Menstruar a cada dois meses não é normal, é um ciclo muito longo e o fato de você não menstruar certinho e não conseguir engravidar podem estar relacionados.
As principais causas para as dores no pé da barriga em mulheres que também têm corrimento são os problemas ginecológicos. Os principais são:
- Infecções e doença inflamatória pélvica
- Endometriose
- Cirurgias
- Menopausa
- Presença de algum corpo estranho na vagina
- Câncer
O corrimento vaginal é mais comum nas mulheres que usam:
- Protetores diários de calcinhas
- Produtos para a higiene feminina, como desodorante, pó ou sabonete íntimo
- Calcinhas apertadas ou de tecido sintético
Nesses casos, não é comum haver dor no pé da barriga. Isso só vai acontecer se houver inflamação associada ao corrimento.
Veja algumas características de cada uma das causas mais comuns para a dor no pé da barriga com corrimento.
Infecções e doença inflamatória pélvica (DIP)A dor no pé da barriga com corrimento pode ser causada por infecções ginecológicas. O corrimento pode ser amarelado, esverdeado ou espumoso, principalmente. Pode ter cheiro e causar coceira. As infecções não tratadas podem causar a doença inflamatória pélvica.
A doença inflamatória pélvica (DIP) também pode causar a dor pélvica, abdominal e dor durante as relações sexuais, além de corrimento vaginal. Ela é causada por uma infecção no útero, tubas ou ovários que frequentemente envolve os órgãos próximos. Pode causar infertilidade.
A maior parte dos casos de DIP é causada por um agente infeccioso transmitido através do sexo sem o uso de preservativo. O sexo com muitos parceiros e sem proteção é o principal fator de risco para desenvolver a doença. O uso correto do preservativo em todas as relações sexuais com parceiros que não são fixos ou que são recentes reduz bastante o risco de DIP.
Mulheres que não fazem sexo ou que têm apenas um parceiro há muito tempo raramente vão desenvolvê-la.
Outras causas menos frequentes para as infecções ginecológicas que podem levar à dor no pé da barriga e corrimento são:
- Casos agudos de infecções por bactérias intestinais ou respiratórias
- Peritonites e abscessos pós-operatórios
- Infecções pélvicas relacionadas à gravidez
- Infecções causadas por traumas ou lesões
- Infecções secundárias a apendicite, diverticulite ou tumor
Elas podem causar um quadro de sintomas parecido com o da DIP.
EndometrioseEla é a causa mais comum da dor no pé da barriga crônica (já dura entre 3 a 6 meses). Também pode causar:
- Corrimento marrom
- Dor durante as relações sexuais
- Alterações no fluxo menstrual
- Infertilidade.
A endometriose é o desenvolvimento de células do endométrio (camada mais interna do útero) fora do útero. Isso causa inflamação, responsável pela dor. Pode afetar as mulheres antes da menarca, durante a vida reprodutiva e após a menopausa.
CirurgiasEm casos de cirurgias ginecológicas recentes, a dor na região pélvica é normal. Um corrimento rosado pode aparecer devido à presença de sangue no muco vaginal. Outras regiões da barriga também podem doer. Esses são sintomas normais logo após a cirurgia.
A dor e o corrimento rosado tentem a diminuir com o passar dos dias. Entre em contato com seu médico se tiver alguma dúvida sobre se a sua recuperação está sendo normal. Alguns sinais de alerta são o aumento da dor ou o aparecimento de algum outro sintoma, como febre.
Em casos de cirurgias na região pélvica em que foi utilizada uma malha sintética, há possibilidade de que ela se desloque e cause desconforto vaginal. Há casos em que é possível sentir a malha saindo pela vagina ou pela uretra. Isso pode causar dor vaginal, principalmente durante as relações sexuais, e infecções.
Nos casos de infecção, a dor está associada a corrimento. Dependendo da cirurgia, pode ainda causar problemas intestinais e urinários.
MenopausaA dor no pé da barriga com corrimento aquoso e transparente pode acontecer depois da menopausa devido a um processo inflamatório. As mudanças hormonais que ocorrem nessa fase podem ser a causa.
Entretanto, o mais comum na menopausa é a secura vaginal. Ela também pode levar à dor no pé da barriga, especialmente durante as relações sexuais.
Presença de corpo estranho na vaginaO corpo pode reagir com dor e corrimento à presença de um corpo estranho ou produtos colocados na vagina. Exemplos são:
- Tampão vaginal (diafragma)
- Preservativo: se for esquecido dentro da vagina
- Espermicidas
- Sabonetes íntimos e outros produtos para higiene íntima
- Lubrificantes
Quando uma criança se queixar de dor no pé da barriga com corrimento, ela pode ter colocado algo no interior da vagina. Essa possibilidade precisa ser avaliada especialmente nesses casos.
CâncerQuando o câncer vaginal causa sintomas, os mais comuns são:
- Sangramento vaginal depois das relações sexuais ou após a menopausa
- Corrimento aquoso, com sangue / rosado ou com cheiro ruim
- Dor no pé da barriga ao urinar ou vontade frequente de urinar
- Problemas intestinais
Não é comum que o câncer cause sintomas. Todos esses sintomas podem estar associados a outros problemas de saúde.
Há outras causas para a dor no pé da barriga e corrimento que não sejam os problemas ginecológicos?Em algumas situações, o corrimento pode ser originado por problemas da bexiga ou nos intestinos. Ele pode estar associado à dor abaixo do umbigo em alguns casos de infecção urinária, câncer de bexiga ou de intestino.
Preste atenção para saber se o corrimento está saindo da vagina. Você pode percebe isso observando:
- O local que fica manchado no absorvente ou protetor de calcinha
- Se o corrimento só sai quando você vai ao banheiro para urinar
- Se o corrimento só sai com as fezes
Sim, pois a maior parte das causas de dor no pé da barriga e corrimento precisam de tratamento.
O médico vai fazer algumas perguntas para investigar as possíveis causas. Depois, vai examinar a parte de fora da vagina e a vagina. Pode colher uma amostra do corrimento para investigar infecções ou pedir outros exames para saber qual é o tratamento indicado para o seu problema.
Você pode querer ler também:
Dor no pé da barriga: o que pode ser?
Corrimento branco, o que pode ser?
Referências:
Transvaginal synthetic mesh: Management of exposure and pain following pelvic surgery. UpToDate
Endometriosis: Pathogenesis, clinical features, and diagnosis. UpToDate
Pelvic inflammatory disease: Clinical manifestations and diagnosis. UpToDate
Pelvic inflammatory disease: Pathogenesis, microbiology, and risk factors. UpToDate
Patient education: Vaginal discharge in adult women (Beyond the Basics). UpToDate
Patient education: Vaginal cancer (The Basics). UpToDate
O Qlaira® é um tipo de anticoncepcional que não funciona bem a opção de emendar a cartela, porque as dosagens dos comprimidos não são idênticas, por isso mesmo que emende uma na outra sua menstruação deve acontecer de qualquer maneira.
Esse medicamento age no organismo da mulher simulando o ciclo menstrual, com doses apenas de estrogênio no início e fim da cartela, doses combinadas no meio do ciclo e os dois últimos comprimidos, os de cor branca, são "inativos", ou seja, não possuem hormônios. Sendo assim, quando chega próximo ao fim da cartela, a menstruação já deverá ocorrer, mesmo que pulasse os inativos e iniciasse uma nova cartela.
Para esse fim, recomendamos que converse com seu médico ginecologista, e veja uma possibilidade mais plausível.
Qual a maneira correta de usar o Qlaira®?O Qlaira® é um anticoncepcional combinado, com dosagens de estrogênio e progesterona de forma diferenciada, por isso possui comprimidos de diferentes cores em sua cartela. Cada cartela possui 28 comprimidos, não devendo haver pausa na tomada do remédio, assim que termina uma cartela, no dia seguinte deve ser iniciada a próxima.
Mesmo sabendo que os dois últimos medicamentos não possuem hormônios, esses devem ser tomados regularmente para manter a ação esperada e programada pelo fabricante do anticoncepcional.
Portanto o recomendado é de ingerir um comprimido de Qlaira® por dia, se necessário com um pouco de água, com ou sem alimento, mas sempre no mesmo horário todos os dias.
Para ajudar a não esquecer nenhum remédio, causa comum de falha na eficácia da medicação, essa cartela dispõe de um "calendário-adesivo" aonde existem 7 tiras adesivas mostrando os dias da semana. No dia que for iniciado deve ser retirada a tira que corresponde ao dia da semana do seu início, colado no espaço indicado para a ela, exatamente acima do comprimido de número 1. Por exemplo, se for uma segunda-feira, o adesivo que começa com segunda-feira deve ser colado, com esse dia acima do comprimido de número 1. Em seguida, a terça-feira acima do comprimido de número 2, no sentido da seta, até completar os 28 dias.
Leia também: Emendar cartela do anticoncepcional faz mal?
Corrimento e consequente infecção podem ser impeditivos de gravidez, mas normalmente corrimento não costuma causar infertilidade, precisa ir a um ginecologista para tratar esse corrimento e para saber porque não está conseguindo engravidar.
Toda mulher mesmo antes de começar a tentar engravidar deve ir ao médico, ter seus exames em dia e tomar os medicamentos necessários para estar pronta para engravidar.
Dificilmente a anestesia geral atrasa a menstruação, pois ela não interfere no ciclo menstrual, contudo fatores presentes no contexto cirúrgico como ansiedade, estresse físico e emocional podem interferir na menstruação.
O atraso da menstruação pode ter outras causas, como:
- Gravidez;
- Uso de medicamentos psiquiátricos e neurológicos (neurolépticos, tranquilizantes, antidepressivos, antipsicóticos), corticoides, imunossupressores;
- Infecções uterinas;
- Ansiedade e estresse;
- Ganho ou perca de peso muito rápido;
- Problemas na tireoide;
- Síndrome dos ovários policísticos;
- Exercícios físicos intensos;
- Uso de anticoncepcional.
Saiba mais em:
O que pode atrasar a menstruação?
Sou virgem e minha menstruação está atrasada. O que pode ser?
Existem medicamentos que atrasam a menstruação?
Consulte um médico de família ou médico ginecologista para que a origem do seu atraso menstrual seja devidamente diagnosticada e tratada, se for o caso.
Veja aqui quais são os riscos da anestesia geral.
Os sintomas do câncer de mama são principalmente:
- Nódulo ou massa palpável nas mamas;
- Mudanças no tamanho e formato das mamas;
- Retrações na pele, principalmente na aréola e/ou mamilo;
- Pele áspera, semelhante à "casca de laranja";
- Saída de secreção pelo mamilo, que pode ser transparente, rosada ou avermelhada.
No entanto, vale salientar que, embora esses sintomas sejam considerados de alerta, eles não indicam necessariamente a existência do câncer de mama, pois podem estar presentes também nas doenças benignas.
Dor na mama é sinal de câncer?Não. Embora a dor nas mamas seja um sintoma frequente, raramente está relacionada com o câncer.
A mastalgia, como é chamada a dor na mama, pode estar relacionada com alterações hormonais, ou menos frequentemente, por causas extramamárias, como: Problemas de coluna, dor muscular, doenças neurológicas, endócrinas ou inflamatórias (mastite).
Qual exame pode confirmar um câncer de mama?O diagnóstico é feito por exames de imagem e biópsia do tumor.
Exames de imagemO método que permite o diagnóstico precoce do câncer de mama é a mamografia. Através desse método, é possível identificar tumores mamários mesmo antes de serem detectáveis clinicamente.
Apesar do exame mamográfico ser o melhor método para detectar a doença precocemente, ele pode não evidenciar um câncer, sobretudo se as mamas forem densas, ou poderá demonstrar áreas suspeitas que podem não corresponder ao câncer.
Nesses casos, para um diagnóstico mais preciso, pode-se associar outros exames, como a ultra-sonografia, a ressonância magnética e as punções percutâneas, que aumentam as chances diagnósticas.
Biópsia do tumorA confirmação do diagnóstico será conseguida através das punções percutâneas com agulhas finas ou grossas (mamotomia ou core biopsy), nos casos de microcalcificações, nódulos subclínicos e palpáveis, ou ainda por meio de biópsias cirúrgicas.
Parênquima mamário é câncer?Não. Parênquima mamário é parte do tecido que compõe a mama. A mama é constituída de tecido adiposo (gordura), parênquima mamário, glândulas e vasos sanguíneos.
No exame de imagem, o médico descreve as características dos tecidos mamários (adiposo e parênquima mamário), além da vascularização, e se houver, anormalidades, como, por exemplo, presença de calcificações.
O diagnóstico e tratamento do câncer de mama deverá ser orientado pelo ginecologista ou mastologista.
Saiba mais sobre esse assunto nos artigos:
- Calcificação na mama é perigoso? O que pode ser?
- Mama densa é câncer?
- Anticoncepcional pode causar nódulo ou câncer de mama?
Referência:
FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Ministério da Saúde do Brasil
Os sintomas de infertilidade podem ser variáveis conforme as causas. São eles:
- alterações do ciclo menstrual: períodos anormais, sangramentos abundantes;
- dor nas costas, pélvicas ou cólicas;
- alterações na pele;
- diminuição da libido;
- perda ou queda de cabelo;
- ganho de peso;
- saída de secreção esbranquiçada pelos mamilos durante as relações sexuais;
- dificuldade para engravidar.
A infertilidade feminina pode estar relacionada a quatro condições:
A) Causas ovarianas:
- ovários policísticos: a paciente tem sangramento uterino irregular, em geral a cada 2 ou 3 meses, e o exame ultrassonográfico mostra a presença de inúmeros folículos ovarianos situados frequentemente na periferia dos ovários;
- insuficiência ovariana prematura (ou menopausa precoce): os óvulos deixam de ser maturados pelos ovários, de modo que cessa a ovulação. Geralmente, as mulheres não possuem ciclo menstrual e apresentam sintomas semelhantes aos da menopausa. As causas são várias: radiação, quimioterapia, síndromes genéticas, infecções ovarianas, doenças autoimunes e outras;
- hiperprolactinemia: pode levar à falta de ciclo menstrual e de ovulação. Doenças da tireoide (especialmente hipotireoidismo) também possibilitam a produção de alterações semelhantes.
- idade da mulher: a mulher progressivamente produz menos óvulos e com baixa qualidade, com o envelhecimento. Esse processo se inicia aos 37 anos.
B) Causas tubárias e do canal endocervical
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obstrução tubária: impede a captação e o transporte do óvulo, de forma que não há possibilidade de sua fertilização pelo espermatozoide. Principais causas: endometriose e infecções pélvicas;
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endometriose: fragmentos do endométrio penetram nas tubas (menstruação retrógrada) e causam inflamação, o que altera a função da tuba. A endometriose também pode se estender aos ovários, prejudicando a formação dos folículos. Um sintoma muito típico dessa doença é a dor durante as relações sexuais e as cólicas menstruais muito fortes;
- infecções pélvicas: muitos casos são assintomáticas e causadas por microorganismos que podem migrar da vagina para o útero e tubas. A infecção produz inflamação cuja cura promove cicatrização que acaba por alterar o funcionamento das tubas;
- diminuição na produção de muco cervical: causada por alterações da ovulação, cauterizações do colo do útero e as cirurgias para câncer do colo.
C) Causas ligadas à Fertilização
- Se houver defeitos nos cromossomos ou nas outras estruturas que regulam a fusão dos dois gametas (óvulo e espermatozóide), não haverá fertilização.
D) Causas ligadas à implantação do embrião
- falhas hormonais: podem produzir um endométrio inadequado para a implantação;
- desenvolvimento inadequado do endométrio;
- infecções endometriais (endometrites), causadas por doenças sexualmente transmissíveis ou pela manipulação da cavidade endometrial (em curetagens, por exemplo);
- sinéquias uterinas: cicatrizes dentro do útero causadas por infecções ou curetagens que dificultam a implantação e causam abortamento;
- malformações uterinas;
- miomas: estão mais relacionados a processos de abortamento, mas se acredita que se forem grandes e estiverem localizados logo abaixo da cavidade e invadi-la, podem prejudicar a implantação do embrião.
O médico ginecologista deverá ser consultado na suspeita de infertilidade.
Muco cervical: o que indica nas diferentes fases do ciclo menstrual?
Quais os sintomas de disfunção hormonal feminina?
Referência
FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.
Sim, grávida pode fazer chapinha no cabelo durante toda a gravidez, sem riscos para o bebê. A chapinha deixa o cabelo liso apenas devido aocalor, que altera a forma da proteína que forma os fios. Não há produtos químicos, por isso ela pode ser usada para alisar o cabelo durante a gestação.
Em geral, os aparelhos usados para alisar os cabelos são permitidos para grávidas. Portanto, chapinha e secador para fazer escova podem ser usados na gravidez sem problemas. Até a hidratação está liberada para gestantes.
Já o uso de produtos químicos para fazer alisamento no cabelo é contraindicado na gravidez. Isso porque muitos dos produtos usados são à base de formol e contêm substâncias e metais pesados que podem prejudicar o/a bebê.
Leia também:
Quem está grávida pode fazer peeling?
Grávida pode fazer alisamento no cabelo?