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Quais os sinais e sintomas de um aneurisma cerebral?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O aneurisma cerebral geralmente não manifesta sintomas, especialmente quando é pequeno. Porém, em situações de compressão de estruturas ou com sua ruptura podem ocorrer:

  • Visão dupla
  • Perda da visão
  • Queda da pálpebra (olho fica fechado)
  • Dor de cabeça, intensa
  • Vômitos
  • Rigidez de nuca
  • Confusão mental
  • Crise convulsiva
  • Coma

Porque à medida que o aneurisma cresce, pode comprimir alguma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada, tais como: visão dupla ou perda da visão, queda da pálpebra e dor de cabeça.

Os sintomas do aneurisma cerebral são muito mais evidentes quando ocorre a ruptura do aneurisma, ocasionando um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, pois o sangue extravasa dentro do cérebro, causando intensa irritação ao tecido.

Os sintomas após ruptura do aneurisma incluem dor de cabeça extremamente forte de início súbito, rigidez de nuca, náusea ou vômitos, escurecimento da visão, confusão mental, perda da consciência e coma.

Outros sinais que podem decorrer da rotura de um aneurisma cerebral são: letargia, sonolência, fraqueza muscular, dificuldade de movimentação, dormência, diminuição de sensibilidade de qualquer parte do corpo, convulsões, fala prejudicada, alterações visuais.

A rotura de um aneurisma pode levar à morte em até 50% dos casos, especialmente se houver comprometimento de áreas vitais como as do controle respiratório ou da pressão arterial, sem que haja tempo de chegar a um serviço de emergência.

Cerca de 20% dos casos de rotura de aneurisma cerebral podem desenvolver uma complicação, que são os vasoespasmos. Trata-se de um fechamento abrupto dos vasos sanguíneos do cérebro, que pode causar derrame cerebral e morte.

O tratamento dos vasoespasmos é feito com medicamentos que aumentam a pressão sanguínea. Em alguns casos, são colocados pequenos balões para abrir o vaso sanguíneo ou são injetados medicamentos diretamente no vaso fechado. O acesso ao cérebro, em caso de haver necessidade de injetar medicamentos na artéria, é feito através da virilha.

O que é um aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral é uma dilatação da parede de uma artéria localizada no cérebro. Essa dilatação causa o enfraquecimento da parede, portanto uma maior predisposição à ruptura.

O rompimento de um aneurisma é extremamente grave, ocorre subitamente e é potencialmente fatal. A pressão no interior de uma artéria cerebral é alta, o que pode levar a um grande extravasamento de sangue quando ocorre o rompimento da malformação.

A dor nesses casos é intensa e de início súbito. A pressão no interior do crânio pode aumentar devido à hemorragia e ao acúmulo de líquido no cérebro, comprimindo estruturas cerebrais.

Aproximadamente 30 a 40% das pessoas em que um aneurisma se rompe chega ao hospital sem vida ou morre em até 30 dias. Dos pacientes que sobrevivem, mais da metade fica com algum grau de sequela.

Portanto o rompimento de um aneurisma é sempre uma emergência médica e requer atendimento precoce e especializado.

Quais são os fatores de risco para ter um aneurisma cerebral?

Os fatores de risco para a formação de um aneurisma cerebral incluem: história familiar, idade avançada, tabagismo, hipertensão arterial, aumento de colesterol e triglicerídeos e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

O rompimento da artéria afetada pelo aneurisma ocorre apenas numa pequena parte dos casos, sobretudo em pessoas com mais de 40 anos de idade.

É muito importante ter atenção a dores de cabeça intensas que começam subitamente e atingem o seu pico em poucos segundos.

Dores de cabeça que surgem durante esforços físicos, como atividade sexual e exercícios físicos, sobretudo levantar pesos, também merecem atenção. Essas dores precisam ser investigadas, pois podem ser um sintoma de distensão do aneurisma, com risco de ruptura.

O tratamento do aneurisma cerebral depende do tipo de aneurisma, do seu tamanho, da sua localização, bem como das condições de saúde de cada pessoa.

O/A médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento nesses casos é o/a neurocirurgião.

Aneurisma da aorta: quais são os sintomas e qual é o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A maioria dos casos de aneurisma da aorta não apresenta sintomas. Quando presentes, os sintomas variam de acordo com a gravidade (aneurisma íntegro ou roto), de acordo com a compressão de estruturas vizinhas pela artéria dilatada ou devido as complicações.

Sintomas de aneurisma íntegro

No caso de aneurisma íntegro, a pessoa pode não manifestar qualquer sintomas, apenas ser encontrado ao acaso em algum exame de imagem, ou pode apresentar sintomas leves e inespecíficos como:

  • Dificuldade para engolir, devido à compressão do esôfago
  • Falta de ar, pela compressão da traqueia
  • Dor abdominal
  • Dor lombar
Sintomas de aneurisma roto

Quando ocorre a ruptura do aneurisma, chamado aneurisma roto, então passa a ocorrer sintomas graves e risco iminente de morte, por isso nesses casos os sintomas são de :

  • Dor abdominal ou lombar intensas
  • Hipotensão arterial
  • Queda do hematócrito, anemia aguda
  • Confusão mental ou coma

Outras complicações incluem trombose, embolia, corrosão das vértebras da coluna e compressão de outras estruturas vizinhas, podendo trazer graves consequências para o organismo.

Tratamento

No caso de Aneurisma roto a indicação é de cirurgia aberta ou endovascular em caráter de emergência, devido ao alto risco de mortalidade.

Nos demais casos, o tratamento do aneurisma da aorta varia de acordo com o tipo, tamanho, características e condições clínicas do pacientes, porém consiste basicamente em:

  1. Acompanhamento rigoroso
  2. Tratamento clínico - Controle dos fatores de risco
  3. Cirurgia aberta ou
  4. Terapia endovascular.

O acompanhamento rigoroso é realizado através de exames de imagem, como ecografia, tomografia computadorizada e ou ressonância magnética a cada 6 meses, determinando o momento em que deve ser abordado o aneurisma. Em geral seu crescimento é lento, porém progressivo.

O tratamento clínico é baseado no controle dos fatores de risco para doenças cardiovasculares, principalmente, encorajar o paciente a parar de fumar, controlar a pressão arterial e os níveis de colesterol e triglicerídeos, assim como níveis de açúcar no sangue e aderir a uma alimentação saudável.

Porém, quando o aneurisma aumenta de tamanho, o que acontece na grande maioria dos casos, e as vantagens de uma cirurgia forem superiores às desvantagens e riscos, está indicado o tratamento cirúrgico. A cirurgia convencional corrige o aneurisma e posiciona uma prótese no local para restabelecer o fluxo sanguíneo.

Já a terapia endovascular é uma técnica minimamente invasiva que consiste na colocação de uma endoprótese internamente ao aneurisma, com o objetivo de reforçar a parede da aorta ajudando a impedir que a área lesionada se rompa. A endoprótese é introduzida pela virilha, através da artéria femoral, e levada até a aorta abdominal.

Quanto a decisão do tipo de cirurgia, aberta ou endovascular, existem critérios e consensos bem definidos, que serão avaliados pela equipe de cirurgia vascular.

O/A médico/a cirurgião/ã vascular é o/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento do aneurisma da aorta.

Saiba mais em:

O que é aneurisma da aorta?

Qual é o tratamento para aorta dilatada?

O que fazer para aliviar azia?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Para aliviar a azia podem ser usados medicamentos antiácidos ou remédios que interrompem a produção de ácido ou ajudam a esvaziar o estômago. Porém, estes últimos só podem ser adquiridos após uma avaliação médica.

Além dos medicamentos, é possível melhorar a azia naturalmente seguindo essas 3 dicas:

1. Beba chá de camomila: A camomila favorece a digestão e auxilia no controle do refluxo gastroesofágico, uma das causas da azia;

2. Beba chá de gengibre: O gengibre ajuda a digerir alimentos gordurosos e atua contra distúrbios digestivos, como náuseas, vômitos, refluxo e azia;

3. Beba água com limão: Misture o suco de 1 limão com água e beba. Embora seja ácido, o limão atua de forma semelhante ao bicarbonato de sódio, diminuindo o excesso de acidez depois das refeições.

Como aliviar a azia na gravidez?

As mesmas dicas acima também são válidas para aliviar a azia durante a gravidez. A grávida também deve ser orientada a dormir de lado, sobre o lado esquerdo do corpo, pois sabe-se que essa posição ajuda a combater a azia na gestação.

O que fazer para combater e evitar a azia?
  • Não fume. Além de azia, o cigarro também pode provocar diversos problemas no estômago;
  • Espere pelo menos 2 horas para ir dormir depois de jantar;
  • Diminua as doses das refeições, comendo mais vezes e em menor quantidade ao longo do dia;
  • Evite tomar bebidas gasosas, pois provocam uma distensão do estômago e estimulam a secreção de suco gástrico;
  • Evite comer alimentos gordurosos, pois dificultam e atrasam o esvaziamento do estômago;
  • Evite bebidas alcoólicas;
  • Se estiver acima do peso, emagreça;
  • Não use roupas apertadas;
  • Incline a cama, elevando a cabeceira cerca de 20 centímetros (coloque calços embaixo dos pés da cama). Usar travesseiros mais altos ou até mesmo vários travesseiros não resulta.
O que é a azia e quais são as causas?

A azia é um sintoma de distúrbios digestivos, como má digestão, refluxo gastroesofágico, entre outros. A azia ocorre quando o conteúdo ácido do estômago volta para o esôfago, irritando as paredes desse órgão.

Quais são os sintomas da azia?

O principal sintoma da azia é a sensação de queimação ou ardência, que começa no meio do peito e pode chegar à garganta, podendo piorar ao engolir. Em alguns casos, a azia pode provocar um sabor amargo na boca.

A azia ocorre com mais frequência depois das refeições ou quando a pessoa se deita. Os sintomas podem durar alguns minutos ou horas.

A azia pode vir acompanhada de tosse crônica devido à irritação do esôfago causada pelos sucos digestivos ácidos do estômago.

Se a azia não for tratada e ocorrer com frequência, as paredes do esôfago podem sofrer lesões repetidas. Nesses casos, pode haver sangramento e estreitamento do canal do esôfago, causando dificuldade para engolir.

Também podem surgir úlceras no esôfago se a agressão ao órgão for prolongada, o que pode favorecer o desenvolvimento de câncer de esôfago.

Se você tem azia constantemente, consulte um médico de família, um clínico geral ou um gastroenterologista para que a causa da azia seja identificada e o problema seja devidamente tratado.

Também pode ser do seu interesse:

Um copo de água ou leite alivia a azia?

Azia na gestação: como evitar e aliviar os sintomas?

Quais são os sintomas de câncer de tireoide?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

O principal sinal de câncer de tireoide é a presença de um nódulo ou inchaço no pescoço, que pode ser detectado através do autoexame. Outros sintomas incluem dificuldade para engolir, tosse persistente, rouquidão ou alteração na voz que não passa. Porém, a maioria das pessoas com câncer na tireoide não apresenta sintomas.

O câncer de tireoide afeta principalmente mulheres com mais de 35 anos. Apesar de atingir também os homens, o tumor é cerca de 4 vezes mais frequente nas mulheres.

Os principais fatores de risco para desenvolver a doença são o histórico familiar de câncer de tireoide e a exposição à radiação, principalmente durante a infância ou adolescência.

Muitas vezes os sintomas do câncer na tireoide passam despercebidos ou são confundidos com outras doenças. Por isso, mais da metade dos casos de tumores malignos na tireoide é detectada em estágio avançado.

Se for diagnosticado no início, o câncer de tireoide tem grandes chances de cura. O diagnóstico é feito através da introdução de uma agulha fina no nódulo para retirar material que é analisado ao microscópio. 

O tratamento do câncer de tireoide pode incluir cirurgia, terapia com iodo radioativo, radiação externa e quimioterapia. As opções de tratamento dependem do tipo de tumor e da ocorrência de metástase (disseminação do câncer para outras partes do corpo).

Na cirurgia, normalmente é removida toda a glândula tireoide, além dos gânglios linfáticos alterados e que estão próximos ao local. Após a retirada da tireoide, a pessoa deverá tomar hormônio tireoidiano (comprimidos) continuamente para sempre. 

Saiba mais em: Tireoidectomia: quais os riscos e as consequência da cirurgia da tireoide?

Na terapia com iodo radioativo, é aplicada uma pequena dose de iodo radioativo para destruir o tecido que não foi removido na operação. Esse tratamento também serve para combater o câncer que se disseminou para outras partes do corpo.

radiação externa serve para destruir as células doentes e diminuir o tumor. Esse tratamento é especialmente indicado para casos de câncer de tireoide avançado em que não é possível realizar a cirurgia.

Já a quimioterapia consiste no uso de medicamentos específicos para eliminar as células tumorais.

O diagnóstico e tratamento do câncer de tireoide é da responsabilidade do/a médico/a endocrinologista e/ou cirurgiã/o especialista em cabeça e pescoço.

Saiba mais em:

Quais os sintomas de um nódulo na tireoide?

Nódulo na tireoide é perigoso? Qual é o tratamento?

Quais são os sintomas do enfisema pulmonar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O principal sintoma do enfisema pulmonar é a falta de ar. A pessoa tem a sensação de que está sem fôlego ou não está inalando ar suficiente. Outros sinais e sintomas comuns do enfisema incluem tosse, dificuldade para respirar, produção crônica de secreção e expectoração (escarro).

Uma pessoa com enfisema pulmonar normalmente apresenta um quadro típico de tosse crônica e falta de ar. A suspeita de enfisema aumenta se o indivíduo é ou já foi fumante, já que o tabagismo é responsável por até 90% dos casos da doença.

É comum os pacientes com enfisema apresentarem também bronquite crônica. Ambas, enfisema pulmonar e bronquite crônica constituem a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e têm como principal causa o tabagismo.

Os sintomas do enfisema pulmonar incluem falta de ar, dificuldade para respirar (deficiência respiratória) ao realizar esforços físicos. Já a tosse e a expectoração são os sinais da bronquite.

Veja também: Tenho dificuldade para respirar, o que pode ser?

É comum a pessoa não levar muito em consideração esses sintomas e não procurar um médico para fazer uma avaliação. O enfisema então progride e só nas fases mais avançadas é que o paciente se sentirá mesmo doente, podendo sentir falta de ar extrema para realizar tarefas simples como tomar banho ou se vestir.

Sem tratamento, o enfisema pulmonar pode trazer graves consequências, podendo deixar a pessoa incapaz de fazer qualquer esforço ou até mesmo levar à morte por incapacidade respiratória.

Veja também: Qual é o tratamento para enfisema pulmonar?

O enfisema pulmonar é uma doença degenerativa crônica que provoca lesões irreversíveis nos alvéolos pulmonares. Os alvéolos são pequenos "saquinhos" que armazenam o ar que chega aos pulmões e através dos quais o oxigênio passa para o sangue.

O enfisema surge por causa da exposição dos alvéolos à substâncias agressivas, como a fumaça do cigarro, fumaça de fogão a lenha e outros poluentes. Com o passar dos anos, os alvéolos entram num processo inflamatório crônico e começam a se romper e formar bolhas, caracterizando o enfisema pulmonar.

Já a bronquite crônica ocorre quando os brônquios, que levam e trazem o ar para os pulmões, são afetados, levando a uma reação inflamatória, que os deixa mais estreitos e provoca a produção de muito muco ("catarro").

Quanto maior a intensidade dos sintomas ou o grau de bloqueio da respiração, mais grave é o enfisema pulmonar. A intensidade dos sintomas é medida conforme a falta de ar e a redução da capacidade de realizar tarefas diárias, enquanto que a obstrução ao fluxo respiratório é avaliada através de exames específicos.

No caso de sintomas sugestivos de enfisema pulmonar procure um clínico geral ou um médico de família para um avaliação. Em casos de maior gravidade pode ser necessário o acompanhamento por um médico pneumologista, especialista em doenças respiratórias. 

Saiba mais em: 

Enfisema pulmonar tem cura?

Enfisema pulmonar é câncer?

Dor no útero: 7 causas mais comuns e o que fazer
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A dor no útero pode ter diversas causas e as mais comuns são a inflamação no útero, cólica menstrual, gravidez ectópica, endometriose, miomas e câncer de útero.

O tratamento deve ser feito de acordo com a causa da dor uterina e pode envolver desde o uso de bolsa de água quente para aliviar as cólicas menstruais, até o uso de analgésicos para dor e administração anti-inflamatórios e antibióticos, no caso e inflamações e infecções. Em algumas situações podem ainda ser necessárias cirurgias para retiras miomas ou tumores.

Para definir o melhor tratamento é importante consultar o médico ginecologista.

1. Inflamação no útero

A inflamação no útero é uma condição que acomete os tecidos que formam o útero. Os sintomas incluem dor região inferior da barriga, sangramento e dor durante ou após o ato sexual, sangramento fora do período menstrual, dor ao urinar, presença de corrimento amarelo, cinza ou marrom e sensação de inchaço na barriga.

Quando acontece uma infecção dor órgão reprodutores femininos (tubas uterinas, ovários e colo do útero, chamamos de doença inflamatória pélvica.

As inflamações podem ser causadas pela bactéria (Candida sp.), infecções sexualmente transmissíveis por bactérias como Chlamydia sp. ou Neisseria gonorrhoeae, irritações químicas ou físicas, lesões ou alergias. Quando a inflamação afeta o colo do útero é chamada de cervicite.

2. Cólica menstrual

A cólica menstrual é caracterizada por dor em cólicas no útero que pode irradiar para a região lombar e pernas durante o período menstrual. Geralmente, é uma dor aguda e intermitente (dor que vai e volta).

A dor pélvica provocada pela cólica menstrual pode ser amenizada com uso de analgésicos e compressa de água quente no baixo ventre.

3. Gravidez ectópica

A gravidez ectópica ocorre quando o óvulo fecundado se fixa em local anormal, ou seja, quando a implantação acontece fora do útero. Neste caso, o óvulo pode implantar-se nas tubas uterinas, em um dos ovários, abdome ou cérvix.

Os sintomas da gravidez ectópica incluem sangramento vaginal ou manchas de sangue que podem vir acompanhados de cólica ou dor no baixo ventre. No entanto, algumas mulheres somente apresentam sintomas quando a estrutura que contém a gravidez ectópica se rompe.

O feto não consegue sobreviver em uma gravidez ectópica. Além disso, é uma situação de risco para a vida da mulher devido ao intenso sangramento. Por este motivo, é importante que você busque uma emergência hospitalar para realização de tratamento cirúrgico.

4. Miomas

Os miomas são tumores benignos localizados no útero e formados por tecido muscular e fibroso. Os sintomas dependem da quantidade de miomas, do seu tamanho e da sua localização dentro do útero. A mulher pode sentir dor uterina, sangramento vaginal anormal, prisão de ventre, vontade de urinar frequentemente e com urgência e história de repetidos abortos espontâneos.

O tratamento somente é efetuado quando o mioma provoca problemas como dor intensa e sangramentos frequentes. Nestas situações, o ginecologista pode prescrever medicamentos para aliviar os sintomas. Quando os medicamentos não fazem efeito, pode ser indicado remover o mioma cirurgicamente.

5. Endometriose

Endometriose é o crescimento do tecido endometrial (tecido de revestimento do interior do útero) para fora da cavidade uterina. É caracterizada por dor antes e durante a menstruação e durante a relação sexual, entretanto, algumas mulheres não apresentam sintomas.

O tratamento envolve o uso de medicamentos para alívio da dor no útero e no baixo ventre e para retardar o crescimento do inadequado do tecido do endométrio. Em alguns casos, é necessário um procedimento cirúrgico para retirar o tecido endometrial que está fora do útero.

6. Adenomiose

Adenomiose uterina é a presença de células do endométrio (camada interna do útero) na musculatura uterina (miométrio). São sintomas comuns da adenomiose a dor crônica no útero, sangramento menstrual intenso e anemia.

Para tratar a anemia podem ser usadas as pílulas anticoncepcionais ou implantação do DIU. Entretanto, quando estas opções não funcionam, pode ser recomendada a cirurgia para retirada do útero (histerectomia).

7. Câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é um tumor que se forma a partir de alterações que ocorrem no colo do útero, localizado no fundo da vagina. Estas alterações podem ser tratadas e curadas quando descobertas rapidamente.

Entretanto, na medida em que a doença avança a mulher pode apresentar sinais como dor no útero, corrimento e/ou sangramento vaginal.

Estou sentindo dor no útero, o que posso fazer?

O tratamento da dor no útero vai depender da sua causa e pode envolver o uso de analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos ou mesmo, procedimentos cirúrgicos.

Deste modo, se você sentir dor no útero, é importante que você busque o médico de família ou ginecologista.

Dor no útero, fiquei atento a alguns sinais de alerta

Alguns sintomas são sinais de alerta para situações mais graves que podem trazer risco à vida:

  • Sangramento vaginal anormal fora do período menstrual com duração de mais de 7 dias,
  • Sangramento vaginal intenso,
  • Dor intensa no útero,
  • Febre,
  • Tonturas e
  • Desmaios.

Na presença destes sintomas você deve procurar rapidamente um hospital para avaliação e tratamento de emergência.

Para saber mais sobre dor no útero, você pode ler:

Dor pélvica na mulher, o que pode ser?

Quais os sintomas de inflamação no útero?

Dor no pé da barriga pode ser gravidez?

Dor no pé da barriga: o que pode ser?

Referências

FEBRASGO. Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.

Primo, W.Q.S.P.; Corrêa, F.J.S.; Brasileiro, J.P.B. Manual de Ginecologia da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia de Brasília. SBGO, 2017.

O que é útero retrovertido (rvf) e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Útero retrovertido (ou útero rvf) é um útero que está fletido para trás, para a região posterior do corpo. Trata-se da posição anatômica do útero na pelve, sendo portanto uma condição considerada normal.

O útero retrovertido passa a ser considerado patológico quando a fixação do útero nessa posição ocorre devido a um processo inflamatório ou a uma infecção genital.

Nesses casos, a retroversão uterina pode ser decorrente de aderências resultantes desses processos inflamatórios ou infecciosos.  E essas aderências podem obstruir as trompas e o funcionamento normal do útero, podendo dificultar uma gravidez.

Quais os sintomas do útero retrovertido?

O útero retrovertido nem sempre manifesta sintomas. Quando estão presentes, podem incluir:

  • Dor durante a relação sexual;
  • Cólicas menstruais intensas;
  • Dor ao evacuar e urinar;
  • Dor pélvica;
  • Dor na coluna lombar.

O útero retrovertido ocorre em cerca de 25% a 30% das mulheres sem causar problemas ou sintomas. Muitas vezes a retroversoflexão do útero é diagnosticada em exames ginecológicos de rotina, durante o ultrassom.

Fale com o seu médico ginecologista se manifestar algum dos sintomas apresentados.

Leia também:

Quem tem útero retrovertido pode engravidar?

Útero retrovertido tem cura?

O que significa ter o útero em anteversoflexão?

O que é hiperplasia endometrial? Quais são os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Hiperplasia endometrial é o espessamento do tecido que reveste a camada interna do útero (endométrio). A hiperplasia endometrial ocorre pelo aumento do número de glândulas do endométrio. Essa proliferação glandular é estimulada pela ação prolongada do hormônio estrógeno sem oposição da progesterona.

O principal sintoma da hiperplasia endometrial é o sangramento uterino anormal, que pode se manifestar sob a forma de menorragia (aumento excessivo do fluxo menstrual), metrorragia (sangramento fora do período menstrual) ou sangramentos pós-menopausa. 

As hiperplasias endometriais podem ser classificadas como simples ou complexas, com ou sem atipias. As hiperplasias complexas com atipias podem estar relacionadas com o desenvolvimento de câncer de endométrio. Sabe-se que quanto mais atípica for a hiperplasia, mais chance ela tem de evoluir para câncer.

Apesar da associação com o câncer de endométrio, a hiperplasia endometrial por si só é uma condição benigna. Trata-se de uma resposta natural do endométrio ao estímulo estrogênico.

Porém, quando esse estímulo está aumentado e não é compensado pela ação oposta da progesterona, ocorre um crescimento exagerado do endométrio devido à proliferação das glândulas endometriais.

Portanto, a hiperplasia endometrial é causada pela exposição excessiva e prolongada ao hormônio estrógeno, o que pode ocorrer na perimenopausa, na ausência de ovulação, na síndrome dos ovários policísticos, na terapia de reposição hormonal exclusiva com estrógeno ou ainda em casos de tumor de ovário.

O tratamento da hiperplasia endometrial depende do tipo de hiperplasia e da gravidade do caso, podendo incluir curetagem, medicamentos ou cirurgia para retirar o útero.

O médico ginecologista é o responsável pelo diagnóstico e tratamento da hiperplasia do endométrio.

Saiba mais em:

Pólipo endometrial causa dor? Quais são os sintomas?

Como é o tratamento para hiperplasia endometrial?