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O que é angina e quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Angina é uma dor no peito, causada por uma diminuição da quantidade de oxigênio que chega ao músculo cardíaco, o que significa que há pouco sangue irrigando o coração naquele momento.

Normalmente a angina ocorre depois de grandes esforços físicos, exposição a baixas temperaturas ou alterações emocionais, podendo ainda ocorrer sem uma causa específica. Dependendo do grau de obstrução da circulação, a angina pode ocorrer mesmo em repouso.

Portanto, a angina não é uma doença em si, mas um sintoma decorrente do baixo fluxo sanguíneo que chega ao coração, que fica sem oxigênio para funcionar adequadamente. Em alguns casos, a angina pode ser um sinal que antecede um infarto.

Quais são os sintomas de angina?

Em geral, a angina provoca dor ou sensação de pressão, desconforto ou aperto no peito. Os sintomas também podem ser sentidos no pescoço, na mandíbula, no ombro, no braço ou nas costas.

Os sintomas que caracterizam a angina incluem:

  • Dor no peito, que pode irradiar para maxilar, braços ou nuca;
  • Normalmente ocorre após esforços físicos intensos ou emoções fortes;
  • Sensação de aperto ou peso no peito;
  • Queimação no peito;
  • Medo.

A dor da angina dura, em média, de 1 a 5 minutos, mas pode permanecer por até 20 minutos e passa com o repouso. Dores que persistem após 20 minutos podem sugerir infarto agudo do miocárdio.

Quais são as causas da angina?

A angina geralmente está associada a doenças que causam obstrução das artérias do coração, como a aterosclerose, e a fatores de risco para doenças coronarianas como hipertensão arterial, tabagismo, diabetes e sedentarismo.

Quadros de anemia graves, que afetam significativamente o transporte de oxigênio pelo sangue, também podem causar angina.

Qual o tratamento para angina?

Normalmente a angina melhora com o repouso. Contudo, podem ser indicados medicamentos com nitratos, que relaxam as artérias do coração e melhoram a irrigação do músculo cardíaco.

O tratamento da angina também inclui medidas para impedir a evolução de doenças coronárias ou reverter o quadro, como não fumar, controlar os níveis de colesterol, controlando e afastando os fatores de risco.

Casos mais leves de angina são tratados com o controle dos fatores de risco e uso de medicamentos que melhoram a circulação e aliviam os sintomas.

Nas formas mais graves de angina, o tratamento pode incluir cirurgia nas artérias coronárias para melhorar a irrigação do coração.

O que fazer em caso de angina?

1. Sente-se; 2. Respire fundo e calmamente; 3. Descanse.

Caso a dor permaneça, procure um serviço de urgência ou chame uma ambulância o mais rápido possível.

É muito importante a avaliação da angina por um médico para que seja introduzido o tratamento mais adequado e assim diminuir o risco de infarto.

Saiba mais em:

Doenças cardiovasculares: Quais os fatores de risco e como prevenir?

Qual a diferença entre gripe e resfriado?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Duas das principais diferenças entre a gripe e o resfriado são a febre e o estado geral da pessoa. O resfriado normalmente não causa febre (exceto em crianças pequenas), enquanto que na gripe a febre é comum e geralmente é acima de 38ºC.

Na gripe, a pessoa fica mais prostrada, com dor de cabeça e, frequentemente, com dores musculares e articulares, enquanto que o resfriado causa coriza, tosse e espirros e a pessoa apresenta-se mais ou menos bem disposta ou apenas incomodada com os sintomas.

No caso do resfriado, os sintomas se iniciam em 24 a 72 horas do contágio. No caso da gripe, é um pouco mais tardio, em média três a quatro dias após o contágio. A duração dos sintomas é similar, variando de 5 a 7 dias. No caso do resfriado, em 25% dos casos, os sintomas persistem por até 2 semanas.

A gripe e o resfriado são doenças agudas causadas por vírus, que provocam sintomas como tosse, coriza e dores no corpo. A gripe é causada por vírus do tipo Influenza. O resfriado pode ser causado por diferentes vírus, como Rinovírus, Adenovírus, Parainfluenza, entre outros.

A transmissão de ambas as condições se dá por contato com vírus dispersos em partículas que são expelidas no ar por indivíduos infectados.

O que é gripe?

A gripe é uma doença aguda causada pelo vírus Influenza, que afeta sobretudo as vias respiratórias. O vírus da gripe é transmitido através de gotículas de partículas expelidas por uma pessoa infectada ao tossir, espirrar ou falar. O contato direto com secreções infectadas também pode transmitir gripe.

A melhor forma de prevenir a gripe é através da vacina, que deve ser tomada anualmente, de preferência durante os meses de outono e inverno, período em que ocorrem os picos dos surtos de gripe.

As pessoas que devem tomar a vacina contra a gripe são aquelas que apresentam um maior risco de complicações, como os indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, doenças pulmonares, cardíacas, hepáticas ou renais, diabetes, entre outras doenças que diminuem a resistência do organismo às infecções.

Quem já teve reação alérgica grave depois de ter tomado a vacina da gripe não deve voltar a se vacinar. A vacinação também é contraindicada para pessoas alérgicas ao ovo.

A transmissão e o contágio da gripe podem ser evitados através do isolamento da pessoa infectada, uso de máscara e lavagem frequente das mãos com água e sabão. Ao tossir ou espirrar, deve-se tapar a boca com um lenço ou com o antebraço. Não usar as mãos.

Quais são os sintomas da gripe?

A gripe apresenta um quadro clínico com febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, mal estar, perda do apetite, dor de garganta e tosse. Os sintomas na gripe costumam surgir subitamente. A tosse e a febre são sintomas precoces. Apresenta taxa de complicações mais elevada, como pneumonia causada pelo próprio vírus Influenza ou por bactérias oportunistas.

Para aliviar os sintomas da gripe, recomenda-se fazer repouso, tomar antitérmicos para baixar a febre (como o Paracetamol), usar soro fisiológico para diminuir a congestão nasal e ingerir líquidos em abundância, como água, sucos e chás.

O que é resfriado?

O resfriado é uma infecção leve das vias aéreas superiores, causada por vírus. A transmissão também ocorre de pessoa para pessoa, através da inalação ou contato direto com gotículas de secreção respiratória eliminadas por uma pessoa infectada ao tossir, falar ou espirrar.

Para prevenir o resfriado, recomenda-se lavar frequentemente as mãos com água e sabão, além de evitar o contato próximo com pessoas resfriadas. Para evitar a transmissão, deve-se usar máscara e tapar a boca com o antebraço ou com um lenço durante espirros e tosse.

Quais são os sintomas do resfriado?

Os sintomas mais comuns do resfriado são coriza, tosse, espirros, congestão nasal, coceira e vermelhidão no nariz, diminuição do olfato e do paladar, lacrimejamento dos olhos, dor de cabeça e dor de garganta. Em alguns casos, pode haver febre baixa.

Pode haver uma curta dor de garganta nos primeiros dias. A tosse seca pode durar semanas após o fim dos sintomas. Raramente ocorre febre em adultos. As complicações são raras e incluem exacerbação de asma e presença de infecção bacteriana associada, como sinusite ou otite.

Para aliviar os sintomas do resfriado, recomenda-se fazer repouso, beber bastante líquido (água, sucos, chás), não se expor ao frio e a ambientes com fumaça e usar soro fisiológico para diminuir a congestão nasal. O paracetamol é útil para diminuir as dores ou baixar a febre, quando presente.

Qual é o tratamento para gripe e resfriado?

O resfriado não necessita tratamento específico, sendo indicado o uso de analgésicos, hidratação e repouso. No caso da gripe, pode haver indicação de tratamento com medicações antivirais como o Oseltamivir (Tamiflu®) se a pessoa for do grupo alvo para esse tipo de tratamento.

Se você apresentar sintomas de tosse, febre, coriza persistentes, ou apresentar grande indisposição ou fizer parte de grupo de risco, procure uma unidade de saúde ou um pronto atendimento.

Quais os sintomas de câncer de próstata?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do câncer de próstata são a dificuldade para urinar e o aumento da frequência urinária durante o dia ou durante a noite. Na fase avançada, pode haver ainda dor nos ossos, dor lombar, sangue na urina, insuficiência renal, infecção generalizada, entre outras manifestações.

Contudo, o câncer de próstata não costuma causar sinais e sintomas na fase inicial, já que, na maioria dos casos, o tumor tem evolução lenta e silenciosa. Grande parte dos tumores malignos de próstata cresce muito lentamente, podendo demorar quinze anos para chegar a 1 centímetro.

Por isso, muitas vezes a doença nem chega a manifestar sintomas ou trazer graves riscos à saúde e o paciente frequentemente vai a óbito por razões não relacionadas ao tumor. Porém, em alguns casos, o câncer pode crescer rapidamente e se disseminar para outros órgãos (metástase), podendo levar à morte.

Dificuldade para urinar

A próstata é uma glândula que envolve a porção inicial da uretra, que é o canal da urina. Está localizada em frente ao reto (porção final do intestino grosso) e abaixo da bexiga.

Portanto, com o crescimento do tumor, o jato de urina fica mais fraco, a micção é feita em gotas ou em jatos (dois tempos) e é preciso fazer força para manter o jato de urina. Depois de urinar, o homem fica com a sensação de que a bexiga não esvaziou completamente.

O paciente geralmente apresenta dificuldade para começar e interromper a micção, daí ser frequente o gotejamento após o ato de urinar.

Aumento da frequência urinária

Outro sintoma muito comum do câncer de próstata é o aumento da frequência urinária, sobretudo noturna, levando o paciente a acordar várias vezes para ir ao banheiro durante a noite. Também pode haver urgência urinária, que é a necessidade urgente de urinar.

Quais os outros sinais e sintomas do câncer de próstata?

À medida que o tumor continua crescendo, pode ocorrer dor na coluna lombar, dor pélvica, presença de sangue na urina, insuficiência renal, inchaço no saco escrotal e nas pernas.

A dor nos ossos é sentida principalmente no quadril, na coluna e nas costelas e está associada ao alastramento do câncer ao tecido ósseo. Dor durante a passagem da urina, ao ejacular ou nos testículos é rara.

Quais são os fatores de risco para o câncer de próstata?Raça

Sabe-se que homens de raça negra têm mais chances de desenvolver câncer de próstata e manifestar as formas mais agressivas da doença. A razão para essa diferença ainda não é conhecida.

Idade

Os riscos de câncer de próstata aumentam com a idade, sendo que a maior parte do homens afetados tem mais de 65 anos de idade.

História de câncer de próstata na família

Homens que têm pai ou algum irmão que tem ou já tiveram câncer de próstata possuem mais chances de desenvolver esse tipo de tumor, sobretudo os mais agressivos.

O risco de câncer de próstata para esses homens é ainda maior se o familiar teve a doença antes dos 55 anos ou se vários familiares já tiveram essa forma de câncer.

Obesidade

O excesso de peso é outro fator de risco para desenvolver câncer de próstata, especialmente os que crescem rapidamente.

Sedentarismo e má alimentação

A falta de atividade física e de vegetais na alimentação aumenta os riscos de câncer de próstata, mesmo que o peso corporal esteja dentro do normal.

Qual é o tratamento para câncer de próstata?

Quando o câncer de próstata está localizado, as chances de cura são maiores. Nesses casos, o tratamento pode ser feito por cirurgia e radioterapia.

Quando o câncer de próstata está localizado, porém avançado, ou seja, já ultrapassou o limite da glândula, o tratamento pode ser feito por meio do bloqueio do hormônio masculino testosterona, associado à cirurgia ou radioterapia.

Em caso de metástase, ou seja, quando o câncer de próstata já se disseminou para outros órgãos e tecidos, o tratamento pode ser feito através do bloqueio do hormônio testosterona. Isso porque as células cancerosas são estimuladas por esse hormônio. Ao bloquear a ação do mesmo, o tumor, esteja ele localizado em qualquer parte do corpo, pode regredir e não evoluir.

Quando a terapia hormonal não produz resultados, o tratamento do câncer de próstata é feito com quimioterapia.

Cirurgia

A cirurgia para câncer de próstata consiste na retirada completa da próstata, vesículas seminais e gânglios linfáticos eventualmente afetados. Após a retirada da glândula, a bexiga é ligada à uretra por meio de pontos. Depois, uma sonda que sai pelo canal da uretra drena a urina. A sonda é mantida durante 5 a 14 dias.

Durante o procedimento cirúrgico, os nervos responsáveis pela ereção, que se localizam muito próximos à próstata, podem ou não ser preservados. A preservação dos nervos depende sobretudo do tumor ter ou não invadido os nervos.

A cirurgia para câncer de próstata pode ser feita pela via abdominal convencional (aberta), por laparoscopia ou pela via perineal (região entre ânus e genitais).

Na via abdominal, é feito um corte no abdômen que vai do umbigo ao osso púbico.

A cirurgia por laparoscopia, são feitos 4 ou 5 pequenos cortes de 5 a 10 mm no abdômen. Depois, é injetado gás por esses orifícios para favorecer a visualização da cavidade abdominal. A seguir, o laparoscópio é inserido por um desses furos e fornece imagens através de uma microcâmera.

Já na via perineal, a incisão (corte) é feita entre o saco escrotal e o ânus, fornecendo um acesso direto à próstata. Essa forma de procedimento cirúrgico pode limitar a retirada de gânglios linfáticos que possam estar afetados pelo tumor.

Radioterapia

O tratamento com radioterapia consiste na aplicação de radiação na próstata. A radiação pode ser aplicada externamente ou através do implante de sementes radioativas diretamente na próstata.

No caso de suspeita de câncer de próstata, um médico urologista deve ser consultado o quanto antes. Os exames de rastreamento podem ser realizados a partir dos 50 anos ou a partir dos 45 anos para homens histórico familiar de câncer de próstata.

Após cirurgia de aneurisma cerebral é normal ter dor de cabeça?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

As dores de cabeça que a sua mãe sente podem ser decorrentes da cirurgia e do processo de recuperação, isto porque cirurgias que são realizadas na cabeça, como a de aneurisma cerebral, podem deixar como sequela dores de cabeça, principalmente nos primeiros dias após a operação. 

A dor é esperada, mas desde que dentro de um limite. Provavelmente ela deve ter retorno no neurologista, que provavelmente irá avaliar e solicitar novos exames de imagem para avaliar o resultado da cirurgia e as causas da dor de cabeça.

O que é um aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral caracteriza-se por uma área de fraqueza na parede de uma artéria localizada dentro do crânio. Essa parte mais fraca do vaso sanguíneo tende a ficar mais dilatada e é preenchida com sangue. Em geral, o aneurisma cerebral se desenvolve na bifurcação das artérias, pois ser a porção mais frágil da sua estrutura.

A dilatação da artéria pressiona nervos ou outras estruturas do cérebro localizadas próximas a ela. E alguns casos, o aneurisma pode se romper e causar hemorragia, que acaba por comprimir estruturas adjacentes à artéria.

O aneurisma cerebral pode ocorrer em qualquer área do cérebro, embora a maioria dos casos ocorra na base do crânio.

O que pode causar um aneurisma cerebral?

O aneurisma cerebral pode ter causa congênita, ou seja, a fraqueza na parede da artéria pode estar presente desde o nascimento. Os aneurismas são mais frequentes em pessoas que já possuem outras doenças genéticas ou circulatórias.

Os aneurismas cerebrais também podem ter outras causas, como traumatismos, tabagismo, pressão alta (hipertensão arterial), infecções, tumores, aterosclerose, consumo excessivo de bebidas alcoólicas e outras drogas.

Quais são os sintomas de um aneurisma cerebral?

Na maioria dos casos, os sinais e sintomas do aneurisma cerebral só se manifestam quando o aneurisma aumenta de tamanho ou se rompe. Os sintomas são decorrentes da compressão das estruturas vizinhas ao aneurisma.

Os sinais e sintomas do aneurisma cerebral podem incluir dor acima e ao redor dos olhos, formigamento, fraqueza ou paralisia facial em apenas um lado da face, dilatação das pupilas, alterações visuais e aumento da sensibilidade à luz (fotofobia).

Em casos de hemorragia, quando o aneurisma se rompe, o principal sintoma é uma forte dor de cabeça, que começa subitamente. As dores de cabeça também podem surgir dias antes do aneurisma se romper, porém, a dor é mais leve.  

Juntamente com a dor de cabeça, podem estar presentes também visão dupla, náuseas, vômitos, rigidez da nuca e perda da consciência.

O aneurisma cerebral, quando se rompe, provoca um derrame cerebral, que pode provocar lesões permanentes no cérebro ou levar à morte.

Qual é o tratamento para aneurisma cerebral?

Para aneurismas cerebrais pequenos, o tratamento consiste apenas acompanhamento regular. O tratamento do aneurisma cerebral depende do tamanho do aneurisma, da sua localização e do quadro clínico da pessoa.

Normalmente, o tratamento do aneurisma cerebral é feito através de cirurgia. O procedimento cirúrgico pode ser feito por clipagem, que consiste em interromper a circulação sanguínea através da implantação de um clipe de metal na artéria.

Outra forma de tratar o aneurisma é através da embolização. O procedimento é feito através da inserção de um cateter na artéria femoral, que é guiado até o aneurisma. A seguir, é colocado um dispositivo em forma de espiral no aneurisma para preenchê-lo, bloquear o fluxo sanguíneo e permitir a coagulação do sangue.

Para aliviar os sintomas do aneurisma, também podem ser indicados medicamentos anticonvulsivantes e analgésicos.

Além do tratamento específico do aneurisma cerebral, também é importante tratar outras doenças que podem estar presentes, como a pressão alta, por exemplo.

O diagnóstico e tratamento do aneurisma cerebral é da responsabilidade do médico neurologista ou neurocirurgião.

Principais características da deficiência intelectual
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Deficiência intelectual é uma menor capacidade de compreender, aprender e aplicar informações e tarefas novas ou complexas. Pessoas com deficiência intelectual têm um funcionamento mental abaixo da média esperada para a idade, o que provoca um atraso na aprendizagem e no desenvolvimento desses indivíduos.

A deficiência intelectual manifesta-se antes dos 18 anos de idade e caracteriza-se sobretudo por alterações no desenvolvimento das funções cognitivas (raciocínio, memória, atenção, juízo), da linguagem, das habilidades motoras e da socialização.

As causas da deficiência mental podem ser diversas e decorrente de múltiplos fatores. Existem causas genéticas, como a Trissomia do cromossomo 21 ou Síndrome de Down e causas relacionadas a problemas no parto e na gestação como: complicações durante a gravidez (rubéola, uso de drogas, abuso de álcool, desnutrição materna), problemas ao nascimento (prematuridade, falta de oxigênio, traumatismos) e ainda doenças e condições que afetam a saúde, como sarampo, meningite, desnutrição, exposição a chumbo e mercúrio, entre outras.

As principais características da deficiência intelectual são a falta de concentração, a dificuldade em interagir e se comunicar e a baixa capacidade de compreensão linguística (não compreendem a escrita ou precisam de um sistema de aprendizado especial).

Na área motora, poderá haver alterações nos movimentos mais finos, dificuldades em manter o equilíbrio, dificuldade na coordenação motora, locomoção e manipulação de objetos.

Na área cognitiva, as maiores dificuldades estão na concentração, memória e solução de problemas, o que torna o aprendizado mais lento.

Quando à comunicação, a deficiência mental provoca dificuldades para se expressar, fazendo com que a pessoa seja pouco compreendida.

Já na área sócio-educacional existe uma diminuição das interações sociais em ambiente escolar, uma vez que a idade mental está atrasada em relação à idade real.

O tratamento da deficiência mental tem como objetivo reforçar e facilitar o desenvolvimento das capacidades do indivíduo, fornecendo o apoio que ele precisa para superar as suas dificuldades.

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O que é úlcera gástrica e quais os sintomas?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Úlcera gástrica é uma ferida localizada na parede interna do estômago, cujo principal sintoma é uma dor em queimação referida na "boca do estômago".

Se a ferida estiver localizada no duodeno (porção inicial do intestino delgado), será denominada úlcera duodenal. A úlcera pode atingir ainda o esôfago (porção do trato digestivo que antecede o estômago).

Normalmente, a mucosa que reveste o estômago é capaz de proteger o órgão do ácido gástrico produzido para a quebra dos alimentos. Entretanto, algumas situações podem levar ao enfraquecimento ou desgaste da parede do estômago, facilitando na formação da ferida, denominada úlcera gástrica.

A úlcera é causada por excesso de ácido gástrico ou substâncias ácidas prejudiciais ao estômago e capazes de provocar esse dano, como, por exemplo, o uso excessivo de medicamentos anti-inflamatórios.

Quais são os sintomas de úlcera gástrica?

Os sintomas mais comuns de úlcera gástrica incluem

  • Dores abdominais tipo queimação,
  • Má digestão,
  • Sensação de estômago cheio,
  • Dificuldade para beber a quantidade habitual de líquido,
  • Mau hálito,
  • Náuseas, vômitos,
  • Fadiga e
  • Perda de peso.

Outros sintomas que podem estar presentes:

  • Fezes pretas ou com sangue;
  • Presença de sangue no vômito;
  • Dor no peito;
  • Acidez gástrica constante.

Em geral, a dor abdominal surge algumas horas após as refeições e se localiza na "boca do estômago", piorando após jejum prolongado e durante a noite. Nesses casos, é possível aliviar a dor comendo mais vezes em pequenas quantidades e fazendo uso regular de antiácidos.

Quando a úlcera péptica evolui ao ponto de perfurar a parede do estômago, o que ocorre nos casos mais graves, as dores são intensas, o abdômen fica rígido e o sangramento pode ser evidenciado nas fezes (melena) ou pelos vômitos (hematêmese). Esses sinais e sintomas são indicativos de uma emergência médica e o paciente necessita ser levado ao hospital imediatamente.

Dentre as possíveis complicações da úlcera gástrica estão: úlcera perfurada e hemorragia digestiva.

Quais as causas de úlcera gástrica?

A principal causa de úlcera gástrica é a infecção no estômago causada pela bactéria Helicobacter pylori. A H. pylori está presente no estômago da maioria das pessoas, porém, apenas algumas, com fatores de risco mais elevado, desenvolvem a ferida.

Os seguintes fatores contribuem para a formação de uma úlcera gástrica:

  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Uso regular de medicamentos anti-inflamatórios;
  • Tabagismo;
  • Tratamento com radioterapia;
  • Estresse;
  • Síndrome de Zolliger-Ellison.
Como é feito o diagnóstico da úlcera gástrica?

O diagnóstico da úlcera gástrica é feito através de endoscopia digestiva alta. O procedimento é realizado através do endoscópio, uma sonda com câmera na ponte, que entra pela boca, e permite a visualização de todo revestimento do esôfago, estômago e porção inicial do intestino delgado (duodeno).

Saiba mais no link: Endoscopia: como é feita e qual é o preparo?

Também é necessário realizar um exame para H. pylori, que pode ser feito através de uma biópsia durante a endoscopia.

Qual é o tratamento para úlcera gástrica?

O tratamento da úlcera gástrica é feito com medicamentos usados para eliminar a bactéria H. pylori, se for o caso, e diminuir os níveis de ácido no estômago. Os mais prescritos são a ranitidina® e o pantoprazol®.

Se a úlcera péptica estiver relacionada com infecção por H. pylori, o tratamento padrão usa diferentes combinações de medicamentos, incluindo antibióticos e inibidores da bomba de prótons, por 7 a 14 dias.

O uso dos inibidores da bomba de prótons pode se estender por 8 semanas se não houver infecção por H. pylori e se a úlcera foi causada pela ingestão excessiva de anti-inflamatórios.

Leia também: H. pylori tem cura? Qual é o tratamento?

No caso de sangramento da úlcera, dependendo da gravidade, está indicado o tratamento via endoscópica, com ligadura do vaso sangrante ou medicamento local para auxiliar na coagulação, ou para os casos mais graves, deve ser indicado o tratamento cirúrgico.

O/A médico/a gastroenterologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da úlcera gástrica.

Quais são os sintomas da conjuntivite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sinais e sintomas de conjuntivite são: vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, secreção, sensação de areia no olho e coceira. A conjuntivite é altamente contagiosa e tem início em um olho, mas quase sempre afeta o segundo em poucos dias, muitas vezes com gravidade diferente. Os sintomas da conjuntivite são os mesmos em adultos, crianças e bebês.

As conjuntivites podem ser virais, bacterianas, ou causadas por fungos, alergias, traumas e irritação química, como os protetores solares que, juntamente com o suor, irritam os olhos.

Na conjuntivite viral e bacteriana, existe sempre a presença de vermelhidão nos olhos e secreção. Os outros sinais e sintomas da conjuntivite variam conforme o agente causador.

Alguns tipos de conjuntivite podem causar dor e redução da visão, pois formam uma falsa membrana inflamatória que arranha e que tem que ser removida para melhorar o quadro mais rapidamente. É comum ter que remover a membrana várias vezes. 

Porém, o sintoma mais grave é a inflamação da córnea (ceratite intersticial) de origem imunológica, que pode reduzir a visão e permanecer durante meses, sendo necessário um tratamento prolongado com corticoides.

Conjuntivite bacteriana com secreção purulenta Como identificar a conjuntivite viral?

A conjuntivite viral pode manifestar sinais e sintomas semelhantes aos de uma gripe ou resfriado, como nariz entupido, presença de secreção e tosse. De manhã, ao acordar, as pálpebras podem estar "grudadas". Também é comum haver inchaço na região dos olhos, que ficam vermelhos e libertam secreção, bem como sensação de ardência ou areia nos olhos.

Leia também: Olhos inchados: quais as causas e tratamento?

Após um período de 2 a 7 dias, os sintomas da conjuntivite viral começam a se manifestar no segundo olho. O pico da evolução dos sintomas normalmente ocorre entre o 3º e o 5º dia. Depois de uma ou duas semanas o quadro começa a melhorar progressivamente.

Como se transmite a conjuntivite viral?

A conjuntivite viral transmite-se com muita facilidade. A transmissão da doença se dá pelo contato direto ou indireto com secreções, além de ser altamente transmissível quando estão muitas pessoas aglomeradas, como em piscinas, por exemplo.

A conjuntivite viral é o tipo de conjuntivite mais comum, podendo inclusive ser uma consequência de outra doença provocada por vírus que esteja afetando todo o corpo. 

O principal vírus causador da conjuntivite viral é o adenovírus, cujo período de incubação varia entre 5 e 12 dias. Porém, a infecção causada pelo vírus geralmente resolve-se espontaneamente dentro um determinado período de tempo. Depois de estar curada da conjuntivite, a pessoa fica imune ao vírus.

Quais os sinais e sintomas da conjuntivite bacteriana?

Os sintomas iniciais da conjuntivite bacteriana geralmente surgem em apenas um olho, que fica vermelho e irritado. A secreção é eliminada juntamente com pus, podendo ser amarelada, esverdeada ou esbranquiçada. No 2º ou 3º dia os sinais e sintomas começar a se manifestar no outro olho.

Uma das principais diferenças entre as conjuntivites virais e bacterianas é a presença de pus na secreção, enquanto que nas virais ela não é purulenta.

O médico clínico geral ou médico de família podem tratar casos de conjuntivite. Na presença de outras patologias ou doenças crônicas oculares, o paciente pode ser encaminhado ao oftalmologista.

Como ocorre a transmissão da conjuntivite bacteriana?  

A conjuntivite bacteriana afeta sobretudo crianças e muitas vezes provocam epidemias de conjuntivite. A principal bactéria causadora da doença é o Staphylococcus aureus. 

Assim como a conjuntivite viral, a conjuntivite bacteriana é altamente contagiosa. A forma de transmissão também é a mesma, ou seja, através do contato direto com secreções ou objetos e superfícies contaminadas com a bactéria ou com secreções de alguém infectado.

A conjuntivite bacteriana tem tendência para atingir pessoas com a imunidade baixa, podendo causar alterações na parte branca do olho e nas lágrimas.

Qual é o tratamento para conjuntivite?

O tratamento da conjuntivite consiste em lavar várias vezes os olhos com soro fisiológico ou água filtrada fria. Nas conjuntivites bacterianas, fúngicas e alérgicas são utilizados medicamentos específicos, enquanto que nas conjuntivites irritativas e virais o tratamento é inespecífico, com lavagem e colírios anti-inflamatórios.

O/a médico/a clínico/a geral ou médico/a de família podem tratar casos de conjuntivite. Na presença de outras patologias ou doenças crônicas oculares, o/a paciente pode ser encaminhado ao/à oftalmologista.

Saiba mais em: Olhos inchados: quais as causas e tratamento?

Irritaçao e coceira na parede anal, pior à noite...
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Podem ser sintomas de uma infecção vaginal, vaginose bacteriana, uma infecção fúngica, como a candidíase, ou ainda um quadro de verminose. Existem outras causas, menos comuns, como doença vascular, hemorroidas, porém não causaria sintomas na vagina. Uma reação alérgica, a algum produto de higiene íntima, ou medicamentos em uso recente.

Para definir a causa desses sintomas, será preciso uma avaliação médica. Procure um médico de família, clínico geral ou ginecologista para a avaliação e início de tratamento.

Vaginose bacteriana

A Vaginose bacteriana é uma infecção na vagina, causada por uma proliferação exagerada das bactérias que normalmente habitam a região. Trata-se da causa mais comum de corrimento vaginal na mulher em idade fértil.

Os sintomas são de coceira, ardência ao urinar, vermelhidão e corrimento na maioria das vezes amarelado, com odor forte.

O diagnóstico é clínico, poucas vezes necessita de exames complementares, e o tratamento e feito com antibioticoterapia.

Infecção fúngica

A infecção fúngica mais comum na mulher é a candidíase, que cursa com intensa coceira vaginal, por vezes também anal, corrimento branco acinzentado, sem odor e vermelhidão local.

O diagnóstico também é clínico e o tratamento à base de medicamento antifúngico oral e tópico.

Verminoses

As verminoses mais comuns destacamos a ascaridíase (lombriga), esquistossomose, ancilostomose, filariose, amebíase, teníase (solitária), larva migrans (bicho geográfico), oxiurose e giardíase.

Dentre elas, a oxiurose é a verminose que apresenta como principal sintoma o intenso prurido na região anal, além de corrimento, náuseas, vômitos, tonturas e cólicas. Essa verminose é comum na infância e os vermes podem ser vistos nas fezes. O diagnóstico se baseia na história clínica, mas deve ser confirmada através de exame de fezes. O tratamento é feito com antibióticos.

Pode lhe interessar também: Quais são as doenças causadas por vermes?