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Estou sem menstruar há 4 meses, o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A falta de menstruação, ou atraso menstrual, geralmente é decorrente de uma alteração hormonal, mas existem muitas outras causas, desde doenças físicas até emocionais que devem ser investigadas.

As causas mais comuns de falta de menstruação
  • Síndrome do ovário policístico (SOP)
  • Endometriose
  • Doenças da tireoide
  • Exercícios físicos extenuantes
  • Distúrbios alimentares
  • Ganho ou perda excessiva de peso (em pouco tempo)
  • Tumor ovariano
  • Tumor de hipófise
  • Uso de certos medicamentos
  • Distúrbios de humor (estresse, ansiedade)

O ciclo menstrual é regulado pelos hormônios progesterona e estrogênio, ambos produzidos principalmente pelos ovários, que por sua vez dependem de estímulos hormonais provenientes da hipófise e hipotálamo para funcionar adequadamente. Por isso qualquer alteração em um desses órgãos resulta na ausência de menstruação ou sangramento em excesso.

Síndrome dos ovários policísticos

A síndrome dos ovários policísticos acomete mais mulheres jovens, e se caracteriza por irregularidade menstrual, dificuldade para engravidar, aumento de peso, acne, aumento da oleosidade da pele e aumento de quantidade de pelos.

Endometriose

Endometriose é uma doença causada pela presença do endométrio (tecido que reveste a parte interna do útero) fora do útero, ou seja, são encontradas "ilhas" de endométrio em outros órgãos que não o útero, causando inflamação. O órgão mais acometido é o ovário, levando a ciclos menstruais irregulares, ainda, cólicas menstruais graves e dificuldade para engravidar.

Distúrbios endocrinológicos

Doenças endocrinológicas, como doenças da tireoide ou da hipófise, reduzem o estímulo hormonal para o ovário, alterando assim a produção de progesterona e estrogênio, consequentemente gera distúrbios no ciclo menstrual.

Distúrbios alimentares, distúrbios de humor e excesso de exercícios físicos

São distúrbios que interferem diretamente na liberação de hormônios, por isso podem causar falta de menstruação ou também, sangramento em excesso.

Para determinar qual a causa da sua amenorreia (falta de menstruação), recomendamos agendar uma consulta com médico/a ginecologista. O profissional será capaz de avaliar quais exames são necessários para definir o diagnóstico e com isso o devido tratamento.

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Corrimento vaginal e ardência para urinar, o que é?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Após a relação sexual, a pessoa pode sentir ardência para urinar o que não necessariamente chega a ser dor. Pela fricção que ocorre durante o ato sexual, é normal sentir essa ardência após a relação. Contudo, essa ardência, em geral, deixa de existir após algumas micções.

Outra situação que pode ocorrer é a infecção de urina, muito frequente em mulheres com vida sexual ativa. A infecção urinária pode ser desencadeada com o ato sexual. Com ela, a mulher pode sentir dor ou ardência ao urinar, vontade constante de urinar e ainda notar a presença de sangue na urina. A infecção urinária é normalmente tratada com medicamentos antibióticos.

O corrimento vaginal pode ser normal quando apresenta coloração clara ou esbranquiçada, parecida com clara de ovo, não possui cheiro forte, não provoca coceira ou ardência. Neste caso, trata-se de uma secreção vaginal normal.

No entanto, corrimento vaginal branco, amarelo ou esverdeado, com odor desagradável tipo peixe podre ou azedo, pode ser algum tipo de infecção ou inflamação vaginal que precisa ser avaliada e tratada adequadamente pelo clínico geral, médico de família ou ginecologista.

Você pode observar essa ardência e o corrimento. Caso fique constante, é recomendável procurar um serviço de saúde para uma avaliação e uso da medicação indicada.

Saiba mais em:

Calcificação na mama é perigoso? O que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Calcificação na mama pode ser perigoso quando as calcificações apresentam algumas características que podem evoluir para câncer de mama. Porém, na maioria dos casos, as calcificações na mama são benignas.

Tratam-se de cristais de cálcio que se depositam na mama naturalmente, resultantes de alterações não-cancerígenas que já estão curadas ou estáveis.

Normalmente, esses cristais não causam dor ou desconforto e não necessitam de tratamento.

As calcificações benignas na mama apresentam formatos bem definidos (calcificação em cisto) e são facilmente identificadas. Podem estar localizadas em:

  • Paredes de vasos sanguíneos;
  • Paredes ou interior dos ductos de leite;
  • Suturas cirúrgicas;
  • Áreas de traumatismo;
  • Pele;
  • Tumores benignos da mama.
Quando a calcificação na mama pode ser câncer?

Se as calcificações estiverem muito agrupadas e esses agrupamentos apresentarem formatos e tamanhos diferentes, há uma grande chance de malignidade.

As calcificações na mama com potencial de evoluírem para câncer de mama apresentam as seguintes características:

  • São muito pequenas (menos de 1,0 mm);
  • Estão muito agrupadas;
  • Têm formatos irregulares e variados;
  • São mais difíceis de serem identificadas na mamografia.

Quando as calcificações são mesmo câncer de mama, o câncer está em fase inicial e não é palpável. Com um tratamento adequado, as chances de cura nesses casos é de quase 100%.

Como diferenciar as calcificações de mama benignas das malignas?

A mamografia é capaz de identificar com precisão as calcificações tipicamente benignas, seguindo uma classificação que vai de 1 a 5:

  • 1 e 2: Completamente benignas;
  • 3: Realiza-se outro exame após 6 meses;
  • 4 ou 5: É solicitada uma biopsia.

Sempre que houver suspeita das calcificações serem malignas, deve-se fazer a biopsia, que consiste na retirada de tecidos da mama contendo calcificações.

Apesar das calcificações na mama serem benignas na maior parte dos casos, casos suspeitos devem ser sempre investigados, uma vez que o câncer de mama pode se manifestar no início através de microcalcificações.

Para maiores esclarecimentos, consulte o/a médico/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.

Eu posso engravidar na primeira vez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. A mulher pode engravidar mesmo na primeira relação sexual.

Após a menarca, primeira menstruação, a mulher se encontra apta à engravidar. Por isso, uma relação sexual desprotegida é capaz de ter como consequência uma gravidez não desejada.

A mulher que pretende iniciar suas atividades sexuais e não deseja engravidar deve utilizar algum método contraceptivo.

O preservativo (camisinha) masculino ou feminino são eficazes na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, bem como na prevenção de gravidez.

Caso pretenda utilizar outro método anticoncepcional de longa duração, é recomendada uma consulta com o/a médico/a de família, clínico/a geral ou ginecologista para uma avaliação pormenorizada de qual método é mais indicado no seu caso.     

É possível engravidar durante a pausa (é a primeira pausa)?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

A mulher não engravida na pausa do anticoncepcional, por ser a primeira pausa pode haver uma pequena chance, mas essa chance é muito (muito mesmo) pequena.

Qual a diferença entre o beta HCG qualitativo e quantitativo?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O hormônio hCG é secretado na circulação materna após a implantação do ovo. O exame de sangue que detecta a unidade beta desse hormônio é qualitativo quando indica a presença ou ausência do hormônio e quantitativo quando indica a quantidade de hormônio presente na circulação.

O exame qualitativo normalmente é suficiente para detectar a presença de gestação e seu resultado pode sair mais rápido. O exame quantitativo pode ser útil para indicar a semana de gestação, mas pode não estar disponíveis em alguns laboratórios, além de demorar poucas horas a mais para liberar o resultado.

A variação da quantidade hormonal é grande e o valor normal pode ser entre 5.000 UI/L e 150.000 UI/L. O pico de concentração de hCG ocorre entre a 8ª e 10ª semana de gestação, ficando em média entre 60.000 UI/L a 90.000 UI/L. Após a 10ª semana, há uma queda na concentração do hormônio, atingindo em média 12.000 UI/L (pode variar entre 2.000UI/L a 50.000 UI/L). A partir da 20ª semana, os valores de hCG permanecem relativamente constantes até o final da gestação.

Outra utilidade do beta hCG quantitativo é no controle da doença trofoblástica gestacional, gravidez ectópica e abortamento.

É importante levar o resultado para que o/a médico/a possa interpretar e realizar o acompanhamento necessário em cada situação.

2 pílulas de anticoncepcional tem o mesmo efeito da pílula do dia seguinte?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não, tomar duas pílulas de anticoncepcional não faz o mesmo efeito da pílula do dia seguinte e por isso não serve como método anticoncepcional de emergência. A ideia de que duas pílulas anticoncepcionais podem substituir a pílula do dia seguinte está relacionada com o fato de que ambas as pílulas possuem os mesmos hormônios em suas composições, contudo, as doses hormonais em cada uma delas são muito diferentes.

A quantidade de hormônios presente na pílula do dia seguinte é bastante superior àquela encontrada na pílula da cartela. Para se ter uma ideia, uma pílula do dia seguinte corresponde a cerca de metade da cartela do anticoncepcional convencional. São doses muito elevadas de hormônios, que podem inclusive causar diversos efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, dor de cabeça e dor nas mamas.

Por isso a pílula do dia seguinte só deve ser usada em situações de emergência e não regularmente. O seu uso frequente pode desequilibrar os níveis hormonais da mulher. 

Portanto, se teve relação sexual sem proteção durante o período fértil, se a camisinha estourou ou você se esqueceu de tomar a pílula convencional e pretende evitar uma gravidez, deve tomar a pílula do dia seguinte, que é feita especificamente para essas situações.

O uso de duas pílulas de anticoncepcional não produz de forma alguma o mesmo efeito.

Consulte um médico ginecologista, clínico geral ou médico de família para receber indicações e orientações sobre um método contraceptivo que seja adequado para você.

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Cauterização no útero dói? Qual o tempo de recuperação?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A cauterização no útero é um procedimento que pode causar incômodo e dor a depender de cada paciente.

A anestesia usada no procedimento é uma anestesia local no colo do útero. O/a ginecologista aplica a anestesia no momento do procedimento e a paciente continua acordada durante todo o tempo.

A cauterização no útero é um procedimento realizado para tratar lesões pré-cancerígenas ou infecciosas e destruir células anormais no colo do útero.

O procedimento em geral é simples e o tempo de recuperação dependerá de cada pessoa. A paciente pode continuar suas atividades cotidianas normalmente, devendo evitar relações sexuais, duchas vaginais e uso de tampões por algumas semanas após a cauterização. Esse tempo é necessário para haver a cicatrização do tecido.

A mulher que vai realizar ou já realizou o procedimento deve perguntar ao/à médico/a dúvidas sobre a cauterização, suas consequências e os cuidados que se deve ter após a realização.

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