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Tomei anticoncepcional e vomitei. Vomito corta o efeito?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, pode cortar o efeito. Caso o vomito tenha ocorrido até 4 horas da ingestão do comprimido a absorção dos componentes da pilula pode ter sido prejudicada Nesse tipo de situação o ideal é tomar mais um comprimido da cartela.

Para não se confundir pode comprar uma nova cartela e tomar o comprimido correspondente ao dia em que apresentou o episódio de vômito e seguir a nova cartela a partir de então. Caso prefira é possível seguir a mesma cartela, contudo, lembre-se que ela irá terminar mais cedo portanto a outra cartela será reiniciada também mais cedo.

Se o vômito persistir por mais de 24 horas, pode-se continuar tomando a pilula normalmente, mas neste caso deverá se fazer uso de um método contraceptivo de barreira, como a camisinha, até a próxima menstruação.

Leia também: Vômitos e diarreia podem cortar o efeito do anticoncepcional?

Anticoncepcional pode mudar a coloração da menstruação?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode sim. Quando a mulher começa a tomar anticoncepcional, geralmente sua menstruação muda de características (tanto em número de dias, quantidade e aspecto do fluxo menstrual.

Quais os sintomas da menopausa precoce?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O primeiro sintoma da menopausa precoce é a menstruação irregular antes dos 40 anos de idade, com ciclos menstruais mais curtos ou mais longos, ou ainda ausência de menstruação. Depois, os sinais e sintomas são os mesmos da menopausa natural, podendo incluir ondas de calor, transpiração noturna, insônia, irritabilidade, alterações de humor, falta de concentração, diminuição da libido, dor durante as relações e secura vaginal. Há casos em que a mulher perde o interesse pelas coisas e pode até entrar em depressão.

A menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana prematura, além de impedir a gravidez, pode aumentar as chances de doenças cardiovasculares, como derrame (AVC) e infarto, bem como aumentar o risco de osteoporose e envelhecimento precoce.

Essas complicações da menopausa precoce são devidas à diminuição da produção dos hormônios femininos estrógeno e progesterona, que tem ação protetora sobre os ossos e o sistema cardiovascular.

O diagnóstico da menopausa precoce é confirmado por exames de dosagem hormonal que pode ser realizada semanalmente. O ultrassom também pode ser necessário para analisar o tamanho dos ovários, que ficam menores.

Quais as possíveis complicações da menopausa precoce?

Como a falência ovariana prematura diminui os níveis de alguns hormônios, a menopausa precoce pode causar:

Ansiedade e depressão: alterações hormonais causadas por falência ovariana prematura podem contribuir para a ansiedade ou causar depressão;

Síndrome do olho seco e doença da superfície ocular: Algumas mulheres com menopausa precoce têm algum desses problemas oculares. Ambos podem causar desconforto e visão turva. Se não forem tratadas, essas condições podem causar danos permanentes nos olhos.

Doença cardíaca: níveis mais baixos de estrógeno podem afetar os músculos ao redor das artérias e aumentar o acúmulo de colesterol na parede dos vasos. Esses fatores aumentam o risco de aterosclerose (endurecimento das artérias).

Infertilidade: ocorre devido ao mau funcionamento dos ovários, que não produzem óvulos adequadamente.

Hipotireoidismo: A tireoide é uma glândula que produz hormônios que controlam o metabolismo e o nível de energia do corpo. Baixos níveis de hormônios da tireoide podem afetar o metabolismo e causar falta de energia, lentidão mental, entre outros sintomas.

Osteoporose: O hormônio estrógeno ajuda a manter ossos fortes. Sem estrogênio suficiente, mulheres com menopausa precoce tem um risco maior de desenvolver osteoporose, uma doença óssea que deixa os ossos fracos e frágeis, aumentando o risco de fraturas.

O que é a menopausa precoce?

A menopausa precoce ocorre quando os ovários da mulher param de funcionar normalmente antes dos 40 anos de idade. Como resultado, a mulher deixa de menstruar e não pode mais engravidar. Nas mulheres com falência ovariana prematura, a infertilidade e os períodos irregulares têm início antes dos 40 anos. Às vezes, podem começar mesmo na adolescência.

Quais as causas da menopausa precoce?Cirurgia de retirada dos ovários

A remoção de ambos os ovários faz com que a menopausa ocorra imediatamente. Se a mulher tiver 50 anos ou menos, pode-se tentar deixar um ovário ou parte dele, se possível, o que pode impedir a menopausa precoce.

Quimioterapia

Alguns tipos de quimioterapia podem danificar os ovários e causar menopausa precoce. A menopausa pode ocorrer imediatamente ou meses após o tratamento.

O risco de menopausa precoce devido à quimioterapia depende do tipo e da quantidade do medicamento quimioterápico utilizado. Além disso, quanto mais jovem for a mulher, menor é a probabilidade dela ter menopausa precoce por causa da quimioterapia.

Radioterapia

Receber radioterapia na região pélvica também pode danificar os ovários. Em alguns casos, os ovários podem curar-se e começar a funcionar novamente. Porém, se a mulher receber grandes doses de radiação, o dano pode ser permanente.

Terapia hormonal

A terapia hormonal usada para tratar câncer de mama e de útero pode causar menopausa precoce.

Outras causas de menopausa precoce
  • Hipotireoidismo autoimune;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Insuficiência renal;
  • Endometriose;
  • Tabagismo.

Porém, cerca de 90% dos casos de menopausa precoce não tem uma causa exata conhecida. Pesquisas demonstraram que a falência ovariana prematura está relacionada a problemas nos folículos. Os folículos são pequenos sacos nos ovários, onde os óvulos crescem e amadurecem. Os problemas nos folículos ovarianos surgem quando eles param de funcionar mais cedo do que o normal ou não funcionam adequadamente.

Na maioria dos casos, a causa do problema folicular é desconhecida. No entanto, às vezes pode ser causado por:

  • Doenças genéticas como a síndrome do X frágil e a síndrome de Turner;
  • Pequena quantidade de folículos;
  • Doenças autoimunes, incluindo tireoidite e doença de Addison;
  • Quimioterapia ou radioterapia;
  • Distúrbios metabólicos;
  • Toxinas, como fumaça de cigarro, produtos químicos e pesticidas.
Quais os fatores de risco da menopausa precoce?

Certos fatores podem aumentar o risco de uma mulher ter menopausa precoce, tais como:

História familiar: mulheres que têm mãe ou irmã com falência ovariana prematura têm maior probabilidade de ter menopausa precoce.

Genética: algumas mudanças nos genes observadas em doenças genéticas aumentam os riscos de falência ovariana primária, como síndrome do X frágil ou síndrome de Turner.

Doenças: doenças auto-imunes e infecções virais.

Idade: Mulheres com idades entre 35 e 40 anos têm mais chances de ter menopausa precoce.

Qual é o tratamento para menopausa precoce?

Não existe um tratamento ou medicamento capaz de restaurar o funcionamento normal dos ovários. Contudo, existem tratamentos para alguns dos sintomas da menopausa precoce. Também existem maneiras de reduzir os riscos à saúde e tratar as possíveis complicações.

Terapia de reposição hormonal

Para evitar os efeitos colaterais e sintomas da baixa produção de hormônios, é indicada a reposição hormonal, desde que a mulher não apresente nenhuma contraindicação ao tratamento.

A reposição hormonal é contraindicada para pacientes sedentárias, com câncer ou que já tiveram a doença, história na família de infartos precoces ou ainda que tenham níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.

A terapia de reposição hormonal substitui o estrogênio e outros hormônios que os ovários não estejam produzindo. A terapia com hormônios melhora a vida sexual da mulher e reduz o risco de doenças cardíacas e osteoporose.

Estrogênio vaginal

Mesmo quando a terapia hormonal é contraindicada, podem ser usadas pequenas quantidades de estrogênio dentro e ao redor da vagina para aliviar a secura. Esses hormônios são vendidos sob a forma de creme, gel, comprimido e anel.

Exercícios e dieta adequada

Quando a terapia de reposição hormonal é contraindicada, o tratamento da menopausa precoce deve ser feito através da prática de atividade física (caminhar, pedalar, exercícios de fortalecimento muscular), alimentação balanceada e ingestão de alimentos ricos em cálcio para diminuir os riscos de osteoporose.

Antidepressivos

No caso da mulher não poder tomar hormônios, poderão ser prescritos outros tipos de medicamentos para aliviar as ondas de calor, como alguns antidepressivos. Devido aos seus efeitos químicos, eles são eficazes contra as ondas de calor, mesmo se a paciente não tiver depressão.

Lubrificantes ou umectantes

Esses produtos podem ajudar a tornar as relações mais confortáveis em caso de secura vaginal. Os lubrificantes indicados são aqueles à base de água.

Fertilização in vitro

Mulheres com falência ovariana prematura que desejam engravidar podem considerar a fertilização in vitro.

Atividade física regular e manutenção do peso corporal

Exercitar-se regularmente e controlar o peso pode reduzir o risco de osteoporose e doenças cardiovasculares como derrame cerebral e infarto. Além disso, os exercícios regulares podem ajudar com as mudanças de humor, as insônias e as ondas de calor suaves.

Tratamentos de doenças relacionadas

Se houver uma condição ou doenças relacionadas à falência ovariana prematura, é importante tratá-las adequadamente. O tratamento podem incluir medicamentos e hormônios.

É fundamental que a paciente realize o tratamento da menopausa precoce para prevenir todas as possíveis complicações, inclusive a secura vaginal, causada pela falta de estrogênio e progesterona.

Por isso, mulheres com idade inferior a 40 anos e que ficam mais de 4 meses ser ter período menstrual podem estar com os primeiros sintomas da menopausa precoce e devem procurar um médico ginecologista.

Saiba mais em: Posso estar entrando na menopausa?

Dor nos seios há três meses o que pode ser?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O que você tem é o que denominamos em medicina de Mastalgia, normalmente está associada com alterações hormonais ou o uso de anticoncepcional, pode também aparecer na gravidez, como em outras situações médicas. Existe tratamento para a mastalgia, com um bom resultado, procure um ginecologista para avaliar a causa da sua Mastalgia e para fazer o tratamento adequado.

Posso tomar Perlutan amamentando?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não, o Perlutan é contraindicado nos primeiros 6 meses após o parto para mulheres que estão amamentando, pois o uso de contraceptivos combinados injetáveis pode reduzir a quantidade e a qualidade do leite materno, prejudicando assim a saúde do bebê.

Os métodos anticoncepcionais hormonais permitidos nos primeiros 6 meses depois do parto e durante a amamentação devem conter apenas progesterona, pois aqueles que são combinados com estradiol (estrogênio) inibem a lactação.

Uma vez que o Perlutan contém estrogênio na sua formulação, ele pode interferir na lactação e por isso não pode ser usado durante a amamentação.

O Perlutan também é contraindicado nas primeiras 6 semanas após o parto, mesmo para mulheres que não estejam amamentando, pois a coagulação sanguínea ainda não está normalizada nesse período.

Outros métodos anticoncepcionais devem ser usados pelas mulheres que estão amamentando. Para saber o melhor método, consulte o/a seu/sua médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Como interpretar os resultados da urocultura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os resultados da urocultura, podem ser considerados: negativo ou normal, falso-negativo, positivo ou falso positivo.

Trata-se de um exame que permite identificar a presença e o tipo de bactéria na urina em casos de infeção urinária.

Colônia de bactéria em um meio de cultura. Urocultura negativa ou normal

Diz-se que a urocultura é negativa ou normal quando após um período de 48 a 72 horas de incubação da urina no meio de cultura, nenhum crescimento de colônias de bactérias é observado.

Urocultura falso negativa

Quando a urina apresenta um pH muito ácido (abaixo de 6) ou se estiver em uso de antibióticos ou diuréticos, o resultado da urocultura pode ser negativo, devido a essas condições, porém é considerado falso-negativo.

O uso de antibióticos pode inibir o crescimento de bactérias na urina. Neste caso, especialmente, o uso de medicações deve ser relatado durante a coleta do exame, e na consulta médica ao profissional que interpretará o exame.

Pode haver dúvidas se o número de colônias for inferior a 100.000 unidades formadoras de colônia. Isto pode ocorrer por contaminação da amostra de urina. É possível que o/a médico/a recomende repetir o exame para associar seus resultados aos sintomas de infeção urinária, o que possibilita um diagnóstico seguro.

Veja mais: Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

O risco de contaminação na urina é menor em homens. Por este motivo, valores superiores a 100.000 unidades formadoras de colônia devem ser valorizados e investigados pelo/a médico/a.

Urocultura positiva

A urocultura é considerada positiva quando são identificadas mais de 100.000 colônias de bactérias na amostra de urina analisada. Neste caso, o resultado do exame apresenta o nome da bactéria que está provocando a infeção.

Se o antibiograma ou Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA) tiver sido solicitado junto com a urocultura o resultado também traz os antibióticos eficazes para tratar a infeção.

Veja também: Para que serve o exame de TSA?

Urocultura falso positiva

O resultado falso positivo pode ser observado quando a amostra de urina é contaminada por microrganismos, medicamentos ou sangue. Neste caso, é indicado repetir o exame.

O resultado da urocultura deve ser analisado pelo/a médico/a e somente este profissional pode indicar o antibiótico adequado. Não use antibióticos para tratar infeção urinária ou outras infeções sem prescrição.

Leia mais: Exame de Urina: como se preparar e entender os resultados

O que é esfregaço hemorrágico?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

É o resultado de um exame de esfregaço com presença de hemácias, ou seja, sangue na amostra colhida.

O que pode causar a presença de sangue no esfregaço?

O resultado tem pouco significado clínico, porque na maioria das vezes a presença de sangue é decorrente de problemas durante a coleta, como pequenos traumas. Inclusive, quando existe uma quantidade elevada de hemácias, inviabiliza a análise do esfregaço, sendo necessário desprezar o material e solicitar nova coleta.

Entretanto, pode estar associado a alguma doença na região genital feminina, como um câncer de colo de útero ou infecções por Trichomonas vaginalis, por exemplo.

Portanto, esse exame deve ser avaliado de forma criteriosa pelo médico especialista, ginecologista, para definir a melhor conduta.

Esfregaço

O esfregaço é a análise do material colhido no exame preventivo da mulher, o Papanicolau. As amostras colhidas são espalhadas em finas lâminas de vidro, aonde mais tarde serão depositados corantes, que definem os tipos de células existentes em cada amostra.

Resultados do esfregaço

O resultado do esfregaço eutrófico, é o mais encontrado, indica normalidade. Descreve presença de células típicas daquela região.

Atrófica ou hipotrófica, são células evidenciadas nas fases da vida da mulher em que ocorre redução ou ausência de estímulo pelo estrogênio, como na infância, pós-parto e pós menopausa, por isso existem menos células na região. Sendo assim, estando dentro desse contexto, também é considerado um achado normal.

Leia também: É normal sangrar depois do preventivo?

Posso tomar estradiol e progesterona juntos?

Sim, pode-se tomar estradiol e progesterona juntos. Ambos são hormônios sexuais femininos naturais e o uso deles em conjunto é habitual e rotineiro, como ocorre nas pílulas anticoncepcionais combinadas.

Os anticoncepcionais combinados contêm baixas doses dos hormônios progesterona e estrógeno. Funcionam basicamente impedindo a ovulação, ou seja, a liberação de óvulos pelos ovários.

Dentre os mais comuns efeitos colaterais da pílula combinada de estradiol e progesterona estão:

  • Alterações na menstruação:
    • Menos sangramento e menos dias de menstruação;
    • Sangramento irregular;
    • Sangramento ocasional;
    • Ausência  de  menstruação;
  • Dor de cabeça;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Sensibilidade das mamas;
  • Variações de peso;
  • Alterações de humor;
  • Geralmente melhora a acne, embora possa piorar em alguns casos;
  • Pode haver algum aumento da pressão arterial.

Alguns dos benefícios à saúde em tomar progesterona e estradiol juntos:

  • Reduz os riscos de:
    • Gravidez;
    • Câncer de endométrio (parede interna do útero);
    • Câncer de ovário;
    • Doença inflamatória pélvica sintomática;
  • Pode ajudar a proteger contra:
    • Cistos no ovário;
    • Anemia por falta de ferro;
  • Diminui:
    • Cólicas menstruais;
    • Problemas de sangramento menstrual;
    • Dor na ovulação;
    • Excesso de pelos na face ou no corpo;
    • Sintomas da síndrome do ovário policístico (sangramento irregular, acne, excesso de pelos);
    • Sintomas de endometriose (dor pélvica, sangramento irregular)
Quem pode tomar estradiol e progesterona juntos?

Praticamente todas as mulheres podem utilizar anticoncepcionais combinados de estrógeno e progesterona com segurança e eficácia, incluindo aquelas que:

  • Tenham tido filhos ou não;
  • Tenham qualquer idade;
  • Tenham tido um aborto recente, mesmo que tenha sido natural;
  • Fumam (desde que tenham menos de 35 anos);
  • Têm ou já tiveram anemia;
  • Têm varizes;
  • Estão infectadas com HIV.

O uso de estradiol e progesterona deve ser prescrito preferencialmente por um médico ginecologista ou endocrinologista.

Veja também os artigos

Nível alto ou baixo de estradiol, o que pode ser?

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Qual é a função do estradiol?