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Quando o gosto amargo na boca é sinal de problema de fígado? O que fazer?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

Popularmente, dizem que o gosto amargo na boca pode ter origem em problema de fígado ou de digestão. As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca, apesar de não serem as causas mais comuns.

Alguns sinais e sintomas associados ao gosto amargo na boca podem ajudar a perceber quando ele é causado por problemas de fígado:

Fraqueza, cansaço e digestão difícil

Esses são os sintomas que podem estar presentes quando você come muito, mas quando são constantes podem indicar pedras na vesícula e doença hepática gordurosa não alcoólica (gordura no fígado). Ter diabetes, colesterol alto, doença cardíaca ou ter retirado a vesícula são outros sinais associados a essas doenças.

Diminuição do apetite e alterações de paladar

Além de fraqueza e cansaço, esses são outros sinais que podem estar presentes para quem tem doenças crônicas do fígado, como a hepatite C. A percepção de alguns sabores, como o doce, pode estar aumentada e o prazer em comer diminui. Outros sinais possíveis são:

  • Perda de peso
  • Náuseas
  • Vômitos

Algumas hepatites são causadas por vírus. Você pode pegar a doença se algum líquido do corpo de uma pessoa doente (sangue, sêmen e muco vaginal) entrar no seu corpo. Isso pode acontecer no contato sexual e no uso de drogas com seringas ou agulhas compartilhadas.

Você também pode ficar doente quando um dentista, manicure, pedicure, quem coloca seu piercing ou faz sua tatuagem não lavar e esterilizar da forma adequada o material que utiliza. As hepatites virais podem ser transmitida para o bebê durante a gravidez, se a mãe tiver a doença.

Pele e branco dos olhos amarelados

Você pode perceber que a pele e branco dos olhos estão amarelados no início de uma hepatite viral ou quando uma doença hepática crônica se agrava (como no caso da cirrose). Outros sintomas, além do gosto amargo na boca, podem ser:

  • Perda de peso e de apetite
  • Fraqueza
  • Cansaço

Na cirrose, podem aparecer, ainda:

  • Inchaço, principalmente na barriga (ascite)
  • Efeitos no sistema nervoso central (confusão, problemas psiquiátricos, de equilíbrio e de locomoção)

A cirrose hepática pode ser consequência de muitos anos de alcoolismo, de uma hepatite causada por vírus ou por medicamentos, principalmente.

O que fazer para diminuir o gosto amargo na boca?

O tratamento da doença que está causando o gosto amargo é a medida mais adequada. Isso já ajuda a diminuir o gosto amargo na boca. Para identificar qual é o seu problema e iniciar o tratamento, você precisa procurar um médico de família ou clínico geral.

Há algumas medidas indicadas para diminuir a sensação:

  • Escovar os dentes e a língua
  • Beber água em quantidade suficiente

O nível de zinco no sangue normalmente diminui com os problemas do fígado. Isso é uma das causas da sensação de gosto amargo na boca. O nível baixo do mineral também pode causar piora da doença hepática, entre outros efeitos. Por isso, é indicado o uso de um suplemento à base de zinco quando você tem uma doença hepática e sente o gosto amargo na boca.

Se tiver um diagnóstico de doença do fígado, consulte o médico para saber se pode usar essas ervas que costumam ajudar no seu funcionamento e podem diminuir o gosto amargo da boca:

  • Chá de boldo do Chile e de alcachofra
  • Berinjela e alcachofra (há remédios de venda livre que contêm esses alimentos)
  • Tianma Gouteng (é uma planta usada na medicina chinesa)
Outros problemas que causam gosto amargo na boca

As doenças e problemas do fígado podem causar gosto amargo na boca. Entretanto, é mais comum que ele esteja associado a:

  • Problemas na boca: cáries, língua com placa bacteriana (quando a língua fica branca) ou inflamações e sangramentos na gengiva e na boca
  • Alterações hormonais na gravidez
  • Transtornos de ansiedade e depressão
  • Fumo
  • Uso de alguns medicamentos: anti-hipertensivos, antidepressivos, remédios para gota, anti-inflamatórios, antibióticos, antialérgicos, anticonvulsivantes, antiparasitários são os principais
  • Doenças: doença do refluxo gastroesofágico, diabetes, gripe ou dor de garganta são alguns exemplos

Você pode querer ler também:

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Dor no fígado: 6 sintomas que indicam problemas no fígado

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Referências:

Cherkashchenko NA, Livzan M A, KrolevetsT S. Clinical features of the comorbid course of non-alcoholic fatty liver disease and gallstone disease. Ter Arkh. 2020; 92(8): 29-36.

Musialik J, Suchecka W, Klimacka-Nawrot E, Petelenz M, Hartman M, Błońska-Fajfrowska B. Taste and appetite disorders of chronic hepatitis C patients. Eur J Gastroenterol Hepatol. 2012; 24(12): 1400-5.

Tuerk MJ, Fazel N. Zinc deficiency. Curr Opin Gastroenterol. 2009; 25(2): 136-43.

Meng Xing, Xing-Jiang Xiong. Traditional Chinese medicine insights of newly-diagnosed and young hypertension and clinical practice of Tianma Gouteng Decoction for hypertension treatment. Zhongguo Zhong Yao Za Zhi. 2020; 45(12): 2752-59.

O que é endometriose intestinal? Quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Endometriose intestinal é o crescimento de tecido do endométrio (camada mais interna do útero) no intestino. Trata-se de um tipo de endometriose profunda, uma forma grave de endometriose que caracteriza-se pela presença de lesões com mais de 5 mm de profundidade.

As lesões da endometriose intestinal normalmente aparecem na forma de nódulos e possuem muita fibrose, um tecido conjuntivo endurecido semelhante a uma cicatriz.

Os principais sintomas da endometriose intestinal são: dor ao evacuar ou sangramento intestinal durante a menstruação. Esses são os sinais e sintomas típicos da endometriose intestinal. Além deles, a mulher também pode apresentar:

  • Cólicas menstruais (dismenorreia);
  • Dor durante a relação sexual (dispareunia);
  • Dor pélvica;
  • Ciclos menstruais irregulares;
  • Diarreia durante o período menstrual.

O tratamento da endometriose intestinal pode ser feito com medicamentos hormonais ou cirurgia. A medicação não é capaz de curar a doença, mas pode ser eficaz para controlar a dor. Contudo, mesmo sem apresentar sintomas, a endometriose pode evoluir.

Casos mais graves de endometriose intestinal, em que há diminuição do calibre do intestino, precisam obrigatoriamente de tratamento cirúrgico. A cirurgia também é indicada quando o tratamento hormonal não é satisfatório.

A cirurgia é feita por videolaparoscopia e remove por completo as lesões intestinais. O tratamento cirúrgico é muito eficaz no controle da dor e a taxa de complicações é baixa, melhorando significativamente a qualidade de vida das mulheres.

Leia também: Como é a cirurgia de endometriose?

O médico ginecologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da endometriose intestinal.

Saiba mais em:

O que é endometriose?

O que é endometriose profunda e quais os sintomas?

Quais são os sintomas da endometriose?

O que é embolia pulmonar e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Embolia pulmonar é uma patologia definida pela obstrução da artéria pulmonar por algum êmbolo, podendo ser um coágulo sanguíneo, gordura, tumor ou ar

A embolia pulmonar mais frequente é aquela causada por um coágulo de sangue que entope a principal artéria que irriga o pulmão. Com isso, a passagem de sangue fica interrompida causando graves consequências. 

Os principais sintomas identificados na embolia pulmonar são:  

  • Falta de ar; 
  • Dor no peito; 
  • Tosse sem ou com presença de sangue; 
  • Chiado no peito; 
  • Aumento da frequência respiratória; 
  • Aumento da frequência cardíaca.

A embolia pulmonar é uma patologia grave que pode levar à morte. Uma pessoa que apresenta algum desses sintomas deve ser avaliado com urgência. 

Leia também:

Tenho queimação no peito: o que pode ser?

Carcinoma basocelular nodular é grave? Quais os sintomas?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Carcinoma basocelular nodular é um tipo de câncer de pele. Os carcinomas basocelulares estão entre as formas menos graves dos tumores malignos que atingem a pele, já que o seu crescimento é lento e o risco de metástase (disseminação do câncer para outros órgãos) é bastante baixo.

Os carcinomas basocelulares têm origem na camada basal da epiderme, que é a parte mais superficial da pele. Trata-se do tipo mais comum de câncer de pele, sendo mais frequente em pessoas de pele clara, olhos claros, cabelos loiros ou ruivos e que permanecem expostas ao sol por longos períodos sem proteção.

No entanto, o carcinoma basocelular nodular pode ser agressivo no local e causar deformidades que podem ser irreversíveis. O tumor pode ser invasivo à medida que cresce, destruindo os tecidos ao redor, incluindo cartilagem e ossos. Por isso é importante identificar e tratar esse câncer de pele precocemente.

Quais os sintomas do carcinoma basocelular nodular?

O carcinoma basocelular nodular caracteriza-se pela presença de um nódulo superficial liso e brilhante na pele, indolor, com bordas redondas e bem delimitadas. A lesão apresenta uma depressão ao centro que pode virar uma ferida com crosta e sangrar com facilidade. Quando isso acontece, as lesões são difíceis de cicatrizar.

O nódulo pode ser translúcido ou de coloração rosa, de aspecto perolado e muitas vezes com pequenos vasos sanguíneos presentes na sua superfície. O tumor pode levar até 2 anos para atingir meio centímetro de diâmetro.

As áreas do corpo mais atingidas pelo carcinoma basocelular nodular são o rosto, o couro cabeludo, as orelhas, o pescoço, as pernas, os ombros e as costas, por serem as mais expostas ao sol. Em casos mais raros, também pode surgir em áreas não expostas ao sol.

O diagnóstico do carcinoma basocelular nodular é feito pela análise das características da lesão e confirmado através de biópsia.

Qual é o tratamento para carcinoma basocelular nodular?

O tratamento do carcinoma basocelular nodular é realizado por meio de cirurgia, com a retirada completa do tumor. Em alguns casos, o tratamento pode ser feito através de criocirurgia com nitrogênio líquido, terapia fotodinâmica e aplicação local de medicamentos.

Uma vez que o carcinoma basocelular nodular raramente evolui com metástase, o tratamento precoce do tumor leva à cura na maioria dos casos.

Porém, uma característica do carcinoma basocelular é o seu reaparecimento, mesmo depois da completa remoção cirúrgica do tumor. Algumas pessoas acabam por desenvolver novamente esse tipo de câncer de pele dentro de um período de 5 anos.

O médico responsável pelo diagnóstico e tratamento de todos os tipos de câncer de pele é o dermatologista.

Quais os sintomas de câncer no cérebro e como identificar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os sintomas de câncer no cérebro variam bastante, o que pode tornar difícil identificar o tumor cerebral no início da doença. Na maioria das vezes, são sintomas que começam de forma discreta e vem piorando lenta e progressivamente.

Podemos citar como sintomas iniciais de um tumor no cérebro:

1. Convulsões

Uma crise convulsiva, principalmente quando a primeira ocorre já na idade adulta, é um sinal sugestivo de um problema cerebral. Se não houver historia de epilepsia na infância, ou história de crise convulsiva na família, é importante investigar com exames de imagem, porque pode ser um sintoma inicial de tumor no cérebro.

2. Perda de força

A fraqueza em um dos membros, seja um braço ou uma perna, é também um sinal que sugere um problema no cérebro, como um tumor ou um coágulo. Isso ocorre devido à compressão na região do cérebro que comando a força muscular e a realização de movimentos.

No caso de um tumor, a fraqueza começa de forma discreta e vai piorando com o passar do tempo. Não é comum a queixa de dor, apenas fraqueza, braço "pesado" ou movimentos lentificados.

3. Formigamento

A queixa de alteração na sensibilidade ocorre quando a área do cérebro responsável pela percepção dos sentidos, está sendo comprometida. Também não é comum haver dor, e a queixa costuma ser apenas de um lado. O mais frequente é perceber formigamento ou menor sensibilidade de um lado, quando comparada ao outro.

4. Dificuldade na fala

Como o centro da fala está localizado dentro do cérebro, uma alteração nesse sentido deve ser investigado. A perda súbita da fala sugere mais um problema vascular, como o AVC (derrame cerebral), porém, não existe uma regra. Sendo assim, cabe ao médico neurologista deverá avaliar a necessidade e urgência de realizar os exames de imagem, caso a caso.

5. Tontura

Queixa de tontura frequente, desequilíbrio e sensação de desmaio, é um sintoma inespecífico e presente em muitos problemas mais frequentes do que um tumor cerebral, como jejum prolongado, glicose baixa, pressão alta, entre outros. Contudo, pode ser um sintoma inicial de tumor no cérebro, cabe ao médico fazer essa avaliação e pedir o exame de imagem, quando entender necessário.

6. Dor de cabeça

As dores de cabeça que nunca foram percebidas e principalmente se iniciadas na idade adulta, levantam a suspeita de um comprometimento no cérebro. Especialmente quando vem associada a náuseas, vômitos e alterações visuais.

7. Problemas na visão

As alterações visuais como: perda súbita da visão, visão duplicada, pontos luminosos, midríase (pupilas dilatadas) e visão borrada, que começa subitamente ou piora lentamente devem ser sempre investigadas, por um oftalmologista e por um neurologista.

8. Confusão mental, esquecimentos

Dependendo da localização do tumor, e grau de compressão do cérebro, são apresentados diferentes sintomas. O câncer que se localiza na região do cérebro responsável pela compreensão e juízo crítico, desencadeia sintomas de alteração de comportamento, confusão mental e deficit de memória.

O início súbito também sugere uma doença vascular, mas um tumor deve ser descartado.

Outros sintomas menos comuns como, movimentos involuntários, episódios de irritabilidade, depressão, alterações de humor sem motivo que o justifique, devem ser avaliados pelo neurologista, especialmente se houver história de tumor cerebral na família.

Como confirmar um tumor no cérebro?

A identificação de um tumor deve ser confirmado por meio de exames de imagem, como tomografia e ressonância de crânio. O tipo desse tumor deve ser analisado após uma biópsia ou ressecção do tumor, através da cirurgia.

Os sintomas de um câncer no cérebro variam conforme a localização e a extensão do tumor, que podem penetrar ou comprimir determinadas estruturas do órgão.

No entanto, são sintomas que podem aparecer em outras doenças, o que muitas vezes pode atrasar o diagnóstico e com isso reduzir a resposta ao tratamento. Quanto antes for iniciado o tratamento para um tumor, maior a possibilidade de cura.

Os tumores tendem a causar sintomas que pioram progressivamente, enquanto outras desordens no cérebro, apresentam sintomas de início agudo, ou que vem e depois desaparecem. O AVC ("derrame"), por exemplo, apresentam sintomas de início súbito, acontecem de repente, e são sintomas importantes como parar de mexer um braço ou para de falar.

Nos tumores não, os sintomas vêm se instalando lenta e progressivamente, e não desaparecem. Como uma fraqueza discreta em um braço, e progride durante os anos. Ou uma dor de cabeça discreta, que começa após a idade adulta, ou problemas visuais.

Na suspeita de um tumor no cérebro, procure um médico neurologista ou neurocirurgião.

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Referência:

Academia Brasileira de Neurologia.

Quais são os sintomas da tuberculose pulmonar e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da tuberculose pulmonar incluem febre, tosse, transpiração noturna excessiva, mal-estar geral, emagrecimento e perda de apetite. Os sintomas iniciais da tuberculose são leves, de evolução lenta e inespecíficos, podendo ser confundidos com muitas outras doenças.

A febre geralmente é baixa, com tendência para surgir no final da tarde e início da noite. A perda de peso é progressiva, levando a um emagrecimento acentuado após alguns meses que causa grande debilidade física.

O mal-estar geral caracteriza-se como uma fraqueza e fadiga. No início da tuberculose pulmonar, esse mal-estar é sentido principalmente no final do dia e surge junto com a febre. Com a evolução da doença, a fraqueza e a fadiga podem estar presentes durante todo o dia.

Já a tosse pode ser leve e seca no início, tornando-se mais intensa e produtiva com presença de sangue no catarro. Dependendo do grau de evolução da tuberculose, a pessoa pode chegar a tossir sangue.

Qual é o tratamento para tuberculose pulmonar?

O tratamento da tuberculose pulmonar é feito com medicamentos antibióticos. Os remédios devem ser tomados todos os dias, por via oral, durante um tempo que é determinado pelo médico.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente os remédios usados para tratar a tuberculose pulmonar.

Os sintomas diminuem e o paciente melhora significativamente após o início do tratamento. Contudo, é fundamental continuar tomando a medicação até o fim do período estabelecido para evitar recaídas e resistência das bactérias aos antibióticos.

Tuberculose pulmonar é contagiosa?

A tuberculose pulmonar é altamente contagiosa. Por isso, o diagnóstico e tratamento devem ser estabelecidos o quanto antes. Com o início do tratamento, a quantidade de bactérias expelidas pelo paciente reduz bastante, pelo que o risco de transmitir a doença também diminui consideravelmente. 

Veja também: Tuberculose é contagiosa? Como se transmite?

Em caso de tosse com pelo menos 3 semanas de duração, associada aos sintomas descritos anteriormente, consulte um médico clínico geral ou médico de família para uma investigação adequada.

O tratamento da tuberculose pulmonar é da responsabilidade do/a médico/a de família, clínico/a geral, infectologista ou pneumologista.

O que pode causar dor no joelho?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Dor no joelho pode ser um sintoma de falta de condicionamento físico, excesso ou prática incorreta de atividade física, sobrepeso, sedentarismo, pouca flexibilidade, falta de força muscular, lesões internas na articulação, artrose, hérnia de disco, entre outras causas.

Quando a dor no joelho é decorrente de excesso de peso, falta de condicionamento físico e prática incorreta de exercícios, ela normalmente não está relacionada com nenhuma lesão. Nesses casos, as estruturas internas da articulação mostram-se intactas nos exames de imagem, como raio-x e ressonância magnética.

Lesões internas no joelho

Quando a dor no joelho está relacionada com lesões internas, outros sinais e sintomas podem estar presentes, como inchaço, vermelhidão, instabilidade, dor e alteração nos movimentos dos joelhos. Essas lesões geralmente são causadas por traumas agudos ou pequenos traumas repetitivos e contínuos.

Nesses casos, a lesão pode ocorrer nos ligamentos, nos tendões, na bolsa sinovial, nos ossos ou na cartilagem.

Ligamento cruzado anterior

Esse ligamento exerce um importante papel na estabilidade do joelho. As lesões são mais comuns em pessoas que praticam esportes com movimentos bruscos de joelho, como futebol, por exemplo.

Menisco

O menisco é formado por tecido fibrocartilaginoso e tem a função de amortecer o impacto entre os ossos da articulação do joelho. Quando se rompe, provoca dor intensa e bloqueia os movimentos do joelho.

Bursite

A dor no joelho também pode ser causada por bursite, uma inflamação das bursas, que são uma espécie de bolsa com líquido que têm a função de proteger a articulação, amortecendo o impacto entre os tendões e os ossos.

Tendinite

A tendinite é uma inflamação do tendão. No caso do joelho, um tendão que costuma inflamar com frequência em pessoas que praticam esportes com salto é o tendão patelar, localizado logo abaixo da patela, antes chamada rótula.

Artrite reumatoide

Trata-se de uma doença auto-imune que provoca uma inflamação crônica da articulação. Além de dor, a artrite reumatoide provoca deformidades e incapacidade com o tempo.

Gota

A gota é causada pelo acúmulo de ácido úrico na articulação, provocando dor e inchaço. Pode afetar os pés, os tornozelos, as mãos, os punhos e os joelhos.

Artrose no joelho

Outra causa comum de dores nos joelhos é a artrose. Trata-se de uma doença crônica que provoca a degeneração da cartilagem articular. Com o tempo, começa a haver maior atrito entre os ossos e a articulação também perde a capacidade de absorver impacto, causando dor e inflamação.

Saiba mais em: O que é artrose e quais os sintomas?

Hérnia de disco

A dor no joelho também pode ter origem em outro local e irradiar para o joelho. É o que pode acontecer, por exemplo, em casos de hérnia de disco na coluna lombar. A raiz do nervo sofre uma compressão pela hérnia na coluna vertebral, gerando uma dor irradiada para o joelho.

Artroses e inflamações na articulação do quadril também podem causar dor irradiada para o joelho e coxa.

Se a dor no joelho surgir após um trauma, como uma torção durante algum exercício, o mais indicado é consultar o/a médico/a ortopedista.

Casos de dor crônica acompanhada de vermelhidão, inchaço, aumento da temperatura local e dificuldade de movimento, devem ser avaliados preferencialmente pelo/a reumatologista.

Quais os sintomas do hímen imperfurado e como é o tratamento?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas do hímen imperfurado são a ausência de menstruação e as cólicas. Adolescentes com hímen imperfurado podem apresentar também dor no baixo ventre ou nas costas, dificuldade para urinar e dor para defecar.

Os sintomas normalmente aparecem na puberdade. O hímen imperfurado não permite a passagem do fluxo menstrual, que fica retido na vagina e a menina não menstrua.

As cólicas são cíclicas e podem durar vários meses, pois estão relacionadas com o ciclo menstrual. Contudo, o sinal mais evidente do hímen imperfurado é o atraso da primeira menstruação, que não ocorre.

Nos casos mais graves, a menstruação pode se acumular no útero, que se expande e pode comprimir estruturas ao seu redor, causando dor. A retenção do fluxo menstrual no útero também pode favorecer o desenvolvimento de infecções.

O tratamento do hímen imperfurado é feito através de cirurgia. O procedimento cirúrgico é simples e consiste na retirada total do hímen. A realização apenas de um corte pode permitir a formação de uma nova membrana, já que as bordas do hímen tendem a se fundir.

O hímen imperfurado é uma malformação que acompanha a menina desde o nascimento, passando muitas vezes despercebido durante a infância. O diagnóstico pode ser feito logo após o nascimento, embora na maioria das vezes ele aconteça na puberdade ou adolescência.

Há casos de hímen imperfurado que estão associados a malformações no canal vaginal, útero, rins e vias urinárias. Cabe ao/à médico/a ginecologista investigar também essas possibilidades ao detectar um hímen imperfurado.

Saiba mais em:

O que é o hímen?

O que é hímen complacente?

Existe cirurgia para quem tem hímen complacente?

O que pode causar retenção urinária?