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Fiz exame de urina e deu infecção (150.000) é grave?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Apenas significa infecção a maioria das vezes, não dá para avaliar a gravida por este exame.

Qual a diferença entre nidação e menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Nidação é o processo de fixação do ovo formado após a junção do óvulo feminino com o espermatozoide masculino que ocorre no útero da mulher.

Menstruação é o sangramento mensal que ocorre resultante da descamação da camada interna do útero, o endométrio.

A mulher após a puberdade apresenta mudanças hormonais e inicia os ciclos menstruais que ocorrerão até a entrada na menopausa. A cada ciclo menstrual, a camada interna do útero vai se espessando para receber o óvulo fecundado. Quando chega no ápice de sua espessura, e não havendo a fecundação, o endométrio se descama e, por isso, há o sangramento que é a menstruação. Caso o óvulo seja fecundado, o ovo será implantado no endométrio e começará a se desenvolver até o estágio de embrião e posteriormente feto. Esse processo de fixação é denominado nidação.

Portanto, nidação e menstruação são processos independentes mas que ocorrem no útero da mulher.

Quantas vezes é normal urinar por dia?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Em média, um adulto saudável, urina de 4 a 6 vezes em um dia. O volume total de urina nessas micções é estimado entre 1.000 a 2.000 ml em 24 horas; ou seja, de 1 a 2 litros por dia.

A criança já urina mais vezes, sendo considerado normal de 5 até 12 vezes por dia, desde que não existam outros sintomas ou queixas. O volume total de urina, também são 2 litros por dia.

Entretanto, muitos fatores podem modificar esses números, sem que indique um problema. A gestação, alimentação, o consumo de água, o clima, temperatura e até o estado emocional, podem interferir nesses valores.

Fazer xixi toda hora é normal?

Depende. Urinar muito durante o dia, para pessoas que bebem muita água, pode ser totalmente normal, principalmente em ambientes mais frios, quando suamos menos, perdendo menos líquido.

No verão, devido ao calor e a perda de líquidos pelo suor, é normal que urine menos, porque o corpo precisa reter mais água, como compensação natural do organismo e para proteger a função renal.

Por outro lado, um volume de urina maior do que 3 litros por dia não é considerado normal, mesmo que beba muita água. Assim como a presença de ardência e mau cheiro na urina. Nesses casos é preciso procurar um urologista para avaliação médica.

O que pode aumentar a vontade de urinar? O que fazer?

Situações que aumentam a vontade de urinar, são por vezes benignas e não necessitam de qualquer tratamento, como a gestação e o hábito de beber muita água. Porém, existem outras situações, que precisam de tratamento, como a infecção urinária e a diabetes.

A seguir detalhamos as principais causas de aumento da frequência do xixi.

1. Diabetes

A diabetes é a causa mais frequente de aumento do volume urinário. Trata-se de uma doença crônica caracterizada pelo aumento de açúcar no sangue, maior frequência urinária (poliúria), aumento da sede (polidipsia) e aumento do apetite (polifagia).

Os sintomas do diabetes então incluem sentir muita sede, muita fome e muita vontade de urinar, com volume de urina acima de 2 litros e meio nas 24 horas.

Na presença desses três sintomas, procure um endocrinologista o quanto antes, para uma investigação médica mais cuidadosa, e sendo confirmada, iniciar o correto tratamento.

2. Cistite

A cistite é uma infecção urinária, localizada na bexiga, que causa uma vontade quase constante de ir ao banheiro, porém só consegue eliminar pouca quantidade de xixi. Além disso, apresenta dor, ardência ao urinar, urina muito amarela e com mau cheiro, associada ou não a presença de corrimento e sangue na urina.

Acomete homens e mulheres, embora seja bem mais frequentes nas mulheres.

Na suspeita de uma infecção urinária, procure o seu médico de família, ou um urologista, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. O tratamento é feito com antibióticos por 7 a 10 dias e aumento do consumo de água.

3. Gravidez

Durante a gravidez, pode ser normal, especialmente no terceiro trimestre, quando o bebê já está maior, ocupando mais espaço na cavidade abdominal da mãe. Nessa fase, a bexiga fica comprimida, com menor capacidade para armazenar a urina produzida.

Por isso, é esperado que a gestante faça mais vezes xixi, mas sem nenhuma outra queixa. A urina se mantém clarinha e sem cheiro. Na presença de sintomas de infecção, com ardência, mau cheiro ou urina escura, é fundamental que procure o seu médico para avaliação.

Importante lembrar que a gestante tem a imunidade mais comprometida, por isso maior predisposição à infecção urinária. Confirmando a doença, precisa iniciar o tratamento com antibióticos rapidamente, a fim de evitar complicações, como o parto prematuro.

4. Doenças da próstata

A próstata é uma glândula exclusiva dos homens, localizada logo abaixo da bexiga e por onde passa a uretra, canal que leva a urina para ser eliminada. A sua principal função é armazenar e secretar o líquido seminal, fluido que se junta aos espermatozoides, para dar origem ao sêmen.

As doenças da próstata causam o aumento do seu volume, que devido à localização, comprime a uretra, dificultando a passagem do xixi. Com isso, o esvaziamento durante a micção não é completo, dando a impressão de estar sempre com vontade de fazer xixi.

A dor, urgência, ou incontinência urinária, são sintomas típicos dessa doença.

O tratamento deve ser definido pelo médico urologista.

5. Bexiga hiperativa

A Bexiga Hiperativa que pode atingir tanto homens como mulheres, se caracteriza por contrações involuntárias da bexiga causando uma vontade constante e urgente de urinar.

Pessoas com bexiga hiperativa costumam urinar mais de 8 vezes por dia, inclusive durante a noite, associada a urgência ou incontinência urinária (perda de pequena quantidade de xixi na roupa, quando não dá tempo de chegar ao banheiro).

O tratamento é definido pelo urologista, com mudanças comportamentais, uso de medicamentos, fisioterapia pélvica, pode ser aplicado toxina botulínica ou, em casos refratários, cirurgias.

6. Ansiedade

A ansiedade é um distúrbio emocional que aumenta a liberação de neurotransmissores no sangue, causando entre outros sintomas, o aumento da vontade de urinar. Parece ter relação com uma estimulação exagerada da bexiga.

O tratamento deve ser feito com psicoterapia e urologia. Por vezes é tão grave e causa tantos constrangimentos, que precisa de tratamento medicamentoso.

Outras causas menos comuns que aumentam a vontade de urinar ou causam a urgência e incontinência são: Consumo exagerado de bebidas alcoólicas, pedras nos rins, doenças neurológicas (AVC, Parkinson, traumatismo craniano), ou efeito colateral de certos medicamentos, como os diuréticos.

Urinar pouco é normal?

Urinar um volume abaixo de 500 ml (meio litro) por dia, não é normal, e deve ser investigado imediatamente.

Se urinar entre 500 ml e um litro durante o dia e antes urinava muito mais, é preciso avaliar se existe um motivo para essa redução, ou se é mesmo sinal de algo errado na sua função renal.

Hábitos ruins como: beber menos de 1 litro e meio de água por dia, praticar exercícios sem se hidratar adequadamente ou consumir muito sal na alimentação, podem sobrecarregar os rins por isso, produzir menor volume de urina. Nesses casos, basta ajustar as medidas sabidamente prejudiciais, para voltar a urinar normalmente.

No entanto, se não houve mudança de comportamento, bebe bastante água, se alimenta bem, e mesmo assim passou a urinar pouco, é fundamental procurar um urologista ou nefrologista, para avaliação do seu sistema urinário.

Quando devo me preocupar?

Os sinais e sintomas que são preocupantes e indicam a necessidade de uma avaliação médica, o quanto antes, são:

  • Urinar mais de 7 vezes ao dia (adulto) e mais de 12 vezes (criança);
  • Urinar mais de 3 litros por dia;
  • Urinar muito pouco (menos de 500 ml por dia);
  • Urina escura e/ou com mau cheiro;
  • Ardência ou incômodo ao urinar;
  • Sangue na urina;
  • Ir várias vezes ao banheiro mas fazer pouco xixi ou
  • Febre alta e perda de peso, junto com alterações na urina.

Para maiores informações sobre as doenças do trato urinário, converse com o seu médico de família ou com urologista, especialista nesse sistema.

Referências:

  • UpToDate. Daniel G Bichet, MD, et al. Evaluation of patients with polyuria. Sep.27, 2019.
  • Sociedade Brasileira de Urologia (Portal da Urologia).
O que é curetagem e como é feita?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A curetagem é uma raspagem da parte interna do útero, feita por via vaginal e sob anestesia geral ou raquidiana, em ambiente hospitalar. No procedimento, realizado pelo/a ginecologista, a cavidade do útero é raspada cuidadosamente com um instrumento cirúrgico parecido com uma colher, chamado cureta, e o material é enviado para análise.  

Para que o/a médico/a tenha acesso à cavidade uterina, é preciso que o colo do útero esteja dilatado. Se não houver uma dilatação espontânea, frequente nos casos de abortamento em curso, o colo uterino deve ser dilatado por meio de instrumentos ou medicamentos.

A curetagem uterina é indicada para esvaziamento uterino nos casos de abortos retidos ou incompletos, investigação e tratamento de sangramento anormal do útero e obtenção de amostras para diagnóstico.

Leia também: O que são restos ovulares e como surgem?

Em geral, a mulher pode voltar para casa cerca de 6 horas após a curetagem. Devido à anestesia, a alimentação no dia do procedimento deve ser leve. Na ausência de complicações, o período de repouso varia entre 24 e 72 horas e a mulher já pode retomar as suas atividades.

Também pode lhe interessar: Quanto tempo depois da curetagem posso ter relações novamente?

O que é endometriose intestinal? Quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Endometriose intestinal é o crescimento de tecido do endométrio (camada mais interna do útero) no intestino. Trata-se de um tipo de endometriose profunda, uma forma grave de endometriose que caracteriza-se pela presença de lesões com mais de 5 mm de profundidade.

As lesões da endometriose intestinal normalmente aparecem na forma de nódulos e possuem muita fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.

Os principais sintomas da endometriose intestinal são: dor ao evacuar ou sangramento intestinal durante a menstruação. Esses são os sinais e sintomas típicos da endometriose intestinal. Além deles, a mulher também pode apresentar:

  • Cólicas menstruais (dismenorreia);
  • Dor durante a relação sexual (dispareunia);
  • Dor pélvica;
  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Diarreia durante o período menstrual.

O tratamento da endometriose intestinal pode ser feito com medicamentos hormonais ou cirurgia. A medicação não é capaz de curar a doença, mas pode ser eficaz para controlar a dor. Contudo, mesmo sem apresentar sintomas, a endometriose pode evoluir.

Casos mais graves de endometriose intestinal, em que há diminuição do calibre do intestino, precisam obrigatoriamente de tratamento cirúrgico. A cirurgia também é indicada quando o tratamento hormonal não é satisfatório.

A cirurgia é feita por videolaparoscopia e remove por completo as lesões intestinais. O tratamento cirúrgico é muito eficaz no controle da dor e a taxa de complicações é baixa, melhorando significativamente a qualidade de vida das mulheres.

Leia também: Como é a cirurgia de endometriose?

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose intestinal.

Saiba mais em:

O que é endometriose?

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?

Quais são os sintomas da endometriose?

Fiz um toque e senti uma bola, o que pode ser?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Sentir uma bola na vagina normalmente se deve ao que é popularmente chamado de “bexiga caída”. O nome médico para o problema é prolapso genital. O que causa isso é a perda de sustentação dos órgãos da parte baixa da barriga, que passam a fazer peso sobre o útero. Isso faz com que o útero e a vagina sejam empurrados para fora, criando a sensação de “bola”.

Outros sintomas que podem estar presentes são:

  • Sensação de peso no pé da barriga;
  • Dor ou perda de sensações durante as relações sexuais;
  • Incontinência e outros sintomas urinários;
  • Dificuldades para defecar.

A obesidade é um fator que contribui para sentir a bola na vagina, assim como fazer esforços (inclusive para quem tem tosse ou intestino preso). Outros fatores também aumentam o risco de ter o prolapso:

  • Ter filhos (quanto mais filhos, maior o risco),
  • Ter dado à luz bebês muito grandes e pesados;
  • Trabalho de parto difícil;
  • Idade (o risco aumenta com o envelhecimento);
  • Histerectomia (retirada cirúrgica do útero);
  • Já ter realizado uma cirurgia para corrigir o prolapso genital.

Reduzir o peso e tratar doenças respiratórias pode fazer com que deixe de sentir a bola na vagina, em alguns casos. Mas é importante procurar um médico para aliviar os sintomas e resolver o problema.

Alguns tratamentos são possíveis — o médico determina o que fazer dependendo da gravidade do caso. Os exercícios são como uma fisioterapia que ajuda principalmente a reduzir os sintomas relacionados ao aparelho urinário. Pode ser indicado o uso local de estrógenos. Os pessários são um tipo de diafragma colocado na vagina, apoiado no colo do útero, para manter o útero no lugar certo. A cirurgia é indicada nos casos mais graves.

Saiba mais sobre o prolapso genital em:

Referências:

Onwude JL, Genital prolapse in women. BMJ Clin Evid. 2012; 2012: 0817.

Thakar R, Stanton S. Management of genital prolapse. BMJ. 2002 May 25; 324(7348): 1258–62.

Dor abdominal na gravidez é normal?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Dor abdominal na gravidez é "normal", ou melhor, comum, principalmente a partir do 2º trimestre de gestação e atinge a região inferior, o lado esquerdo e o lado direito do abdômen.

Essas dores abdominais normalmente estão relacionadas com a compressão das estruturas internas, causada pelo aumento do tamanho do útero e pelo estiramento dos ligamentos da pelve.

No início da gravidez a mulher pode sentir também algum desconforto abdominal, como se algo estivesse torcido dentro da barriga, semelhante a uma cólica menstrual. Isso é causado pelo aumento do fluxo sanguíneo na região pélvica para nutrir o embrião e dar continuidade à gestação.

No entanto, dor abdominal na gravidez, semelhante a uma cólica menstrual de intensidade forte, merece especial atenção. Quando ela surge depois de alguma atividade física, normalmente você descansa e ela passa. Caso a dor não desapareça, pode ser sinal de contrações uterinas que podem levar a um aborto ou parto prematuro.

É importante observar também se a dor abdominal vem acompanhada de outros sinais e sintomas, como sangramentos ou febre.

Outras possíveis causas de dor abdominal na gravidez são: constipação intestinal, gases intestinais, vermes intestinais, pedras nos canais urinários ou diverticulose.

Em qualquer caso de dor abdominal durante a gestação, um obstetra deve ser consultado.

Leia também:

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Barriga de grávida é dura ou mole?

Dor de barriga na gravidez, o que pode ser?

O que é endométrio?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Endométrio é a camada interna do útero.

Essa camada sofre alterações de acordo com estímulos hormonais, podendo espessar e reduzir ao longo do ciclo menstrual.

No início do ciclo menstrual, o endométrio se descama dando origem ao sangue menstrual ou menstruação. Após o final do sangramento, a camada inicia seu processo de espessamento até alcançar o pico máximo e novamente se descamar, encerrando o ciclo menstrual.

É nessa camada que ocorre a fixação do óvulo fecundação (nidação) e o posterior desenvolvimento da placenta e do embrião.

Em alguns desequilíbrios hormonais, o endométrio pode se espessar demasiadamente dando origem a algumas patologias ou ficar muito fino impossibilitando essa fixação.

A sua avaliação pode ser feita pelos exames de ultrassonografia e histerossalpingografia.