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Vontade de urinar na relação é normal?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

A vontade de urinar durante a relação sexual é geralmente normal, especialmente em mulheres.

A uretra também é estimulada durante a relação e, ao se aproximar do orgasmo, essa sensação se intensifica; inclusive pode haver pequeno escape de urina (o que é relativamente raro).

Algumas mulheres podem ter ejaculação (1 a 2%), com eliminação de um líquido claro, que pode ser confundido com urina, mas é um líquido incolor e sem cheiro produzido nas glândulas de Skene (parauretrais). Acontece em orgasmos muito intensos ou múltiplos.

Algumas doenças podem cursar com aumento da vontade de urinar, mas não especificamente durante a relação sexual, como é o caso da cistite (polaciúria), mas são exceções; na maioria dos casos essa vontade é totalmente normal.

Nos homens com mais de 50 anos a vontade de urinar ou a perda de urina na hora da relação sexual pode indicar alterações no sistema urinário, na próstata ou a presença de tumores.

As causas mais comuns da perda de urina durante a relação sexual nos homens incluem:

Aumento do tamanho da próstata não associado ao câncer (Hiperplasia Prostática Benigna – HPB),

Obstrução do sistema urinário: um tumor em qualquer lugar ao longo do trato urinário pode bloquear o fluxo normal de urina, levando à perda de urina, e

Câncer de próstata: a perda de urina durante a relação sexual pode estar associada ao câncer de próstata.

Tratamento de câncer de próstata, especialmente nos casos de retirada da próstata.

O que posso fazer?

Alguns hábitos simples podem ajudar a reduzir a perda de urina durante a relação sexual. Estes hábitos incluem as seguintes ações:

  • Hidrate-se: homens e mulheres que apresentam perda de urina durante a relação sexual, geralmente, diminuem a ingestão de água, o que pode provocar desidratação e infecção urinária,
  • Evite o consumo de bebidas com cafeína, álcool e adoçantes artificiais: estas substâncias irritam a bexiga e podem agravar o problema;
  • Evite fumar,
  • Pratique atividade física.

Se a vontade de urinar ou a perda de urina durante a relação sexual for algo recorrente, que não aconteça apenas próximo da hora do orgasmo, é recomendado consultar um urologista para investigação da causa e tratamento associado.

Entretanto, se for algo recorrente, que não aconteça apenas próximo da hora do orgasmo, é recomendado consultar um urologista para investigação da causa e tratamento associado

Para saber mais sobre urina e relação sexual, você pode ler:

Depois da primeira relação sexual é normal fazer mais xixi?

Dor ao urinar depois da relação é normal? O que pode ser?

ICS. International Continence Society.

SBU. Sociedade Brasileira de Urologia.

Fazer sexo emagrece ou engorda?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Fazer sexo emagrece.  

Durante a relação sexual, vários músculos são ativados, a frequência cardíaca e respiratória aumentam, há liberação de hormônios, além de intensa transpiração. Portanto, há gasto de energia e consumo de calorias

O sexo pode equivaler a uma atividade física e que, de certa forma contribui com o emagrecimento.   

Além de ajudar a queimar gordura e emagrecer, o sexo traz benefícios para o sistema cardiorrespiratório e trabalha os músculos. De fato, dependendo da posição, é possível exercitar boa parte dos músculos do corpo.  

É importante lembrar que toda atividade sexual deve ser realizada com a vontade expressa de todas as pessoas envolvidas e que o uso adequado de preservativo previne doenças sexualmente transmissíveis.

Além disso, o processo de emagrecimento deve contemplar um plano amplo de ação com reorientação alimentar associada à atividade física indicada por um/a profissional competente na área.

Tem como o ginecologista saber quando perdi a virgindade?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não tem como o ginecologista saber "quando" você perdeu a virgindade, mas é possível saber se você já não é mais virgem. Através do exame ginecológico, o médico pode facilmente observar se o hímen já foi ou não rompido, o que caracteriza a perda da virgindade.

O hímen é uma membrana que fica logo na entrada da vagina e normalmente se rompe na primeira relação sexual. No entanto, se você tiver um hímen complacente, que pode não se romper com a penetração por ser bastante elástico, o médico não saberá que houve relação sexual se não contar a ele.

Veja aqui o que é hímen complacente.

Mesmo assim, o fato do médico ginecologista poder detectar se você já não é mais virgem não deve ser motivo de preocupação, pois ele não pode revelar um segredo profissional aos pais ou responsáveis, mesmo que você tenha menos de 18 anos. 

Leia também: Como posso saber se tenho hímen complacente?

Entretanto, a partir do momento em que uma mulher decide perder a virgindade, de preferência antes desse momento, é importante agendar uma consulta com ginecologista para que crie uma relação médico paciente de confiança, receba as devidas orientações e esclareça suas dúvidas sobre o assunto, tornando assim essa etapa uma etapa mais saudável e sem riscos. 

Porque não consigo gozar com homem nenhum?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Diferentes motivos podem impedir a mulher de ter prazer na relação e chegar ao orgasmo. Desde dificuldades de comunicação com o parceiro, pouco conhecimento do próprio corpo e das áreas que podem proporcionar prazer, sintomas de ansiedade ou depressão, conflitos psíquicos, alterações hormonais, uso de medicamentos, climatério, entre outras.

Um problema muito comum é as mulheres terem dificuldade em reconhecer aquilo que as proporciona prazer e quais áreas do corpo gostam de sentir estimuladas. Essa dificuldade muitas vezes decorrente de uma educação sexual mais repressora e uma cultura que trata a sexualidade feminina como algo passivo. Portanto, é importante masturba-se, se tocar e observar-se e descobrir o que gosta e o que não gosta para comunicar ao parceiro durante a relação.

Um segundo ponto de dificuldade é a relação com o parceiro, visto que, confiança, comunicação são essenciais numa relação sexual. É importante comunicar o que está indo bem durante a relação e estimular o parceiro a continuar, da mesma forma comunicar o que desagrada.

Os homens costumam ficar estimulados sexualmente muito mais rapidamente que as mulheres, que precisam de mais tempo e mais estímulos sensitivos como toque e carícias. É essencial reforçar entre o casal que o prazer da mulher também é prioridade, sendo que as preliminares ajudam as mulheres a atingir o orgasmo mais facilmente, e é uma parte tão importante do ato sexual quanto a penetração.

Tentar relaxar e saber apreciar o momento são muito importantes. A ansiedade de querer chegar ao orgasmo pode justamente dificultá-lo. Alguns estudos mostram que embora muitas mulheres não consigam gozar mesmo assim sentem-se satisfeitas com a relação sexual, por conta da proximidade e intimidade que o sexo propicia.

Vale a pena lembrar que transtornos de ansiedade e depressão podem prejudicar a libido e causar anorgasmia, que é a falta de orgasmos. Da mesma forma os medicamentos que são usados no tratamento desses problemas, como os antidepressivos, também afetam a libido. Converse com o seu médico caso esteja em uso de algum medicamento.

Uma outra classe de medicamentos que as mulheres frequentemente tomam e podem afetar substancialmente a libido e o prazer sexual são os anticoncepcionais por conta da sua ação hormonal. Portanto, caso note que tenha relação a falta de orgasmos e de prazer com o uso de hormônios comunique o seu médico, existem outras opções de contracepção sem ação hormonal como Diu de cobre e diafragma.

O médico também pode ajudar quando a anorgasmia e a falta de desejo forem decorrentes de alterações hormonais do climatério, que é o período após a menopausa, ou quando doenças podem estar presentes como diabetes, esclerose múltipla, entre outras.

Questões psicológicas também podem impedir uma vida sexual satisfatória como repressão sexual na infância, abuso sexual, educação religiosa. Nessas situações o acompanhamento psicológico e terapêutico pode auxiliar muito.

Também pode interessar: o que é realmente um orgasmo.

O que é realmente um orgasmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Orgasmo significa o momento de máximo prazer durante uma relação sexual ou masturbação. Do ponto de vista físico, o orgasmo é uma resposta do sistema nervoso aos estímulos que são aplicados nos órgãos genitais.

A sensação de prazer é alcançada por um somatório de estímulos, não só físicos, mas também estímulos visuais, imaginários e da cumplicidade que existe entre os parceiros, na relação.

Durante o orgasmo é comum ainda a sensação de batimentos cardíacos acelerados, contração muscular involuntária, espasmos e aumento da frequência respiratória. Em seguida, ocorre um relaxamento de todo o corpo, e retorno das funções vitais aos valores habituais.

Orgasmo feminino

Acredita-se que nas mulheres, o prazer ocorra de forma mais complexa, por isso a importância de conhecer o próprio corpo.

Este conhecimento permite perceber aquilo que proporciona prazer, o que provoca dor, o que traz desconforto e também aquilo que não produz nenhum efeito.

O autoconhecimento e o estado psicológico são fundamentais para alcançar o ápice do prazer, conhecido por orgasmo. O estresse, a ansiedade e síndromes depressivas, interferem na vida pessoal e sexual de um casal. Atualmente é a causa mais comum de redução da libido e dificuldades nas relações íntimas.

O orgasmo não deve ser visto como o objetivo final de uma relação sexual e sim uma consequência do interesse, do envolvimento, do desejo do parceiro e do conhecimento sobre a sua própria sexualidade.

Como alcançar o orgasmo?

O orgasmo acontece naturalmente. Especialistas afirmam que conhecer o próprio corpo, saber aquilo que o agrada, que o faz bem, e compartilhar com o/a parceiro/a, ajuda na comunicação entre casais e permite que as relações sejam verdadeiras e prazerosas.

Estas dicas podem ser um bom começo para aumentar a qualidade da sua vida sexual. Para maiores esclarecimentos converse com o seu médico ou com um profissional nessa área.

Pode lhe interessar também:

É normal não sentir vontade de ter relação sexual?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Sim. É normal não sentir vontade de ter relação sexual.

A vontade de ter relação sexual está associada com a libido, o desejo de ter relações sexuais ou pensamentos e imagens vinculados ao sexo.

A falta de vontade em ter relações sexuais pode ser explicada por vários motivos desde aspectos físicos, hormonais, psicológicos, cansaço, estresse, uso de medicações, passando pelo relacionamento afetivo amoroso (presença de conflitos, relacionamento abusivo) até aspectos ambientais relacionados com o entorno social como falta de privacidade, etc.

Essa falta de vontade pode ser passageira a depender do contexto de vida e saúde da pessoa como também pode perdurar um tempo maior.

Caso a falta de vontade em ter relação sexual seja um fator de incômodo na sua vida, procure um profissional de saúde, como um médico de família, clínico geral ou psicólogo para uma investigação pormenorizada do seu caso.

Leia também: o que é realmente um orgasmo.

É normal continuar sangrando dois dias depois da sua 1ª vez?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não é comum. Em geral o sangramento após a primeira relação sexual dura no máximo algumas horas, e em pequena quantidade.

Talvez, dependendo do atrito, ou da menor lubrificação vaginal, pode ter ocorrido uma irritação maior na parede da vagina e aumentado essa permanência do sangramento, porém não é o habitual.

O sangramento na primeira relação ocorre pelo rompimento do hímen, película que se encontra no interior da vagina durante a penetração. Na maioria das vezes não causa grande incômodo ou sangramento, embora algumas mulheres apresentem uma sensibilidade maior. Outras não apresentam sequer sangramento, esse primeiro evento pode variar bastante entre as mulheres e as características de seu hímen. 

Por isso o mais adequado é que procure um médico da família, clínico geral ou ginecologista para realizar uma avaliação específica e assim definir suas orientações e tratamento, se necessário.

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Caso ele ejacule dentro o efeito da pílula seria o mesmo?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o efeito é o mesmo. O efeito da pílula do dia seguinte não está associado ao fato de ejacular dentro ou fora da vagina, seu efeito depende do tempo que leva para tomá-lo.

Deste modo, você deve usar a pílula, de preferência, nas primeiras 24 horas após a relação desprotegida, embora algumas pílulas assegurem a eficácia em até 5 dias. Quanto mais tempo demorar para tomar o medicamento, maior a chance de falha.

Vale ressaltar ainda, que a pílula do dia seguinte é um anticoncepcional de emergência, que só deve ser usado e só funciona, quando o uso é feito após uma relação desprotegida, por isso é denominado pílula do dia seguinte. Não previne a gravidez se tomar antes da relação.

Se você menstruou no mesmo dia da segunda relação desprotegida, não é preciso fazer uso de mais uma pílula. Durante a menstruação não é possível engravidar.

Ejacular dentro ou fora & a pílula do dia seguinte

A pílula do dia seguinte não tem relação com a ejaculação ser dentro ou fora, a medicação é absorvida no sangue e interfere diretamente na ovulação, impedindo assim a gravidez.

Contudo, a ejaculação dentro da vagina, aumenta bastante as possibilidades de engravidar, visto que a quantidade de espermatozoides em direção ao óvulo é maior. Sendo assim, e sabendo que o tempo de tomada da pílula interferem na sua proteção, se houver ejaculação dentro, é ainda mais importante que tome a medicação dentro das primeiras 24 horas após a relação desprotegida.

Entretanto, ejacular fora não impede uma gravidez, porque já está comprovado, que o líquido liberado antes do esperma, também pode conter espermatozoides, mesmo que em menor quantidade.

Na dúvida, faça uso de pílula de emergência o quanto antes, lembrando que o uso contínuo pode trazer danos à saúde. Não é recomendado mais de uma vez por mês.

A pílula do dia seguinte serve para quantas relações?

Apenas uma. A pílula do dia seguinte só é capaz de evitar a gravidez a cada relação sexual desprotegida. Isto significa que o seu efeito não permanece para uma relação posterior, mesmo que seja no mesmo ciclo menstrual.

Se você tomou a pílula do dia seguinte e depois disso teve uma outra relação sexual sem proteção, corre o risco de engravidar.

É indispensável que nas relações posteriores você e seu parceiro usem os métodos contraceptivos adequados (camisinha masculina, feminina ou outros métodos hormonais), para não correr riscos de saúde.

Qual a chance de engravidar se o homem ejacula dentro da vagina?

É bastante alta se a mulher estiver no seu período fértil. Se não estiver no seu período fértil, a gravidez provavelmente não ocorrerá.

É preciso lembrar que quando a mulher se encontra no período fértil o risco de gravidez existe independente da ejaculação acontecer “dentro” ou “fora”. No coito interrompido, por exemplo, alguns espermatozoides estão presentes no líquido de lubrificação pré-ejaculatória e podem ocasionar a gravidez.

Existe possibilidade de a pílula do dia seguinte falhar?

Se a pílula for usada da forma correta, a chance de falha é bastante pequena. Quanto mais próximo à relação sexual desprotegida você tomar pílula, maior é a sua eficácia.

Recomenda-se o uso nas primeiras 24 horas após o ato sexual, período no qual a eficácia da pílula ultrapassa 95%. Ao contrário, após as 72h ou mais, para as pílulas do dia seguinte, essa eficácia se aproxima de 50%.

Quando devo usar a pílula do dia seguinte?

A pílula do dia seguinte deve ser usada em último caso como, por exemplo, quando a camisinha estoura no momento da ejaculação ou quando a mulher esquece de tomar o seu anticoncepcional por dois, ou mais dias e só lembra durante a relação sexual desprotegida.

A pílula do dia seguinte é indicada também em casos de estupro.

O que pode acontecer se a pílula do dia seguinte for usada com frequência?

A pílula do dia seguinte não deve ser um hábito e não deve passar de uma dose por mês. O uso frequente pode ocasionar problemas sérios para a saúde da mulher, que incluem:

  • Sangramentos volumosos (hemorragias)
  • Anemia
  • Irregularidade do ciclo menstrual
  • Náuseas e vômitos
  • Trombose
  • Infarto (Infarto Agudo do Miocárdio)
  • Derrame cerebral (Acidente Vascular Cerebral – AVC)

Para se prevenir da gravidez, você deve utilizar um método de barreira como a camisinha feminina ou masculina. Além de prevenir a gravidez, estes métodos previnem contra infecções sexualmente transmissíveis como HIV, clamídia, gonorreia, entre outras doenças.

É possível unir o uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis à utilização da camisinha para evitar a gravidez. Se você optar por este método, converse com um ginecologista para escolher a medicação mais adequada.

Para saber mais sobre os efeitos da pílula do dia seguinte, você pode ler:

Referência:

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia