Tuberculose óssea é um tipo de tuberculose extrapulmonar que afeta ossos e articulações, principalmente as vértebras da coluna (Mal de Pott), os ossos longos e as articulações do quadril, joelho e tornozelo. Os seus principais sintomas são a dor óssea e o inchaço da articulação afetada.
A tuberculose óssea é mais comum em crianças e idosos. A infecção dos ossos e das articulações pela bactéria causadora da tuberculose ocorre frequentemente através do sangue. A coluna também pode ser atingida pela via linfática, em casos de tuberculose pleural (membrana que recobre os pulmões).
Os sintomas mais frequentes da tuberculose óssea são a dor e o aumento do volume da articulação. A dor instala-se lentamente e a sua intensidade evolui de forma progressiva. Também pode haver limitação dos movimentos, atrofia muscular e fístulas na pele, além de sintomas gerais como febre, emagrecimento e fraqueza muscular.
A coluna torácica é a parte da coluna mais afetada pela tuberculose óssea, sobretudo entre as vértebras T8 e T12. Se a infecção se espalhar pela vértebra, o disco intervertebral também é envolvido, com disseminação para a vértebra adjacente.
As grandes articulações são as mais acometidas pela tuberculose óssea, principalmente quadril e joelho. Raramento a infecção ocorre em mais de uma articulação ao mesmo tempo. À medida que a infecção evolui e a cartilagem articular é destruída, o espaço da articulação fica mais estreito. Por isso, se não for devidamente tratada, a tuberculose pode causar deformidades na coluna.
O diagnóstico da tuberculose óssea é feito por meio de exames de imagem como raio-X, tomografia computadorizada ou ressonância magnética. O tratamento é realizado com a combinação de medicamentos antibióticos tomados por via oral e tem uma duração superior a 6 meses.
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O médico infectologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da tuberculose óssea.
Os principais sintomas do câncer de pulmão são a tosse e a dor torácica. Outros sintomas frequentes incluem expectoração de sangue (hemoptise), falta de ar ou desconforto torácico.
O sintoma inicial mais comum do câncer de pulmão é a tosse com expectoração purulenta ou sanguinolenta, seguida de dor no peito. A rouquidão também é uma manifestação comum no início do tumor e ocorre quando o nervo laríngeo é acometido.
Pessoas com câncer pulmonar podem apresentar ainda febre, emagrecimento, perda de força física, aumento do volume do fígado, dor de cabeça, náuseas, vômitos e fraqueza muscular no membro superior.
Quais são os fatores de risco do câncer de pulmão?O câncer de pulmão ocorre principalmente em homens fumantes e ex-fumantes. Cerca de 85% dos casos ocorre em pessoas que fumam, o que faz do tabagismo o principal fator de risco para desenvolver esse tipo de tumor.
Quem fuma tem entre 10 e 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão do que alguém que não fuma. Nos fumantes passivos, o risco é cerca de 1,5 vezes superior do que naqueles que não são expostos à fumaça do cigarro.
Nos fumantes, o risco está relacionado com o número de cigarros que a pessoa fuma por dia, idade em que começou a fumar, tempo de tabagismo e ainda o grau de inalação da fumaça.
Outros fatores predisponentes para desenvolver a doença incluem a presença prévia de doença pulmonar, exposição a produtos químicos, como asbesto, urânio e cromo, além de histórico familiar de câncer de pulmão.
O tratamento para o câncer de pulmão pode incluir cirurgia, quimioterapia e radioterapia. A escolha da forma de tratamento depende do tipo de tumor, do estágio do câncer, da idade e das condições clínicas da pessoa.
A cirurgia para remover o tumor ainda na fase inicial é a forma mais eficaz de tratamento. Se o tumor for detectado ainda no estágio inicial, as taxas de cura com o tratamento cirúrgico podem chegar aos 90%. Porém, quanto mais tarde for feito o diagnóstico, mais difícil é o tratamento, diminuindo a sobrevida do paciente.
O tratamento para casos de câncer de pulmão mais avançados é feito com quimioterapia e radioterapia. Em tumores avançados, a cirurgia nem sempre é indicada.
Depois da cirurgia e dos outros tratamentos, a pessoa ainda deve ser acompanhada frequentemente durante 5 anos. O objetivo desse acompanhamento é detectar se o câncer voltou ou se há metástases (alastramento do câncer para outros órgãos). Depois desse período de 5 anos, o acompanhamento ainda é mantido pelo menos uma vez por ano.
Infelizmente, o câncer de pulmão muitas vezes só é detectado quando já está avançado ou disseminado, uma vez que, no início, os tumores normalmente não causam sintomas específicos que justificam uma investigação. O diagnóstico tardio dificulta o tratamento e reduz a sobrevida do paciente.
Os sintomas de alergia ao ovo podem incluir urticária (lesões vermelhas na pele que coçam muito), manchas avermelhadas na pele, inchaço na boca e nos olhos, chiado no peito, coriza, tosse, rouquidão, diarreia, vômitos e, nos casos mais graves, choque anafilático.
Na maioria dos casos, a reação alérgica ocorre até duas horas depois da pessoa ter ingerido ovo ou algum alimento que tenha ovo na sua composição. Essas são as reações mais graves e que podem até levar à morte.
Contudo, os sintomas da alergia ao ovo também podem ser tardios e se manifestar depois de horas, dias ou até semanas da ingestão do alimento. Nesses casos, as manifestações ocorrem principalmente no aparelho gastrointestinal, como refluxo, diarreia, vômitos e presença de muco ou sangue nas fezes.
Crianças alérgicas ao ovo e que só manifestam os sintomas tardiamente podem apresentar prejuízo no ganho de peso e crescimento, uma vez que esse tipo de alergia ao ovo é mais difícil de ser diagnosticada. Porém, quando a alergia alimentar tem início na infância, é mais provável que ela deixe de existir até à adolescência e a pessoa fique tolerante ao alimento.
A alergia ao ovo e outros alimentos é uma resposta do sistema imunológico a determinados componentes desses alimentos. No caso do ovo, a alergia está relacionada com as proteínas da clara. O organismo identifica essas proteínas como estranhas e cria anticorpos contra elas, desencadeando uma resposta alérgica.
É importante lembrar que pessoas alérgicas ao ovo não podem tomar vacina contra a febre amarela. Já a vacina contra a gripe só é contraindicada para pessoas que apresentam reações anafiláticas, pessoas que apresentam alergia ao ovo leve e moderada podem tomá-la.
Para prevenir reações alérgicas, é fundamental não ingerir ovo ou alimentos feitos com ovo, como maionese, bolos, entre outros. Não existem remédios capazes de curar a alergia, mas existe a possibilidade de se fazer um tratamento de dessensibilização ao alimento.
A dessensibilização consiste em oferecer doses mínimas e progressivas do alimento durante períodos regulares para habituar o organismo da pessoa a receber pequenas doses de ovo. O tratamento é feito por médicos especialistas e em ambiente preparado para o caso de haver uma reação.
Em caso de manifestação de sinais e sintomas de alergia ao ovo, procure um médico alergologista ou alergista.
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Os sintomas da hepatite B variam conforme a fase da doença. Na fase aguda, ou seja, no início, a pessoa pode não sentir nenhum sintoma ou apresentar quadro inespecífico com febre, cansaço, dor abdominal, náuseas, vômitos, urina escura, dor nas articulações e icterícia (pele e olhos amarelados).
Esses sintomas ocorrem em cerca de 30% dos casos de hepatite B e grande parte dos pacientes recuperam-se sem complicações. Em casos raros, a hepatite aguda pode evoluir para hepatite fulminante, em que há uma grande destruição das células do fígado. Os sintomas nessas situações podem incluir confusão mental, sonolência, dificuldade para respirar e hemorragias.
Numa pequena parte das pessoas (cerca de 5%), a hepatite B se torna crônica. Nessa fase, a doença não costuma causar sintomas. Quando presentes, eles são decorrentes da insuficiência e cirrose do fígado, tais como icterícia, acúmulo de líquido no abdômen (ascite), inchaço nas pernas e nos pés, pequenas hemorragias, como na gengiva ao escovar os dentes, aumento do baço e confusão mental.
Indivíduos com hepatite B crônica podem apresentar complicações relacionadas à doença, como cirrose hepática e câncer de fígado.
O que é hepatite B?A hepatite B, assim como os outros tipos de hepatite, é uma inflamação do fígado. A doença é causada pelo vírus HBV. Outras formas de hepatite podem ser causadas por bactérias, consumo excessivo de álcool, medicamentos, fatores genéticos, entre outras causas.
A hepatite pode provocar lesões graves no fígado que podem evoluir para cirrose hepática ou câncer de fígado. A hepatite B está entre as formas mais graves de hepatite, podendo tornar-se crônica, evoluir para câncer e levar à morte.
As principais formas de transmissão da hepatite B são através de relações sexuais sem proteção e partilha de seringas.
Qual é o tratamento para hepatite B?O tratamento da hepatite B aguda é feito com repouso e dieta. O objetivo nessa fase é permitir que o fígado se recupere. Se a hepatite for crônica, são utilizados medicamentos específicos para controlar a infecção e as lesões provocadas no fígado.
A prevenção da hepatite B pode ser feita através da vacinação, podendo prevenir o contágio em mais de 90% dos casos. A vacina contra hepatite B é administrada em 3 doses.
A prevenção da hepatite B é feita com vacina, uso de preservativo nas relações sexuais e o não compartilhamento de objetos cortantes e perfurantes como agulhas, seringas e alicates de unha não esterilizados. A vacina contra hepatite B é disponibilizada gratuitamente nas Unidades de Saúde do SUS (Sistema Único de Saúde).
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O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus do herpes simples, herpes zoster e da catapora. O citomegalovírus traz com ele uma característica comum em todos os vírus dessa família: quem se infecta, passa a ter o vírus como companheiro definitivo pelo resto da vida, ou seja, permanece portador de uma infecção crônica em estado de latência.
O citomegalovírus é considerado um dos micro-organismos mais oportunistas em pessoas com o sistema imunológico comprometido.
A infecção pelo vírus ocorre pelo contato com secreções corporais contaminadas, da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, transfusão de sangue, transplante de órgãos, entre outras formas.
As infecções pelo citomegalovírus são raras em pessoas saudáveis. Porém, em indivíduos com o sistema imune fragilizado, o vírus causa sintomas e pode provocar graves complicações, muitas vezes com acometimento de órgãos.
Qual é o tratamento para citomegalovírus?O tratamento para a infecção pelo citomegalovírus é realizado com medicamentos antivirais. Porém, esses medicamentos causam toxicidade sobre os glóbulos sanguíneos e os rins, sendo isso uma grande preocupação.
Por isso, exigem cuidado na administração intravenosa e acompanhamento clínico e laboratorial criterioso. O tratamento tem duração variável, mas deve ser feito por pelo menos um mês.
Quais são os sintomas do citomegalovírus?Na fase aguda da infecção, o citomegalovírus pode provocar algumas manifestações clínicas inespecíficas, como febre, gânglios aumentados (ínguas), dor de garganta, aumento do fígado e baço, bem como presença de linfócitos atípicos ao hemograma.
Nesta fase, não é necessário tratamento antiviral específico, pois é um quadro benigno, que se resolve em alguns dias ou semanas.
Como é feito o diagnóstico do citomegalovírus?O diagnóstico do citomegalovírus é feito através da coleta de sorologia que detecta a presença de anticorpos contra o vírus. Os mais comuns são da classe IgG (imunoglobulina G) e IgM (imunoglobulina M).
Os anticorpos IgM estão presentes somente na fase aguda da infecção e os IgG, que também surgem na fase aguda, permanecem por toda a vida, constituindo o que se chama de cicatriz sorológica.
Quais as complicações do citomegalovírus?Depois da fase aguda da infecção o vírus permanece latente, mas, no futuro, pode comportar-se como oportunista, quando há deficiência imunológica, provocando doenças mais sérias e preocupantes. Nesses casos, pode acometer diversos órgãos, causando doenças graves, que comprometem o aparelho digestivo, os pulmões, o sistema nervoso central e a retina.
Quando acomete o trato gastrointestinal, causa lesões ulceradas e muito dolorosas. A complicação mais comum provocada pelo citomegalovírus nos pacientes com HIV/AIDS é a coriorretinite, um comprometimento ocular, com prejuízo visual, que pode levar à cegueira, se não houver tratamento para recuperar a competência imunológica do doente.
O/a médico/a infectologista é especialista responsável pelo tratamento da infecção por citomegalovírus.
Não, o coração dói sim. A prova disso é a dor no peito intensa e prolongada, sentida durante um infarto ("ataque cardíaco"). Essa dor no coração é provocada pela falta de oxigenação do músculo cardíaco, uma condição denominada isquemia.
Quando as artérias que irrigam o coração estão obstruídas, o sangue, e com ele o oxigênio, não chegam como deveriam ao músculo cardíaco, que então acaba por ser obrigado a produzir energia através de reações anaeróbias (sem a presença do oxigênio), o que acarreta a produção de ácido lático, uma substância capaz de estimular as terminações sensitivas do músculo do coração, provocando uma sensação de desconforto, queimação ou dor.
Além do infarto, existem outras doenças do coração que também podem se manifestar através de dor no peito, como inflamações do pericárdio (membrana que recobre o coração), problemas nas válvulas cardíacas e doenças da artéria aorta.
É certo que o coração não possui todos os tipos de terminações sensitivas que a pele, por exemplo, não sendo, portanto, capaz de produzir os mesmos tipos de dor, entretanto, em determinadas circunstâncias o coração dói e a dor pode indicar uma doença grave.
Assim, todo e qualquer tipo de dor no peito deve ser relatado a um médico clínico geral ou cardiologista.
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A dor ao apertar a barriga pode ser causada por diferentes fatores. Observar a localização da dor é importante para identificar a causa.
Ela é sentida mais ao meio quando ela é originada por um problema no trato gastrointestinal. Você pode sentir dor apenas quando aperta a barriga, mas ela também pode ser constante e intensa em alguns momentos. Também pode aparecer depois das refeições, por exemplo
A dor ao apertar vários lugares da barriga pode ser causada por gases. Se você também sente a dor ao se mexer, ela pode ser muscular, devido a exercícios.
Quando a barriga dói ao apertar um dos lados da barriga, o problema pode ser:
- No rim ou ureter
- No ovário
- No fígado ou vesícula
- No baço
Nesses casos, você também pode sentir dor sem pressionar o local. Também pode sentir dor em outros lugares além da barriga.
Veja quais são as possíveis causas da dor ao apertar a barriga conforme a localização:
Dor espalhada pela barrigaSe você sente dor ao apertar vários lugares da barriga, pode estar com problemas intestinais, como gases, intestino preso ou solto. A dor também pode ser muscular, devido à prática de atividade física (principalmente os exercícios chamados abdominais).
GasesOs gases são a causa mais comum. Nesse caso, a dor pode ser sentida quando você aperta diferentes lugares da barriga. Normalmente, ao apertar, você sente que os gases se deslocam para outro lugar e a dor pode, inclusive, passar para outro lugar ou parar.
Outros problemas intestinaisNo caso de estar com o intestino preso ou solto, você pode sentir dor em diferentes lugares ao apertar a barriga. Se o problema persiste por algum tempo, a dor pode ser muito intensa e constante. Algumas doenças que podem causar estes sintomas são:
- Obstrução intestinal
- Perfuração intestinal
- Doenças inflamatórias (como a doença de Crohn)
- Intolerância ao glúten ou à lactose
- Câncer de intestino ou de pâncreas
- Problemas devido a diabetes ou alcoolismo (cetoacidose)
- Intoxicação alimentar
- Síndrome do intestino irritável
Você precisa procurar um médico quando seu intestino está preso ou solto há muito tempo e tem outros sintomas (dor no peito, perda de apetite, de peso, diarreia, náusea e vômito).
Dor quando aperta o alto da barrigaSe você sente dor ao apertar a região que fica ao centro e ao alto da barriga, pode ter um dos seguintes problemas de estômago ou esôfago:
- Gastrite
- Úlcera
- Doença do refluxo epigástrico (quando o ácido do estômago vai constantemente para o esôfago e causa irritação)
- Dispepsia funcional (um tipo de indigestão constante)
Nesses casos, outros sintomas podem estar presentes, como desconforto e sensação de que está muito cheio após comer, queimação (azia) e náuseas. Pode sentir dor constante também.
Se a dor aparece ao apertar o lado direito, logo abaixo das costelas, pode estar relacionada a algum problema de vesícula ou do fígado. Você também pode ter sentido uma dor mais forte e constante. Outros sintomas também podem estar presentes:
- Vômitos e náuseas
- Perda de apetite e de peso
- Febre
- Dor em outros lugares (nas costas e no ombro direito, por exemplo)
- Coloração amarelada da pele e do branco dos olhos
Se a dor aparece ao apertar o lado esquerdo da barriga, logo abaixo das costelas, pode ter origem em um problema do baço. Ela pode ser acompanhada por dor no peito e no ombro, do mesmo lado.
Dor quando aperta a parte inferior da barrigaQuando você aperta a parte mais baixa da barriga e sente dor, você pode ter um problema nos intestinos ou na bexiga. Se for mulher, a dor pode ser causada por problemas originados no útero, principalmente.
Quando a dor aparece ao apertar um dos lados da parte baixa da barriga, as causas podem ser:
- Apendicite (dor ao redor do umbigo e do lado direito, que pode irradiar para a virilha e perna; tende a ficar mais forte, quando pode ser acompanhada de perda de apetite, náuseas e vômitos)
- Diverticulite (o mais comum é a dor do lado esquerdo, na parte baixa da barriga; ela pode se tornar constante, durar vários dias e ser acompanhada por náuseas e vômitos)
- Problemas nos rins, ureteres ou nos ovários: você também, pode sentir dor na parte baixa da barriga, de um dos lados e, algumas vezes, também ao centro
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Referências:
UpToDate. Causes of abdominal pain in adults
As principais diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar são:
Características | Esquizofrenia | Transtorno Bipolar |
Início do quadro | Mais lento (insidioso) | Mais rápido (súbito) |
Delírio | "Mania de perseguição", não influenciada pelo humor | "Mania de grandeza", muito influenciado pelo humor |
Alucinação | Comum | Menos comum |
Sintoma negativo | Comum | Não apresenta |
Déficit cognitivo | Comum | Menos comum |
Disfunção social | Comum | Menos comum |
Tratamento medicamentoso | Antipsicóticos de 1ª e 2ª geração | Estabilizadores de humor e antipsicóticos de 2ª geração |
A maior diferença entre esquizofrenia e transtorno bipolar é que os pacientes com transtorno bipolar apresentam uma melhor evolução, com eliminação total dos sintomas e retorno às suas atividades diárias entre uma crise e outra, enquanto que a esquizofrenia mantém os seus sintomas residuais, mesmo entre as crises.
Os esquizofrênicos são caracterizados sobretudo por sintomas negativos, como perda de interesse, desmotivação, apatia e dificuldades de se socializar e relacionar.
Porém, com a chegada dos primeiros antipsicóticos nos anos 50, as diferenças entre esquizofrenia e transtorno bipolar diminuíram bastante, ao ponto dos casos de ambas as doenças serem confundidas uma com a outra.
A resposta aos medicamentos passou então a influenciar o diagnóstico psiquiátrico, com tendência para diagnosticar como bipolar o paciente que melhor responder e se recuperar com o tratamento.
A crise aguda de um paciente com transtorno bipolar pode ser parecida com o surto psicótico de uma pessoa com esquizofrenia, principalmente se houver também delírios e alucinações, o que torna difícil diferenciar uma doença da outra nessa fase, ficando porém mais fácil após a crise.
Em geral, o paciente bipolar tem uma melhor recuperação e volta às suas atividades mais rápido que o esquizofrênico, sem apresentar também os sintomas negativos característicos da esquizofrenia.
Os sintomas cognitivos são também menos afetados nos casos de transtorno bipolar do que nos de esquizofrenia.
Apesar dos sintomas de humor (depressão, euforia, exaltação, raiva, irritabilidade) serem frequentes na esquizofrenia, eles são a principal alteração causada pelo transtorno bipolar.
São essas variações de humor que levam às crises de depressão ou mania e que explicam os principais problemas de comportamento, delírios e alucinações dos pacientes bipolares.
Já o esquizofrênico, apesar do humor influenciar o seu comportamento, ele não é o causador dos seus principais sintomas.
Isso é facilmente verificado no final da crise, quando os pacientes bipolares melhoram com a estabilização do humor enquanto que os esquizofrênicos continuam com delírios, alucinações e sintomas negativos, mesmo tendo um humor aparentemente melhor.
O médico psiquiatra é o responsável por diferenciar e diagnosticar a esquizofrenia e o transtorno bipolar, bem como conduzir o tratamento.
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