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Próstata aumentada: o que pode ser?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Próstata aumentada, na maioria dos casos, é um sinal de hiperplasia benigna da próstata. Essa hiperplasia é um crescimento benigno da glândula, observado em praticamente todos os homens com mais de 40 anos de idade. A hiperplasia benigna não é câncer e não aumenta os riscos de câncer de próstata.

Aos 50 anos, cerca de metade dos homens apresentam próstata aumentada, um índice que atinge os 90% em indivíduos na faixa dos 80 anos. Boa parte desses homens convive com isso sem maiores problemas.

No entanto, em alguns, esse processo gradativo de aumento do tamanho da próstata pode causar obstrução do fluxo urinário, que pode levar à falência da bexiga e retenção da urina, o que aumenta o risco de infecções.

Uma vez que a saída da urina torna-se mais difícil, já que a próstata aumentada pode comprimir a uretra, os músculos da bexiga ficam mais volumosos e fortes para conseguir eliminar a urina.

Quais são as causas da hiperplasia benigna da próstata?

As causas da hiperplasia benigna da próstata não estão bem definidas. O aumento de volume da próstata parece estar relacionado com alterações hormonais que ocorrem com o envelhecimento.

Os hormônios envolvidos com esse aumento da próstata são a testosterona, produzida pelos testículos, e a di-hidrotestosterona, produzida pela próstata

Os estrógenos, que são hormônios sexuais femininos, também podem estar envolvidos na hiperplasia benigna de próstata, pois os homens produzem pequenas quantidades desses hormônios.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento da hiperplasia benigna de próstata incluem história familiar de hiperplasia de próstata, obesidade, sedentarismo, pressão alta, diabetes, taxas baixas de colesterol “bom” (HDL), doença arterial periférica, tabagismo e dieta inadequada.

Contudo, o principal fator de risco para o aumento de tamanho da próstata é a idade, uma vez que mais de 50% dos homens com 60 anos apresenta algum grau de hiperplasia benigna de próstata.

Quais são os sintomas da próstata aumentada?

Os sintomas da hiperplasia benigna da próstata são decorrentes da obstrução do fluxo urinário devido ao aumento de volume da glândula e incluem jato de urina mais fraco, vontade de urinar constantemente em intervalos mais curtos (com volumes de urina menores), acordar à noite para urinar várias vezes.

No início, há uma dificuldade de iniciar a micção ou uma sensação de que a bexiga não se esvaziou completamente depois de urinar.

Uma vez que a bexiga continua com urina após a micção, o homem sente vontade de urinar com mais frequência, principalmente durante a noite e com urgência.

Como esse processo vai acontecendo gradualmente ao longo dos anos, o indivíduo acha que é normal e demora a identificar os sintomas.

À medida que a obstrução vai aumentando, o paciente pode começar a apresentar incontinência urinária e urgência miccional (perda involuntária de urina se não urinar rapidamente).

O volume de urina fica mais reduzido, assim como a força do jato de urina, podendo ficar uma gota ao final das micções. Se a próstata estiver muito aumentada, a bexiga pode ficar cheia para além das suas capacidades, causando incontinência urinária.

Em alguns casos de hiperplasia benigna de próstata, o esforço para urinar é tanto que pode aparecer sangue na urina. Se a obstrução da uretra pelo aumento da próstata for completa, torna-se impossível urinar, o que provoca uma dor aguda muito forte na porção inferior do abdômen.

Se houver sensação de ardência ao urinar ou febre, pode haver uma infecção urinária instalada na bexiga (cistite).

Ao permanecer na bexiga, a urina pode levar à formação de cálculos urinários, que provocam dor ao ser eliminados.

Em casos raros, em que o tratamento não é realizado, o resíduo de urina que permanece na bexiga começa a aumentar a pressão sobre os rins, podendo gerar lesões renais.

Qual é o tratamento para a próstata aumentada?

A próstata aumentada requer tratamento apenas quando o paciente apresenta dificuldade para urinar. Existem medicamentos que podem diminuir o tamanho da glândula, mas não são capazes de garantir a ausência de futuras complicações. A cirurgia é necessária em cerca de 20% dos casos.

O tratamento da hiperplasia benigna da próstata é feito com medicamentos específicos que atuam sobre o tamanho da próstata. Em alguns casos, pode haver necessidade de cirurgia.

Também podem ser indicados medicamentos que relaxam a musculatura da bexiga, aliviando a obstrução ao fluxo de urina.

Na presença de infecção urinária, são prescritos medicamentos antibióticos.

Quando os sintomas da hiperplasia benigna de próstata interferem na qualidade de vida do paciente e a medicação não é capaz de controlar o quadro, a cirurgia pode ser a melhor opção de tratamento.

O procedimento cirúrgico consiste na retirada de uma boa parte da próstata, sendo feito na maioria das vezes com o uso de um endoscópio pela via retal. Porém, em alguns casos, a cirurgia precisa ser realizada pela via abdominal.

O diagnóstico e o tratamento da próstata aumentada pode ser feito com o/a médico/a urologista, clínico/a geral ou médico/a de família.

Meu esposo fez o exame PSA de rotina e deu 9,18...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. Não existe relação descrita de aumento de PSA pelo uso de antibióticos, entretanto várias outras situações podem prejudicar o exame, vale ressaltar alguns cuidados, como:

  • Não andar de bicicleta ou moto dias antes do exame,
  • Não ter relação um dia antes do exame,
  • Evitar roupas apertadas,
  • Jejum de 4h e
  • Não usar supositório ou realizar exames como colonoscopia nem sondagem vesical 7 dias antes.

Seguindo todos os cuidados e mesmo assim o valor estiver acima de 4,0 ng/ml, alguns serviços optam por: Repetir o exame, após 4 semanas, sobretudo para valor abaixo de 10 ng/ml, em homens sem queixas e sem fatores de risco e/ou iniciar antibioticoterapia como prova terapêutica, ou seja, tratar como se fosse uma prostatite e reavaliam o exame.

No caso de prostatite, os valores reduzem consideravelmente com o tratamento, já na hiperplasia ou câncer não, os valores se mantém ou aumentam. Porém ainda é uma conduta bastante controversa entre os serviços.

Menos frequentemente, ou para casos de alto risco para câncer de próstata, pode ser indicado exame de biópsia guiada, antes mesmo de repetir o exame de sangue. Cabe ao serviço identificar a melhor opção para cada caso.

Leia mais em: Como é feito o exame PSA livre?

Sendo o tumor de próstata um dos principais tipos de câncer no homem, e com grande potencial de cura, recomendamos que retorne o quanto antes ao urologista, para reavaliação clínica e definição da melhor conduta nesse caso.

Qual o valor normal de PSA?

Embora haja discussão quanto ao valor máximo, dentro das sociedades de urologia, os valores de PSA variam com a idade, entre 4,0 e 6,5 ng/ml. Portanto esse valor acima de 9,0, especialmente para homens abaixo dos 50 anos de idade, deve mesmo ser avaliado junto a um urologista, com urgência.

Leia mais em: Quais são os valores de referência do PSA?

Contudo, sabemos que existem outras diversas causas para esse aumento, e que podem ser investigadas por ultrassonografia e biópsia guiada. E lembrar que um câncer de próstata diagnosticado a tempo, tem alta taxa de cura, cura definitiva.

Causas de aumento de PSA

As causas mais comuns para aumento dos níveis séricos de PSA são:

  • Inflamação da próstata (prostatite);
  • Infecção na próstata,
  • Traumatismo (andar de bicicleta ou moto dias antes do exame),
  • Hiperplasia prostática benigna.e
  • Câncer de próstata.

Outras causas possíveis são: Idade, especialmente após os 75 anos; traumas, pós-operatório ou pós toque retal, atividade sexual no dia anterior ao exame, baixos níveis de testosterona, uso de inibidores da 5 α redutase e outras manipulações hormonais, tumores benignos e malignos.

Apesar de todas essas possibilidade de rastreio da doença, cerca de 17% dos homens com câncer de próstata apresentam PSA normal, o que alerta para o exame conjunto de toque retal, a associação dos exames é a forma mais eficaz de diagnosticar precocemente o câncer de próstata.

Pode lhe interessar ainda: Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?

Como entender o resultado do exame PSA?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O exame PSA é um exame de sangue que serve para ajudar a diagnosticar e monitorar o câncer de próstata. O antígeno prostático específico (PSA) é uma proteína produzida pelas células da próstata e por isso o exame é solicitado na suspeita de problemas nesse órgão.

O pedido do exame como rastreio para câncer de próstata não é mais bem estabelecido. Alguns grupos indicam apenas para homens de alto risco, com história familiar, por exemplo, e outros indicam de rotina para homens acima de 50 anos.

Essa questão se dá pelo alto índice de procedimentos invasivos considerados "desnecessários", ocasionados pelos resultados alterados de PSA. Procedimentos esses, que oferecem riscos de sequelas para o homem, como disfunção erétil e infertilidade.

O valor de referência do PSA considerado normal é até 4,0 ng/ml. Homens mais velhos costumam ter níveis de PSA um pouco mais altos do que homens jovens. Para homens com até 50 anos de idade, o valor de PSA deve estar abaixo de 2,5 ng/ml.

PSA total e PSA livre

O PSA total indica a quantidade total de antígeno prostático específico que está no sangue. O PSA livre é um exame mais específico indicado na investigação para o câncer de próstata. É indicado quando o exame de PSA total apresenta um resultado com valores entre 2,5 ng/ml e 4 ng/ml, que já é um sinal de alerta para a possível presença do tumor.

Saiba mais em: Quais são os valores de referência do PSA?

PSA alto: o que pode ser?

Um nível de PSA alto pode ser sinal de um câncer de próstata ou outro problema qualquer na próstata, como uma infecção.

Apesar do exame de PSA ser uma ferramenta importante para detectar o câncer de próstata, ele não é infalível, outras condições costumam aumentar essa taxa, como:

  • Hiperplasia benigna da próstata;
  • Infecção da próstata (prostatite);
  • Infecção urinária;
  • Exames recentes na bexiga (cistoscopia) ou na próstata (biópsia);
  • Cateter recentemente colocado na bexiga;
  • Ejaculação recente.

Após avaliar um resultado com o PSA alto, o médico levará em conta a idade, a velocidade do aumento do PSA (quando o homem fez um exame de PSA anteriormente), a presença de um nódulo palpável na próstata durante o exame clínico, presença de fatores de risco e histórico familiar.

Leia também: PSA alterado: quais os sintomas e o que pode ser?

Na suspeita de câncer de próstata, o homem deverá ser submetido a exames complementares, como:

  • Toque retal: neste exame da próstata, é introduzido um dedo enluvado no reto para palpar a próstata;
  • Biópsia: é um procedimento cirúrgico pouco invasivo, no qual o médico coleta uma pequena amostra de células da próstata para ser analisada em laboratório. É indicada se o PSA estiver alto ou se continuar aumentando à medida que o exame é repetido;
  • Novo exame de PSA nos próximos 3 meses (pode ser necessário realizar tratamento para infecção da próstata antes);
  • Exame de PSA livre (quanto menor o valor do resultado desse exame, maior a probabilidade de câncer de próstata).

Outros exames que também podem ser feitos em casos de PSA alto:

  • Exame de urina PCA 3;
  • Exame de urina chamado índice de saúde da próstata (PHI);
  • Ressonância magnética (pode ajudar a determinar se há câncer em uma parte da próstata que seja difícil alcançar com a biópsia).

A biópsia da próstata é o principal exame para confirmar uma suspeita de câncer.

No entanto, para definir o melhor tratamento, deve ser realizada uma avaliação criteriosa da equipe médica em conjunto com o paciente. Uma grande parte dos tipos de câncer de próstata cresce muito lentamente, por isso os sintomas podem levar décadas para aparecer, tornando o tratamento cirúrgico nesses casos, muitas vezes desnecessário.

Existem casos de homens com esse tipo de doença, que vivem uma vida longa e saudável, sem nunca saber que tinham um câncer. Por outro lado, o tratamento pode causar efeitos colaterais graves, como disfunção erétil e incontinência urinária.

Já o tipo de câncer de crescimento rápido, é menos comum, porém mais perigoso, podendo ser fatal. A idade, histórico familiar e outros fatores podem aumentar o risco desse tipo de tumor.

E sabendo que o exame PSA não indica se o câncer de próstata é de crescimento lento ou rápido. Por isso, não existe um consenso quanto ao uso do exame como método diagnóstico do câncer de próstata. Cabe ao médico urologista decidir se o exame PSA é adequado para o paciente.

Como é o preparo para o exame PSA?

Na maioria dos casos, não são necessárias etapas especiais para se preparar para o exame PSA. Porém, é necessário ficar sem ejacular durante os 3 dias anteriores ao exame de sangue, pois a liberação de sêmen pode aumentar os níveis de PSA.

É importante informar ao médico todos os medicamentos que estiver tomando. Alguns medicamentos fazem com que o nível do PSA esteja falsamente baixo.

Quando o exame PSA é indicado?

O exame PSA pode ser indicado se o homem apresentar fatores de risco para câncer de próstata, como:

  • Pai ou irmão com câncer de próstata;
  • Idade, uma vez que o câncer de próstata é mais comum em homens com mais de 50 anos de idade.

O exame PSA também pode ser indicado se o paciente apresentar sintomas de câncer de próstata, como dor ao urinar, micção frequente, dor pélvica ou nas costas, ou se já foi diagnosticado com câncer de próstata.

O resultado do exame PSA deve ser interpretado pelo médico urologista, que levará em consideração a idade, a raça, os medicamentos que o paciente está tomando, além de outros fatores para decidir se o valor do resultado está normal e se serão necessários mais exames.

Meu esposo fez um exame de PSA livre e deu o resutado 0,18?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O PSA livre tem importância clínica, quando usado para calcular a fração de PSA livre/PSA total. Porque nos casos de doenças benignas a fração apresenta um resultado mais alto, acima de 0,20; nos casos de doença maligna, o resultado será menor do que 0,20 ou 0,15.

Porém existem outras causas que alteram esses resultados, como a prostatite ou trauma local, e o PSA embora seja o melhor marcador tumoral que temos hoje, não é um marcador específico.

Sendo assim, no caso de aumento de PSA total, livre ou sua fração, é fundamental que leve ao médico urologista, para uma interpretação mais abrangente, junto com o exame médico, que possibilitará uma orientação específica para o seu caso.

O que é o PSA?

O PSA, significa Prostate Specific Antigen, ou Antígeno Prostático Específico. Trata-se de uma glicoproteína, produzida exclusivamente pela próstata. Esse antígeno circula de forma livre (PSA livre) e também parte ligada a proteínas. Somando as duas frações, temos o valor do PSA total.

O exame de PSA é indicado para auxiliar no rastreio do diagnóstico de câncer de próstata, associado ao toque retal e ultrassom, ou também para acompanhar pacientes com doença benigna, em tratamento medicamentoso

Na possibilidade de câncer de próstata, além desses exames, será indicada a realização de uma biópsia da glândula.

Estudos recentes descrevem ainda, que não existem evidências suficientes para indicar exames de rastreio para todos os homens, a partir de determinada idade ou histórico familiar, universalmente, porque além de não reduzir o risco de morbimortalidade, causam abordagens excessivas e desnecessários em alguns casos.

Portanto, recomendamos que procure seu médico urologista, pelo menos 1 vez ao ano, e caberá ao especialista avaliar a sua necessidade de exames de rastreio para a doença e periodicidade de consultas.

Leia também: Quais são os valores de referência do PSA?

Prostatite é contagiosa?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Prostatite não é contagiosa. Porém, homens sexualmente ativos podem ter infecções sexualmente transmissíveis e afetar a próstata causando inflamação e infecção nesse órgão.

A prostatite é uma inflamação da próstata que, na maioria das vezes é causada por bactérias. Essa situação é bem comum em homens jovens e de meia idade. O tratamento é relativamente simples, realizado com antibióticos orais e deve ser feito o mais breve possível.

Leia mais em:

O que é prostatite e quais os sintomas?

Prostatite crônica pode causar câncer?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Em geral, a prostatite crônica não causa câncer.

A prostatite crônica é uma inflamação da glândula prostática causada, na maioria dos casos, por bactérias. Estudos recentes em ratos de laboratório demonstraram uma associação entre a inflamação crônica na próstata com aceleração de processos indutores de câncer na próstata.

A prostatite crônica deve ser tratada corretamente pelo tempo completo determinado para evitar recorrência da infecção e curar o tecido inflamatório do órgão. Com o tratamento, o paciente sentirá melhora dos sintomas.

O câncer de próstata acontece quando um grupo de células normais se diferencia e apresenta crescimento fora do controle. Esse conjunto de células anormais formam um tecido cancerígeno que não desempenhará as funções devidamente programadas  da próstata. Algumas dietas e processos inflamatórios na próstata podem induzir uma modificação desses células e aumentar a chance de torná-las cancerígenas. O desenvolvimento do câncer de próstata é muito lento e, em geral, é expresso com o avançar da idade.

Procure um serviço de saúde periodicamente para consultas e prevenção de doenças.

Leia também:

Quais os sintomas de câncer de próstata?

Câncer de próstata tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, câncer de próstata tem cura, principalmente quando o tumor é detectado na fase inicial. Quanto mais cedo o câncer de próstata for diagnosticado, maiores serão as chances de cura.

A cirurgia para remoção total da próstata (prostatectomia radical) é o tratamento mais utilizado em casos de tumores localizados e alcança uma taxa de cura de até 95%. A radioterapia por braquiterapia (implantação de sementes radioativas na próstata) pode curar até 75% dos tumores, enquanto que a aplicação de radiação externa é eficaz em até 80% dos casos.

Quando o tumor já está disseminado para outros órgãos, as chances de cura são reduzidas. Muitas vezes, quando o paciente apresenta sintomas, o câncer de próstata já está avançado, por isso é tão importante o acompanhamento regular com urologista, que manter um rastreamento adequado e com isso um diagnóstico precoce.

Veja aqui quais são os sintomas do câncer de próstata.

Novembro azul -Campanha de conscientização do câncer de próstata Rastreamento

O rastreamento do câncer de próstata é realizado através do exame de toque retal e do exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico) anualmente. Se houver alteração no exame clínico e o PSA estiver aumentado, é realizada uma ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. Porém, como a maioria dos tumores de próstata não aparece em exames de imagem, o diagnóstico só é confirmado através de biópsia.

Tratamento

O tratamento do câncer de próstata localizado é feito com cirurgia, associado ou não a radioterapia. Se o tumor já estiver avançado, mas ainda localizado, é incluído também o tratamento hormonal. No caso de metástase, ou seja, quando o câncer já se disseminou para outras partes do corpo, o tratamento é feito sobretudo com terapia hormonal ou quimioterapia.

Saiba mais em: Como é o tratamento para câncer de próstata?

A melhor forma de prevenir o câncer de próstata é fazer anualmente os exames.

O médico urologista é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do câncer de próstata.

Como é o tratamento para câncer de próstata?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O tratamento do câncer de próstata depende da extensão e estadiamento da doença. Na maioria das vezes é indicado tratamento cirúrgico com ressecção completa do tumor, acompanhado ou não de radioterapia, tratamento hormonal e/ou quimioterapia.

No caso do tumor em estágio inicial, restrito, bem delimitado em pacientes saudáveis, basta a cirurgia de ressecção completa e devido acompanhamento.

Nos casos mais avançados, mas ainda localizado, é incluído além da cirurgia, o tratamento hormonal ou radioterapia.

Nos casos de metástase, ou seja, quando o câncer já se espalhou para outros órgãos do corpo, o tratamento indicado é sobretudo com terapia hormonal ou quimioterapia.

Cirurgia

A cirurgia para tratar o câncer de próstata consiste na retirada completa da próstata (prostatectomia radical) e das vesículas seminais. Após a remoção da glândula, a bexiga é ligada ao canal da urina (uretra) com pontos e é colocada uma sonda para drenar a urina. A sonda é retirada depois de um período que varia entre uma e duas semanas.

Algumas complicações possíveis após a cirurgia são: a dificuldade na ereção, dificuldade em urinar e infertilidade, visto que os nervos responsáveis por essas ações, estão muito próximos da próstata e nem sempre é possível preservá-los durante o procedimento, principalmente quando existe a suspeita de invasão de tecidos vizinhos.

O procedimento cirúrgico pode ser realizado através de incisão abdominal (via aberta), pequenas incisões abdominais (laparoscopia) ou incisão na região entre o ânus e o saco escrotal (via perineal).

Radioterapia

A radioterapia consiste na aplicação de radiação na próstata. O tratamento pode ser feito por meio de radiação externa ou implantação de sementes radioativas na próstata (braquiterapia).

Terapia hormonal

Quando o câncer de próstata está avançado, mas continua localizado, ou seja, quando o tumor já cresceu além dos limites da próstata, mas ainda não se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento pode incluir a terapia hormonal.

O tratamento hormonal consiste em bloquear o hormônio testosterona antes, durante ou depois da cirurgia ou radioterapia. Isso porque o crescimento das células tumorais da próstata dependem do estímulo da testosterona. Portanto, bloquear o hormônio pode fazer o tumor regredir ou estabilizar (parar de crescer).

Quimioterapia

No caso de doença disseminada, atingindo outros órgãos do corpo (metástase), o tratamento de eleição costuma ser a hormonioterapia. Se o câncer de próstata não responder à terapia hormonal, a quimioterapia está indicada.

Campanha de conscientização do câncer de próstata

O rastreamento do câncer de próstata é realizado através do exame do toque retal e do exame de sangue para medir o PSA (antígeno prostático específico) anualmente. Se houver alteração no exame clínico e o PSA estiver aumentado, é realizada uma ultrassonografia, tomografia ou ressonância magnética. Porém, como a maioria dos tumores de próstata não aparece em exames de imagem, o diagnóstico só é confirmado através de biópsia.

Saiba mais em: Biópsia da próstata: como é feito o procedimento?

O câncer de próstata tem mais chances de cura quando é detectado na fase inicial, ou seja, quando o tumor ainda está localizado. Portanto, quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores são as probabilidades de cura.

Veja também: Câncer de próstata tem cura?

O médico urologista é o especialista responsável pelo tratamento do câncer de próstata. O tratamento é definido de acordo com o caso, levando em consideração os riscos e os benefícios para o paciente.

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Quais os sintomas de câncer de próstata?