Perguntar
Fechar
Anorexia tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

A anorexia tem cura, porém a recuperação completa pode demorar anos. O tratamento da anorexia, assim como de outros transtornos alimentares, é multidisciplinar e envolve médicos, médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

O tratamento inclui o ganho de peso através de dieta hipercalórica, orientada pelo nutricionista para recuperação e manutenção do peso adequado, psicoterapia realizada com psicólogo ou psicoterapeuta e apoio social-familiar durante todo o processo e, principalmente, nas possíveis recaídas.

Em muitos casos de anorexia, a pessoa precisa ficar internada para que os alimentos sejam reintroduzidos gradualmente na dieta e o coração não entre em sobrecarga. 

Os medicamentos usados para tratar o transtorno servem para controlar e tratar a ansiedade, a depressão e as atitudes compulsivas, uma vez que não há uma medicação específica para tratar a anorexia.

Contudo, uma vez que alguns medicamentos psiquiátricos podem provocar aumento de peso ou de apetite, muitas pessoas deixar de tomar a medicação, o que dificulta a cura da anorexia.

A psicoterapia, nomeadamente a terapia cognitivo-comportamental e a terapia familiar desempenham um papel muito importante no tratamento da anorexia.

Sem tratamento, a anorexia pode causar diminuição da massa óssea e muscular, desmineralização dos dentes, retardo no crescimento, perda total da gordura corporal, prisão de ventre grave, desnutrição extrema e morte.

Por isso, é indicado consultar o clínico geral ou médico de família que coordenará esse cuidado global do paciente.

Também pode lhe interessar: 

Como é o tratamento para vigorexia?

Quais os tipos de transtornos alimentares e seus sintomas?

Como é o tratamento para transtornos alimentares?

Dor no peito: o que pode ser e o que fazer? Como saber se é Infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no peito preocupa a todos, pelo medo de ser um sinal de infarto no coração (infarto agudo do miocárdio). E embora essa não seja a causa mais comum de dor torácica, é uma das causas que mais oferece risco de vida, por isso deve mesmo ser sempre investigada.

Hoje existem protocolos bem estruturados de atendimento nas emergências médicas, com excelentes resultados quando a doença é tratada a tempo.

Na suspeita de um infarto agudo do miocárdio, procure um serviço de emergência imediatamente.

Como saber se a dor no peito é infarto?

Os sintomas característicos de infarto agudo do miocárdio (IAM) são:

  • Dor ou desconforto no peito, de início súbito,
  • Localizada no lado esquerdo do peito (ou no meio do peito),
  • Tipo aperto, pressão ou desconforto, contínua,
  • A dor pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso (do mesmo lado),
  • Sintomas associados: Suor frio, tontura, náuseas, vômitos, fraqueza, mal-estar e falta de ar.

Vale ressaltar que portadores de diabetes podem não apresentar a dor no peito, mas apenas os sintomas de mal estar, suor frio, náuseas e vômitos. Por isso, em caso de diabetes, com esses sintomas, procure imediatamente um serviço de emergência para avaliação médica cardiológica.

Tipos de dores no peito

Na avaliação da dor no peito, a descrição da sua localização, pode auxiliar na pesquisa da causa desse problema. Entenda com a tabela abaixo, os principais diagnósticos, para cada tipo de dor torácica.

Tipos de dor O que pode ser?
Dor no peito à esquerda

Infarto agudo do coração, Dor muscular, Pneumonia, Asma, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Gases.

Dor no meio do peito Refluxo gástrico, Espasmo esofagiano, Infarto agudo do miocárdio, Pericardite, Endocardite, Derrame pericárdico, Dissecção de Aorta, Hérnia de hiato, Asma, Ansiedade, Gases.
Dor no peito à direita Dor muscular, Pneumonia, Pneumotórax, Derrame pericárdico, Embolia, Pedras na vesícula, Gases.
Dor no peito que piora com a respiração profunda Pneumonia, Derrame pleural, Pneumotórax, Embolia pulmonar, Pericardite.
21 causas de dores no peito diferentes de infarto1. Angina

A angina é considerada por alguns como o "princípio de infarto". De fato, a angina se caracteriza pela dor no meio do peito, tipo aperto, desconforto ou pressão, que pode ser irradiada para o braço esquerdo, pescoço, mandíbula ou dorso, e assim como no infarto, é causada pela falta de sangue em uma área do miocárdio (músculo do coração).

A grande diferença, é que a falta de sangue não é completa, a obstrução é parcial, portanto, o fluxo não é totalmente interrompido fazendo com que a dor dure menos de 15 a 20 minutos. A dor não é contínua, ela não dura mais de 20 minutos.

Quando a dor se mantém por mais de 20 minutos já caracteriza uma angina "instável" ou infarto.

No caso de angina, procure imediatamente um serviço de emergência médica. O tratamento é realizado com medicamentos sublinguais (para efeito mais rápido), com intuito de dilatar os vasos do coração, restituindo a circulação.

2. Endocardite

A endocardite é uma infecção no endocárdio (camada mais interna do coração). Os sintomas mais comuns são a febre, suor noturno, perda de peso, tosse e mal-estar.

Devido a tosse frequente, não é raro a presença de dor ou desconforto no peito. Entretanto não é um sintoma específico para essa doença. Contudo, por se tratar de uma doença grave com elevada taxa de mortalidade, deve entrar no grupo de causas possíveis a ser investigada.

O tratamento é feito com antibioticoterapia intravenoso, em ambiente hospitalar.

3. Pericardite

A pericardite é a infecção no pericárdio (uma espécie de "bolsa" que recobre o coração). A doença pode ser causada por uma infecção (bacteriana, fúngica ou viral), por trauma, uso crônico de medicamentos, doenças autoimunes ou pela presença de células neoplásicas (tumores).

Os sintomas característicos são a dor torácica no lado esquerdo do peito, que se irradia para o pescoço ou dorso, que melhora quando está sentado e piora quando se deita (decúbito dorsal).

O tratamento depende da gravidade do quadro e do agente causador dessa infecção. Sempre em ambiente hospitalar, pode ser tratado apenas com antibióticos venosos, ou associado a cirurgia.

4. Derrame pericárdico

O derrame pericárdico é o acúmulo de líquido no pericárdio. Os sintomas mais frequentes são a dor no peito do lado esquerdo, ou mais ao centro, tipo pressão ou aperto, associado a febre baixa, tosse e cansaço extremo.

O tratamento depende da causa do problema, do volume de líquido encontrado e do quadro clínico. Podendo ser conservador, com medicamentos, tratamento da causa e acompanhamento. Ou cirúrgico de urgência para os casos com falta de ar intensa e queda da pressão arterial.

5. Dissecção de aorta

A dissecção de aorta é uma emergência médica, uma das doenças que mais mata, se não tratada imediatamente. Chama-se dissecção, quando uma das camadas dos vasos se rompe, causando um extravasamento de sangue entre os folhetos do vaso.

Com o aumento da pressão entre essas paredes dos vasos, acontece uma ruptura do vaso, e sendo a aorta o maior vaso do corpo humano, o sangramento costuma ser fatal.

Os sintomas inicialmente são leves e inespecíficos, com dor entre os ombros, no meio do peito, sensação de peso no peito, dor no abdômen, fraqueza e ou mal-estar. O diagnóstico pode ser feito no exame clínico nos casos de aneurisma de grande volume na cavidade abdominal, ou por exames de imagem se for na região do tórax.

O tratamento é baseado no tamanho da dissecação, queixas e condições clínicas da pessoa.

6. Pneumonia

A pneumonia é a infecção do tecido pulmonar, geralmente decorrente de uma gripe mal curada. O principal sintoma é de dor no peito, em aperto ou pontadas, do lado acometido, que piora com a respiração profunda. Apresenta ainda, tosse produtiva, com secreção amarelada ou esverdeada, febre alta, falta de ar, fadiga e inapetência.

O tratamento é realizado com antibióticos. O médico da família, clínico geral ou pneumologista são os profissionais responsáveis pela confirmação desse diagnóstico e iniciar o devido tratamento.

7. Crise de asma (doenças crônicas do pulmão)

O processo de inflamação ou de fibrose encontrado nos problemas crônicos do pulmão, como a crise de asma, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), dificultam a passagem de ar devido ao edema, causando como sintomas: a dor no peito, ou desconforto tipo pressão, mais comum no meio do peito ou difusa, com dificuldade de respirar, sibilos ("chiado") e tosse seca.

A crise de asma pode evoluir para o óbito se não for devidamente tratada. O tratamento se baseia em medicamentos dilatadores para os brônquios, corticoides, nebulizações e oxigênio.

Na suspeita de crise de asma, procure imediatamente um serviço de emergência médica.

8. Pneumotórax

O pneumotórax é o acúmulo de ar entre as pleuras do pulmão (membranas que recobrem os pulmões). O afastamento das pleuras, que costumam ser "coladas", causa dor intensa tipo pontadas ou "agulhadas", que piora muito com a respiração profunda.

O tratamento depende do volume de ar encontrado e do quadro clínico. Nos casos mais leves, de pequena quantidade de ar, o tratamento é tratar a causa do problema e acompanhamento. Mas nos casos de grande quantidade de ar, impedindo uma boa ventilação, a drenagem torácica deverá ser indicada.

9. Derrame pleural

O derrame pleural é o acúmulo de líquido entre as pleuras dos pulmões (membranas que recobrem os pulmões). Pode ser originado de traumas, infecções ou doenças autoimunes.

A separação das pleuras pelo líquido acumulado, causa dor no peito, no lado acometido, que piora com a respiração profunda. Pode haver também, febre, falta de ar e cansaço associados.

O tratamento depende da causa e do volume de líquido acumulado. No caso de comprometimento da respiração, está indicado drenagem torácica, para restabelecer a expansão dos pulmões, e possibilita coleta do material para análise.

10. Trauma

No trauma torácico, pode haver contusão ou fratura de costela(s). As fraturas resultam em dor intensa no local do trauma, dificuldade de respirar e de falar devido à dor, pôr 5 a 7 dias em média. O tratamento é repouso absoluto, para consolidação da lesão, e analgésicos potentes.

No trauma grave, com mais de 8 costelas fraturadas ("tórax instável"), a dificuldade respiratória pode evoluir para parada respiratória, o que pode ser fatal. Nesses casos o tratamento exige internação hospitalar, com monitorização, vigilância respiratória e quando necessário, intubação orotraqueal para assegurar uma boa oxigenação ao organismo, até sua consolidação.

11. Tuberculose pulmonar

A tuberculose pulmonar é uma doença endêmica no nosso país, altamente contagiosa, causada pela bactéria M. tuberculosis. Os sintomas típicos são de tosse seca ou produtiva, sudorese noturna, febre vespertina, cansaço e fraqueza.

A tosse é contínua, com duração de mais de 3 semanas, fato que acaba por desencadear a dor no peito, do lado comprometido, do tipo pressão ou pontadas.

O tratamento é baseado em medicamentos antibióticos específicos e orientações gerais. Esses medicamentos são oferecidos gratuitamente pelo Ministério da saúde, nos postos de saúde da cidade, aonde deve realizar também o acompanhamento solicitado pela equipe.

12. Embolia pulmonar

A embolia pulmonar é uma obstrução súbita de artérias do pulmão, impedindo o fluxo de sangue nessa região, com consequente isquemia ou infarto pulmonar. A causa mais comum é a formação de um coágulo nas veias da perna, que caem na circulação e chegam aos pulmões, aonde o calibre de veia é menor, impedindo a sua passagem.

É mais uma emergência médica, com alta taxa de mortalidade se não tratada dentro das primeiras horas.

O tratamento é realizado com medicamentos anticoagulantes, para dissolver esse coágulo (ou êmbolo), restabelecendo o mais rápido possível, o fluxo de sangue naquela região. Quanto antes for recanalizado o vaso, menor a chance de sequelas.

13. Excesso de gases

Os sintomas de dores no peito devido a excesso de gases, são dores do tipo cólica ou em "pontadas", mais intensas na região abaixo das costelas. Tem como principal característica, a melhora da dor com a mudança de posição e ou com a eliminação de gases.

As dores por excesso de gases costumam estar associadas ao sedentarismo, alimentação gordurosa ou consumo excessivo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes e a água com gás.

Para evitar a formação excessiva de gases, é importante manter hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, alimentação saudável e preferir o consumo de água e sucos naturais. O uso de chás naturais e massagem auxiliam na melhora dos sintomas.

Nos casos de dor refratária, podem ser utilizados os medicamentos à base de simeticona (dimeticona), capazes de unir as bolhas de gás e acelerar a sua eliminação.

14. Refluxo gástrico / azia

A doença do refluxo se caracteriza pelo retorno de uma parte do conteúdo do estômago para o esôfago, que origina a queimação no meio do peito, com sensação de peso ou "aperto" na região.

Isso acontece porque o conteúdo gástrico já foi misturado e contém uma quantidade de suco gástrico, um líquido ácido produzido no estômago para auxiliar a digestão dos alimentos.

Porém a parede do esôfago não é preparada para receber um conteúdo ácido, sendo assim, esse refluxo gera uma irritação na mucosa esofagiana, desencadeando os sintomas.

O refluxo é popularmente conhecido por azia.

Para reduzir o refluxo, é necessário comer mais vezes em menor quantidade, evitar beber líquidos junto com a comida, e evitar se deitar logo após as refeições.

O tratamento específico para cada caso, deverá ser definido por um médico gastroenterologista, após a identificação da causa do refluxo.

15. Espasmo esofagiano

Os distúrbios esofagianos alteram a sua motilidade, gerando contrações fortes, que chamamos de espasmos. A causa mais comum é a doença do refluxo, mas os espasmos podem ser desencadeados também por tabagismo, situações de estresse, alimentos ácidos, entre outros.

O sintoma de espasmo esofagiano é uma dor no meio do peito, tipo aperto ou pressão, de moderada a forte intensidade, intermitente, que piora após as refeições ou em situações de estresse importante ou crise de pânico.

O tratamento dependerá da causa do problema e da gravidade dos sintomas.

16. Tumor de esôfago

Nos casos de tumores, os sintomas são causados principalmente pela compressão de estruturas próximas. As queixas mais comuns são de dor no meio do peito, dificuldade de engolir, rouquidão e ou tosse.

Com a evolução da doença podem apresentar ainda, emagrecimento sem causa aparente, mal-estar, inapetência, febre baixa e sudorese.

Nesses casos, deve procurar seu médico da família e ou clínico geral para iniciar uma investigação ampla e assim possibilitar o tratamento mais indicado.

17. Gastrite

A gastrite é uma inflamação na mucosa do estômago, causada por diversas situações, como o uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, alimentação inadequada, infecção pela H.Pylori ou estresse contínuo.

A inflamação origina os sintomas de dor no meio do peito, dor abdominal, náuseas, má digestão, falta de apetite e perda de peso nos casos mais avançados.

A dor típica da gastrite é uma dor em queimação, conhecida popularmente como azia, que piora após as refeições ou com jejum prolongado, no meio do peito.

O tratamento se baseia na orientação alimentar, redução de fatores de risco, como tabagismo e alcoolismo, e medicamentos que reduzem a acidez do estômago, para restabelecer a mucosa gástrica, os inibidores de bomba de prótons.

Nos casos de infecção pela bactéria H.Pylori, é necessário o uso de antibióticos

18. Hérnia de hiato

A hérnia de hiato é a passagem de parte do estômago para o tórax, através do diafragma, o que causa grande desconforto ou dor no meio do peito, do tipo aperto ou pressão.

O tratamento depende da gravidade, tamanho da hérnia e condições de saúde de cada pessoa. A doença é mais comum no idoso, e por isso as opções devem ser bem avaliadas. Uma opção é a orientação alimentar e acompanhamento. Nos casos que não melhoram ou com muitas queixas, pode ser indicada a cirurgia para a correção da hérnia.

19. Pedras na vesícula

A vesícula é o órgão responsável por armazenar a bile e liberar para o intestino na presença de alimentos, com o objetivo de auxiliar na digestão. A presença de pedras pequenas na vesícula não interfere nesse processo, pois são eliminadas junto com as fezes sem que a gente perceba.

No entanto, as pedras grande ficam impactadas no seu interior e causam dor tipo cólica, do lado direito do abdômen, que se irradia para a região torácica à direita, quando se contrai para enviar a bile para os intestinos.

Esse é o motivo da dor se agravar logo após as refeições, e principalmente nas refeições mais gordurosas, quando é necessário enviar maior quantidade de bile para a digestão.

O tratamento se inicia com orientações alimentares, mas pode evoluir para cirurgia nos casos de dor crônica, inflamação aguda ou complicações graves, como a pancreatite por cálculos biliares.

O mais adequado é que trate adequadamente com as orientações dietéticas, para evitar as complicações que podem ser fatais.

20. Crises de ansiedade

A dor no peito causada por ansiedade, costuma se localizar no meio do peito, do tipo aperto ou pressão, por vezes referida como "angústia no peito". Além disso, costuma estar associada a outros sintomas como: falta de ar, palpitação, formigamento no rosto ou nos braços, "bolo na garganta", pelo espasmo esofagiano, náuseas ou vômitos.

Isso acontece, porque durante uma crise de ansiedade ou pânico, o cérebro funciona da mesma maneira do que em uma situação de perigo real, preparando o organismo para a reação de fuga. Com isso aumenta os batimentos cardíacos, contrai a musculatura, aumenta a pressão arterial, reduz o calibre dos vasos, entre outras modificações, que originam todos esses sintomas.

No entanto, a única maneira de diferenciar com exatidão uma crise de ansiedade e o infarto do coração, é através do exame médico e exames complementares. Não existe um exame que confirme a ansiedade, trata-se de um diagnóstico de "exclusão".

No caso de dor no peito com os sintomas acima citados, o mais recomendado é que procure um atendimento médico de emergência, para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.

21. Dor muscular

A dor muscular ou contratura muscular é uma das causas mais comuns de dor no peito. Pode ser decorrente de uso excessivo da musculatura, como em frequentadores assíduos de academia, por trauma, posturas ou movimentos repetidos, entre outras situações.

A dor muscular se caracteriza por piorar com o movimento e ou palpação, e melhorar com repouso e uso de medicamentos relaxantes musculares.

O tratamento irá depender da intensidade da dor, basta manter-se em repouso de 1 a 2 dias, ou associar o uso de anti-inflamatórios e analgésicos comuns.

Quando deve procurar uma emergência / urgência?

Em caso de dor no peito, procure atendimento médico com urgência se:

  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de sintomas como suor frio, mal-estar, dificuldade em respirar, batimentos cardíacos aumentados, náuseas e/ou vômitos;
  • A dor no peito se espalhar para mandíbula, braço esquerdo ou costas;
  • A dor no peito for forte e não melhorar após 20 minutos;
  • É portador de angina e o desconforto no peito se torna mais intenso subitamente ao praticar atividades leves ou dura mais tempo que o habitual;
  • Os sintomas de angina surgirem enquanto você estiver em repouso;
  • História prévia de ataque cardíaco ou embolia pulmonar;
  • Dor no peito associado a tosse com catarro verde e ou amarelado.
  • A dor no peito tiver início súbito e vier acompanhada de dificuldade para respirar, especialmente após viagem longa, permanecer muito tempo sentado (a), acamado(a) ou imobilizado(a) por cirurgia, por exemplo.

Em caso de dor no peito, verifique a ocorrência de outros sinais e sintomas procure um serviço de urgência, visto que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte na população, e se iniciam com queixa de dor no peito.

Pode lhe interessar também: O que fazer no caso de dor no peito?

Transtorno de Estresse pós-traumático (TEPT), tem cura?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Estresse pós-traumático pode ter cura, embora o tratamento seja difícil e uma parte dos pacientes possam permanecer com sintomas por muitos anos, necessitando manter acompanhamento por tempo indeterminado.

Trata-se de um transtorno psicológico crônico, que ocorre após a exposição de eventos traumáticos graves, como participação em guerras; sofrer ou presenciar abusos e violências, seja sexual ou física; uma grande perda, como o falecimento de um familiar, entre outros.

Qual é o tratamento do estresse pós-traumático?

O tratamento deve ser realizado com:

  • Psicoterapia e
  • Medicamentos. Os Antidepressivos são os medicamentos de primeira escolha nesse caso, embora existam outras opções a serem associadas em casos mais graves.

Após 3 meses de tratamento, os sintomas do transtorno de estresse pós-traumático tendem a se estabilizar. Porém, a doença poderá retornar se houver novamente uma situação traumática ou que seja semelhante àquela que originou o estresse.

Em geral, a psicoterapia, através da terapia cognitivo-comportamental, é a primeira opção de tratamento para o estresse pós-traumático. Contudo, a medicação tem papel importante, principalmente no início do tratamento, minimizando os sintomas e auxiliando na adesão ao tratamento psicológico.

A escolha do tipo de medicamento depende de vários fatores, como a condição de saúde do paciente, presença de outros transtornos psiquiátricos ou doenças, efeitos colaterais da medicação, entre outros.

Atualmente os medicamentos mais indicados nesses casos são os antidepressivos: Fluoxetina, Sertralina, Paroxetina e a Venlafaxina.

Muitas vezes é necessário incluir mais de um tipo de medicamento, especialmente quando não há resposta à terapia com antidepressivos ou em casos muito graves. Nesses casos está indicado a associação de antipsicóticos em doses baixas. Esses medicamentos coadjuvantes também atuam no tratamento dos transtornos do sono (insônia, pesadelos, terror noturno),da ansiedade, agitação e sintomas de agressividade.

Nos casos mais graves, os antipsicóticos devem ser iniciados de imediato, devido aos riscos e prejuízos à saúde física e mental do paciente.

Os benzodiazepínicos (ansiolíticos) não são recomendados para tratar o transtorno. Além de não terem eficácia comprovada nesse tipo de situação, podem causar ansiedade e insônia pelo efeito rebote. Quando prescritos, deve-se dar preferência aos de meia-vida longa para evitar o efeito rebote e não prolongar o uso por mais de 4 semanas.

Mesmo com a remissão completa dos sintomas, deve-se manter o tratamento do estresse pós-traumático por algum tempo. Lembrando que a manifestação dos sintomas é cíclica e pode piorar se a pessoa ficar exposta a situações que lembrem o trauma.

Não há um tempo definido de tratamento. Cabe ao médico psiquiatra e ao psicoterapeuta avaliarem o caso, de maneira que os medicamentos sejam retirados gradualmente e o tratamento não seja interrompido abruptamente nem se prolongue por tempo demasiado, quando o paciente já não apresenta sintomas.

Dor no coração: o que pode ser?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A dor no coração pode ter diversas causas, sendo as mais comuns: o infarto agudo do miocárdio (infarto cardíaco), pericardite e outras doenças cardíacas, doenças pulmonares, como a pneumonia e derrame pleural, ansiedade, síndrome do pânico ou mesmo excesso de gases.

A dor no coração em aperto, acompanhada de suor frio e falta de ar, normalmente está associada ao Infarto Agudo do Miocárdio. A dor pode irradiar para os braços, costas, pescoço e mandíbula, causando sensação de formigamento. Entretanto, nem todas as dores no peito, são indicativas de infarto.

1. Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

O infarto ocorre quando parte da musculatura cardíaca deixa de receber irrigação sanguínea e, por consequência, oxigênio. Esta falta de oxigênio leva a morte das células, o que chamamos de necrose.

A dor que se manifesta nos casos de infarto é descrita como em aperto, pontada ou queimação. Esta dor, normalmente, irradia-se para o braço esquerdo, ombro, costas, pescoço ou mandíbula, provocando sensação de formigamento.

Os fatores de risco para a doença são a idade, acima de 45 anos, pressão alta mal controlada, sobrepeso, colesterol elevado, tabagismo e história familiar de doenças cardiovasculares.

Veja mais em : Dores no braço podem ser sintomas de ataque cardíaco?

2. Angina do peito ou Angina pectoris

A angina do peito ou angina pectoris é caracterizada por uma dor em aperto no coração, provocada pela má circulação nas artérias do coração, artérias coronárias. A dor é sinal de que a musculatura cardíaca está em sofrimento por falta de oxigênio. Se o quadro de angina permanecer por tempo prolongado, desenvolve-se o infarto.

A angina pode ser classificada estável, quando melhora após o repouso, ou instável, quando não melhora, caracterizando um quadro mais grave.

A dor geralmente é precipitada por esforço físico, mas pode ocorrer acontecer a noite, em repouso, inclusive acordando a pessoa devido à dor. Algumas pessoas sentem dor no estômago ou na mandíbula.

Pessoas com colesterol elevado, alimentação com excesso de carboidratos, hipertensão descompensada, diabetes e tabagistas são mais propensas a desenvolver não só o infarto, mas também a angina de peito e acidente vascular cerebral.

Leia mais em: o que é angina e quais os sintomas? e qual a diferença entre angina estável e angina instável?

3. Costocondrite

A costocondrite é uma inflamação das cartilagens que ligam as costelas ao osso esterno (osso do meio do peito). As causas mais comuns são o excesso de atividade física e má postura.

Por vezes pode causar dor tão intensa, que se assemelha a dor do infarto, levando a pessoa a procurar atendimento de urgência.

4. Pericardite

O coração fica alojado dentro de um saco membranoso chamado pericárdio. A pericardite é, portanto, uma inflamação do pericárdio. A dor provocada por esta inflamação é muito forte e pode ser confundida com a dor do infarto.

Doenças reumatológicas e infecções dentárias não tratadas são algumas das causas comuns de pericardite.

5. Arritmias cardíacas

As alterações na frequência do ritmo cardíaco, sejam batimentos cardíacos lentos, acelerados ou fora do ritmo, são chamadas de arritmias cardíacas. Estas alterações de ritmo podem desencadear sintomas como tonturas, mal-estar, palidez, dor no coração e suor frio.

As causas mais comuns de arritmia são a hipertensão, distúrbios de tireoide, insuficiência cardíaca, anemia, doença coronariana, envelhecimento e atividade física de alta intensidade.

Pessoas saudáveis, principalmente se houver história familiar de doenças cardíacas, também podem apresentar alterações cardiovasculares de forma aguda durante a vida.

6. Pneumonia

A pneumonia é uma doença infecciosa que acomete o pulmão, apresentando como sintoma comum a dor no peito. Entretanto, na maioria das vezes a dor se diferencia por piorar com a respiração profunda e com os movimentos, inclusive tosse.

A febre é outro sinal típico da doença, mas pode não estar presente em pacientes com imunidade baixa como idosos, diabéticos e imunodeprimidos.

Outras doenças pulmonares como pleurite ou derrame pleural também podem causar dores no peito.

7. Ansiedade

Durante as crises de ansiedade as pessoas experimentam o aumento da tensão da musculatura das costelas e aumento da frequência cardíaca, que podem vir acompanhados da sensação de dor em aperto no peito. Além disso, a dor pode associar-se à respiração superficial e rápida, aumento da transpiração, náuseas e alteração do funcionamento intestinal.

A ansiedade é bastante incapacitante e pode comprometer a vida cotidiana das pessoas.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?

8. Síndrome do pânico

As pessoas com síndrome do pânico apresentam crises repentinas de medo intenso, acredita-se que por um desequilíbrio dos neurotransmissores responsáveis por enviar sinal de "perigo", sem que realmente existam, provocando taquicardia, perda do controle de si mesmo, suor frio, falta de ar, dormência e dor no peito.

A dor no peito que ocorre durante os ataques de pânico tem início súbito, localizada no tórax e pescoço, com duração de no máximo 10 minutos.

9. Excesso de gases

O acúmulo de gases é a causa mais comum de dor no peito.

O excesso de gases intestinais empurra os órgãos da cavidade abdominal para cima, provocando a sensação de dor em pontadas no peito. Pessoas que têm prisão de ventre são muito propensas à "dor no coração" por acúmulo de gases.

O que posso fazer ao sentir dor no coração?

Procure um cardiologista se a dor cardíaca for do tipo aperto peso ou queimação, com duração superior a 10 minutos e se vir acompanhada de:

  • Tontura
  • Náusea
  • Suor frio
  • Falta de ar
  • Dor de cabeça intensa
  • Formigamento
  • Taquicardia
  • Dificuldade de engolir

Diante destes sintomas procure um médico ou unidade hospitalar imediatamente, especialmente se a pessoa for portadora de hipertensão, cardiopatias, diabetes ou história familiar de infarto agudo do coração.

Pode lhe interessar também:

Deixei de fumar e agora meus intestinos não funcionam...
Dr. Charles Schwambach
Dr. Charles Schwambach
Médico

Primeiro deve realmente parar de fumar e segundo deve procurar ajuda ou de um médico para te receitar medicamentos ou um psicólogo para fazer psicoterapia e tentar "organizar" essas suas ansiedades. dieta rica em fibras e exercícios físicos regulares vão fazer seu intestino funcionar bem depois que resolver o restante.

Valeriana serve para tratar ansiedade?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, a valeriana é uma planta com propriedades calmante e sedativa, sendo indicada para casos leves de ansiedade, estresse, irritabilidade, agitação nervosa e insônia. A Valeriana officinalis, nome científico da planta, possui em sua composição diversas substâncias que atuam juntas para produzir todos esses efeitos, com benefícios comprovados na melhora da qualidade do sono e bem estar.

A Valeriana officinalis pode ser consumida sob a forma de extrato, cápsulas ou chá. O seu principal efeito é diminuir o tempo de indução do sono, ou seja, a pessoa adormece mais rápido. Trata-se de um “sonífero” natural. Por isso, a planta serve para auxiliar o tratamento de insônia associada à ansiedade leve.

Valeriana officinalis

Para usufruir dos benefícios sedativos e melhorar a qualidade do sono, recomenda-se tomar o extrato, a cápsula ou o chá da planta 30 minutos a 2 horas antes de se deitar.

A valeriana também tem ação antiespasmódica, significa que a planta previne e alivia os espasmos musculares de músculos lisos presentes em órgãos como intestino, estômago, útero e bexiga, sendo também indicada para alívio de cólicas. E ainda, é muito utilizada na substituição de ansiolíticos alopáticos, como os benzodiazepínicos (diazepam e lorazepam), por não causar dependência química.

Como a valeriana funciona?

As propriedades medicinais da valeriana vêm da ação conjunta de 3 princípios ativos que atuam no funcionamento das células cerebrais:

  • Valepotriatos: estabilizam as respostas emocionais e induzem à sedação;
  • Sesquiterpenos: aumentam os níveis de GABA, um neurotransmissor que desacelera a atividade cerebral;
  • Lignanas: têm ação sedativa.

Os mecanismos de ação da valeriana, responsáveis pela sua propriedade sedativa, não estão totalmente esclarecidos. Contudo, acredita-se que a sua capacidade de induzir o sono esteja relacionada com o aumento da produção ou com a diminuição da degradação do neurotransmissor GABA.

O GABA é uma substância que atua na modulação da transmissão dos sinais entre as células nervosas. Trata-se de um inibidor do sistema nervoso central, ou seja, diminui a atividade cerebral, causando sonolência e relaxamento.

Quais os efeitos colaterais da valeriana?

Desde que usada nas doses indicadas, a valeriana não produz efeitos colaterais. Porém, em excesso, pode causar cansaço, diminuição dos batimentos cardíacos (bradicardia), arritmia, prisão de ventre, sonolência, cólicas abdominais, tontura, tremores e dilatação das pupilas. Porém, esses efeitos colaterais desaparecem em até 24 horas depois de suspender o seu uso.

O uso de Valeriana officinalis por tempo prolongado pode causar dor de cabeça, cansaço, insônia, dilatação das pupilas e distúrbios cardíacos.

Deve-se ter cuidado quando optar por suspender a valeriana após uso de altas doses e por períodos prolongadas, devido ao risco de síndrome de abstinência.

Quando utilizada junto a outros medicamentos sedativos ou tranquilizantes, a valeriana pode potencializar o efeito dos mesmos. Da mesma forma, o álcool aumenta o efeito sedativo da valeriana. Por essa razão, não se deve misturar bebidas alcoólicas com Valeriana officinalis.

Mulheres grávidas ou que estão amamentando só devem utilizar valeriana com orientação médica.

Como tomar valeriana?

As doses de Valeriana officinalis variam conforme a forma de consumo da planta, os efeitos pretendidos e a sensibilidade de cada pessoa. Em geral, recomenda-se tomar valeriana da seguinte forma:

  • Chá: 1,5 g de valeriana para cada 150 ml de água - tomar até 3 xícaras por dia;
  • Extrato líquido: 30 a 50 gotas, uma a três vezes ao dia;
  • Extrato seco (cápsulas): 100 mg a 400 mg ao dia.

No caso do chá, recomenda-se esmagar a planta e utilizar água fria, deixando depois em repouso durante várias horas (todo o dia ou toda a noite) antes de beber.

Para maiores informações sobre as indicações da valeriana, consulte um médico clínico geral, médico de família ou homeopata.

Dor do lado esquerdo do peito: como saber se é infarto?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para saber se a dor do lado esquerdo do peito é mesmo um infarto do coração, será preciso passar por uma avaliação médica e exames realizados na urgência, o eletrocardiograma e exames de sangue.

No entanto, o tipo da dor e os sintomas associados, ajudam a identificar esse grave problema cardíaco. Na presença de um ou mais dos sintomas abaixo, procure imediatamente uma emergência médica:

  • Dor no peito de início súbito, tipo peso ou aperto,
  • Localizada do lado esquerdo ou no meio do peito,
  • Com irradiação para o pescoço, mandíbula, braço esquerdo, costas, ou mais raramente para o braço direito,
  • Duração maior do que 20 minutos,
  • Sem melhora com o repouso ou com medicações,
  • Respiração rápida ou dificuldade de respirar,
  • Palidez, suor frio,
  • Dor no estômago, mal-estar,
  • Enjoos, tontura e vômitos.
O que posso fazer?

Se tem sinais e sintomas de um ataque cardíaco, pode mastigar um comprimido de aspirina, caso não tenha alergia, para ajudar a dissolver os coágulos que estão impedindo o fluxo de sangue para o coração, e procure imediatamente um pronto-socorro.

Na unidade de emergência você fará exames de sangue e eletrocardiograma. Sendo confirmado o infarto, seguirá para o tratamento mais indicado ao seu caso. Atualmente, existem diversos procedimentos para desobstruir o vaso, sem deixar sequelas, porém deve ser realizado nas primeiras 3 horas do início da dor.

Portanto, quanto antes chegar à emergência, melhor o resultado!

Quando preciso me preocupar com a dor no peito?

Procure um pronto-socorro se você apresentar alguns destes sintomas:

  • Dor no peito por mais de 20 minutos;
  • Dor no peito que não cessa com repouso;
  • Tonturas;
  • Sudorese fria (suor frio);
  • Dificuldade respiratória;
  • Dor de cabeça intensa;
  • Náuseas e vômitos;
  • Palidez.

Os sintomas devem ser ainda mais valorizados, nas pessoas hipertensas, diabéticas e/ou cardiopatas.

Não sendo infarto, o que pode ser?

Angina pectoris, crise de ansiedade ou pânico, dor muscular no tórax, doenças pulmonares e gases em excesso são as causas mais comuns de dor no tórax quando não há associação ao infarto.

1. Angina pectoris

A angina pectoris ou angina do peito é caracterizada como uma dor, ou sensação de pressão temporária no meio do peito, que acontece quando o coração não recebe oxigênio suficiente, assim como no infarto. Por isso é conhecida como "princípio de infarto".

A grande diferença é que na angina, a dor desaparece com o repouso, e dura menos do que 20 minutos.

O que posso fazer?

Se você sente algum dos sintomas de angina pectoris é importante que procure uma emergência hospitalar quanto antes para que sejam feitos exames de sangue e eletrocardiograma. Estes exames associados aos sintomas, também afastarão a possibilidade de ser um ataque cardíaco.

Por este motivo, não atrase a ida ao hospital.

2. Crise de ansiedade ou ataque de pânico

Uma crise de ansiedade, ataque de pânico ou estresse extremo podem provocar dor no peito muito semelhante à do infarto. As dores se concentram no meio do peito e podem ser acompanhadas de falta de ar, bolo na garganta, tontura, náuseas, dor de barriga e suor frio.

Na crise de ansiedade, é possível ter uma causa inicial, uma situação de estresse que tenha desencadeado a dor, no entanto, nem sempre é possível essa diferenciação apenas com a história de início da dor.

Inclusive, pelo risco de mortalidade nos casos de infarto, sempre que houver dúvida, é preciso procurar uma emergência para avaliação.

O que fazer?

As crises de ansiedade ou pânico podem durar até 30 minutos. Ajudar a pessoa a trazer o foco para respiração e orientá-la a realizar respirações lentas e profundas a ajudarão a passar pela crise de forma menos desgastante.

Praticar atividade física, ioga, meditação, promover repouso em um local tranquilo e atividades de lazer ajudam a reduzir a ansiedade e evitar as crises.

3. Dor muscular no tórax

As dores musculares na região do tórax são bastante comuns em pessoas que praticam esportes ou exercícios na academia. A dor torácica também pode acontecer pelo excesso de tosse ou por transportar objetos pesados.

A tensão muscular que ocorre pela vivência de situações de estresse também podem provocar a dor no tórax. A dor pode piorar durante as respirações e ao movimentar o tórax.

O que posso fazer?

O tratamento é feito com o repouso da musculatura e compressa morna no local da dor, por 20 minutos, 3 vezes ao dia. Se a dor persistir por mais de 3 dias, mesmo com o tratamento, procure um médico de família avaliar a necessidade de medicamentos, como relaxante muscular.

4. Doenças pulmonares

A dor no peito é um sintoma bastante comum para quem tem problemas pulmonares como pneumonia, asma, bronquite e enfisema pulmonar.

Nas doenças pulmonares, a dor piora com o movimento, tosse ou ao respirar profundamente. Pode vir acompanhada ainda de tosse, falta de ar ou chiado no peito.

O que posso fazer?

Nestes casos, se recomenda que você procure um pneumologista para avaliação médica e tratamento adequado. Na presença de dificuldade em respirar, febre ou chiado no peito, procure imediatamente uma emergência, pode ser preciso iniciar antibioticoterapia.

5. Gases em excesso

É bastante comum que o excesso de gases seja confundido com dor no peito. O acúmulo de gases ocorre principalmente em pessoas que sofrem de prisão de ventre.

A dor costuma ser forte, em pontadas, que aparece e desaparece subitamente.

O que posso fazer?

Praticar atividade física regularmente e efetuar massagens na região abdominal podem ajudar na eliminação de gases. Se o problema persistir, procure um gastroenterologista para uma avaliação física e possível tratamento com medicamentos.

Na suspeita de infarto, mesmo que haja dúvidas, a recomendação é procurar rapidamente o serviço de emergência. O infarto é uma das causas mais comuns de morte no mundo, por isso é melhor que seja descartado pelo médico do que não tenha tempo para tratar.

Leia mais:

Crise de ansiedade: o que é, como identificar os sintomas e o que fazer
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A crise de ansiedade é uma situação incontrolável de medo, sensação de morte e falta de ar, que começa subitamente, após um forte aborrecimento ou estresse. Podem haver ainda mais sintomas como palpitação, "bolo na garganta", dormências, entre outros.

Quais são os principais sintomas de crise de ansiedade?

Os principais sintomas encontrados na crise de ansiedade, podem se dividir em sintomas mentais e sintomas físicos. Os sintomas mentais não podem ser vistos, por isso são menos valorizados, porém causam tanto ou mais mal-estar para a pessoa.

Sintomas mentais

Os sintomas mentais ou psicológicos de uma crise de ansiedade incluem sensação de sufocamento ou falta de ar; dificuldade em engolir ("sensação de bolo na garganta"); formigamento no corpo, principalmente nas mãos; dormência no rosto, braços, e pernas); desmaio ou sensação de desmaio; tontura; dor no estômago; náuseas; medos e sensação de morte.

Sintomas físicos

Durante uma crise de ansiedade podem ocorrer sintomas físicos como tremores; tensão muscular; pele fria e pálida; suor frio; boca seca; palpitação, "coração disparado"; aumento da pressão arterial; diarreia e aumento da frequência urinária.

Como saber se o que tenho é uma crise de ansiedade?

Nem sempre é fácil diagnosticar uma crise de ansiedade. Contudo, podemos dizer que as caraterísticas típicas da crise são:

  • Sintomas típicos: medo incontrolável, dor no peito, falta de ar, tontura, suor frio, dormência, tensão muscular e sensação de morte iminente;
  • Dura em média 10 a 15 minutos, com melhora dos sintomas após esse período;
  • Costuma ter história de aborrecimento e estresse forte antes do início da crise.
O que fazer diante de uma crise de ansiedade?

É preciso pedir ajuda e tentar controlar a sua respiração. Respirar fundo e buscar pensamentos bons, ouvir música agradável e se movimentar, caminhar ou falar com pessoas também favorece a melhora dos sintomas desagradáveis.

A meditação, yoga, para quem já pratica é outra maneira eficaz de aliviar mais rapidamente a crise.

Pessoas que já têm diagnóstico de ansiedade ou pânico não devem temer os sintomas, pois a crise tem um tempo limitado de duração e não causa maiores danos.

Contudo, se a pessoa ainda não tem diagnóstico de ansiedade, será preciso descartar outras doenças e situações de saúde, como os problemas cardíacos, doenças na tireoide ou carência de vitaminas.

O que fazer para ajudar uma pessoa durante uma crise de ansiedade? 1. Conheça um pouco sobre crise de ansiedade

É importante que você que está perto de uma pessoa em crise de ansiedade saiba que a crise chega ao seu pico em 10 minutos e que não dura mais do que 30 minutos. Além disso, os primeiros minutos da crise são os piores momentos, pois os sintomas se apresentam com maior intensidade. A medida em que o tempo vai passando os sintomas reduzem até que passam completamente.

2. Mantenha a calma

Mantenha-se calmo para ajudar a pessoa em crise. A calma transmite segurança para o paciente e a certeza de que a crise passará. Não tente resolver a crise rapidamente, pois não há meios para tal. Ao contrário, tentar fazer com que a crise passe rápido aumenta a ansiedade da pessoa em crise.

3. Evite perguntar sobre os sintomas

Evite perguntar o que a pessoa está sentindo, uma vez que toda a atenção do paciente está nos sintomas e percebe que não consegue controlar. Insistir nas perguntas pode prolongar a crise.

4. Ajude a redirecionar a atenção para a respiração

Ajude a redirecionar lentamente a atenção da pessoa em crise para a própria respiração. Você pode respirar de forma lenta junto com ela, contando 2 tempos em cada inspiração e 2 tempos a cada expiração. O foco na respiração é a medida mais eficaz para aliviar a ansiedade durante a crise.

5. Evite justificativas racionais no momento da crise

Evite buscar motivos racionais durante a crise para que a pessoa não se sinta ainda mais ansiosa. Não faça afirmações como “você está seguro” ou “você não tem motivos para estar ansioso”. As crises de ansiedade e os seus sintomas são incontroláveis.

6. Tratamento das crises de ansiedade

Não existe tratamento para as crises de ansiedade. É preciso, quando ocorrer a primeira crise, buscar um médico para realizar uma avaliação do estado mental e um exame físico e laboratoriais para diagnosticar possíveis distúrbios cardíacos, de tireoide ou alterações nos níveis de algumas vitaminas.

Quando o diagnóstico do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) ou Síndrome do Pânico for definido, os tratamentos específicos para cada caso serão estabelecidos pelo médico.

Crise de ansiedade tem cura?

Sim, a crise tem cura. A crise acaba por se resolver espontaneamente após os 10 ou 15 minutos.Para evitar novas crises, será preciso confirmar o diagnóstico de Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), para dar início ao seu tratamento específico.

Se você segue os tratamentos corretamente e conhece os fatores que disparam as crises, estas se tornam menos frequentes.

Em caso de angústia e transtorno mental, procure ajuda em um serviço de saúde mental especializado como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou diretamente com um/a psiquiatra e psicólogo.

Entenda mais um pouco sobre o Transtorno de ansiedade generalizada no artigo: Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

Referências

González,M.G.;Martín,P.F. Protocol diagnosis and treatment of anxiety disorder. Medicine: Programa de Formación Médica Continuada Acreditado,v.12 ,n.84, p. 4957-4961,2019.

Marrero,R.R.; DelRivero,E.P.F. Transtornos de ansiedad. Medicine: Programa de Formación Médica Continuada Acreditado,v.12 ,n.84, p. 4911-491,2019.