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Um nódulo na mama: devo fazer outro ultrassom?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

O ultrassom só vai mostrar o que realmente existe em sua mama, dificilmente um novo nódulo vai surgir em tão pouco tempo.

Qual é a possibilidade do médico ter errado o sexo do bebê?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sempre existe a possibilidade de errar o sexo do bebê, pode fazer um novo ultrassom a hora que quiser.

É possível errar o sexo do bebê com a ultrassonografia. Os exames de ecografia nem sempre permitem visualizar as estruturas fetais com nitidez. Quanto mais cedo são realizados, maiores as chances de apresentar um resultado errado, isto porque a genitália do feto é muito semelhante nos dois sexos no início da gestação.

Além disso, a posição do feto durante o exame do ultrassom também pode dificultar a visualização do sexo do bebê e confundir o/a médico/a que está realizando o exame.

É ainda possível que o pênis do menino fique um pouco escondido e o/a profissional interpretar que portanto o bebê seja uma menina, também é possível ocorrer o oposto, quando o profissional confunde o clitóris da menina com um pênis.

Pesquisas mostram que a possibilidade de acerto do sexo do bebê através do ultrassom pode variar de 80 a 90%, a depender da época da gestação em que foi feito o exame.

Recomenda-se que o exame para visualização do sexo do bebê seja feito um pouco mais tarde, por volta da 16ª a 20ª semana, nesse período os genitais estão um pouco mais diferenciados e o pênis de bebês do sexo masculino já está um pouco maior, sendo mais fácil a diferenciação a partir da vigésima semana.

Como você está com 24 semanas, é possível que o/a médico/a tenha detectado o sexo do bebê, porém, você pode realizar um novo ultrassom a qualquer momento para tirar essa dúvida.

Converse com o/a médico/a que está acompanhando a gestação para esclarecer mais dúvidas sobre o exame de ultrassom e o sexo do bebê.

Leia também:

Na ultrassonografia transvaginal dá para saber o sexo do bebe?

Minha menstruação só desce quando urino, o que pode ser?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Não é normal ou esperado que a menstruação só desça ao urinar. Se for de fato o sangue menstrual que desce ao urinar é possível que a sua menstruação venha em tão pouca quantidade que fica retida no fundo da vagina e o sangue apenas sai ao forçar os músculos pélvicos para urinar.

Entretanto, também é possível que o sangramento tenha outra causa. Considerando esta hipótese, existem duas possibilidades:

  • O sangue é na verdade da própria urina, podendo ter origem em uma possível infecção urinária;
  • O sangramento tem origem no útero, porém não está relacionado à menstruação. Algumas doenças como pólipos uterinos, miomatose ou mesmo o simples uso de anticoncepcionais hormonais podem causar sangramentos uterinos fora do período menstrual.

Para descobrir a causa do sangramento ao urinar é essencial consultar o seu médico de família ou ginecologista para ser examinada e chegar no diagnóstico correto.

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Tomo o anticoncepcional YAZ e tive uma relação sem preservativo...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Eventualmente a menstruação pode não vir, principalmente por ter tomado a pílula do dia seguinte, recomece a nova cartela no dia certo independente de sua menstruação. Se toma anticoncepcional não precisa ter medo, não faz sentido usar a pílula do dia seguinte.

Menstruei e 10 dias depois tive relação e não usamos camisinha, posso engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, você pode engravidar, porque está próximo do período fértil. O período de maior risco para que aconteça a gravidez.

Para evitar a gravidez, nos casos de falha nos métodos contraceptivos, pode fazer uso da pílula do dia seguinte, em até 5 dias após a relação desprotegida. Por exemplo, no caso de esquecer de tomar uma pílula ou quando a camisinha rompe durante a relação.

Importante lembrar que a eficácia do remédio é maior quanto antes tomar a pílula, de preferência nas primeiras 24 horas após a relação. De qualquer forma, existem pílulas do dia seguinte que pode ser tomada em até 3 dias após a relação, e pílulas mais novas, que conferem proteção, em até 5 dias.

A opção desse método deve ser sempre como método de emergência. O uso repetido da pílula do dia seguinte pode causar sérios danos a saúde, com trombose ou hemorragias.

Quando usar a pílula do dia seguinte?

A recomendação é que tome a pílula nas primeiras 24 horas após a relação, quando é garantido a proteção contra gravidez, em mais de 95%. Após 24 horas essa resposta já é menor, e após 72 horas o risco de falha é de quase 50%.

De qualquer forma, para evitar a gravidez não planejada, pode sim tomar o remédio dentro de 5 dias após a relação, dependendo da pílula e conversar com seu médico para receber as orientações e acompanhamento necessários.

O que é o período fértil?

O período fértil é a semana na qual se espera que um dos ovários da mulher, libere um óvulo maduro para a trompa, por isso, tem a maior probabilidade de engravidar.

Se houver relação, esse óvulo pode encontrar um espermatozoide e darem origem a gestação.

Como calcular o período fértil?

O período fértil é calculado pelo último dia da menstruação. Não é um cálculo de grande precisão, especialmente para mulheres com ciclo irregular, por isso o método de contracepção através da tabelinha não é tão confiável.

Para as mulheres que tem o ciclo menstrual regular, o cálculo é simples, basta calcular o dia do meio do ciclo e então somar 3 dias antes e 3 dias após o dia do meio. Por exemplo, mulheres com ciclos de 28 dias:

O dia mais fértil é o 14º dia. Somando os 3 dias antes e depois, o período se inicia no 11º dia e termina no 17º dia. Então, a semana mais fértil, será do 11º ao 17º dia do ciclo.

Colocando em números. A mulher que menstrua a cada 28 dias, teve seu primeiro dia em 05 de janeiro.

O dia mais fértil será o dia = 5 + 14 = 19 de janeiro

O período féritl será = 19 - 3 (16) e 19 +3 (22) = 16 a 22 de janeiro

Para mulheres com ciclo irregular, esse cálculo deve ser feito anotando os últimos 6 ciclos e depois subtrai o número 18 do menor ciclo, e 8 do maior ciclo.

Lembrando que para os ciclos irregulares, o cálculo é ainda menos confiável.

Essa estimativa de dias mais prováveis para engravidar podem variar ainda, de acordo com os níveis hormonais da mulher e condições de saúde.

Vemos assim, que uma relação sem proteção após 10 dias da menstruação, chega exatamente no período fértil, da maioria das mulheres, o décimo primeiro dia. Por isso podemos dizer que existe um risco elevado de engravidar nesse período.

Entenda melhor sobre o cálculo do período fértil nas mulheres que não tem o ciclo regular, no seguinte artigo: Cálculo do período fértil vale para ciclo irregular?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

O que é endometriose?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora do útero, ou seja, são encontradas "ilhas" de tecido endometrial em outros órgãos que não o útero, causando inflamação.

A inflamação e evolução dessas "ilhas" denominadas endometriomas, levam a uma série de sintomas específicos, especialmente durante o período menstrual, são eles:

  • Cólica menstrual;
  • Dificuldade para engravidar (30 a 40% dos casos);
  • Diarreia ou prisão de ventre e dor para evacuar durante o período menstrual;
  • Desconforto ou dor durante a relação sexual;
  • Dor para urinar ou presença de sangue na urina durante a menstruação;
  • Dores contínuas no baixo ventre, independentemente do período menstrual.

Vale lembrar que os sintomas da endometriose não ocorrem necessariamente todos ao mesmo tempo, variando com a localização das lesões (endometriomas), e com as características de cada mulher.

O que causa a endometriose?

Ainda não se sabe exatamente qual a causa da endometriose. Acredita-se que o seu desenvolvimento possa estar relacionado com a genética ou com a imunidade que não consegue inibir o surgimento da doença.

Sabe-se que o hormônio estrogênio, produzido nos ovários, é responsável pelo crescimento da parede do endométrio no ciclo menstrual, aonde quer que esteja localizado, portanto está relacionado com a evolução da doença. Durante o período menstrual, aonde o tecido é mais estimulado, as mulheres tem mais queixas de dor ou alterações nos órgãos afetados.

A endometriose está presente em cerca de 10 a 15% das mulheres e surge mais frequentemente nas mulheres mais jovens, em idade reprodutiva.

A doença se desenvolve principalmente na cavidade pélvica, em locais como:

Leia também: Quais são os sintomas da endometriose?

Como é o tratamento para endometriose?

O tratamento da endometriose é feito com medicamentos hormonais ou cirurgia, dependendo da sua localização, extensão e gravidade.

O tratamento medicamentoso é indicado na maioria dos casos e também serve para diminuir as chances da doença voltar após a cirurgia. Em geral, os medicamentos usados são anticoncepcionais orais ou injetáveis, ou o sistema intrauterino com hormônio (progestagênio).

O tratamento cirúrgico da endometriose é indicado quando não há melhoras após o uso de medicação ou em casos mais avançados, com algum prejuízo para o órgão afetado.

A cirurgia normalmente é feita por videolaparoscopia e retira todos os focos de endometriose encontrados.

Veja também: Endometriose tem cura? Qual o tratamento?

O diagnóstico da endometriose pode ser difícil, às vezes necessitando de vários exames, tais como ultrassonografia, histerossalpingografia, ressonância magnética nuclear ou até videolaparoscopia.

O/A ginecologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose.

Saiba mais sobre endometriose em:

Tenho endometriose: posso engravidar?

Endometriose pode virar câncer?

Qual a diferença entre endometriose e endometrioma?

Sangramento de escape posso contar como menstruação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Não. O sangramento de escape não pode ser contado como menstruação.

Sangramento de escape é a perda mínima de sangue que pode ocorrer ao longo do ciclo menstrual. Esse sangramento não é prolongado, é percebido na calcinha manchada e às vezes a mulher não sente necessidade do uso de absorvente. Geralmente é associado ao uso de anticoncepcional hormonal como pílula, adesivo, anel vaginal implante intradérmico e DIU (Dispositivo intra uterino). No seu caso, é bem provável que seja associado ao uso do anticoncepcional.

As mulheres fumantes são mais propensas a esse tipo de sangramento. A interrupção do tabagismo é sugerida como medida de melhora.

A maioria das mulheres apresenta resolução espontânea do problema, não precisando de intervenção com medicações ou mudança de método anticonceptivo. Caso o sangramento de escape incomode demasiadamente, a mulher pode procurar o/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família para orientações. 

O que é anorexia e quais as suas causas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que caracteriza-se pela distorção da autoimagem, pelo intenso medo de engordar e pela preocupação excessiva com o peso.

A pessoa com anorexia olha-se ao espelho e vê-se gorda, mesmo que esteja com o peso ideal ou muito magra, o que a leva a fazer dietas extremas, jejuns prolongados, exercícios físicos extenuantes e até tomar laxantes e diuréticos para não "ganhar mais peso".

A anorexia nervosa pode causar desnutrição grave, afetando todos os principais órgãos do corpo. As complicações mais preocupantes estão relacionadas ao coração, aos líquidos corporais e aos sais minerais sódio, potássio e cloro.

Nesses casos, o coração enfraquece e bombeia menos sangue para o resto do corpo. Pode haver desidratação e desmaios. O sangue pode tornar-se ácido e os níveis de potássio no sangue podem baixar. O uso de laxantes ou diuréticos ou ainda os vômitos, podem agravar o quadro. Nos casos mais graves, pode haver morte súbita devido à ocorrência de arritmias cardíacas.

Quais as causas da anorexia?

A anorexia nervosa não tem uma causa específica. Muitas vezes ocorre em pessoas muito perfeccionistas, inflexíveis, ansiosas, depressivas, com tendências suicidas e que têm comportamentos obsessivos.

Contudo, o desenvolvimento desse transtorno alimentar pode estar associado a diversos fatores, tais como predisposição genética, imposições de padrões de beleza que enaltecem a magreza, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e ainda abusos sofridos durante a infância.

Quais os sintomas da anorexia?

Um dos principais sinais da anorexia nervosa é a magreza exagerada que esses indivíduos normalmente apresentam. Em alguns casos, podem chegar à desnutrição severa e desenvolver transtornos psiquiátricos e alimentares, como a bulimia, por exemplo.

Indivíduos com anorexia apresentam emagrecimento rápido e acentuado, alimentam-se pouco, evitam comer com outras pessoas, são muito magros mas têm muito medo de engordar, além de terem uma visão distorcida da autoimagem, vendo-se gordos mesmo estando magros e recusando-se em assumir o emagrecimento extremo.

É comum essas pessoas praticarem muito exercício físico, podendo ainda recorrer ao uso de medicamentos laxantes e diuréticos.

Nas mulheres, que são as mais afetadas pela anorexia nervosa, sobretudo na adolescência, pode haver ausência de menstruação durante vários ciclos, além de diminuição da libido e perda das características femininas.

Nos homens, a anorexia pode causar ainda disfunção erétil e atraso na maturidade reprodutiva.

Qual é o tratamento para anorexia?

O tratamento da anorexia nervosa é feito com a recuperação do peso corporal, psicoterapia e medicamentos para controlar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas.

Se o emagrecimento ocorreu muito depressa ou for muito intenso, é fundamental recuperar o peso corporal. Nesses casos, a fase inicial do tratamento normalmente é feita em ambiente hospitalar. Nos quadros mais extremos, a pessoa é alimentada por via endovenosa ou através de uma sonda que vai do nariz ao estômago.

Após a recuperação do estado nutricional, tem início a segunda fase do tratamento da anorexia, que baseia-se sobretudo na psicoterapia. O tratamento pode incluir ainda terapia familiar e medicamentos psiquiátricos para ansiedade, depressão e compulsão.

A anorexia nervosa tem cura em cerca de 50% dos casos. Muitas pessoas com anorexia melhoram temporariamente e depois têm recaídas. Em alguns casos, a pessoa desenvolve uma forma crônica de anorexia. Prever como cada caso vai evoluir é muito difícil.

O tratamento da anorexia nervosa é feito com acompanhamento médico (psiquiatra, endocrinologista), nutricional e psicológico. É muito importante que toda a família esteja envolvida no processo.

A anorexia nervosa pode trazer várias complicações para a saúde, por isso, caso você esteja nessa situação, procure o/a clínico/a geral ou médico/a de família para maiores avaliações.

Também pode lhe interessar: Como é o tratamento para transtornos alimentares?