A pessoa com síndrome de Down apresenta algumas características típicas, como face achatada e arredondada, olhos oblíquos, dobras na pele das pálpebras, nariz pequeno e mais largo, uma única prega na palma da mão, e mais transversal, cabelos finos e pouca quantidade, além de diminuição do tônus muscular.
A língua da pessoa com síndrome de Down é a protusa, a boca costuma estar aberta e observa-se alterações dentárias. O pescoço é mais curto e as orelhas são mais baixas e pequenas.
Também são características comuns da síndrome de Down: mãos curtas e largas, atraso na articulação da fala, dificuldades motoras e comprometimento intelectual, que reflete em dificuldade na aprendizagem.
Pessoas com síndrome de Down apresentam um déficit físico e mental. As crianças apresentam atraso no desenvolvimento motor e começam a falar e a andar mais tarde que o normal. Assim que aprendem a andar, apresentam pouco equilíbrio.
Crianças com síndrome de Down muitas vezes podem realizar as mesmas atividades que outras crianças, como falar, brincar e ir à escola. Porém, elas só adquirem essas habilidades mais tarde, numa idade que não pode ser determinada.
Por isso, existem programas especiais para bebês com síndrome de Down que podem contribuir muito para que essas crianças atinjam o máximo do seu potencial.
Como é feito o diagnóstico da síndrome de Down?Apesar das características físicas da síndrome de Down, o diagnóstico é feito por exame específico, que detecta a trissomia do cromossomo 21. Lembrando que pessoas com síndrome de Down possuem material genético extra nesse par de cromossomos.
É recomendado que a criança com síndrome de Down seja estimulada desde o nascimento para que consiga superar algumas limitações impostas pela genética.
O acompanhamento da pessoa com síndrome de Down é feito por uma equipe multidisciplinar capaz de oferecer um cuidado diversificado e completo.
A colite ulcerativa é uma doença inflamatória autoimune que acomete o intestino grosso. É autoimune porque o sistema imunológico do próprio indivíduo, por razões ainda desconhecidas, ataca os tecidos dessa região intestinal, provocando úlceras (lesões).
Essa resposta anormal do sistema imunológico pode ser desencadeada por vírus ou bactérias, mesmo que os micro-organismos já não estejam presentes.
Contudo, acredita-se que existem fatores hereditários que podem favorecer o desenvolvimento da colite ulcerativa, além de fatores de risco, como idade inferior a 30 anos e história de colite ulcerativa na família.
A colite ulcerativa pode afetar pessoas de qualquer idade, homens e mulheres. Porém, os sintomas tendem a aparecer entre os 15 e os 40 anos de idade e entre os 50 e os 80 anos. Pessoas que têm algum parente de 1º grau com doença inflamatória do intestino têm mais chances de desenvolver colite.
Quais são os sintomas da colite?Os sinais e sintomas da colite incluem diarreia com presença de muco ou sangue nas fezes, cólica, urgência para evacuar, dor causada pela contração do esfíncter anal e desconforto abdominal.O estresse normalmente piora os sintomas.
Nos casos mais graves, podem surgir complicações como hemorragia, cansaço, febre, infecção intestinal, feridas na cavidade oral, perfuração do intestino, osteoporose, pedras nos rins, doenças da pele e das articulações, dilatação do intestino provocada por infecção (megacólon tóxico), perda de peso e até desnutrição.
A colite afeta a mucosa que recobre a porção interna do intestino grosso, que inflama e desenvolve pequenas feridas que podem sangrar. A inflamação do intestino também produz uma quantidade excessiva de secreção, que pode vir acompanhada de pus e sangue.
O tamanho da porção do intestino grosso afetada pela colite ulcerativa pode variar de poucos centímetros à totalidade do intestino, estando o reto (porção final do intestino) envolvido na maioria dos casos.
Os sintomas da colite ulcerativa podem variar conforme a gravidade da doença e com o tamanho da porção do intestino afetada. Os sinais e sintomas também apresentam uma variação na sua manifestação, alternando períodos ativos com outros assintomáticos.
Colite pode evoluir para câncer?O processo inflamatório que acompanha a colite, associado ao tempo de duração e à extensão da enfermidade, pode resultar em câncer intestinal.
O risco de câncer de intestino é maior nos casos em que todo o intestino grosso é afetado e a doença já se instalou há mais de 10 anos.
Para prevenir a evolução para câncer intestinal, é muito importante avaliar frequentemente o intestino através do exame de colonoscopia, que também é utilizado para diagnosticar a colite ulcerativa.
Qual é o tratamento para colite?O tratamento da colite é feito com restrições dietéticas e medicamentos para tratar ou prevenir as inflamações intestinais. A colite ulcerativa não tem cura. O tratamento tem como objetivo aliviar os sintomas e aumentar o tempo de intervalo entre as crises.
O tratamento da colite depende da gravidade e da extensão da doença, da quantidade e da gravidade das crises, bem como da resposta aos tratamentos que já foram realizados.
Nos casos agudos graves ou com crises muito frequentes, em que há lesões no intestino com grandes chances de evoluir para câncer, pode ser necessário realizar uma cirurgia. Algumas pessoas podem precisar ficar internadas para que as crises mais graves possam ser controladas adequadamente.
Vale lembrar que a alimentação das pessoas com colite ulcerativa é normal, sem restrições. A exceção é para os períodos de diarreia, em que se devem evitar as fibras e a lactose (açúcar presente no leite e seus derivados).
Os medicamentos mais usados para tratar a colite são os aminossalicilatos, que atuam no controle da inflamação, os corticoides, os imunomoduladores, entre outras medicações para alívio das dores e da diarreia ou para tratar outras infecções.
O/a gastroenterologista é o/a médico/a responsável pelo diagnóstico e tratamento da colite ulcerativa.
Anemia microcítica é caracterizada pela redução de hemoglobina dentro das células vermelhas do sangue.
- Inflamação crônica;
- Anemia ferropriva: deficiência de ferro;
- Talassemia;
- Intoxicação por alumínio;
- Anemia sideroblástica;
- Intoxicação por chumbo;
- Deficiência de Zinco.
Os sintomas da anemia microcítica podem ser:
- Cansaço;
- Palidez;
- Diarreia;
- Taquicardia;
- Fraqueza;
- Dor de cabeça;
- Tontura.
Na presença desses sintomas, procure uma unidade de saúde para uma avaliação.
Saiba mais em:
As principais causas de suor frio (sudorese fria) são:
- Medo;
- Ansiedade;
- Situações de estresse ou nervosismo;
- Estado de choque;
- Dor;
- Falta de ar;
- Hipoglicemia (falta de açúcar no sangue);
- Febre;
- Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
- Pressão baixa.
O suor frio é uma reação natural do organismo, desencadeada para proteger a pessoa de situações de perigo.
No entanto, se o suor frio for constante e vier acompanhado de outros sintomas, como dificuldade para respirar, palidez, tontura ou sensação de fraqueza, podem indicar algum problema de saúde ou doença subjacente.
Nesses casos, recomenda-se consultar um médico clínico geral para uma melhor avaliação dos sinais e sintomas que acompanham o suor frio.
Também podem lhe interessar:
Fissura anal é um rasgo na mucosa anal que ocorre devido à elevada pressão na região do ânus. Trata-se de uma ferida localizada no canal anal. Os seus principais sintomas são a dor, o sangramento e a coceira.
A fissura anal costuma ter uma profundidade média e normalmente está alinhada com o canal anal. Em geral, a fissura surge isoladamente e é posterior.
As principais causas de fissura anal estão relacionadas com prisão de ventre, endurecimento das fezes, diarreia ou inflamação do canal anal. A passagem de fezes muito duras ou com muito volume pode provocar lesões no canal anal que muitas vezes resultam em fissuras.
As causas da fissura anal incluem: passagem de fezes endurecidas, diarreia prolongada, parto vaginal, sexo anal, procedimentos cirúrgicos no ânus, doenças sexualmente transmissíveis (HIV, Sífilis, Clamídia), doença Inflamatória intestinal e doenças malignas (câncer).
A fissura anal pode ser uma condição aguda, que pode se resolver em 6 semanas com tratamento conservativo local, ou algo crônico, que pode exigir uma abordagem cirúrgica.
Quais são os sintomas de fissura anal?O principal sintoma da fissura anal é a dor durante a evacuação. Contudo, a dor pode permanecer, mesmo após a pessoa ter evacuado. A dor pode ser causada pela própria fissura. Porém, quando a dor é muito forte, é provocada por um espasmo do músculo esfíncter anal, localizado ao redor do ânus.
O diagnóstico da fissura anal é feito através de exame proctológico. A colonoscopia também é indicada, para avaliar a existência de outras doenças. Porém, numa fase aguda, em que a pessoa pode estar com uma dor muito intensa, esses procedimentos podem não ser possíveis de serem realizados.
Qual é o tratamento para fissura anal?As fissuras curam-se espontaneamente na maioria dos casos. Quando isso não acontece, o tratamento da fissura anal é feito com aplicação local de pomadas para aliviar a dor e os espasmos, uso de laxantes e banhos de assento com água morna. Essas formas de tratamento costumam ser suficientes para curar a fissura anal.
Quando os sintomas persistem por vários dias e o tratamento conservador não produz uma resposta satisfatória, o quadro deve ser reavaliado. Nesses casos, pode haver necessidade de cirurgia e é preciso identificar uma possível doença que possa estar na origem da fissura anal.
O objetivo do tratamento da fissura anal, a longo prazo, é controlar e prevenir a prisão de ventre.
O especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da fissura anal é o médico proctologista.
Plaquetas altas é uma condição chamada plaquetose ou trombocitose, enquanto um quadro de plaquetas baixas é denominado plaquetopenia ou trombocitopenia.
A contagem normal de plaquetas no sangue varia entre 150.000 e 400.000 por microlitro de sangue, podendo variar um pouco entre os laboratórios.
Para detectar se as plaquetas estão altas ou baixas basta realizar um exame de hemograma. As plaquetas são avaliadas inicialmente nesse exame. Se for preciso um estudo mais específico de reação das plaquetas poderá ser pedido posteriormente.
O que são plaquetas?As plaquetas, também chamadas como trombócitos, são células sanguíneas produzidas na medula óssea, juntamente com os outros tipos de células do sangue. A medula óssea é um tecido esponjoso localizado dentro dos ossos, sobretudo nos ossos grandes.
As plaquetas participam do processo de coagulação sanguínea. Quando há um sangramento, as plaquetas se unem, formando um coágulo (trombo) que controla a perda de sangue no local.
Plaquetas altasAs plaquetas são consideradas altas, quando sua contagem tem valor igual ou superior a 400.000. O aumento de plaquetas é chamado trombocitose ou plaquetose. Isso significa que o corpo está produzindo mais plaquetas do que o esperado, e isso pode ser prejudicial para o organismo.
Quais as causas de plaquetas altas?As plaquetas aumentadas podem ter várias causas. Dentre elas estão:
- Anemia hemolítica;
- Deficiência de ferro;
- Infecções, grandes cirurgias ou traumatismos;
- Doenças inflamatórias ou infecciosas, como distúrbios do tecido conjuntivo;
- Doença inflamatória intestinal;
- Tuberculose;
- Câncer;
- Uso de certos medicamentos;
- Neoplasia mieloproliferativa (doença da medula óssea);
- Retirada do baço.
Algumas condições podem deixar as plaquetas elevadas durante um curto período, como observado na recuperação de uma doença ou agressão, por exemplo:
- Recuperação de perda de sangue grave por trauma/acidente;
- Recuperação de uma contagem muito baixa de plaquetas causada pelo uso excessivo de álcool, falta de vitamina B12 ou folato (vitamina B9);
- Inflamação ou Infecção aguda (sepse);
- Resposta à atividade física extenuante.
Os sinais e sintomas de plaquetas altas estão associados à formação de coágulos sanguíneos e sangramentos. Situações que se refletem com sinais de fraqueza, dores de cabeça, tontura, dor no peito e formigamento nas mãos e nos pés, dependendo da localização desses coágulos.
Além disso, estudos apontam para o aumento das plaquetas como primeiro sinal de um câncer, em cerca de 35% dos casos, principalmente se o câncer for de origem pulmonar, gastrointestinal, mama, ovário ou hematológico, como o linfoma.
Coágulos sanguíneosOs coágulos sanguíneos ou trombos, geralmente se alojam nos pequenos vasos do cérebro, extremidades de mãos e pés. Contudo, podem obstruir qualquer outra parte do corpo, inclusive no coração e nos intestinos.
Coágulos sanguíneos no cérebro podem causar sintomas como dor de cabeça contínua e tontura. Nos casos mais graves, acidente vascular cerebral (AVC).
Quando os coágulos se formam nos pequenos vasos sanguíneos das mãos e dos pés, podem causar dormência, vermelhidão, dor intensa ardente e latejante, pelo menor fluxo sanguíneo, com queixas referidas principalmente nas palmas das mãos e nas plantas dos pés.
SangramentosO sangramento geralmente ocorre quando as plaquetas estão muito altas, com uma contagem superior a 1 milhão de plaquetas por microlitro de sangue, ou quando existem plaquetas defeituosas. Os sinais e sintomas nesses casos incluem sangramentos nasais, hematomas, sangramento da boca ou gengivas ou sangue nas fezes.
Embora o sangramento esteja mais frequentemente associado a plaquetas baixas, também pode ocorrer em pessoas com uma contagem de plaquetas altas.
Outra causa de sangramento em pessoas com plaquetas altas é uma condição chamada Doença de von Willebrand, que afeta o processo de coagulação do sangue.
Durante a gravidez, os coágulos encontrados na placenta podem causar aborto espontâneo ou problemas no crescimento e no desenvolvimento fetal.
Mulheres que apresentam plaquetas altas ou baixas e tomam pílulas anticoncepcionais têm um risco maior de desenvolver coágulos sanguíneos.
Contudo, não é apenas uma contagem de plaquetas alta que pode levar à formação de trombos. O desenvolvimento de coágulos também está relacionado a outras condições e fatores, como idade avançada, história anterior de coágulos sanguíneos, diabetes, hipertensão arterial (pressão alta) e tabagismo.
Qual é o tratamento para plaquetas altas?Depende da causa dessa trombocitose.
Achado acidental, com demais exames normais e ausência de sinais ou sintomas, não precisam de tratamento, desde que a condição permaneça estável. Apenas manter acompanhamento, conforme orientação médica.
Em outros casos, a aspirina pode ajudar quanto ao risco de formação de coágulos sanguíneos, uma vez que a aspirina “afina” o sangue. No entanto, o uso do medicamento só deve ser feito com prescrição médica, após avaliação de riscos, pois pode originar sangramentos.
A aspirina é receitada para a maioria das mulheres grávidas que apresentam uma contagem de plaquetas aumentada, pois não há risco elevado de efeitos colaterais para o feto.
Algumas pessoas com plaquetas elevadas podem precisar de medicamentos ou procedimentos médicos para baixar a contagem de plaquetas.
MedicamentosOs medicamentos para baixar as plaquetas altas no sangue são indicados em casos de:
- Histórico de coágulos sanguíneos ou sangramentos;
- Presença de fatores de risco de doença cardíaca, como níveis elevados de colesterol no sangue, pressão alta ou diabetes;
- Idade superior a 60 anos;
- Contagem de plaquetas acima de 1 milhão.
Dentre os medicamentos usados para diminuir a contagem de plaquetas no sangue, estão: hidroxiureia®, anagrelida® e interferon alfa®.
PlasmaféreseA plasmaférese é um procedimento usado para reduzir rapidamente as plaquetas no sangue. Contudo, só está indicado em situações de emergência, como casos de AVC.
Plaquetas baixasAs plaquetas são consideradas baixas, quando a contagem apresenta valores inferiores a 150.000. Se o nível de plaquetas estiver abaixo de 50.000, o risco de sangramento é ainda maior, mesmo em atividades leves e diárias. Uma contagem de plaquetas abaixo do normal é chamada trombocitopenia ou plaquetopenia.
Quais as causas de plaquetas baixas?Existem duas causas principais para uma diminuição do número de plaquetas no sangue: Produção insuficiente de plaquetas pela medula óssea, ou destruição das plaquetas pelo próprio organismo.
Produção insuficiente de plaquetasA medula óssea pode não produzir plaquetas suficientes nas seguintes doenças e condições:
- Aplasia de medula;
- Câncer de medula óssea, como leucemia;
- Cirrose hepática;
- Deficiência de vitaminas (B9 e B12);
- Infecções da medula óssea;
- Síndrome mielodisplásica (doença em que a medula óssea não produz células sanguíneas suficientes ou as produz com defeito);
- Câncer;
- Tratamento com quimioterapia.
O exame de plaquetas pode apresentar uma contagem com valores baixos se as plaquetas estiverem sendo destruídas na circulação sanguínea, no baço ou no fígado. Isso pode ocorrer nas seguintes condições:
- Infecções ou viroses, como dengue e zika;
- Uso de medicamentos, como anticoagulantes;
- Aumento do baço devido outras doenças como esquistossomose, hepatite, malária, mononucleose, entre outras;
- Doenças autoimunes, como a purpura trombocitopenica idiopática (PTI) e lúpus eritematoso sistêmico;
- Desordem que causa a formação de coágulos como a CIVD (coagulação intravascular disseminada);
- Tratamentos contra o câncer com radioterapia ou quimioterapia.
Uma pessoa com as plaquetas baixas pode não manifestar sintomas ou apresentar:
- Sangramentos na boca e na gengiva;
- Hematomas;
- Sangramento nasal;
- Erupção cutânea (aparecimento de pequenas manchas vermelhas na pele chamadas petéquias).
Outros sintomas de plaquetas baixas dependem da causa.
As hemorragias são a principal complicação das plaquetas baixas, podendo ocorrer inclusive no cérebro ou no trato digestivo.
Qual é o tratamento para plaquetas baixas?O tratamento para plaquetas baixas consiste primeiro em tratar a causa base, se esta for diagnosticada, por isso depende da causa do problema.
Pessoas com plaquetas baixas que não apresentam sinais e sintomas não precisam de tratamento, desde que a condição permaneça estável e em acompanhamento.
Os casos mais graves podem precisar de tratamento mais específico ou até transfusão de plaquetas, para interromper ou prevenir sangramentos.
O médico que solicitou o exame de plaquetas é o responsável pela interpretação dos resultados e indicar o tratamento mais adequado ou encaminhar para um especialista, de acordo com cada caso.
É normal sair um pouco de secreção do olho, principalmente durante a manhã ou caso o olho esteja um pouco irritado. Esta secreção pode se assemelhar a catarro por ser amarela e pegajosa.
Este catarro que sai do olho é uma mistura da secreção normal do olho com pequenos restos celulares e detritos que se acumulam no decorrer do dia.
Quando em excesso, persistente e/ou associado a outros sintomas como dor e sensação de areia nos olhos, pode também ser sinal de conjuntivite.
O ideal é que, caso apresente secreção ocular semelhante a catarro, limpe o olho com uma gaze limpa imersa em soro fisiológico ou água filtrada fria. O frio reduz a irritação ocular e diminui a secreção.
Consulte um oftalmologista caso suspeite de conjuntivite ou se a secreção ocular for excessiva.
Observar os tipos de fezes e a sua consistência – forma de fita, em pedaços ou esfarelando, se são grossas ou compridas – pode ajudar você a entender como está a sua saúde gastrointestinal.
Os tipos de fezes indicam se o seu intestino está funcionando de forma lenta ou acelerada, se você está ingerido pouca quantidade de fibras e/ou água na alimentação, presença de carboidratos, gases e gordura.
1. Fezes em fitaFezes finas e compridas semelhantes à uma fita podem ser um sinal de síndrome do intestino irritável ou de câncer do cólon, especialmente se vierem acompanhadas de sangramento.
No caso da síndrome do intestino irritável, os movimentos intestinais se alteram e o intestino passa a produzir muito muco. Por este motivo, as fezes tomam o formato de fitas semelhantes a serpentina.
As fezes finas e estreitas também podem ser um sinal de câncer de cólon. Entretanto, não é preciso assustar-se de imediato. Além do formato em fita, outros sintomas como coceira anal, sangue nas fezes e perda de peso inexplicável precisam estar associados.
Se você observa que suas fezes têm formato de fita, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista.
2. Fezes em pedaços ou esfarelandoFezes separadas em pedaços, moles, de bordas bem definidas e fácil evacuação são comuns em pessoas que evacuam de 2 a 3 vezes ao dia, o que geralmente ocorre após a ingestão de grandes refeições.
Nestes casos, este tipo de fezes não necessariamente indicam irregularidade e são consideradas normais.
Entretanto, se as bordas do cocô não forem regulares e bem definidas e se boiarem podem indicar que seu intestino está funcionando de forma muito acelerada e que há gases em excesso no intestino. Além disso, pode indicar a presença de gorduras e carboidratos nas fezes.
Fezes em pedaços podem ser consideradas um tipo de diarreia, entretanto ajustes na alimentação podem normalizar o funcionamento intestinal e o formato das fezes.
O/a médico/a de família e o/a nutricionista são profissionais mais indicados para diagnosticar a causa das fezes em pedaços ou esfarelando e para orientar o melhor tratamento.
3. Fezes líquidasEvacuações com fezes líquidas e sem nenhum pedaço sólido são chamadas diarreia. Estas evacuações podem ser acompanhadas de dor abdominal (dor de barriga), normalmente em cólicas, e podem provocar desidratação.
As diarreias são bastante comuns em crianças e idosos e são sintomas de doenças como:
Intolerância à lactoseA intolerância à lactose é definida pela incapacidade do organismo de digerir a lactose, um tipo de açúcar presente no leite e laticínios. Ocorre devido à deficiência de uma enzima digestiva chamada lactase.
Diarreia, cólicas, náuseas, flatulência (aumento na eliminação de gases) e distensão abdominal (inchaço no abdome) são os sintomas principais da intolerância à lactose.
O tratamento consiste na administração suplementos de lactase e em evitar leite e derivados, a exemplo do queijo e das manteigas. É importante consultar seu/sua médico/a de família, clínico/a geral ou gastroenterologista para o tratamento adequado.
Infecções intestinaisInfecções gastrointestinais provocadas por vírus ou bactérias tem como sintoma principal a diarreia. Pode ocorrer também náuseas, vômitos e dor abdominal.
Estes sintomas se manifestam como uma tentativa do organismo de eliminar o vírus ou a bactéria que está causando a infecção.
O tratamento das infecções intestinais consiste em repouso, aumento da ingestão de água ou soro caseiro e alimentação de fácil digestão como arroz, sopas, frutas sem casca. Nos casos de infecção bacteriana, pode ser indicado o uso de antibióticos.
Veja: Quais os sintomas de infecção intestinal?
O que posso fazer em casa para melhorar a diarreia?Em casos de episódios repetidos de diarreia é indicado utilizar o soro caseiro. A preparação ajuda a melhorar o quadro diarreico e prevenir e/ou reduzir a desidratação. Receita de soro caseiro:
- 1 copo de água filtrada ou mineral
- 2 colheres rasas de sopa de açúcar (equivalente a 20 gramas)
- 1 colher de chá de sal (equivalente a 3,5 gramas)
Atente para a medidas corretas durante o preparo do soro caseiro. Após o preparo, o soro caseiro tem validade de 24 horas e deve ser ingerido em pequenas quantidades.
Veja: Diarreia: o que fazer?
4. Fezes pastosas ou semi-líquidasFezes pastosas ou semi-líquidas com alguns pedaços moles misturados indicam que o funcionamento do seu intestino está muito acelerado. Este tipo de fezes é considerado diarreia.
O tempo reduzido de formação das fezes compromete a absorção pelo organismo de nutrientes e água e por este motivo se tornam pastosas ou semi-líquidas.
A ingestão de fibras na alimentação ajuda a regularizar o funcionamento intestinal e a melhorar a consistência das fezes.
5. Fezes com bolas agrupadasAs fezes com bolas agrupadas têm formato cilíndrico, porém são duras, de difícil eliminação e com bolas agrupadas que podem se soltar. Este tipo de cocô é o mais difícil e doloroso de ser eliminado, uma vez que é muito endurecido.
Além disso, são fezes grandes demais ou muito grossas que podem ser maiores do que o canal anal. Normalmente ocorre em pessoas com:
Prisão de ventre crônicaÉ caracterizada pela persistente dificuldade de evacuar e pela frequência inferior a 3 evacuações por semana. Além disso, a pessoa faz grande esforço para evacuar e se sente incapaz de esvaziar o intestino completamente.
As fezes são duras e de difícil eliminação. As causas mais comuns de prisão de ventre são o sedentarismo, dieta pobre em fibras e consumo de proteína animal em excesso.
A adoção de uma alimentação com alto teor de fibras (legumes, cereais integrais, frutas e verduras), aumento da ingestão de líquidos (em torno de 2 litros ao dia) e a prática de atividade física costumam trazer bons resultados para quem sofre de prisão de ventre.
Atraso ou retenção na evacuaçãoO hábito de não atender à necessidade de evacuar, quando ela ocorre, pode comprometer o funcionamento regular dos intestinos. Este hábito promove evacuação com bolas agrupadas, volumosas e de difícil excreção.
Para evitar que isto ocorra é importante não atrasar ou reter a evacuação e ir ao banheiro sempre que sentir vontade.
Fissura analA fissura ou úlcera anal consiste em uma laceração (rachadura) na região do ânus. Fezes volumosas, endurecidas e esforço ao evacuar são os sintomas principais de fissura anal. Pode ainda ocorrer sangramento durante ou após as evacuações.
O tratamento consiste na administração de medicamentos emolientes, que tornam as fezes mais macias e fáceis de eliminar, pomadas e banhos de assento.
HemorroidasHemorroidas consistem na presença de veias dilatadas e tortuosas na região inferior do reto e ânus.
O esforço repetitivo durante as evacuações, o trabalho pesado com esforço constante, gravidez e prisão de ventre são as causas mais comuns para o desenvolvimento de hemorroidas.
Pode ocorrer presença de nódulo na região anal, sangramento ao evacuar, prurido (coceira anal), dificuldade e dor ao evacuar, dor ao sentar ou andar, presença de secreção esbranquiçada nas fezes.
O tratamento consiste no uso de medicamento para dor, pomadas emolientes e banhos de assento. Em alguns casos é necessário a remoção cirúrgica da hemorroida.
A regulação intestinal para pessoas que eliminam fezes com bolas agrupadas é feita com a adoção de uma alimentação saudável, especialmente rica em fibras e cereais integrais, que estimule o bom funcionamento do intestino.
Pode ser necessário a realização de exames de sangue e/ou fezes, uso de probióticos e medicamentos com orientação nutricional e do/a médico de família, gastroenterologista ou proctologista.
6. Fezes em bolinhasCocô em bolinhas separadas, pequenas, duras e difíceis de sair podem indicar:
- Alterações na flora intestinal (ausência de bactérias boas);
- Deficiência de fibras na alimentação.
A ausência das bactérias boas e das fibras na sua alimentação reduzem a retenção de água nos intestinos. Isto faz com que a fezes fiquem duras, ressecadas, provoquem dor ao evacuar e podem levar ao sangramento anal.
Nestes casos, se recomenda:
- aumentar a ingestão de fibras: adotar uma alimentação equilibrada rica em frutas, verduras e cereais integrais;
- ingerir bastante água: para evitar que as fezes fiquem ressecadas pelo aumento da ingestão da quantidade de fibras.
As fezes amareladas são bastante comuns e podem ser um sinal de diversos problemas diferentes de saúde. É importante que você perceba também o formato e o cheiro das fezes quando elas apresentam a cor amarelada. Isto pode facilitar o diagnóstico feito pelo/a médico/a.
Uma alimentação rica em gordura, infeções intestinais, problemas no fígado, pâncreas e vesícula, giardíase (verminose) doença celíaca e uso de medicamentos são algumas das causas das fezes amareladas.
Se, junto com as fezes amareladas, você sentir febre, dor de cabeça, perda de peso, dor abdominal, sangue nas fezes ou barriga inchada, é importante buscar o/a clínico/a geral, médico/a de família ou gastroenterologista para efetuar um tratamento adequado.
8. Vermes nas fezesA presença de vermes nas fezes é um sinal claro de infecção por parasitas. Quando não há vermes visíveis, atente para outros sintomas de infecções por estes parasitas como:
- Barriga inchada;
- Dor abdominal;
- Gases em excesso;
- Diarreia alternada com constipação (prisão de ventre);
- Coceira no ânus;
- Cansaço sem razão aparente.
Leia também:
Quais os sintomas de vermes no corpo?
Alimentos fibrosos e ricos em celulose como feijão, milho e vegetais são digeridos com mais dificuldade e podem, algumas vezes, ser encontrados nas fezes.
Atente se há perda de muitos pedaços de alimentos no cocô e se há diarreia constante e perda de peso.
Como devem ser as fezes normais?O cocô normal tem uma consistência mole e macia com um formato definido semelhante a uma salsicha. A superfície pode ser lisa ou conter algumas rachaduras. Pode também se apresentar em pedaços moles.
Estes diferentes aspectos da superfície das fezes não indicam necessariamente que há alterações, uma vez que seu formato depende dos alimentos que você ingere.
A fezes normais não provocam dor ao evacuar e o ideal é que se evacue diariamente, embora a frequência da eliminação de fezes varie de acordo com a idade e hábitos de vida.
Esteja atento as suas fezesA maior parte das alterações na consistência das fezes indica problemas na alimentação que são facilmente tratados. No entanto, observar as fezes pode ajudar a diagnosticar mais precocemente algumas doenças gastrointestinais.
Observar as fezes diariamente é um hábito que ajuda a acompanhar a sua saúde gastrointestinal e é muito útil para o diagnóstico de doenças do sistema digestivo.
Se você apresentar alterações como diarreia, dor abdominal e sangramentos que duram mais de três dias, busque um serviço de saúde para atendimento médico.
Leia também: