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Quando perdi minha virgindade não sangrei e nem doeu?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

É perfeitamente normal não sentir dor e não sangrar durante a primeira relação sexual, se a mulher estiver relaxada e apresentar boa lubrificação vaginal pode ter uma primeira relação sem sentir nenhum desconforto ou dor.

Muitas mulheres acham que a dor durante a primeira relação ocorre devido a ruptura do hímen, no entanto, o hímen não é uma estrutura inervada, por isso a sua ruptura não causa por si só dor. Além disso, nem todos se rompem durante a relação sexual.

Em algumas mulheres é possível haver um leve sangramento a depender do tipo de hímen e de como foi a relação sexual, em outras não.

Por que a primeira relação sexual pode doer?

A causa do desconforto ou dor se deve mais a tensão e insegurança durante a primeira relação, sexual, que pode fazer com que a mulher tensione mais o períneo e deixe de apresentar lubrificação suficiente que facilite a penetração.

Por isso, é importante que a mulher esteja suficientemente estimulada, relaxada e tranquila durante a relação sexual, para que essa seja uma experiência prazerosa.

O que é o hímen?

O hímen nada mais é do que uma pequena membrana que recobre parcialmente a entrada da vagina, tem alguns que nem sequer chegam a se romper durante a relação sexual, pois são mais complacentes e elásticos ou mesmo muito pequenos. É raro, mas também existem algumas mulheres que não tem hímen.

Qualquer atividade sexual ou não que envolva a penetração pode levar a sua ruptura como masturbação, uso de objetos sexuais ou mesmo introdução de absorvente interno. No entanto, nem toda penetração pode levar a sua ruptura, mesmo durante a relação sexual.

O hímen não tem nenhuma importância ou função biológica, o significado atribuído a sua ruptura se deve mais a costumes e crenças socioculturais.

Para esclarecer mais dúvidas consulte o seu ginecologista ou médico de família.

Sinto dores na penetração e não chego ao orgasmo. O que tenho, é alguma doença?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Basicamente funciona assim: para a mulher a relação sexual costuma ser um momento que precisa de uma certa preparação e tempo, local adequado, sem pressa, sem preocupações, sem estresses, precisa estar totalmente dedicada ao ato sexual. Sua cabeça deve estar livre de conceitos e preconceitos relacionados ao corpo e ao sexo. Precisa estar totalmente relaxada e entregue. Somente dessa forma sua vagina vai estar preparada para receber o pênis (bem lubrificada e relaxada) caso contrário vai doer.

Precisa descobrir seu corpo e que partes sente mais prazer e precisa ensinar seu namorado o que é melhor ou o que não é bom para você e só vai conseguir isso se você mesma se conhecer melhor.

Consulte um ginecologista que você tenha confiança e se sinta a vontade para falar sobre isso. Você precisa ser examinada para saber se não existe nenhum tipo de mal formação na anatomia da sua vagina que possa estar causando esses sintomas. Doenças de ordem emocional como depressão e ansiedade também podem levar a esse tipo de situação.

Como fazer para aumentar a libido?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para aumentar a libido feminina ou masculina, é preciso primeiro identificar a causa da falta de desejo sexual, que pode ser física ou psicológica. Se a falta de desejo não for causada por fatores físicos, seguem algumas dicas que podem ajudar:

  • Procure melhorar ou manter a sua autoestima elevada;
  • Diga ao parceiro ou parceira aquilo que deseja, fale sobre os seus sentimentos;
  • Faça atividades que lhe dão prazer e ajudam a aliviar o estresse, como exercícios físicos, massagens ou outros hobbies;
  • Quando possível faça uma atividade prazerosa juntos, como dança ou esportes;
  • Crie oportunidades para estar a sós com seu parceiro ou parceira e reserve um dia da semana só para os dois;
  • Aproxime-se mais com abraços, beijos, um toque, como pegar nas mãos com mais frequência e não somente no momento do sexo.

Dentre os fatores físicos que podem diminuir a libido estão:

  • Uso regular de alguns medicamentos como: anticoncepcionais, antidepressivos, ansiolíticos e
  • Alterações hormonais, como o período da menopausa, baixa dosagem de testosterona e fase pós-parto e
  • Problemas psicológicos.

A diminuição da libido na grande maioria das vezes está relacionada com problemas psicológicos e psicossociais, por exemplo, relacionamentos de longa duração, monotonia, descuido de um ou ambos os lados, falta de comunicação ou intimidade entre o casal, sexualidade reprimida, nascimento do 1º filho, estresse, problemas pessoais, financeiros, entre tantos outros fatores.

Leia também: falta de libido: o que pode ser e o que fazer?

Recomendamos em primeiro lugar, agendar uma consulta com um ginecologista (no caso das mulheres), ou urologista (no caso dos homens), para uma avaliação adequada do seu caso e tratamento direcionado para a causa.

Caso não seja um problema físico, pode ser benéfico a associação de um tratamento conjunto com terapia sexual ou terapia de casal.

Quem tem hímen complacente pode engravidar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, quem tem hímen complacente pode engravidar normalmente. O hímen complacente ou qualquer outro tipo de hímen não impede, não interfere nem dificulta uma gravidez.

O hímen é uma membrana fina localizada na entrada da vagina e que geralmente se rompe na primeira relação sexual, mas isso não é uma regra.

O hímen complacente, por ser mais elástico e resistente que o normal, poderá se romper apenas depois de muitas relações.

Contudo, independentemente do tipo de hímen e de haver ou não ruptura do mesmo, as chances de engravidar não se alteram.

Mais sobre o assunto em:

O que é hímen complacente?

Como posso saber se tenho hímen complacente?

Existe cirurgia para quem tem hímen complacente?

Sangrar durante a relação, é normal?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O sangramento durante ou mesmo após a relação sexual pode ser considerado normal a depender da sua causa. Em situações como o rompimento do hímen na primeira relação sexual, por exemplo, o sangramento é dito normal.

Entretanto, também pode indicar algumas doenças como pólipos, miomas, infecções vaginais e até mesmo o câncer de colo de útero. Por isso, se você vem apresentando sangramento durante as relações sexuais, procure um ginecologista para verificar a causa e realizar o melhor tratamento.

1. Causas normais de sangramento durante a relaçãoRompimento do hímen

O rompimento do hímen, membrana fina que fica na entrada da vagina, ocorre frequentemente durante a primeira relação sexual da mulher e provoca um pequeno sangramento. Este sangramento apenas suja a roupa e cessa rápida e espontaneamente sem qualquer intervenção.

Hímen complacente

O hímen complacente é mais resistente e flexível e, por estes motivos, geralmente não se rompe na primeira relação sexual. Nesse caso, a mulher pode sangrar durante cada relação até que ele se rompa completamente. Pode haver ainda a presença de dor durante o ato sexual.

O ginecologista é o profissional indicado para identificar este tipo de hímen e orientar adequadamente.

Gravidez

Sangramentos leves durante a relação são comuns no início da gravidez, especialmente, quando a mulher ainda não sabe que está grávida. Estes pequenos sangramentos ocorrem porque na gravidez, novos vasos sanguíneos se formam e ao encostar no colo do útero, o pênis pode desencadear o sangramento.

Apesar de serem frequentes e nem sempre associados a complicações, qualquer sangramento durante a gravidez deve ser avaliado pelo ginecologista para possíveis orientações e investigação adequada, quando necessário.

Menopausa

Na menopausa o ressecamento vaginal é uma causa comum do sangramento durante o ato sexual e é mais frequente em mulheres que não fazem reposição hormonal.

Se este for o seu caso, é possível usar lubrificantes durante a relação vaginal ou optar pela reposição hormonal. Converse com o ginecologista para juntos encontrarem a melhor solução.

Relação sexual intensa

Uma relação sexual muito intensa pode provocar pequenos traumas e criar feridas na vagina de uma mulher, o que pode provocar o sangramento após a relação acompanhado de dor.

Nestes casos é preciso que você lave a região e tenha cuidados para evitar infecções. Caso o sangramento demore a passar ou você perceba a presença de corrimento com odor, é importante consultar o ginecologista.

2. Causas de sangramento durante a relação, que não são consideradas normaisPólipos e miomas uterinos

Os pólipos e mioma uterinos são tumores benignos, caracterizados pelo crescimento anormal de células do útero. Quando os pólipos ou miomas estão localizados mais próximo ao colo do útero, o atrito com pênis nesta região durante as relações sexuais, podem causar sangramento.

O tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor e os sintomas. Na maioria das vezes p médico opta por acompanhar, mas em casos de sangramento volumoso pode ser preciso passar por uma cirurgia de urgência.

Feridas no colo do útero

As feridas no colo do útero, chamadas de ectopia cervical, são a exposição de células do colo de dentro do colo do útero para a vagina. A região no meio do colo uterino que contém estas “feridinhas” fica mais avermelhada, sensível e tende a sangrar durante as relações sexuais.

Nem sempre precisam de tratamento, porém é necessária uma consulta ao ginecologista quando está associada a corrimentos vaginais e infecções sexualmente transmissíveis.

Infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis

A doença inflamatória pélvica (DIP), inflamação que afeta a vagina, trompa útero e ovário, e infecções vaginais como a candidíase são doenças que podem provocar sangramento durante a relação sexual.

As infecções sexualmente transmissíveis (IST’s) igualmente provocam sangramento durante ou após a relação. Clamídia e gonorreia são a IST’s mais comuns. Observe, além do sangramento durante a relação, a presença de sintomas como coceira local, vermelhidão e corrimento amarelo-esverdeado com ou sem odor ruim.

O tratamento das infecções vaginais ou IST’s é feito com antibiótico e/ou antifúngicos de acordo com a prescrição médica. É importante que não mantenha relações sexuais durante o tratamento para que a cura definitiva seja alcançada e para evitar a transmissão da doença para outras pessoas em casos de IST’s.

Endometriose

A endometriose ocorre quando tecido endometrial (camada muscular mais interna do útero) cresce fora do útero. As regiões mais comuns para esse crescimento acontecem em torno dos ovários, útero e tubas uterinas.

Os sintomas mais comuns são dores antes e depois da menstruação e durante a relação sexual. Embora seja mais raro, o sangramento durante a relação sexual pode ocorrer.

O ginecologista é o profissional mais indicado para o tratamento da endometriose que envolve o uso de anticoncepcionais ou quando, o sangramento é intenso, pode ser indicado cirurgia para remoção das lesões.

Vaginismo

O vaginismo é a contração involuntária da musculatura da vagina, o que impede a penetração e provoca muita dor. A maioria das mulheres que têm vaginismo não consegue ter relações sexuais devido a dor. No entanto, quando conseguem o atrito aumentado pela contração vaginal com o pênis pode provocar traumas na vagina, o que leva ao sangramento durante a relação.

Nestes casos, é preciso uma avaliação ginecológica e, algumas vezes, psicológica para descobrir a causa da doença e efetuar o tratamento mais adequado.

Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero embora seja a causa mais grave, raramente provoca sangramento durante a relação sexual. É caracterizado por ser um tumor maligno associado à infecção pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).

Geralmente o câncer de colo uterino evolui lentamente e quanto mais cedo for detectado, maiores são as chances de cura.

O uso de camisinha masculina ou feminina é o método mais eficaz para evitar a transmissão do HPV e prevenir o câncer de colo de útero. O exame Papanicolau ou preventivo, de acordo com as orientações do ginecologista também é importante na prevenção e/ou identificação precoce da doença.

Quando devo procurar o médico?

Você deve se preocupar com o sangramento durante as relações sexuais se estiverem presentes os seguintes sinais de alerta:

  • Sangramento frequente que ocorre em muitas relações seguidas,
  • Sangramento que perdura por mais de uma hora após a relação,
  • Dor intensa,
  • Sangramento volumoso e
  • Presença de corrimento com ou sem mau cheiro.

É importante que você use métodos de barreira (camisinha masculina ou feminina) para minimizar as chances de contrair doenças, entre elas as que provocam sangramento na relação.

Em caso de sangramento na relação é importante que procure um médico de família ou ginecologista.

Para saber mais sobre sangramento na relação sexual, você pode ler:

O que significa ter sangramento durante a relação sexual?

Sangramento durante relação, não houve penetração...

Tive sangramento depois da relação sexual. O que pode ser?

Referência:

FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Não consigo ter um bom desempenho sexual, não sinto prazer, vagina muito seca. O que fazer?

Seria interessante repensar seus momentos de ato sexual, avaliar o porquê não sente prazer, o que lhe sucede no momento. Talvez boas conversas com seu parceiro e o auxilio de um ginecologista irá ajudá-la.

Por que nunca consigo ter lubrificação, nem orgasmo?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Problema físico não é porque com o outro parceiro você sentia (e ainda não gostava dele...)  e com o atual não consegue, claro que é um problema emocional, leia o que você mesma escreveu acima. Procure ajuda de um psicólogo. Talvez com o outro parceiro você era mais solta porque apenas fazia por prazer, agora talvez esteja presa numa relação e se sente na obrigação de mostrar algo ao parceiro. Mas está tendo algum tipo de bloqueio emocional... continue a conversa com o psicólogo.

Sinto falta de desejo sexual, o que devo fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A falta de desejo sexual possui diversas causas, semelhantes entre o sexo feminino e masculino e geralmente independe da idade. É fundamental definir a causa, para ser definido e iniciado o devido tratamento.

As causas mais encontradas atualmente estão relacionadas a fatores psicológicos, como baixa autoestima, descontentamento como o próprio corpo, transtorno de ansiedade e depressão.

Aos fatores orgânicos podemos destacar distúrbios hormonais, doenças do sistema reprodutor feminino/masculino, impotência ou ejaculação precoce, descontrole de Hipertensão arterial, diabetes, presença de doenças cardiovasculares, entre outras.

O uso de medicamentos representa outra causa comum. Sabendo que algumas classes de antidepressivos, anti-hipertensivos, suplementos vitamínicos e calmantes possuem a falta de libido dentre os efeitos colaterais. Por vezes podem ser ajustadas as doses ou substituídos resolvendo rapidamente o problema.

Por fim, os hábitos de vida ruins, como tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e uso de substâncias ilícitas também estão entre as causas possíveis comprovadas de falta de desejo sexual.

Para todos as causas, existem tratamentos e ou orientações adequadas que irão solucionar a falta de desejo sexual. Agende uma consulta com Ginecologista (no caso de mulheres), ou Urologista (no caso dos homens) para dar início ao seu tratamento. 

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