Perguntar
Fechar
Cigarro pode causar tonturas?
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Não acredito que cigarro cause tonturas (somente ser for muitos por dia). Os efeitos do Bup você só vai descobrir depois que começar a tomar (eles são diferentes para cada pessoa: alguns pacientes não tem nenhum e outros tem tantos efeitos colaterais que precisam parar de tomar).

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As causas do transtorno afetivo bipolar não são totalmente conhecidas. Contudo, sabe-se que a origem do distúrbio está associada a fatores genéticos, alterações em algumas regiões do cérebro e variações dos níveis de neurotransmissores que transmitem os impulsos cerebrais.

Também já se sabe que algumas condições podem favorecer o desenvolvimento do distúrbio bipolar, como crises constantes de depressão ou que começaram muito cedo, pós-parto, períodos prolongados de estresse, uso de medicamentos inibidores do apetite, hipertireoidismo e hipotireoidismo.

Transtorno afetivo bipolar Tipo I

Esse tipo de distúrbio bipolar alterna fases de mania, que duram pelo menos uma semana, com períodos de tristeza e depressão que podem durar de 14 dias a vários meses.

Mania é o termo médico para estados de intensa euforia, excitação, em que pode estar presentes aumento da agressividades e da libido.

As fases de mania e depressão são marcadas por sintomas intensos, com grandes alterações nas atitudes e no comportamento da pessoa, prejudicando as relações pessoais, afetivas, familiares, profissionais e por vezes a sua própria condição financeira.

Nos casos mais graves de transtorno afetivo bipolar, pode ser necessário internar a pessoa devido ao elevado risco de suicídio e ocorrência de outros transtornos psiquiátricos.

Transtorno afetivo bipolar Tipo II

Os sinais e sintomas do transtorno bipolar tipo II caracteriza-se pela alternância entre leves períodos de euforia, excitação, otimismo e até agressividade (hipomania) seguidos por uma fase de depressão.

Contudo, os sintomas desse tipo de transtorno afetivo bipolar não mais leves e não interferem ao ponto de comprometer o comportamento e as vida do indivíduo.

O médico psiquiatra é o especialista responsável por diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado para o transtorno bipolar.

Saiba mais em:

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Quais são os sintomas do transtorno afetivo bipolar?

Qual é o tratamento para transtorno dissociativo de identidade?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O tratamento do transtorno dissociativo de identidade é feito geralmente com psicoterapia e medicamentos.

O papel da psicoterapia é fundamental no sucesso do tratamento do transtorno dissociativo de identidade, pois permite reduzir as crises em que ocorrem as mudanças de personalidade.

O objetivo é ajudar a pessoa a identificar o seu problema, mudar os seus comportamentos, vigiar a sua instabilidade e desenvolver o autocontrole.

Contudo, se o paciente for resistente em aceitar o tratamento psicoterápico, os resultados e as mudanças de personalidades podem ser muito limitados.

Os medicamentos servem para tratar e controlar outros transtornos psiquiátricos que podem estar associados à personalidade múltipla, como ataques de pânico, tendências suicidas, depressão, ansiedade, psicoses, entre outros.

Sintomas

O transtorno dissociativo de identidade, também conhecido como transtorno de dupla personalidade ou personalidade múltipla, tem como principal sintoma a presença de pelo menos duas personalidades diferentes que assumem o controle do corpo da pessoa de tempos em tempos.

Essas personalidades muitas vezes não têm conhecimento uma da outra e quando uma está no controle a outra não interfere. Em média, essas pessoas apresentam de 10 a 15 personalidades, embora o número de identidades possa variar muito e chegar a 80, como já foi verificado.

As personalidades costumam ter características bem diferentes, com comportamentos, pensamentos, valores e atitudes próprias.

Algumas personalidades podem identificar familiares, amigos, colegas, trabalho, enquanto outras não chegam nem a reconhecer os da própria família.

Leia também: Quais os sintomas do transtorno dissociativo de identidade?

Diagnóstico

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja identificado, a pessoa precisa necessariamente apresentar pelo menos duas personalidades diferentes.

Isso significa que o comportamento, os princípios e os pensamentos esperados do indivíduo sejam diferentes em várias situações.

Para que o transtorno dissociativo de identidade seja diagnostico, também é essencial que pelo menos duas personalidades assumam o controle da consciência e do corpo da pessoa em determinados períodos de tempo.

Vale lembrar que os sintomas não devem ser associados ao consumo de álcool, medicamentos, drogas ou outras substâncias.

O diagnóstico e tratamento do transtorno dissociativo de identidade é da responsabilidade do médico psiquiatra.

Saiba mais em:

Quais as causas do transtorno dissociativo de identidade?

Transtorno dissociativo de identidade significa ter dupla personalidade?

Distúrbios do sono: Quais os principais tipos e como identificá-los?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Existem dezenas de distúrbios do sono. Os principais tipos de transtorno são classificados nos seguintes grupos: Insônia, distúrbios respiratórios do sono, narcolepsia, distúrbios do ritmo circadiano, parassonias, manifestações motoras noturnas e sintomas noturnos isolados.

Insônia

A insônia é um dos distúrbios do sono mais comuns e caracteriza-se pela dificuldade em adormecer ou manter o sono. A falta de uma ou várias noites de sono reparador pode trazer prejuízos na qualidade de vida e até na saúde da pessoa.

As insônias podem causar alterações de humor, irritabilidade, sonolência durante o dia, cansaço, dificuldade de concentração, prejuízos na memória, falta de motivação, aumento do risco de acidentes automobilísticos ou de trabalho, aumento da tensão muscular, dor de cabeça, entre outras consequências.

Insônias crônicas, ou seja, que duram mais de 3 meses, também aumentam o risco de depressão. Por outro lado, já se sabe que boa parte dos casos de insônia estão também relacionados a estados de ansiedade ou depressão.

Leia também: Qual o tratamento para insônia?

Distúrbios Respiratórios do Sono

Esse grupo de transtornos do sono engloba os distúrbios que provocam alterações no padrão normal da respiração. O mais frequente é a síndrome da apneia obstrutiva do sono, mais conhecida como apneia do sono. Esse distúrbio do sono causa obstrução das vias aéreas, podendo diminuir a concentração de oxigênio no sangue.

Os principais sintomas da apneia do sono incluem ronco, interrupções da respiração (apneias) durante o sono, sonolência excessiva durante o dia, dificuldade de concentração e prejuízos na memória.

Dentre as principais causas da apneia obstrutiva do sono estão a obesidade, as anomalias do crânio e da face e os distúrbios hormonais. Esse distúrbio do sono é mais comum em homens, principalmente entre os mais idosos e aqueles que têm história de apneia do sono na família.

Saiba mais em: Apneia do sono tem cura? Qual o tratamento?

Narcolepsia

Esse distúrbio do sono tem como principal sintoma a sonolência excessiva durante o dia. Outras características comuns da narcolepsia incluem cataplexia, paralisia do sono, fragmentação do sono noturno, alucinações, entre outras manifestações.

A narcolepsia geralmente começa a se manifestar entre os 10 e os 20 anos de idade, prejudicando a formação da personalidade, o desempenho escolar e acadêmico, além de aumentar o risco de acidentes de trânsito e trabalho.

A cataplexia, uma manifestação frequente desse distúrbio do sono, caracteriza-se por episódios repentinos de perda de força muscular durante o dia, muitas vezes causados por alterações emocionais

As alucinações ocorrem quando a pessoa está na transição entre dormir e acordar, manifestando-se normalmente sob a forma de experiências visuais, auditivas ou que envolvem diversos sentidos.

Já a paralisia do sono é a perda dos movimentos que ocorre ao adormecer ou, principalmente, ao acordar. A pessoa está consciente, mas perde temporariamente a capacidade de se movimentar.

Leia também: O que é narcolepsia e quais são os sintomas?

Parassonias

As parassônias são distúrbios do sono que provocam eventos físicos, experiências desagradáveis e alterações comportamentais quando a pessoa está no ínicio do sono, durante o sono ou ao despertar.

As parassônias geralmente ocorrem durante a fase REM do sono, que é o estágio do sono profundo. Dentre os tipos mais comuns de parassônias estão o despertar confusional, o sonambulismo, o terror noturno e as parasssônias relacionadas ao sono REM.

O despertar confusional caracteriza-se por comportamentos confusos ou confusão mental ao acordar. No sonambulismo, o indivíduo desperta durante o sono profundo e caminha enquanto permanece com a consciência alterada durante um espaço de tempo.

Já os terrores noturnos manifestam-se sob a forma de gritos, choro e medo intenso. A pessoa dificilmente acorda durante os episódios, já que esse distúrbio ocorre na fase do sono profundo. Depois, ficam confusos e não se lembram do ocorrido.

As parassônias do sono REM têm como sintomas os comportamentos anormais, os pesadelos e a paralisia do sono frequente.

Os distúrbios comportamentais que ocorrem na fase do sono profundo (REM) podem interromper o sono ou até machucar a pessoa, ou quem estiver dormindo com ela. O transtorno interrompe o relaxamento muscular que ocorre durante o sono REM, o que leva a pessoa a se movimentar de acordo com os sonhos que tem.

Já os pesadelos são sonhos ruins recorrentes, normalmente ligados ao medo e à ansiedade. Esse distúrbio do sono prejudica a qualidade do sono e a execução de tarefas durante o dia.

Veja também: Quais são as fases do sono e o que acontece em cada uma delas?

Distúrbios no Ritmo Circadiano

Esse distúrbio do sono é causado por alterações no relógio biológico do corpo e prejudica a qualidade de vida e do sono. Sua principal causa é o estilo de vida em que há pouco tempo dedicado ao sono. Tratam-se de pessoas que têm um padrão de sono diferente daquele adotado pela sociedade em geral, dormindo normalmente menos ou com horários de sono diferentes das outras pessoas.

Manifestações Motoras Noturnas

Esses distúrbios do sono têm como sinais e sintomas certos tipos de movimentos que prejudicam o sono. Dentre os mais comuns estão a síndrome das pernas inquietas, os movimentos periódicos dos membros e os bruxismo.

A síndrome das pernas inquietas provoca uma vontade muito forte de mexer as pernas durante o repouso, principalmente ao final do dia e à noite. O desconforto geralmente alivia ao movimentar as pernas ou andar.

Veja também: Síndrome das pernas inquietas tem cura? Qual é o tratamento?

Os movimentos periódicos dos membros podem ser decorrentes da síndrome das pernas inquietas, embora também possam ocorrer isoladamente. Esse distúrbio do sono caracteriza-se pela realização de movimentos repetitivos de braços ou pernas durante o sono.

O bruxismo associado ao sono caracteriza-se pelo ranger dos dentes de forma repetitiva durante o sono. O bruxismo pode fazer a pessoa acordar, prejudicando a qualidade do sono, além de causar dor na articulação da mandíbula e desgaste dos dentes.

Sintomas Noturnos Isolados

O distúrbio do sono mais comum desse grupo é o ronco. Trata-se de um ruído proveniente da via aérea superior, sobretudo durante a inspiração.

Também pode lhe interessar: Ronco tem tratamento?

É importante lembrar que os distúrbios do sono causados por transtornos mentais, doenças neurológicas ou outro tipo de problema de saúde não são considerados distúrbios do sono, mas sintomas da doença de base.

O tratamento dos distúrbios do sono pode incluir o uso de medicamentos, mudanças no estilo de vida, entre outras intervenções médicas de diferentes especialidades, como neurologia, psiquiatria, pneumologia e otorrinolaringologia.

Saiba mais em:

Quais os sintomas dos distúrbios do sono?

10 Dicas para Melhorar a Qualidade do Sono

Sono excessivo: o que pode ser?

Ansiedade causa falta de ar constante e dor de cabeça?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A ansiedade é uma possibilidade sim, devido aos efeitos secundários do distúrbio, no entanto, esse é um diagnóstico de exclusão, ou seja, todas as outras causas possíveis para esses sintomas devem ser devidamente excluídas para poder confirmá-lo.

O médico responsável por confirmar o diagnóstico de transtorno de ansiedade é o psiquiatra, mas pode procurar também um clínico geral ou médico da família para descartar outras causas que não o transtorno de ansiedade.

Quais são as causas de falta de ar e dor de cabeça constantes?

Causas comuns de falta de ar são: Bronquite; asma; infecção pulmonar (pneumonia); doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), comum nos tabagistas de longa data; doença do refluxo gastroesofágico; problemas cardiológicos (infarto, pericardite, angina); viroses e problemas psicológicos (ansiedade e estresse).

A própria falta de ar, quando leva a um distúrbio respiratório, com dificuldade na troca gasosa pulmonar, gera uma retenção maior de gás carbônico e consequentemente uma menor absorção de oxigênio. Com isso, menor oxigenação cerebral, justifica o quadro de dores de cabeça.

O que é a ansiedade?

A ansiedade e o medo, são sentimentos normais experimentados por todas as pessoas, como resposta adaptativa do corpo, a alguma situação de estresse ou de risco. Essa resposta é mediada pelo sistema nervoso autônomo e eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, que liberam neurotransmissores estimuladores, durante sua reação.

A liberação desses neurotransmissores, são responsáveis pelos sintomas de agitação, taquicardia, suor frio, tremores, espasmo esofagiano (levando a sensação de "bolo na garganta"), por vezes aumento da pressão arterial, confusão mental e esquecimentos.

Essa sensação se torna um problema, ou um "transtorno", quando a resposta passa a ser exagerada, ou sem motivos aparentes, causando uma sensação de ansiedade constante, desagradável e prejudicial à vida da pessoa. Quadro que definimos como Transtorno de ansiedade generalizada.

Portanto, recomendamos que, tendo sido avaliada quanto a essas queixas por diversos médicos e a suspeita foi de transtorno de ansiedade, deve agora procurar um médico psiquiatra, para avaliação e definição dessa possibilidade, ainda, dar início ao tratamento mais adequado.

O transtorno de ansiedade pode sim ter cura, por isso seu tratamento não deve ser postergado.
O que é narcolepsia e quais são os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Narcolepsia é um distúrbio do sono que causa sonolência extrema e ataques de sono durante o dia. A sua principal causa é a falta de uma proteína produzida pelo cérebro chamada hipocretina.

A hipocretina é uma das substâncias responsáveis por manter o estado de alerta diurno, ou seja, manter a pessoa acordada.

Pessoas portadoras de narcolepsia, apresentam uma quantidade menor de células que produzem a hipocretina. Isso parece acontecer devido a uma reação autoimune, quando o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo.

Além disso, os fatores genéticos e ambientais desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença. A doença pode ser esporádica. Contudo, quem tem um parente de 1º grau com o distúrbio, possui cerca de 40 vezes mais chances de desenvolver narcolepsia do que quem não tem.

Quais os sintomas da narcolepsia?

Os principais sintomas da narcolepsia incluem sonolência excessiva durante o dia, cansaço crônico, cataplexia (perda de força muscular de forma súbita) e anormalidades do sono profundo (REM).

A narcolepsia pode causar ainda paralisia do sono, alucinações e sono repentino e profundo depois de alterações abruptas de emoções, como levar um susto ou dar uma gargalhada, por exemplo.

Os sintomas da narcolepsia geralmente começam a se manifestar entre os 15 e os 30 anos de idade. Existem dois tipos principais de narcolepsia (tipo 1 e tipo 2) e os sinais e sintomas podem variar entre eles:

Narcolepsia tipo 1: excesso de sono durante o dia, cataplexia e baixos níveis de hipocretina.

Narcolepsia tipo 2: excesso de sono durante o dia, ausência de cataplexia e níveis normais de hipocretina.

Sonolência extrema durante o dia

A pessoa pode sentir um desejo incontrolável de dormir, geralmente seguido por um período de sono. São os chamados ataques de sono. Esses períodos podem durar de alguns segundos a alguns minutos. Podem acontecer depois de comer, durante uma conversa, ao dirigir, entre outras situações.

Cataplexia

Durante esses ataques de sono, a pessoa não controla seus músculos e não consegue se mexer. Emoções fortes, como risos ou raiva, podem desencadear cataplexia.

Os ataques geralmente duram de 30 segundos a 2 minutos e a pessoa permanece consciente durante a crise. Durante o ataque, a cabeça inclina-se para a frente, a mandíbula cai e os joelhos podem dobrar. Em casos graves, a pessoa pode cair e ficar paralisada por vários minutos.

Apesar de ser um sinal característico da narcolepsia, a cataplexia normalmente só se manifesta após o surgimento da sonolência diurna excessiva.

É comum a cataplexia ser confundida com desmaios ou até mesmo epilepsia, já que a pessoa apresenta fraqueza muscular repentina e não consegue se movimentar por algum tempo. Isso tudo torna o diagnóstico da narcolepsia ainda mais difícil.

Alucinações

A pessoa vê ou ouve coisas que não existem, seja dormindo ou acordada. Durante as alucinações, a pessoa pode sentir medo ou como se estivesse sob ataque.

Paralisia do sono

Ocorre quando a pessoa não consegue mover o corpo quando começa a dormir ou quando acorda. Pode durar até 15 minutos.

A maioria das pessoas com narcolepsia tem sonolência diurna e cataplexia, nem todas apresentam paralisia do sono. Apesar de se sentirem muito cansadas, é comum pessoas com narcolepsia não dormirem bem à noite.

Qual é o tratamento para narcolepsia?

O tratamento da narcolepsia é feito com medicamentos estimulantes e antidepressivos, que ajudam a diminuir a sonolência e inibir a cataplexia. A narcolepsia não tem cura. O objetivo do tratamento é controlar os sintomas.

Os estimulantes ajudam o indivíduo a manter-se acordado durante o dia. Já os antidepressivos podem reduzir os episódios de cataplexia, paralisia do sono e alucinações.

O oxibato de sódio atua bem no controle da cataplexia, além de ajudar a controlar a sonolência diurna.

Além dos medicamentos, são indicadas algumas mudanças no estilo de vida para ajudar a melhorar a qualidade do sono noturno e aliviar a sonolência diurna:

  • Deite-se e acorde à mesma hora todos os dias;
  • Mantenha o quarto escuro e a uma temperatura agradável;
  • Evite cafeína, álcool e refeições pesadas pelo menos duas horas antes de ir dormir;
  • Não fume;
  • Faça algo relaxante antes de dormir, como tomar um banho quente ou ler um livro;
  • Pratique exercícios físicos regularmente todos os dias, mas pelo menos 4 horas antes de ir dormir;
  • Pratique os cochilos durante o dia, quando a pessoa está cansada, também ajuda a controlar a sonolência diurna e reduz a quantidade de ataques imprevistos de sono.

Apesar de não ter cura, a narcolepsia pode ser controlada com o tratamento. Tratar outros distúrbios do sono subjacentes também pode melhorar os sintomas dessa condição.

O/A médico/a neurologista especialista em distúrbios do sono é o/a profissional indicado/a para diagnosticar e tratar a narcolepsia.

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): quais os efeitos colaterais e que cuidados preciso ter quanto ao seu uso?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hemifumarato de quetiapina é um antipsicótico utilizado para tratar transtornos mentais como esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar em seus episódios de mania e de depressão.

Efeito colaterais de quetiapina

Os efeitos colaterais muito frequentes do hemifumarato de quetiapina, que ocorrem em 1 de cada 10 utilizadores desse medicamento, são:

  • Boca seca
  • Ganho de peso
  • Tontura
  • Sonolência
  • Dores de cabeça
  • Sensação de sonolência
  • Sintomas de descontinuação (sintomas que ocorrem após a suspensão abrupta do medicamento): insônia, náusea, cefaleia, diarreia, vômito, tontura e irritabilidade.

Outros efeitos frequentes, que ocorrem de 1 a 10 pessoas em cada 100 utilizadores desse medicamento, são:

  • Taquicardia (aumento na frequência dos batimentos do coração) e palpitações
  • Visão borrada
  • Constipação (prisão de ventre) e dispepsia (má digestão)
  • Astenia leve (sensação de fraqueza), que pode levar a quedas
  • Edema periférico (inchaço nas extremidades)
  • Disartria (dificuldade na fala)
  • Aumento do apetite
  • Congestão nasal
  • Hipotensão ortostática (queda da pressão arterial na posição em pé), pode causar tontura ou desmaior
  • Sonhos anormais e pesadelos
  • Sintomas extrapiramidais: movimentos involuntários (tremores, contrações musculares, entre outros), dificuldade de andar, lentificação dos movimentos, inquietude.
Efeitos colaterais em crianças e adolescentes (10 a 17 anos de idade)

Neste grupo etário as reações adversas são as mesmas apresentadas pelos adultos. Entretanto, as que ocorrem com mais frequência são:

  • Aumento do apetite
  • Aumento na pressão arterial
  • Vômito
  • Rinite
  • Síncope (desmaio)
  • Raramente ocorrem: inchaço dos seios e produção inesperada de leite em meninos e meninas e, nas meninas, os ciclos menstruais podem não ocorrer ou ocorrerem de forma irregular.
Precauções quanto ao uso de quetiapina

Hemifumarato de quetiapina deve ser usado com cautela em caso de:

  • Presença de sinais e sintomas de infecção
  • Diabéticos ou pessoas com risco de desenvolver diabetes
  • Pessoas que sabem ter triglicérides ou colesterol elevado
  • Portadores de doenças cardíacas ou doenças cerebrovasculares
  • Pessoas com tendência à redução de pressão arterial
  • Portadores de apneia do sono
  • Pacientes em uso de medicamentos depressores do sistema nervoso central
  • Pessoas com risco de pneumonia por aspiração
  • Pacientes com história de convulsões
  • Portadores de discinesia tardia (alterações de movimentos)
  • Pessoas com distúrbios urinários, prostáticos ou intestinais
  • Pacientes com síndrome neuroléptica maligna (se caracteriza por alteração do estado mental, rigidez muscular, elevação da temperatura corporal e hiperatividade autonômica: diminuição da senso-percepção acompanhada de tremores, suor excessivo, ansiedade, agitação, insônia, náuseas e vômitos).

Veja também

Quetiapina (hemifumarato de quetiapina): para que serve, como usar e quais as suas contraindicações?

O consumo de álcool não é recomendado enquanto você estiver em tratamento com hemifumarato de quetiapina.

Esta medicação pode reduzir a sua capacidade de atenção e sua habilidade motora. Por este motivo, não conduza veículos ou opere máquinas quando estiver utilizando hemifumarato de quetiapina.

Hemifumarato de quetiapina somente deve ser usado sob orientação médica.

Leia mais

Diferenças entre Esquizofrenia e Transtorno Bipolar

A esquizofrenia tem cura?

Transtorno afetivo bipolar: Quais as causas e como identificar?

Transtorno afetivo bipolar tem cura?

Transtorno de personalidade é uma doença mental?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os transtornos de personalidade não são propriamente doenças mentais. Se referem a um conjunto de características e traços de personalidade muito intensos, rígidos e que podem trazer prejuízos a vida da pessoa.

Por isso, os transtornos de personalidade estão no limite entre a normalidade e as doenças mentais. Tais transtornos apresentam características específicas que os diferencia dos transtornos mentais propriamente ditos.

Inclusive essa forma de classificação é um tanto quanto controversa entre os especialistas em saúde mental, isto porque os próprios profissionais da saúde podem discordar do significado de um transtorno mental.

Além disso, muitas pessoas podem se encaixar em mais de um tipo ou mesmo serem erroneamente diagnosticada com um transtorno de personalidade. O diagnóstico pode ainda reforçar rótulos e estigmas das pessoas que apresentam esse padrão de comportamento, dificultando ainda mais a adaptação dessas pessoas a sociedade.

Geralmente, uma pessoa com transtorno de personalidade tem dificuldade em se ajustarao seu meio, vivendo fora das normas básicas dos grupos da sociedade. Esse desajuste ao meio em que se vive pode manifestar-se sob a forma de agressividade, excesso de introversão, exibicionismo exagerado, desconfiança sem razão, entre outras.

Esse processo pode provocar sofrimento e transtorno às pessoas do círculo pessoal e familiar da pessoa com esse tipo de problema, sendo ela própria vítima de suas próprias atitudes.

Portanto, embora não sejam doenças mentais propriamente ditas, os transtornos de personalidade podem trazer sofrimento e distúrbios no dia a dia, quando isso ocorre comumente são considerados um quadro psiquiátrico.

Nesse tipo de situação o tratamento pode ser necessário, e é feito principalmente com psicoterapia, em algumas situações o uso de medicamentos também é necessário.

Saiba mais em:

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Quais os sintomas dos transtornos de personalidade?

Qual é o tratamento para os transtornos de personalidade?