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Tomar pílula do dia seguinte menstruada pode engravidar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As chances de engravidar se tomar a pílula do dia seguinte menstruada são praticamente nulas. Em primeiro lugar, porque a pílula do dia seguinte tem uma eficácia de até 98% na prevenção da gravidez, quando tomada nas 24 horas seguintes à relação. Em segundo lugar, porque as chances da mulher engravidar durante a menstruação são muito baixas.

A pílula do dia seguinte é considerada eficaz para prevenir a gravidez se for tomada em até 72 horas que ocorreu a relação. Porém, quanto mais tempo a mulher demorar para tomar a pílula, menor é a sua eficácia: nas primeiras 24 horas, pode chegar a 98%; após 48 horas, é de cerca de 85%; se a pílula for tomada 72 horas depois da relação, a eficácia cai para 58%.

Posso engravidar, mesmo tomando a pílula do dia seguinte?

Apesar de ser praticamente impossível engravidar tomando a pílula do dia seguinte menstruada, não se pode excluir uma pequena possibilidade de gravidez, ainda que ela seja mínima.

Para isso acontecer, a pílula do dia seguinte teria que falhar, você teria que ter um ciclo menstrual curto (21 dias ou menos) e um período menstrual com 7 dias de duração ou mais.

Supondo que você tenha tomado o medicamento nas 24 horas seguintes à relação, a probabilidade de falha é de cerca de 3%. Portanto, pode-se dizer que o risco de engravidar é de 3%.

Contudo, existe ainda o fato de estar menstruada. A menstruação é o período do mês que a mulher tem menos chances de engravidar, pois ela indica que o óvulo não foi fecundado. Esse óvulo costuma ser liberado cerca de 14 dias antes da menstruação, se o seu ciclo for de 28 dias, que é a duração média dos ciclos da maioria das mulheres. Lembrando que o ciclo menstrual começa no 1º dia de menstruação e termina no dia anterior à vinda do próximo período.

Se estiver menstruada não posso engravidar nunca?

Embora as chances de engravidar menstruada sejam muito baixas, uma vez que dificilmente a mulher estará no seu período fértil durante a menstruação, existe uma possibilidade.

O dia da ovulação fica na metade do ciclo. Portanto, se o seu ciclo menstrual for de 28 dias, o 14º dia é o seu dia mais fértil, em que tem mais chances de engravidar. Porém, como o espermatozoide pode permanecer vivo por até 72 horas dentro do corpo da mulher, o período fértil começa 3 dias antes e termina 3 dias depois do dia da ovulação. Assim, o período fértil nesse caso vai do 11º ao 17º dia do ciclo menstrual.

Dessa forma, se o seu ciclo for de 28 dias, é impossível engravidar menstruada, independentemente de tomar ou não a pílula do dia seguinte, pois você não estará no seu período fértil. A ovulação só irá acontecer depois de 14 dias que veio a menstruação.

Por outro lado, os ciclos menstruais podem ter de 21 a 35 dias de duração. Se o seu ciclo for de 21 dias, por exemplo, o seu dia fértil será o 10º ou 11º dia. Nesse caso, o período fértil irá começar no 7º dia do ciclo menstrual. Se você tiver um período menstrual de 7 dias e tiver relação no último dia de menstruação, já estará no seu período fértil, pois estará no 7º dia do ciclo. Nessa situação, existe a possibilidade de engravidar menstruada.

Portanto, se o seu ciclo tiver 21 dias ou menos e a sua menstruação durar 7 dias ou mais, você pode engravidar durante o período menstrual. Entretanto, como tomou a pílula do dia seguinte, muito provavelmente você não está grávida.

Todavia, se a dúvida persistir, espere pela próxima menstruação. Se ela atrasar uma semana, faça um teste de gravidez.

Para maiores esclarecimentos sobre o uso da pílula do dia seguinte durante a menstruação, consulte um médico clínico geral, médico de família ou ginecologista.

Anabolizantes cortam o efeito do anticoncepcional?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, anabolizantes podem cortar o efeito do anticoncepcional. Uma vez que os anabolizantes são hormônios, eles podem interferir com a metabolização dos hormônios presentes no anticoncepcional, anulando o seu efeito.

A ação dos anabolizantes no fígado é imprevisível e é este o órgão responsável pelo metabolismo dos hormônios que estão no anticoncepcional e no anabolizante.

Os anabolizantes, por serem quase sempre derivados da testosterona, um hormônio masculino, diminuem o efeito dos hormônios femininos.

Mulheres que usam anabolizantes e tomam anticoncepcional devem utilizar outro método para evitar uma gravidez.

veja também: Anabolizantes podem suspender a ovulação e causar infertilidade?

Além disso, caso fique grávida, existe um grande risco de haver malformações fetais, com alterações no desenvolvimento dos genitais do bebê.

O uso de anabolizantes pode prejudicar gravemente a saúde da mulher, podendo causar:

  • Menopausa precoce;
  • Osteoporose;
  • Aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do bom colesterol (HDL), aumentando o risco de infarto e derrame;
  • Câncer de fígado;
  • Aumento da pressão arterial;
  • Comprometimento de fígado e rins;
  • Aumento da agressividade, ansiedade e competitividade;
  • Transtorno bipolar;
  • Aumento do clitóris;
  • Angina de peito.

Para maiores informações e esclarecimentos sobre o uso de anabolizantes, consulte um médico endocrinologista.

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Como funciona o exame Beta-hCG?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

O exame Beta-hCG, gonadotrofina coriônica humana ou teste imunológico da gravidez é usado no diagnóstico e acompanhamento da gestação normal, gravidez ectópica e de tumores germinativos (ovarianos e testiculares). É dosado na urina, a primeira da manhã (exame qualitativo, apenas diz se é positivo ou negativo) ou sangue (exame quantitativo, com os valores exatos). A preparação envolvida é apenas de jejum de 4 horas.

É importante lembrar que o diagnóstico da gravidez não deve se basear somente no resultado do exame laboratorial, mas sim na correlação do resultado do teste com os sinais e sintomas clínicos. Além disso, um resultado negativo não deve ser considerado isoladamente para exclusão de gravidez, sugerindo realizar novo teste em amostra colhida após 7 dias (falso negativo). Quando o resultado for indeterminado, atenção especial na evolução, com repetição após 72 horas.

Amostras de pacientes com doenças trofoblásticas como coriocarcinoma ou mola hidatiforme que secretam hCG, podem produzir resultados positivos na ausência de gravidez e ocasionalmente em mulheres saudáveis não grávidas e na menopausa (falso positivo para gravidez). Determinações seriadas podem ser usadas na suspeita de gravidez anormal, quando o ritmo de elevação na concentração de HCG é menor do que o esperado.

O diagnóstico de gravidez pode ser feito a partir do 2º dia de atraso menstrual e na gravidez normal a concentração dobra a cada 2 dias da 2ª.à 5ª.semana de evolução.

Transei sem camisinha e esqueci de tomar o anticoncepcional?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não deve continuar tomando. Continuar tomando, não é aconselhável nesse caso e não altera o risco de gravidez.

O esquecimento de duas pilulas associado a uma relação sem camisinha, ou outro método de barreira, aumenta bastante o risco de gestação. Portanto nesse caso a orientação da maioria dos médicos especialistas na área, é de interrupção da medicação, aguardar 7 a 8 dias para realizar o teste de gravidez, e após a certeza de não ter engravidado, iniciar uma nova cartela do anticoncepcional no primeiro dia da menstruação seguinte.

O que fazer quando esquecer de tomar a pílula?

Quando a mulher esquecer de tomar apenas uma pílula, e não houve relação nesse período, pode continuar o anticoncepcional sem aumentar o risco da gestação, basta tomar a pílula assim que se lembrar e a próxima no mesmo horário que tomaria.

No caso do esquecimento de duas ou mais pílulas, também sem relação no período, as orientações se baseiam na fase do ciclo menstrual em que se encontrava. Na primeira semana da cartela o risco de gravidez é maior, por isso pode tomar quando lembrar e seguir a diante a cartela, porém deve fazer uso de mais um método de barreira por pelo menos 7 dias.

Na segunda e terceira semana, costuma ser indicado parar a medicação, usar outro método contraceptivo e aguardar a próxima menstruação para recomeçar em nova cartela.

Vale lembrar que sempre que houver relação sem proteção, ou esquecimento da pílula, pode lançar mão do uso de contraceptivo de emergência, a pílula do dia seguinte. Que deverá ser tomada em até 72h, porém quanto mais cedo, melhor a sua eficácia.

Pode lhe interessar também: Esqueci de tomar a pílula, a penúltima da cartela, corro risco de estar grávida?

Dor acima da vagina quando aperta o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor acima da vagina pode ser indicativo de infecção urinária. A região acima do púbis, no baixo ventre, é a região próxima da bexiga e, ao apertar pode causar dor quando a bexiga está inflamada ou infeccionada.

A dor acima da vagina pode vir acompanhada de dor ao urinar, vontade urgente de urinar ou outros sintomas da infecção de urina.

Leia mais em:

Quais são os sintomas e causas de uma infecção urinária?

Qual o tratamento para infecção urinária?

Para resolver essa dor, é indicado ir em consulta com médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médica/o de família para uma avaliação. Enquanto isso, aumentar a ingesta de água é fundamental para reduzir essa dor.

Quais precauções tomar quando for fazer sexo pela primeira vez?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

As precauções que você deve tomar quando for fazer sexo pela primeira vez são as mesmas que deverá ter nas outras vezes que tiver uma relação sexual:praticar de forma consciente de suas vontades e com o consentimento da outra pessoa; usar preservativo sempre, para evitar uma gravidez indesejada e prevenir-se contra doenças sexualmente transmissíveis (DST).

É importante lembrar que para prevenir a transmissão das DST, a camisinha deve ser usada em todo tipo de ato sexual (anal, oral e vaginal).

Uma consulta prévia com o/a clínico/a geral, médico/a de família ou ginecologista pode facilitar tirar dúvidas e aumentar as informações sobre métodos contraceptivos mais indicados em cada situação. 

Depois de tomadas todas as precauções para prevenir a transmissão de doenças e evitar uma gravidez não planejada, é importante que as pessoas envolvidas criem intimidade e não tenha pressa para que as coisas aconteçam de forma prazerosa.  

A tensão e a expectativa exagerada podem interferir diretamente no prazer, pois dificultam a lubrificação genital e o relaxamento da musculatura dessa região, dificultando o prazer.  

Todo ato sexual deve ser realizado com livre e espontâneo desejo das pessoas envolvidas.

Cisto no ovário é necessário retirar todo ovário ou o útero?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A presença de cisto no ovário não necessariamente necessita da retirada do ovário ou do útero. Em alguns casos, em que o cisto no ovário é grande, com presença de dor e suspeita de malignidade, pode haver indicação de cirurgia para retirada do cisto ou do ovário inteiro acometido.

Na cirurgia, tenta-se preservar sempre o ovário e retirar apenas o cisto. Contudo, há casos raros em que é necessário remover totalmente o ovário. Porém, mesmo com a retirada de 1 ovário, as funções reprodutivas e de produção de hormônios ficam preservadas, já que o outro ovário é capaz de exercer essas funções.

Alguns dos critérios usados para determinar se um cisto deve ou não ser removido cirurgicamente incluem o tamanho do cisto, a presença de material sólido dentro dele, a presença de líquido no abdômen, além de sintomas como dor e aumento do sangramento. Também são realizados alguns exames de sangue específicos para determinar se o cisto tem ou não malignidade.

Qual é o tratamento para cisto no ovário?

O tratamento para cisto no ovário dependerá da idade da mulher, do tipo de cisto, da presença de dor, do tamanho do cisto e da suspeita de câncer. Na maioria das vezes, o cisto de ovário pode se resolver sem nenhum tratamento.

Há cistos no ovário que regridem espontaneamente. Dependendo de cada caso, o tratamento pode incluir terapia hormonal ou a remoção cirúrgica. Se o cisto no ovário for maligno, o tratamento pode incluir ainda quimioterapia.

Alguns cistos ovarianos podem ser tratados com o uso de pílula anticoncepcional, durante um período de até 3 meses. Após esse período, deve-se repetir o exame de ultrassonografia para avaliar novamente o cisto.

Como é feita a cirurgia para cisto no ovário?

A cirurgia para retirar o cisto no ovário muitas vezes é feita por laparoscopia. O procedimento é realizado através de pequenos cortes de cerca de 1 cm, feitos no abdômen. Trata-se de uma cirurgia minimamente invasiva e é a mais indicada para tratar cisto no ovário.

Mesmo após a remoção cirúrgica do cisto, se o ovário for preservado, outros cistos podem aparecer. O uso de anticoncepcionais pode prevenir o reaparecimento de cistos, dependendo do seu tipo.

Vale lembrar que qualquer mulher pode desenvolver cisto de ovário, dependendo da fase em que está do ciclo menstrual. Existem cistos benignos, que surgem normalmente até 14 dias antes da menstruação, mas que desaparecem após o período menstrual.

O importante é seguir o aconselhamento dado pelo/a médico/a que está acompanhando o caso.

Como tomar a pílula do dia seguinte?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A "pílula do dia seguinte" deve ser tomada o quanto antes, se possível logo após a relação sem proteção. A mulher deve tomar a pílula segundo a orientação do fabricante.

Existem pílulas que devem ser usadas em dois comprimidos, e outras pílulas em dose única.

A eficácia da pílula do dia seguinte só está garantida, quando a primeira dose é tomada até 72 horas após a relação desprotegida. Nas primeiras 24 horas, sua eficácia chega a 95%, depois de 48 horas, cai para 85% e próxima as 72 horas, tem apenas 58% de eficácia.

O único método anticoncepcional que pode ser usado para prevenir uma gravidez após uma relação sem proteção é a pílula do dia seguinte. Contudo, vale frisar que a pílula somente evita a gravidez para a relação já ocorrida, ou seja, se após tomar a pílula do dia seguinte houver outra relação sem proteção e a mulher não estiver usando outro método anticoncepcional, ela poderá engravidar.

Por isso, após tomar a pílula do dia seguinte, se recomenda ter relações com métodos contraceptivos seguros até a vinda da menstruação. Se depois de 4 semanas o período menstrual ainda não ocorrer, deverá procurar atendimento e realizar um teste de gravidez.

Como funciona a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte geralmente contém levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética, em alta dose. O mecanismo de ação é diferente dependendo do período do ciclo menstrual em que a mulher estiver.

A pílula do dia seguinte pode provocar retardamento ou inibição da ovulação, alterar a motilidade tubária e dificultar a passagem do espermatozoide no muco cervical, impedindo a fecundação, ou impedir que o óvulo fecundado se fixe na parede do útero.

Depois da implantação do óvulo fecundado no endométrio, a pílula do dia seguinte não possui efeito, por isso não provoca aborto. O seu uso também não causa malformações fetais em caso de gravidez.

O medicamento pode ser usado por qualquer mulher, mesmo para aquelas que não podem tomar pílula anticoncepcional.

Quando devo tomar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte é indicada após uma relação sexual que represente risco de gravidez, como, por exemplo, em casos de problemas com o método de uso regular (falha da camisinha, expulsão do DIU, deslocamento do diafragma, eventual relação sem proteção).

É importante lembrar que a pílula do dia seguinte deve ser usada apenas como método de emergência. O ideal é usar outros métodos contraceptivos muito mais seguros e eficazes, como a pílula anticoncepcional comum associada ao uso de camisinha.

Nestes casos, um/a médico/a de família ou ginecologista deverá ser consultado/a para prescrição do melhor método anticoncepcional em cada caso.

Quais são os efeitos colaterais da pílula do dia seguinte?

Em geral, a pílula do dia seguinte é bem tolerada. Porém, o uso do medicamento pode causar efeitos colaterais em alguns casos. Cerca de 25% das mulheres que tomam a pílula do dia seguinte apresentam náuseas e cerca de 12% podem ter vômitos.

Outros efeitos colaterais da pílula do dia seguinte incluem: aumento da tensão nas mamas, dor de cabeça, tontura, cansaço, diarreia e sangramento de escape. Contudo, esses efeitos secundários tendem a desaparecer nas primeiras horas.

Para maiores esclarecimentos sobre a pílula do dia seguinte, consulte um/a médico/a clínico/a geral, médico/a de família ou ginecologista.

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Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - FEBRASGO