Sim, quem tem o útero em anteversoflexão (AVF) pode engravidar. A anteversoflexão é apenas uma variação normal da posição do útero. Não impede nem dificulta a gravidez.
Ter o útero em anteversoflexão significa que o seu útero está inclinado para frente, ou seja, está fletido na direção anterior do corpo. Trata-se da posição anatômica do útero na pelve, em que o órgão está "dobrado" para frente e repousa sobre a bexiga.
A anteversoflexão é uma das variações de posição do útero que os ginecologistas consideram normais e também é a mais comum. As outras são a medioversão (útero mediovertido) e a retroversão (útero retrovertido).
Na medioversão o útero está numa posição mediana, enquanto que na retroversão o órgão está fletido para trás. Esta última variação é chamada popularmente de "útero invertido".
Nenhuma dessas posições uterinas dificulta a gravidez ou impede a mulher de engravidar. Porém, o útero retrovertido pode ser considerado patológico quando a fixação do órgão nessa posição ocorre devido a um processo inflamatório ou a uma infecção genital.
Nesses casos, a retroversão uterina pode ser decorrente de aderências resultantes desses processos inflamatórios ou infecciosos. Tais aderências podem afetar as trompas e o funcionamento normal do útero, podendo dificultar uma gravidez.
Para maiores esclarecimentos, fale com o seu médico de família ou ginecologista.
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Não necessariamente. O resultado de 0,40 mUl/mL no exame de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) não determina que a mulher é infértil. Existem outros aspectos que precisam ser analisados para a interpretação desse exame.
Níveis baixos de FSH podem indicar:
- Ausência de ovulação;
- Distúrbios no hipotálamo ou na hipófise, que são os centros cerebrais de controle hormonal;
- Existência de um tumor cerebral, que pode interferir com a capacidade de controlar a produção de Hormônio Folículo Estimulante.
Nas mulheres, a concentração de FSH varia ao longo do ciclo menstrual, com picos na fase de ovulação.
Estresse e peso corporal muito abaixo do normal também podem interferir nos valores de Hormônio Folículo Estimulante.
O Hormônio Folículo Estimulante promove e mantém o crescimento folicular dos ovários nas mulheres e a produção de espermatozoides nos homens.
O exame de FSH é pedido frequentemente em conjunto com outros hormônios, como LH, testosterona, estradiol e progesterona, para investigar a causa da infertilidade em mulheres e homens.
A dosagem de Hormônio Folículo Estimulante serve para investigar situações de irregularidade menstrual e também como exame auxiliar para diagnosticar distúrbios na hipófise ou doenças que envolvem os ovários ou os testículos.
Em crianças, o exame de FSH e LH é utilizado no diagnóstico da puberdade precoce ou atrasada.
A avaliação da fertilidade inclui uma série de fatores que são avaliados durante a consulta de planejamento familiar. O/a médico/a ginecologista, clínico/a geral ou médico/a de família é o/a profissional indicado/a para analisar o resultado do exame de Hormônio Folículo Estimulante e conduzir a investigação da infertilidade.
Os exames mais usados para detectar se a mulher é estéril são:
- Dosagem hormonal: É feito durante determinados períodos do ciclo menstrual e serve para verificar se a mulher está ovulando, quando ela ocorre e qual é a qualidade da mesma;
- Ultrassom transvaginal: Avalia os órgãos internos da mulher como útero, ovários e anexos genitais. O exame permite acompanhar a ovulação, detectar miomas e deformidades outros defeitos uterinas;
- Histerossalpingografia: Serve para avaliar a permeabilidade e a anatomia das trompas;
- Histeroscopia: Permite visualizar diretamente a cavidade uterina e estudar o endométrio (parede interna do útero).
Existem ainda outros exames que a mulher poderá fazer para saber se é estéril, dependendo do caso.
Leia também: Que exames devo fazer para saber se posso engravidar?
Os exames servem para avaliar todos os fatores que podem influenciar a fertilidade feminina, como anatomia, ovulação, hormônios, endometriose, sistema imunológico, genética e cromossomos. Na investigação das causas da infertilidade, o casal deve ser investigado em conjunto e não apenas a mulher.
Para maiores informações, consulte o/a médico/a ginecologista especialista em fertilidade.
Se quer engravidar, a primeira coisa a fazer é uma consulta de planejamento familiar ou de orientação pré-concepcional com o/a médico/a ginecologista ou médico/a de família. Nessa consulta, é interessante ir o casal pois o/a médico/a poderá indagar certas perguntas além de solicitar alguns exames.
Além disso, é importante ter alguns cuidados para preparar o seu corpo para a gravidez e proteger o bebê de doenças, com práticas saudáveis de alimentação, ajuste do peso, prática de exercícios físicos, tomar ácido fólico, não fumar, não usar drogas, entre outras medidas a serem orientadas pelo/a profissional de saúde.
As relações sexuais podem ser realizadas frequentemente e em especial durante o período fértil da mulher. Algumas mulheres possuem o ciclo menstrual irregular o que torna um pouco mais difícil estimar quais são esses dias férteis. Nas mulheres com ciclo regular, o período fértil costuma ser na metade no ciclo, aproximadamente 14 dias antes de vir a próxima menstruação.
Contudo, manter relações no período fértil não garante que você irá engravidar rapidamente. Para ter uma ideia, uma mulher com 30 anos tem 20% de chances de engravidar naturalmente se tiver relações no seu período fértil.
Esses detalhes poderão ser dados pelo/a médico/a no momento da consulta pré-concepcional.
Para aumentar as chances de gravidez, procure ficar deitada após a relação sexual. Estudos demonstraram que as mulheres submetidas à inseminação artificial e que ficaram deitadas durante cerca de 15 minutos tiveram 50% mais probabilidade de gerar um filho do que as que se levantaram logo em seguida.
Quanto à posição sexual, não existem evidências científicas de que alguma posição possa ajudar a engravidar. A posição durante a relação sexual não tem nenhuma influência na fertilidade.
Para maiores esclarecimentos, fale com o/a médico/a ginecologista ou médico/a de família que irá orientá-la quanto ao que deve fazer para ter uma gravidez tranquila e sem riscos.
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A mulher com ovários policísticos pode apresentar menstruações irregulares. Isso significa que ela pode ficar alguns meses sem menstruar, além de apresentar sangramento excessivo e prolongado quando menstrua.
Em geral, quando não há menstruação é um sinal de que não ouve ovulação, logo, a possibilidade de engravidar é baixa. Porém, por não haver uma regularidade no ciclo, fica difícil saber exatamente o período fértil. A mulher pode então engravidar e, neste caso, não irá menstruar pela presença da gravidez e não em decorrência dos ovários policísticos.
Quem está na tentativa de engravidar e apresenta atraso menstrual deve continuar o acompanhamento médico para possível realização de exames como o teste de gravidez.
A metformina, no tratamento da síndrome dos ovários policísticos, contribui em melhorar o efeito da insulina produzida pelo organismo. Ela é indicada em alguns casos e deve ser tomada apenas com orientação médica.
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A mulher com síndrome dos ovários policísticos que pretende engravidar, pode realizar um acompanhamento médico específico para otimizar os ciclos ovulatórios. Consulte o/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral para uma avaliação.
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Sim. Quem tem HPV pode engravidar. A presença do papiloma vírus humano (HPV) não impede que a mulher engravide.
O vírus HPV é responsável pela maioria dos casos de câncer do colo do útero. As lesões causadas pelo HPV têm tratamento e podem ser diagnosticadas pelo/a ginecologista, médico/a de família ou clínico/a geral.
A mulher com HPV pode não apresentar nenhum sintoma ou apresentar verrugas genitais ou anais que podem coçar, sangrar, causar aumento de sensibilidade na região e vir acompanhado de corrimento vaginal.
Essas verrugas podem ser tratadas sem repercussão na fertilidade da mulher. Sendo assim, não havendo outros problemas associados, a mulher seguirá apta a engravidar.
HPV oferece riscos na gravidez?Mesmo durante a gravidez, o HPV não provoca malformações fetais e não afeta a saúde do feto. O risco de aborto espontâneo ou parto prematuro também não é maior nas grávidas portadoras de HPV. Contudo o feto pode ser infectado pelo vírus durante o parto.
Grande parte das crianças elimina o vírus do organismo rapidamente e, por isso, muitos não irão adquirir a doença. No entanto, há casos em que a infecção do recém-nascido pelo HPV pode trazer graves complicações.
A mais severa delas é papilomatose de laringe, que pode levar à morte por sufocamento. Porém, complicações como essa são muito raras, com uma média de 20 casos em cada 1 milhão de partos.
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Como tratar o HPV durante a gravidez?O tratamento do HPV na gestação vai depender do tipo e do local da lesão, do risco da evolução para câncer de colo de útero, além do período em que se encontra a gravidez.
No começo da gestação e dependendo do local, a verruga pode ser removida. Já nas últimas semanas de gravidez, a remoção da lesão fica comprometida, já que nessa fase da gestação a irrigação sanguínea na vulva está muito elevada, aumentando as chances de sangramentos durante o procedimento.
O procedimento cirúrgico utilizado para retirar as verrugas não traz riscos para a gravidez, já que não prejudica o feto nem interfere com a gestação.
Leia também: HPV durante a gravidez: quais os riscos e como tratar?
Contudo, há casos em que a verruga é muito grande e pode trazer riscos para a gravidez. Por isso, muitas vezes o tratamento do HPV é feito pela mulher após o parto, pois a imunidade melhora e as lesões normalmente diminuem, o que melhora a resposta ao tratamento.
O bebê pode ser infectado pelo HPV na gravidez?Durante a gestação o bebê não entra em contato com o vírus. Isso porque o HPV não circula pelo sangue como outros vírus, tais como o HIV, por exemplo. O HPV fica alojado no local (vagina, colo útero), impedindo assim o contato direto com o feto que está dento do útero.
Saiba mais em: HPV: o que é e como se transmite?
Tenho HPV. Posso ter parto normal?Sim, o fato da gestante ser portadora de HPV não impede o parto normal e não é uma indicação para cesariana. Nessa fase da gravidez, o HPV já pode estar presente no líquido amniótico, daí os riscos de contaminação podem ocorrer em ambas vias de parto.
Além disso, a cesariana também não garante que o bebê não seja infectado pelo vírus, nem reduz os riscos de complicações. Mesmo assim, as probabilidades do bebê desenvolver lesões após o nascimento nos dois tipos de parto são muito baixas.
A cesariana é indicada apenas quando as lesões são muito extensas de tal forma que impedem a passagem do bebê pelo canal vaginal ou quando o risco de sangramentos graves é alto.
Veja também: Quem deve tomar a vacina contra HPV?
Na presença de alguma lesão vaginal, procure algum/a profissional de saúde para melhor acompanhamento e orientação.
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Como tomar a vacina contra HPV?
Sim, anabolizantes podem suspender a ovulação e causar infertilidade, pois os hormônios presentes nos anabolizantes inibem a produção do hormônio FSH, responsável pela maturação dos óvulos. Sem ovulação, a mulher deixa de menstruar e já não pode engravidar.
Os anabolizantes quase sempre são feitos com testosterona, um hormônio masculino que, em grandes quantidades no corpo da mulher, diminui a ação dos hormônios femininos.
Como resultado, a mulher começa a desenvolver características masculinas:
- A voz fica mais grossa;
- O corpo perde as suas formas arredondadas;
- Os pelos crescem além do normal;
- O maxilar fica mais largo.
Além disso, o clitóris fica maior, os seios menores e o apetite aumenta.
Porém, suspendendo o uso do anabolizante, a mulher volta a ovular e a menstruação fica regularizada. Cerca de 3 meses depois da interrupção, o organismo volta ao normal.
O uso de anabolizantes também dificulta a fixação do embrião na parede do útero, provocando abortos. No caso da gravidez vingar, há maiores riscos de malformação fetais, pois prejudica o desenvolvimento dos órgãos genitais do bebê.
Veja também: Anabolizantes cortam o efeito do anticoncepcional?
Quais são os outros efeitos colaterais dos anabolizantes?Tanto em homens como mulheres, os anabolizantes produzem os seguintes efeitos colaterais:
- Aumento de acnes;
- Queda do cabelo;
- Distúrbios na função do fígado;
- Explosões de raiva ou comportamento agressivo;
- Paranoia;
- Alucinações;
- Psicoses;
- Coágulos sanguíneos;
- Retenção de líquido;
- Aumento da pressão arterial;
- Aumento do colesterol ruim (LDL) e diminuição do bom colesterol (HDL);
- Aumento do risco de câncer de fígado.
Os hormônios presentes nos anabolizantes podem ser usados ocasionalmente, para reposição hormonal em homens, desde que sejam prescritos e usados sob orientação de um médico endocrinologista.
Mesmo quando há necessidade, os pacientes tomam apenas doses mínimas de hormônios, o suficiente para regular a sua disfunção.
O uso de anabolizantes sem orientação médica é proibido e traz grandes riscos para a saúde.
Alterações desse tipo podem ou não estar associada com infertilidade, na maioria das vezes não. Se você já teve um filho ou já teve um aborto, isso significa que você é fértil (pergunto: é o mesmo pai?; porque: se você mudou de companheiro o problema pode estar nele e não em você, se for o mesmo talvez nenhum dos dois tenham problema e foi só falta de sorte mesmo, não ter engravidado ainda).
Nós médicos apenas consideramos um casal infértil quando após 1 ano tendo 3 relações sexuais por semana sem proteção e a mulher não engravida.