ansiedade é um problema de saúde mental comum para crianças e adolescentes.

Manifestações mais graves da ansiedade

Algumas manifestações de ansiedade podem ser disfuncionais, ou seja, atrapalhar seu rendimento nas atividades e sua vida. Neste caso, são problemas de saúde mental que podem causar doenças como a depressão, hipertensão e problemas cardíacos quando persistem por muito tempo. Se você se identificou com o problema, precisa descobrir o que fazer para aliviar os sintomas psicológicos e físicos que ele causa.

São manifestações graves da ansiedade:

Transtornos de ansiedade generalizada

Você pode identificar que está sofrendo um transtorno de ansiedade generalizada se sentir com frequência e por um período prolongado:

  • Apreensão: preocupação excessiva com o futuro; medo do desconhecido; sentir-se “no limite”;
  • Tensão muscular: inquietação, tremores ou dificuldade para relaxar. Pode sentir dores no corpo como consequência;
  • Tontura; sensação de nó ou bolo na garganta; dor ou frio no estômago;
  • Taquicardia, suor excessivo ou respiração ofegante (sem ter feito exercício físico).
Crise de pânico

Uma crise de pânico se caracteriza por uma ansiedade muito intensa em um dado momento. Ela manifesta-se como medo intenso, palpitação, sudorese, dor no peito, tremedeira, enjoo, frio na barriga e medo de morrer. O mal-estar é tão intenso que a pessoa sente necessidade de procurar um médico.

Fobia

É o medo persistente que não tem sentido e que “trava” você em certas situações. São fobias comuns o medo de multidões ou de estar só fora de casa; de sangue; lugares altos, abertos ou fechados; viagens de trem, carro ou avião. Quem tem uma fobia faz de tudo para evitar a situação que causa o medo.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

A pessoa com transtorno de obsessão tem pensamentos indesejáveis. Podem ser dúvidas, pensamentos negativos, sobre contaminação, sexo ou religião, entre outros. Eles causam sofrimento e perda de tempo, atrapalhando a vida da pessoa.

A pessoa com transtorno compulsivo tem comportamentos que não consegue controlar. São as manias de contar, verificar, repetir, tocar em objetos e fazer movimentos. Comer, comprar e beber em excesso também são compulsões. Isto acontece devido à ansiedade. A falta de controle gera ainda mais ansiedade e sentimento de culpa.

No transtorno obsessivo-compulsivo, a pessoa age para aliviar os pensamentos obsessivos. Um exemplo de TOC é lavar as mãos o tempo todo, sem necessidade.

Estresse pós-traumático

Algo muito grave acontece (física ou psicologicamente) como “gatilho” para essa manifestação da ansiedade. A pessoa tem recordações perturbadoras do que aconteceu, pesadelos e até alucinações. Isso causa grande estresse físico e psicológico. As consequências são reações assustadas e irritabilidade, dificuldades de concentração e para se relacionar, falta de motivação e problemas para dormir.

O que fazer quando a ansiedade vai além do nó na garganta?

Se você percebe que a ansiedade atrapalha muito no seu trabalho, na sua vida familiar ou social, é necessário recorrer à avaliação de um médico de família, psicólogo ou psiquiatra para ter certeza do diagnóstico e estabelecer o tratamento mais adequado. As alternativas para tratar os transtornos de ansiedade são:

Psicoterapia

A psicoterapia é usada como tratamento não farmacológico (sem medicamentos). Normalmente é por onde se começa. Ela é considerada fundamental mesmo para quem precisa usar medicamentos.

Há muitas opções. Entre elas, a terapia cognitivo-comportamental se destaca. É muito efetiva, principalmente para os pacientes com ansiedade crônica. São necessárias pelo menos de 8 a 10 sessões. O trabalho consiste em modificar pensamentos e crenças negativas que a pessoa tem e desencadeiam os sintomas físicos.

Farmacoterapia

Alguns dos medicamentos que podem ser indicados são antidepressivos e ansiolíticos. Os antiarrítmicos podem ser indicados para o tratamento de alguns sintomas.

Os ansiolíticos e antidepressivos devem ser receitados por um psiquiatra. Em muitos casos, o tratamento com antidepressivos dura de 6 a 12 meses, mas pode ser mais longo.

O tratamento farmacológico deve estar aliado a tratamento psicológico e psicossocial.

Intervenção psicossocial

As intervenções psicossociais consistem na tentativa de agir sobre fatores sociais e psicológicos externos que podem causar ou acentuar a ansiedade. Problemas familiares, econômicos, de saúde e escolares são os alvos das intervenções.

Envolver as pessoas que convivem com o paciente para que auxiliem na melhora é fundamental para trabalhar estas questões e diminuir a ansiedade que causam.

Você pode querer ver também:

Formas de aliviar a sensação de bolo na garganta

Sinto a garganta fechando e a sensação de que não consigo respirar. O que pode ser?

Referências:

Gautam S, Jain A, Gautam M, Vahia VN, GautamIndian A. Clinical Practice Guidelines for the Management of Generalised Anxiety Disorder (GAD) and Panic Disorder (PD). J Psychiatry. 2017; 59(Suppl 1): S67–S73.

Narmandakh A, Roest AM, de Jonge P, Oldehinkel AJ. Psychosocial and biological risk factors of anxiety disorders in adolescents: a TRAILS report. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2021; 30(12): 1969–1982.

Aktar E, Bögels SM. Exposure to Parents’ Negative Emotions as a Developmental Pathway to the Family Aggregation of Depression and Anxiety in the First Year of

Life. Clin Child Fam Psychol Rev. 2017; 20(4): 369–390.

Como controlar a ansiedade. Tadashi Kadomoto. Youtube

Existe um botão anti-pânico e ansiedade no seu corpo. Peter Liu. Youtube

Fazer academia pode secar o leite?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Fazer academia não seca o leite, mas é importante que os exercícios sejam feitos de maneira gradativa, sob orientação e respeitando os limites de adaptação do corpo de cada mulher.

Além disso, é essencial que a mulher mantenha uma alimentação e hidratação adequadas. Isso porque a atividade física aumenta o gasto calórico do corpo, que já está queimando calorias a mais devido à amamentação.

Portanto, a mulher deve alimentar-se adequadamente, de forma balanceada e diversificada e preferir uma dieta fracionada, ou seja, alimentar-se a cada 3 horas em menor quantidade. Desta forma não haverá nenhum prejuízo a produção de leite e amamentação.

Além dos cuidados com a alimentação, é fundamental aumentar a ingestão de água para repor os líquidos perdidos na academia, a mulher deve ingerir de 1 a 2 litros a mais do que costuma, por conta da maior demanda hídrica na amamentação.

É válido lembrar que a atividade física intensa aumenta a concentração de ácido lático no corpo e pode alterar o sabor do leite materno, além disso, pode diminuir a quantidade de imunoglobulinas no leite que são benéficas para o bebê. Por isso, recomenda-se esperar de 30 a 60 minutos após o exercício para amamentar, de formar a manter a composição ideal do leite.

Se você está amamentando e pretende voltar ou começar a fazer academia, fale com o seu médico ou um educador físico.

Leia também: Quando a mulher que está amamentando engravida, o leite seca?

Como aliviar a tosse do bebê? Posso oferecer xaropes para tosse?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A tosse do bebê pode ser aliviada com medidas simples que você pode adotar em casa como colocá-lo no colo, oferecer líquidos e inalação com soro fisiológico. Os xaropes para tosse infantil devem ser evitados.

Presenciar episódios repetidos de tosse de um bebê pode causar muita aflição. Entretanto, é importante que, antes de qualquer coisa, você mantenha a calma.

Saiba um pouco mais sobre como você pode fazer para aliviar a tosse do seu bebê:

1. Coloque o bebê no colo

Se o bebê está tossindo, coloque-o no colo com a cabeça um pouco mais elevada do que o restante do corpo. Esta posição alivia a tosse e favorece uma melhor respiração.

Uma outra dica é deixar que o bebê se coloque em uma posição confortável, o que também amenizará a tosse.

2. Ofereça líquidos

Oferecer água, sucos e chás ajuda a aliviar a tosse dos bebês. A água e os líquidos, em geral, hidratam as cordas vocais, amenizam a irritação causada pela tosse e auxiliam na fluidificação das secreções.

Oferte, principalmente água, durante todo o dia. O bebê deverá ingerir em torno de 100 ml de água por cada Kg de peso nas 24 horas. Se o seu bebê pesa 9 kg, ofereça 900 ml de água no decorrer do dia.

Se o seu bebê tem menos de 6 meses e se alimenta somente de leite materno, pode oferecê-lo mais leite. O leite materno também cumpre a função de hidratar o bebê.

3. Faça inalação com soro fisiológico

A inalação com soro fisiológico ajuda a hidratar as mucosas do sistema respiratório e assim, aliviar a tosse dos bebês. Essa prática tem o mesmo efeito da gotinha de soro fisiológico no nariz.

Além de aliviar a tosse, a inalação com soro fisiológico não oferece riscos à saúde do bebê. É importante não adicionar medicamentos ao soro fisiológico.

Pode ser realizada através de um nebulizador, onde coloca 3 ml de soro fisiológico e deixa o bebê próximo à máscara, inalando a fumaça produzida.

4. Aplique soro fisiológico nas narinas do bebê

Aplique uma gota de soro fisiológico em cada narina do bebê, 3 vezes ao dia. Esta é uma quantidade segura para o bebê e não provocará engasgo.

Para aplicar o soro, coloque o bebê no colo com a cabeça um pouco mais elevada que o restante do corpo. Utilize um conta gotas e soro fisiológico de farmácia.

A aplicação de soro fisiológico ajuda os cílios (pêlos) do interior das narinas a limpar impurezas do sistema respiratório que podem provocar a tosse. Deste modo, a tosse se torna mais amena e o organismo fica mais protegido contra agentes causadores de doenças.

5. Ofereça mel (crianças com mais de 1 ano de idade)

Estudo publicado em 2018 comprovou que a ingestão de uma colher de mel antes de dormir promove a redução do tempo de duração da tosse em crianças com mais de um ano de idade.

Entretanto, o mel não é indicado para crianças com menos de 1 ano por causa do risco de botulismo, uma doença neurológica causada pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.

Posso dar xaropes infantis para o meu bebê?

Não. Embora exista uma grande oferta de xaropes que prometem o alívio da tosse, não há comprovação científica de que eles realmente funcionam. Além disso, nem todos são indicados para crianças.

Alguns xaropes descongestionantes, antialérgicos ou expectorantes somente devem ser utilizados se prescritos pelo médico de família, pediatra ou pneumologista.

O ideal é que bebês e crianças até 2 anos de idade só utilizem medicamentos se apresentarem febre (temperatura acima de 38º) e/ou dificuldade respiratória após avaliação médica.

Umidificadores de ar podem ser utilizados para aliviar a tosse do bebê?

Os benefícios do uso do umidificador de ar para o alívio da tosse são controversos. O umidificador pode ser indicado para ajudar a hidratar as vias aéreas, mas também pode ser prejudicial para bebês de famílias alérgicas.

O excesso de umidade do ar aumenta a proliferação de ácaros e mofo causadores de alergias. Por este motivo, se há alérgicos na família, evite o uso de umidificadores e converse com o médico de família ou pneumologista.

Bebê com tosse seca, o que posso fazer?

A tosse seca nos bebês é geralmente causada por gripes ou resfriados simples e pode vir acompanhada de dor de garganta e nariz entupido. Alguns bebês podem apresentar tosse seca e nariz escorrendo, entretanto, a secreção tende a ser fluida e transparente.

Neste caso ofereça água ao seu bebê na quantidade de 100 ml por cada quilo de peso. Por exemplo, se o seu bebê pesa 8kg, ofereça a ele 800 ml de água em pequenas quantidades no decorrer do dia.

O repouso é importante para a recuperação do bebê. Deixe-o descansar e dormir.

Colocar o bebê no colo ajuda a aliviar a tosse. Enquanto estiver no colo, mantenha a cabeça do bebê elevada e não ofereça xaropes infantis.

Se a tosse permanecer por mais de 5 dias, se for uma tosse muito forte ou se o seu bebê tiver febre (temperara superior 38o) é importante levá-lo à uma emergência hospitalar para avaliação médica.

Bebê com tosse com catarro (tosse produtiva), o que devo fazer?

A tosse com catarro em bebês pode ocorrer por infecções virais ou bacterianas. A tosse seca, característica dos resfriados e gripes, pode se tornar produtiva após alguns dias.

A tosse produtiva causada por infecção bacteriana costuma ser uma tosse molhada com secreções esverdeadas ou amareladas, além de vir acompanhada de febre.

Nestes casos, especialmente se houver febre, recomenda-se procurar um médico de família, pediatra ou o serviço de emergência.

Alívio da tosse durante a noite

Se o seu bebê apresentar tosse durante a noite, coloque um travesseiro ou toalhas dobradas embaixo da cabeceira do berço para elevar a cabeceira. A cabeceira elevada mantém as vias aéreas livres, facilita os movimentos respiratórios, ajuda a reduzir o refluxo e aliviar a tosse do bebê.

Nesta posição seu bebê terá uma noite de sono mais tranquila.

Tosse por aspiração de objetos, o que posso fazer?

Entre os bebês é comum a aspiração de alimentos ou de pequenos brinquedos, o que pode provocar asfixia (dificuldade de respirar, sufocação). Os principais sintomas de aspiração de alimentos ou objetos estranhos incluem tosse persistente e ofegante.

Se você perceber que o bebê ficou ofegante ou começou a tossir repentinamente enquanto se alimenta, ou brinca com brinquedos pequenos que cabem na boca, verifique se há algo estranho. Olhe dentro da boca do bebê.

Se você consegue ver e pegar com segurança o objeto ou alimento na boca do seu bebê, retire o corpo estranho com os seus dedos em formato de pinça. Ao retirar o objeto, a tosse cessa e o bebê deve voltar a respirar normalmente.

Se o corpo estranho bloquear completamente as vias aéreas (garganta) do bebê, ele pode ficar pálido, não emitir sons e apresentar dificuldade de respirar. Neste caso, você deve ligar para 192 (SAMU) ou 193 (corpo de bombeiros) ou leva-lo imediatamente a uma emergência.

Quando devo levar o meu bebê ao médico ou hospital?

Na maior parte dos casos a tosse não deve causar preocupação, entretanto fique alerta se ela vier acompanhada dos seguintes sinais:

  • Duração de mais de 5 dias;
  • Dificuldade de respirar mesmo quando não há tosse;
  • Bebê com menos de 3 meses;
  • Febre superior a 38º;
  • Pele azulada em torno da boca;
  • Respiração mais rápida que o normal;
  • Tosse com muita secreção ou secreção com sangue;
  • Barulho ou chiado no peito ao respirar;
  • Se o bebê tiver alguma doença cardíaca ou pulmonar.

Se você perceber algum destes sinais, leve o bebê o mais rapidamente possível à um serviço de emergência.

Causas mais comuns de tosse nos bebês

A causas mais frequentes de tosse em bebês são:

  • Gripes e resfriados;
  • Asma;
  • Bronquiolite;
  • Laringite;
  • Refluxo gastroesofágico;
  • Aspiração de objetos.

O alívio da tosse do seu bebê deve ser feito preferencialmente com medidas naturais e sem uso de medicamentos, especialmente se estes não foram prescritos por um médico.

Para o tratamento adequado e seguro da tosse consulte um médico de família, pediatra ou pneumologista e não deixe de seguir as orientações destes profissionais.

Para saber mais sobre tosse infantil, você pode ler:

O que fazer em caso de tosse alérgica infantil?

Tosse persistente: o que fazer?

Tosse seca: o que pode ser e o que fazer?

Tosse com catarro: o que fazer?

Referência

ODUWOLE O.; UDOL E.E.; OYO-ITA, A.; MEREMIKWU, M.N. Haney for acute cough in chlidren (Review). Cochrane Database of Systematic Reviews, v.4, 2018.

SBP - Sociedade Brasileira de Pediatria.

SBPT - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

Xixi na Cama: Qual médico procurar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Casos de xixi na cama (enurese noturna) normalmente ocorrem em crianças, e, portanto, podem ser tratados pelo/a médico/a pediatra. Porém, se o problema persistir até à adolescência ou idade adulta, o mais indicado será agendar uma consulta com médico/a urologista, que é o especialista responsável pelo sistema urinário.

O urologista poderá buscar o diagnóstico e definir o tratamento, caso a enurese noturna seja causada por doenças e ou distúrbios relacionados com os órgãos do trato urinário, masculino e feminino.

A enurese noturna é o ato involuntário de urinar durante o sono, de maneira que a bexiga fica completamente ou quase vazia. Ocorre em crianças com um aparelho urinário íntegro, numa idade em que já deveriam ter o controle da micção.

Quais as causas de enurese noturna na adolescência?

Um adolescente pode urinar na cama pelas seguintes razões:

  • Predisposição genética: Se apenas um dos pais teve enurese, a possibilidade dos filhos também fazerem xixi na cama aumenta 45%; caso o pai e a mãe sejam enuréticos, as chances aumentam 75%;
  • Produção de urina elevada durante o sono: A maioria das pessoas produz pouca urina enquanto dorme devido à ação do hormônio vasopressina. Porém, indivíduos que sofrem de enurese noturna podem produzir menos vasopressina, o que aumenta a quantidade de urina para além da capacidade da bexiga, levando à micção involuntária;
  • Distúrbio neurológico, doenças neurológicas como bexiga neurogênica, fraqueza muscular por inervação anormal; imaturidade no mecanismo de despertar do sono ou na inervação da bexiga;
  • Uso de medicamentos, como ansiolíticos e diuréticos;
  • Uso abusivo de bebidas alcoólicas e ou drogas ilícitas;
  • Infecção urinária;
  • Doenças crônicas, como por exemplo a diabetes mellitus;
  • Fatores emocionais, quadro de depressão e ansiedade generalizada; entre outros.
Transtorno desintegrativo da infância: Quais os sintomas e como tratar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas do transtorno desintegrativo da infância começam a se manifestar antes dos 10 anos de idade, após um período em que a criança apresentava um desenvolvimento normal, pelo menos até os 2 anos de vida. E sua característica marcante é a regressão evidente de habilidades já adquiridas. A criança parece "desaprender o que já havia aprendido."

Crianças com transtorno desintegrativo da infância apresentam um desenvolvimento normal até pelo menos os 2 anos de idade, comunicando-se por palavras, expressões e gestos; manifestando comportamentos apropriados para a idade e controle dos esfincteres, conforme esperado.

Contudo, antes de completar os 10 anos de idade, a criança manifesta uma perda significativa das habilidades adquiridas, em pelo menos duas das seguintes áreas:

  • Linguagem;
  • Habilidades sociais ou comportamento adaptativo;
  • Habilidades motoras;
  • Habilidades em realização de jogos e brincadeiras;
  • Controle esfincteriano
Sinais e sintomas
  • Prejuízos na comunicação, como: atraso ou ausência da fala, perda da capacidade de começar ou manter uma conversa, perda da capacidade de interpretar gestos, linguagem repetitiva, ausência de brincadeiras imaginárias variadas;
  • Prejuízos nas interações sociais, como: alterações no comportamento não-verbal, dificuldade em desenvolver relacionamentos, pouca abertura social e emocional, falta de resposta diante de tentativas de carinho, contato visual breve;
  • Prejuízos no comportamento, apresenta atividades e interesses repetitivos, restritos e estereotipados, incluindo alterações nas habilidades motoras;
  • Regressão em relação ao controle esfincteriano, a criança pode voltar a urinar na roupa ou na cama durante o sono, após já ter adquirido esse controle.
Tratamento

O tratamento do transtorno desintegrativo da infância é multidisciplinar e deve começar o quanto antes para favorecer a adaptação da criança e compensar as suas limitações. O objetivo principal será melhorar a linguagem, a comunicação e as habilidades sociais da criança, bem como reduzir os comportamentos inadequados.

Os tratamentos mais usados são os de abordagem psicológica, social e educacional.

O/A médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento do transtorno é o/a psiquiatra.

Saiba mais em: Transtorno desintegrativo da infância é grave?

O que é adenoide?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Adenoide é uma glândula composta por tecido linfoide localizada no fundo da garganta (fim da cavidade nasal e início da faringe).

A adenoide é muito parecida com gânglios e faz parte do sistema imunológico, protegendo o organismo contra micro-organismos invasores. Está localizada entre o nariz e a garganta, portanto, na região por onde o ar passa durante a respiração. A região da adenoide também tem ligação com os ouvidos.

Adenoide aumentada

A adenoide e as amígdalas formam um conjunto linfático que atua na proteção da boca, do nariz e da garganta.

Todas as pessoas possuem adenoide e nascem com elas. Durante a infância há um crescimento da adenoide e, a partir dos 8 anos de idade, ela começa a regredir até o seu desaparecimento na fase adulta.

No entanto, em alguns casos específicos, essa glândula apresenta um crescimento exagerado (hipertrofia) e pode causar obstrução da passagem de ar pela cavidade nasal.

Os problemas causados pela adenoide ocorrem entre os 6 e os 7 anos de idade, quando a adenoide aumenta muito de tamanho e causa infecções, como as respiratórias.

Em crianças que apresentam infecções respiratórias de repetição é comum ocorrer a inflamação da adenoide.

Quais os sintomas da adenoide?

Os sinais e sintomas da adenoide aumentada podem incluir tosse, ronco, interrupção da respiração durante o sono, dificuldade de respirar pelo nariz, mudança da voz, como se o nariz estivesse entupido, faringite, otite, sinusite, alteração do crescimento dos ossos da face e do crânio, desalinhamento da arcada dentária e problemas auditivos.

A diminuição da oxigenação durante o sono pode ainda interferir no desenvolvimento da criança, podendo causar com o tempo outros problemas, como irritabilidade, sonolência, alterações no crescimento, dificuldade de concentração, hiperatividade, além de atrapalhar os estudos.

Qual é o tratamento para adenoide?

Quando a adenoide está infectada, o tratamento mais indicado consiste do uso de medicamentos antibióticos, anti-inflamatórios ou corticoides. A medicação é recomendada quando as infecções ocorrem esporadicamente, com longos intervalos de tempo entre uma e outra.

Nos casos em que a adenoide se infecciona de forma recorrente, levando a inflamações frequentes da mesma, o tratamento medicamentoso pode não ser suficiente. A cirurgia para retirar a adenoide é o tratamento indicado nessas situações, para melhorar a respiração e acabar com os sintomas.

Cirurgia de adenoide

A cirurgia para retirar a adenoide (adenoidectomia) é indicada quando o tratamento medicamento não produz efeitos ou quando há manifestação frequente de sintomas.

O procedimento cirúrgico é muito simples, realizado com anestesia geral, durante o qual a adenoide é retirada pela boca. Durante a cirurgia de adenoide, também podem ser retiradas as amígdalas.

O tempo total de todo o processo, desde o internamento à alta, não costuma ser superior a 1 dia. A cirurgia de adenoide é indicada quando os medicamentos não produzem o resultado esperado e a pessoa apresenta otites, sinusite, dificuldade de respirar pelo nariz (sendo a respiração feita exclusivamente pela boca) e apneia (interrupções da respiração).

Uma vez retirada, a adenoide raramente volta a se desenvolver e a causar problemas. Porém, há casos em que isso pode acontecer.

O médico otorrinolaringologista é o especialista indicado para avaliar e indicar o tratamento adequado para os problemas da adenoide.