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Existe algum tratamento para quem tem útero baixo?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Sim, existe tratamento para útero baixo (prolapso uterino). As opções de tratamento variam de acordo com o grau do prolapso. Nos graus mais leves a primeira linha de tratamento consiste no uso de pessário, já em casos mais graves indica-se a realização de cirurgia.

Outras linhas terapêuticas que incluem a fisioterapia também podem ser usadas para os casos mais leves como: exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico e eletroterapia.

Mulheres com útero baixo que não apresentam sintomas não tem indicação de realizar tratamento. Mulheres que têm sintomas muito leves também podem optar pelo tratamento expectante, mas devem ter alguns cuidados para não piorar o quadro, como:

  • Perder peso;
  • Evitar levantar pesos;
  • Parar de fumar;
  • Combater a prisão de ventre.

Nos casos leves ou quando a mulher prefere adiar ou evitar a cirurgia, temos as seguintes opções de tratamento:

  • Pessário: Trata-se de um dispositivo inserido através da vagina que recoloca o útero no seu lugar anatômico, atuando como um suporte da região pélvica;
  • Fisioterapia:
    • Estimulação elétrica: Aplica-se uma corrente elétrica de baixa voltagem nos músculos do assoalho pélvico através da vagina. A corrente provoca uma contração dos músculos, fortalecendo a musculatura;
    • Biofeedback: É feito com um sensor que avalia as contrações musculares enquanto a mulher executa os exercícios pélvicos, indicando se os exercícios estão atuando nos músculos que se pretende fortalecer;
    • Exercícios de Kegel: São contrações voluntárias dos músculos do assoalho pélvico que visam fortalecer essa musculatura, dando maior sustentação ao útero;
  • Medicamentos: Os estrogênios de aplicação local em forma de creme podem não prevenir o prolapso uterino ou o risco de agravamento, mas melhoram os sintomas e exercem um papel positivo no pós-operatório.
Como é o tratamento cirúrgico para útero baixo?

A cirurgia de correção para prolapso uterino pode ser realizada através de diferentes técnicas feitas pela via vaginal, abdominal ou laparoscópica, com ou sem o uso de telas.

A cirurgia pode ou não incluir a retirada do útero (histerectomia) em mulheres jovens que ainda desejam engravidar preserva-se o útero, nos demais casos preconiza-se a histerectomia.

Quando há incontinência urinária ou fecal, a correção é feita na mesma cirurgia. 

O período de internamento é bastante curto e varia entre 2 e 3 dias, dependo do procedimento.

Para evitar um novo prolapso, é importante tomar as medidas já citadas, como perder peso, evitar pegar peso, parar de fumar e combater o intestino preso.

O ginecologista deverá avaliar o grau do prolapso uterino e indicar a forma de tratamento mais adequada.

Leia mais sobre o assunto em:

O que é prolapso uterino e como é o tratamento?

Quais os sintomas da menopausa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas que antecedem a menopausa incluem ondas de calor, suores noturnos, distúrbios do sono, ciclos menstruais irregulares (mais curtos ou mais longos), secura vaginal, alterações de humor (irritação, tristeza), desinteresse, dificuldade de concentração e depressão.

Esses sintomas, que a maioria das mulheres sentem, anunciam a chegada da menopausa e estão relacionados com o desequilíbrio na produção dos hormônios estrogênio e progesterona pelos ovários. Esses sintomas terminam 2 ou 3 anos após a última menstruação, em torno dos 53 ou 54 anos.

O primeiro sinal da aproximação da menopausa é a alteração dos períodos menstruais, que podem ocorrer com mais ou menos frequência. Os ciclos geralmente ficam irregulares durante 1 a 3 anos antes da menstruação parar de vir completamente.

Após a menopausa, os sintomas estão mais associados aos baixos níveis de estrogênio e podem ser:

  • Atrofia e perda da lubrificação vaginal;
  • Dor na relação sexual;
  • Esquecimento;
  • Dor de cabeça;
  • Diminuição da libido;
  • Atrofia da uretra, que pode levar à incontinência urinária;
  • Diminuição da elasticidade da pele;
  • Maior risco de osteoporose e doenças cardiovasculares;
  • Aumento da cintura e dos braços;
  • Queda e quebra de cabelo;
  • Infecções vaginais;
  • Alterações nos níveis de colesterol;
  • Dores nas articulações;
  • Batimento cardíaco irregular.
Quando surgem os primeiros sintomas da menopausa?

Os primeiros sintomas da menopausa começam a aparecer por volta dos 45 anos de idade, uma vez que a última menstruação da mulher (menopausa) ocorre, em média, aos 50 anos.

Com a aproximação e a chegada da última menstruação, o corpo começa a produzir menos hormônios femininos estrógeno e progesterona. Os níveis mais baixos desses hormônios são as causas dos sintomas da menopausa.

Os sintomas da menopausa variam de mulher para mulher e podem durar 5 anos ou mais. Quando a menopausa ocorre devido à retirada dos ovários, os sintomas tendem a ser mais intensos e começam subitamente.

O que é menopausa?

A menopausa é a última menstruação da vida da mulher. Considera-se que a mulher chegou à menopausa quando fica 1 ano sem menstruar. A partir de então, ela entra na pós-menopausa. Na maioria das vezes, ocorre entre os 45 e os 55 anos de idade. Após a menopausa, a mulher não pode mais engravidar, uma vez que os ovários deixam de liberar óvulos.

À medida que a menopausa se aproxima, os períodos menstruais ocorrem com menos frequência e eventualmente param. Às vezes, isso acontece de repente. Contudo, na maioria dos casos, a menstruação vai parando lentamente ao longo do tempo.

Apesar de ser um processo fisiológico normal, a menstruação também pode ser antecipada em algumas situações, como após a retirada dos ovários durante a idade reprodutiva, quimioterapia ou terapia hormonal para câncer de mama.

Existe algum tratamento para os sintomas da menopausa?

O tratamento para os sintomas da menopausa é feito com terapia de reposição hormonal, medicamentos ou mudanças na dieta e no estilo de vida. O tratamento depende de muitos fatores, como a gravidade dos sintomas, o estado de saúde geral da mulher e as preferência pessoais da paciente.

Terapia de reposição hormonal

A terapia hormonal pode ajudar em casos de ondas de calor, suores noturnos, problemas de humor ou secura vaginal. Esse tratamento geralmente é feito com estrógeno e, às vezes, com progesterona.

A terapia de reposição hormonal pode ser iniciada em mulheres que chegaram recentemente à menopausa. Contudo, mulheres que estão há muitos anos na pós-menopausa não devem realizar esse tratamento, exceto nos tratamentos com estrógeno vaginal.

Apesar dos riscos serem baixos, a terapia de reposição hormonal pode aumentar as chances de ocorrer derrame cerebral, doenças cardíacas, coágulos sanguíneos ou câncer de mama.

Para reduzir os riscos da terapia com estrógeno, pode ser recomendado:

  • Utilizar uma dose mais baixa de estrógeno ou uma preparação diferente do medicamento (creme vaginal ou adesivo para a pele ao invés de pílulas, por exemplo);
  • Exames físicos frequentes e regulares, incluindo exames de mama e mamografias;
  • Mulheres que ainda têm um útero ou seja, não realizaram uma cirurgia para removê-lo por qualquer motivo, devem tomar estrógeno combinado com progesterona para prevenir o câncer do revestimento interno do útero (câncer de endométrio).
Medicamentos

Existem outros medicamentos que podem ajudar a diminuir as alterações de humor, as ondas de calor e outros sintomas da menopausa, como antidepressivos (paroxetina, venlafaxina, bupropiona e fluoxetina), clonidina (medicamento para pressão arterial) e gabapentina, uma medicação para convulsões que também ajuda a reduzir as ondas de calor.

Mudanças na alimentação e no estilo de vida
  • Evitar cafeína, álcool e alimentos condimentados;
  • Consumir soja (contém hormônios vegetais semelhantes ao estrógeno);
  • Aumentar o consumo de cálcio e vitamina D através de alimentos ou suplementos;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Usar lubrificantes à base de água ou um hidratante vaginal durante as relações.

O/a médico/a ginecologista ou endocrinologista pode esclarecer melhor quais são os sintomas da menopausa e tirar eventuais dúvidas.

O que é endometrioma?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O endometrioma é um cisto que acomete principalmente o ovário, preenchido por sangue escuro envelhecido e tecido endometrial (camada mais interna do útero). Trata-se de uma lesão decorrente de endometriose profunda nos ovários.

Esses cistos se desenvolvem a partir de células da parte mais interna do útero (endométrio) que se fixam na superfície do ovário, podendo acometer apenas um ou os dois ovários ao mesmo tempo.

Os endometriomas pequenos podem medir entre 1 e 3 cm, enquanto que os grandes podem ter mais de 7 cm.

Quais são os sintomas do endometrioma?

Endometriomas com menos de 3 cm normalmente não manifestam sintomas. Já os cistos maiores podem causar:

  • Dor pélvica em um ou ambos os lados, dependendo da localização do cisto;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Dor intensa durante a ovulação ou menstruação.

Veja aqui os sintomas da endometriose.

Endometrioma tem cura? Como é o tratamento?

Endometrioma tem cura e o tratamento depende dos sintomas, do tamanho do cisto e da avaliação da fertilidade da mulher.

Endometriomas pequenos (menos de 3 cm) que não causam sintomas geralmente não necessitam de tratamento específico, apenas acompanhamento médico.

Já os endometriomas com mais de 3 cm podem ser tratados com medicamentos ou cirurgia. O tratamento medicamentoso geralmente é feito com o hormônio GnRH, que pode reduzir pela metade o tamanho do cisto, mas não é capaz de eliminá-lo completamente.

Nesses casos, o mais indicado é a remoção cirúrgica do endometrioma. Contudo, em alguns casos, o cisto pode voltar a aparecer.

Saiba mais em: Endometrioma tem cura? Qual o tratamento?

O tratamento do endometrioma tem como objetivo aliviar as cólicas menstruais e a dor pélvica, além de restabelecer a fertilidade da mulher.

Conheça a relação entre endometrioma e infertilidade em: Quem tem endometrioma pode engravidar?

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento dos endometriomas.

Leia também:

Qual a diferença entre endometriose e endometrioma?

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?

Fiz um exame de colpocitologia oncótica e o resultado foi...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame apresenta resultado dentro dos limites da normalidade. No entanto, como todo exame complementar, deve ser analisado pelo médico que o solicitou, para que junto com a análise clínica, seja definido melhor tratamento e acompanhamento.

A descrição dos achados no exame é dividida em:

  1. Identificação da amostra,
  2. Características do material colhido,
  3. Diagnóstico final.
Analisando o exame descritoAvaliação da amostra: satisfatória.

A avaliação "satisfatória", significa que pode ser realizada a análise do material. Ou seja, significa que a coleta do material foi adequada, a quantidade de material está suficiente e os cuidados com a lâmina ou frasco entregues estão nas condições exigidas. Como foi no seu caso.

Quando ocorre alguma falha, seja na coleta ou no material colhido, como quebra de uma lâmina no transporte para o laboratório ou sinais de contaminação, o patologista pode invalidar a amostra e solicitar nova coleta para uma análise mais segura.

Microbiologia: Flora bacilar

A flora bacilar quer dizer que a maior parte é representada por lactobacilos, os quais são considerados bactérias "boas" da flora vaginal. Os lactobacilos são responsáveis pela defesa natural dessa região, impedindo a proliferação de fungos e bactérias causadores de doenças.

Quando ocorre algum desequilíbrio nessa flora, seja por gestação, menstruação, atividade sexual, má higiene ou uso de hormônios, a mulher se torna mais exposta a bactérias nocivas, resultando nos quadros de corrimento, cervicite e vaginite. As doenças mais comuns são a candidíase, tricomoníase e vaginose por gardenerella.

Avaliação hormonal: Esfregaço eutrófico.

O resultado esfregaço "eutrófico" no exame, significa que o material analisado está normal.

No esfregaço, são avaliadas as camadas celulares do colo, sua proliferação, amadurecimento e descamação. Todo esse processo é coordenado pelos hormônios sexuais femininos, por isso, em situações de alteração hormonal esse resultado pode estar alterado sem que sinalize uma doença, como por exemplo no caso de menopausa, aonde o estrogênio está diminuído e o resultado esperado deve ser de tecido "hipotrófico".

Portanto, todo resultado de exames, deve ser avaliado em conjunto com a análise clínica.

Diagnóstico: Negativa para células neoplásicas. Presença de alterações celulares reativas ou reparativas em células escamosas.

Esse é o principal critério apresentado no laudo, aonde indica a presença ou ausência de células malignas/pré-malignas, além de outros achados que forem evidenciados. No seu caso foi negativo para células malignas (neoplásicas), descartando células precursoras de câncer.

A presença de células reativas ou reparativas em células escamosas, nos diz que foram visualizadas alterações no epitélio do colo (escamoso), as quais geralmente estão relacionadas a reações inflamatórias prévias, uso de absorventes internos ou DIU, reações alérgicas, exposição à radiação ou mesmo decorrente da atrofia epitelial esperada na menopausa.

O que é o Exame de colpocitologia oncótica?

O exame de colpocitologia oncótica, é o exame preventivo feminino, ou Teste de Papanicolau. Exame de rastreio, utilizado de rotina na prática médica para prevenção do câncer do colo de útero na mulher, o terceiro tipo de câncer mais comum na população feminina mundial.

O objetivo principal é a detecção precoce de células precursoras do tumor, para um tratamento precoce e eficaz. Quanto mais cedo for detectado o câncer, maior a chance de cura.

Para maiores esclarecimentos converse com seu/sua médico/a ginecologista, e mantenha sempre um acompanhamento regular.

Colo do útero com leve sangramento, isto é indicativo do que?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Pode ser muitas coisas desde nada (colo do útero é um tecido friável e sangra ao menor toque), assim como pode ser algum tipo de infecção ou inflamação ou mesmo outras doenças.

Estou amamentando e tomei pílula do dia seguinte, posso continuar amamentando?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim. A mulher que fez uso de pílula do dia seguinte pode continuar amamentando.

O uso desse medicamento não está indicado para mulher em amamentação antes de 6 semanas após o parto. A pílula do dia seguinte traz uma concentração hormonal muito alta, por isso aumenta os riscos de distúrbios tromboembólicos, como trombose venosa profunda e tromboembolismo.

Para o bebê, não existem estudos científicos que comprovem riscos ou malefícios, apesar de saber que a substância pode alcançar, em pequena quantidade o leite materno.

A mulher que amamenta deve tomar cuidado com uso de qualquer medicação e fazer uso de contraceptivo adequado a esta fase da vida; para isso deve se informar durante a consulta seu médico/a ginecologista e definir o tratamento mais indicado.

Saiba mais sobre o assunto em:

Qual a eficácia da camisinha?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A eficácia da camisinha na prevenção da gravidez é de 98%. Isso significa que se o preservativo for usado corretamente, desde o início da penetração, a probabilidade da mulher engravidar é de apenas 2%.

Porém, se a camisinha estourar, a sua eficácia passa a praticamente zero, nenhuma.

Por isso, durante a relação, é importante verificar a integridade da mesma. Se acontecer dela estourar, deve-se interromper imediatamente o ato sexual e colocar um novo preservativo.

Apesar de não ser 100% eficaz, a camisinha é considerada um método anticoncepcional seguro, além de evitar uma gravidez não planejada, é o melhor método de barreira contra agentes infecciosos que causam doenças sexualmente transmissíveis.

Leia também: Relação com camisinha qual probabilidade ocorrer gravidez?

Fazer a endovaginal ou o ultrassom?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A endovaginal e o ultrassom são os mesmos exames, porém podem ser conhecidos com nomes diferentes.

O ultrassom pode ser um exame a ser realizado em diversos órgãos e partes do corpo humano. A endovaginal, é o ultrassom endovaginal, realizado pela via vaginal para ter acesso às estruturas pélvicas.

A ultrassonografia endovaginal serve para avaliar órgãos e estruturas pélvicas da mulher como útero, endométrio, ovários, trompas uterinas, etc. É um exame de imagem em que, através de um aparelho, o/a médico/a visualiza de imediato normalidades ou possíveis alterações nessa região.

Examinando com maior proximidade e nitidez, estruturas e órgãos pélvicos como o útero, os ovários, o colo do útero e as trompas, o exame pode ser indicado para avaliar a espessura do endométriosangramento uterino; presença de massa pélvica (mioma, câncer); anomalias no útero; localização do DIU; avaliação da gravidez e auxiliar as técnicas de reprodução assistida.

Leia também:

Como é feito o exame transvaginal?