A hipertensão arterial sistêmica (HAS) ocorre por diversas causas.
A maioria dos casos de hipertensão arterial são chamadas essencial ou primária, situação em que ainda não tem uma causa definida e respondem a 95% dos casos. Embora não se saiba exatamente a sua causa, sabe-se que se origina de múltiplos fatores, sendo os principais fatores de risco bem estabelecidos.
Fatores de risco para desenvolver hipertensão arterialAfrodescendência
Os negros apresentam maior incidência de hipertensão arterial essencial e o início mais precoce. Além disso, apresentam maior frequência de complicações e gravidade ao longo dos anos.
Genética: história familiarQuanto mais pessoas portadoras de pressão alta na família, maiores são as chances de também desenvolver a doença.
Consumo de salO consumo de mais de 6 gramas de sal por dia aumenta o risco de desenvolver hipertensão arterial. O sal aumenta a pressão arterial por induzir duas alterações nos vasos sanguíneos: aumenta o volume de líquidos dentro dos vasos e age diretamente nas paredes das artérias, causando uma constrição das mesmas (diminuição do diâmetro).
Essas alterações na parede dos vasos sanguíneos provoca um aumento da resistência (pressão) à passagem do sangue e uma menor capacidade de vasodilatação.
Pessoas obesas, com IMC (índice de massa corporal) maior ou igual a 30, têm até 6 vezes mais chance de desenvolver pressão alta. A circunferência abdominal, medida na linha do umbigo, também é um fator de risco, ou seja, quanto maior a barriga, maior o risco de HAS.
Consumo de álcoolO consumo diário de duas ou mais doses de álcool (dois copos de vinho ou de cerveja) aumenta em duas vezes o risco de hipertensão arterial. Quanto maior o volume de bebida alcoólica ingerida, maior o risco.
IdadeAo longo dos anos, os vasos sanguíneos vão passando por um processo chamado arteriosclerose, em que a parede das artérias se torna mais rígida, fazendo com que as mesmas percam a elasticidade e a capacidade de se acomodar com as variações da pressão.
A hipertensão do idoso é tipicamente sistólica, isto é, a pressão máxima (pressão sistólica) fica alta e a pressão mínima (pressão diastólica) permanece normal ou um pouco mais baixa.
Colesterol elevadoAumenta o depósito de gordura nas artérias, um processo chamado de aterosclerose, que leva a redução do calibre do vaso, com consequente aumento da hipertensão arterial.
A prática regular de exercícios físicos, diminui os níveis circulantes de adrenalina (que causa constrição das artérias) e aumenta a liberação de endorfinas e óxido nítrico, que causam vasodilatação, o que é excelente na prevenção da doença. O sedentarismo também contribui para o sobrepeso e aumento do colesterol.
TabagismoO cigarro provoca um aumento imediato da pressão arterial pela ação vasoconstritora da nicotina, além de acelerar o mecanismo da arteriosclerose, tornando os vasos duros e rígidos. O fumo passivo também é fator de risco para hipertensão arterial.
Anticoncepcionais oraisA pílula anticoncepcional geralmente aumenta discretamente a pressão arterial, porém, há mulheres, principalmente fumantes com mais de 25 anos de idade, que podem desenvolver franca hipertensão ao tomar a pílula.
Quais as causas da hipertensão arterial secundária?Diferentemente da hipertensão essencial, em que há fatores de risco identificados mas sem uma causa claramente estabelecida, a hipertensão secundária tem uma causa bem definida.
A hipertensão arterial secundária ocorre em cerca de 5% dos casos e dentre as doenças que originam a hipertensão secundária podemos citar como principais:
Uma das principais causas de hipertensão secundária. Quando os rins começam a falhar, o corpo começa a ter dificuldade em excretar o excesso de sal e líquidos consumidos, o que provoca um aumento da pressão arterial.
Cerca de 85% dos pacientes com insuficiência renal crônica têm hipertensão. É importante lembrar que o contrário também pode ocorrer, isto é, a pressão alta levar à insuficiência renal.
GlomerulonefriteOs glomérulos possuem os filtros que "limpam" o sangue. Glomerulonefrite é caracterizada pela inflamação dos glomérulos. Existem várias doenças que provocam glomerulonefrite e quase todas apresentam hipertensão como parte dos sintomas.
Rins policísticosOs cistos expandidos nos rins, aumentam a liberação do hormônio renina, que causa uma maior absorção de sódio nos túbulos renais e aumenta, por consequência, o risco de hipertensão.
Indivíduos com rins policísticos podem desenvolver hipertensão mesmo quando não apresentam ainda alterações detectáveis da função renal.
Estenose da artéria renalEstenose é um estreitamento de uma artéria. A estenose da artéria renal reduz o aporte sanguíneo para o rim. Como a pressão sanguínea que chega ao rim está muito baixa, o rim reage como se houvesse pressão baixa em todo o corpo, retendo mais sal e líquidos para compensar essa falsa hipotensão.
É um tumor maligno da glândula supra-renal, que produz adrenalina. A hipertensão pode ser causada por este excesso de adrenalina.
Aldosteronismo primárioNormalmente é causado por um tumor benigno da supra-renal ou por um crescimento anormal da glândula. Leva à hipertensão devido ao aumento da produção do hormônio aldosterona, que atua no rim aumentando a absorção de sódio nos túbulos renais.
Síndrome de CushingDoença causada por corticoides em excesso no organismo, tanto por aumento da sua produção pela glândula supra-renal como por ingestão de corticoides sintéticos em excesso para tratamento de algumas doenças.
Apneia obstrutiva do sonoOcorre sobretudo em obesos e caracteriza-se por períodos de apneia (interrupção da respiração) durante o sono. Metade dos pacientes apresenta hipertensão que costuma estar mais elevada no período da manhã, ao contrário do que ocorre em outras causas de hipertensão.
Outras causas de hipertensão arterial secundária:- Aterosclerose, hiperplasia fibromuscular, poliarterite nodosa;
- Aumento de pressão intracraniana, quadriplegia, porfiria aguda, disautonomia familiar;
- Acromegalia, hipotireoidismo, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, uso de hormônios exógenos;
- Uso de drogas imunossupressoras, intoxicação por metais pesados;
- Cirurgias, hipoglicemia, queimaduras, abstinência alcoólica, pós-parada cardíaca, peri operatório;
- Gestação - Hipertensão gestacional;
- Insuficiência aórtica, fístula arteriovenosa, tireotoxicose, doença Paget e beribéri (hipertensão sistólica).
A pressão alta é definida como o aumento crônico da pressão sanguínea, com valor igual ou superior a 140/90 mmHg (em indivíduos adultos, de até 74 anos, sem comorbidades como diabetes ou insuficiência renal).
Os valores da pressão arterial seguem a seguinte classificação:
- Pressão arterial normal: valores menores ou iguais a 120/80 mmHg;
- Pré-hipertensão: valores entre 121/81 – 139/89 mmHg;
- Hipertensão grau I: valores entre 140/90 – 159/99 mmHg;
- Hipertensão grau II: valores iguais ou maiores que 160/100 mmHg.
A pressão alta constitui um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. É responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral, 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o diabetes, 50% dos casos de insuficiência renal terminal.
1. Meça a pressão pelo menos uma vez por ano; 2. Pratique atividades físicas todos os dias, ou pelo menos 40 minutos, cinco vezes na semana; 3. Mantenha o peso ideal, evite a obesidade; 4. Adote alimentação saudável: pouco sal, evite comidas gordurosas ou frituras e dê preferência a frutas, verduras e legumes; 5. Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba; 6. Pare de fumar; 7. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda. Faça-o corretamente, nos horários certos; 8. Sempre siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde; 9. Durma oito horas todas as noites, verifique se a qualidade do seu sono é boa; 10. Evite o estresse. Reserve tempo para a família, os amigos e o lazer. Garanta pelo menos uma hora por dia, todos os dias, para fazer algo que realmente gosta.
Em caso de suspeita de hipertensão arterial, um médico, preferencialmente um cardiologista, deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, se esse é o diagnóstico correto, além de orientar e prescrever o melhor tratamento, para cada caso.
O infarto é causado pela interrupção do fluxo de sangue para o coração. A sua principal causa é a obstrução das artérias coronárias, responsáveis pela irrigação do órgão. Essa obstrução é provocada na maioria das vezes por placas de gordura que se formam na parede da artéria.
Em outros casos, a obstrução do vaso sanguíneo é provocada por trombos (coágulos de sangue presentes na circulação sanguínea).
Quando, por alguma razão, o interior desses vasos fica mais estreito, dificultando a passagem do sangue, o fluxo de oxigênio para o miocárdio fica prejudicado, provocando danos ou morte de uma parte do músculo. É o chamado infarto agudo do miocárdio.
Como consequência, o coração torna-se incapaz de bombear adequadamente o sangue, a pressão arterial cai acentuadamente e a pessoa pode perder a consciência. Sem tratamento rápido e especializado, o infarto pode ser fatal.
Quais são os fatores de risco para ter um infarto?Os principais fatores de risco para ter um ataque cardíaco incluem:
- Tabagismo;
- Colesterol alto;
- Obesidade;
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Sedentarismo e
- Estresse.
O hábito de fumar aumenta em até 5 vezes o risco de infarto. Isso porque a nicotina provoca uma contração dos vasos sanguíneos, reduzindo assim o calibre dos mesmos e causando lesões na parede interna das artérias.
Como prevenir um infarto?Para reduzir as chances de infarto, deve-se eliminar ou diminuir os fatores de risco, ou seja, não fumar, controlar o peso, a pressão arterial, o diabetes e o colesterol, diminuir o estresse e praticar atividade física regularmente.
Quais são os sintomas de um infarto?Os principais sintomas de infarto incluem dor no peito (por vezes forte, com duração de mais de 20 minutos), falta de ar, transpiração excessiva, palidez e alteração dos batimentos cardíacos.
Muitas vezes a dor pode irradiar para o braço esquerdo, costas e mandíbula, embora pessoas com comorbidades como a diabetes, podem não apresentar qualquer sintoma.
Em caso de ataque cardíaco, quanto mais cedo a pessoa receber um tratamento adequado, menos danos serão causados ao músculo cardíaco e menores serão as sequelas.
Leia também: Suspeita de infarto: o que fazer?
AIDS ( do inglês: Acquired Immuno Deficiency Syndrome, SIDA = Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença que acomete o sistema imunológico, causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana).
A AIDS pode ser definida como um conjunto de sintomas e infecções que surgem devido aos danos causados ao sistema imunológico pelo HIV, que tem como principal alvo os linfócitos T-CD4, células fundamentais para as defesas do organismo.
Quando o número dessas células diminui, o sistema imunológico fica fraco e não consegue combater infecções simples e proteger completamente o organismo. Então, algumas doenças oportunistas se instalam reduzindo ainda mais o potencial do sistema imunológico.
Os sintomas iniciais da AIDS são:
- Febre entre 38º e 40ºC;
- Dor de cabeça, dor nas articulações;
- Aumento de gânglios (ínguas) principalmente na região do pescoço, atrás das orelhas e axilas;
- Tosse e dor de garganta;
- Náusea, diarreia, diminuição do apetite, perda de peso (em média 5Kg);
- Cansaço;
- Vermelhidão na pele.
Com a progressão da doença e o comprometimento do sistema imunológico, começam a aparecer doenças oportunistas como:
- Tuberculose;
- Pneumonia;
- Alguns tipos de câncer;
- Candidíase;
- Infecções do sistema nervoso (toxoplasmose, meningites).
Apesar de não existir um tratamento especifico para a AIDS capaz de eliminar o vírus do organismo, há vários medicamentos que mantêm a doença sob controle e assim, o paciente pode manter sua qualidade de vida.
O tratamento da AIDS é da responsabilidade do/a médico/a infectologista.
A cervicite (inflamação do colo do útero) é assintomática (não tem sintomas) em 70 a 80% dos casos, mas a mulher pode apresentar os seguintes sintomas:
- Corrimento vaginal purulento (branco ou amarelado);
- Dispareunia (dor nas relações sexuais);
- Disúria (dor ou ardência ao urinar);
- Perda de sangue após as relações sexuais;
- Febre, ocasionalmente.
O tratamento para cervicite aguda é feito com antibióticos voltados ao agente causador, caso a caso. Uma cervicite prolongada, sem o tratamento adequado, pode-se estender ao endométrio e às tubas uterinas, causando Doença Inflamatória Pélvica (DIP), sendo a esterilidade, a gravidez ectópica e a dor pélvica crônica as principais sequelas.
Em caso de suspeita de cervicite, um médico ginecologista deverá ser consultado. Ele fará exames que permitirão dizer se você tem ou não a doença, qual o agente causador e qual o tratamento ideal, caso a caso.
Quando a pressão está 10x8 e existem sintomas pode significar que está baixa. No entanto, ter a pressão 10x8 também pode ser completamente normal para algumas pessoas, especialmente se não for acompanhada de nenhum outro sintoma.
Alguns sintomas que podem indicar pressão baixa são:
- Tontura;
- Sensação de fraqueza;
- Sonolência;
- Visão escurecida ou turva.
É mais comum ter pressão baixa quando são usados medicamentos para diminuir a pressão ou para alguns tipos de problemas cardíacos. Situações em que há sintomas ou a pressão fica muito baixa aumentam o risco de desmaios e quedas.
A pressão pode ficar baixa também após as refeições, ao se levantar após se abaixar ou depois de muito tempo deitado, por exemplo. Nesses casos, é comum que a pressão volte ao normal após alguns minutos.
Se apresenta pressão 10x8 frequentemente e tem sintomas, consulte um médico de família ou cardiologista para saber o que pode estar causando essa alteração. O médico pode indicar que beba mais água ou pode alterar a dose de medicamentos para o tratamento de hipertensão, caso esteja utilizando.
Leia também:
Referências:
Luciano GL, Brennan MJ, Rothberg MB. Postprandial hypotension. Am J Med. 2010 Mar;123(3):281.e1-6.
Cautela J, Tartiere JM, Cohen-Solal A, Bellemain-Appaix A, Theron A, Tibi T, Januzzi Jr JL, Roubille F, Girerd N. Management of low blood pressure in ambulatory heart failure with reduced ejection fraction patients. European Journal of Heart Failure. 2020; 22: 1357–65
Os sintomas da trombose venosa profunda (TVP) dependem do tamanho do trombo e do grau de obstrução da veia acometida. Como se tratam de veias profundas, mais afastadas da pele, é perfeitamente possível a pessoa ter trombose e não apresentar sintomas. Contudo, uma perna que de repente começa a doer e fica mais inchada que a outra é sempre um sinal que deve levantar suspeita de TVP.
Quando o trombo é grande o suficiente para comprometer o fluxo sanguíneo na veia, os sinais e sintomas da trombose venosa profunda podem incluir:
- Inchaço;
- Dor local. No caso de trombose na perna, a dor ocorre quando a pessoa está em pé, andando ou em repouso. Também é comum haver dor durante a palpação do trajeto da veia acometida;
- Sensação de peso na perna afetada;
- Aumento da temperatura local;
- Dilatação das veias superficiais;
- Vermelhidão do membro acometido;
- Rigidez da musculatura na região em que se formou o trombo;
- Palidez ou escurecimento da pele;
- Endurecimento do tecido subcutâneo.
Na fase inicial, as principais complicações da TVP são a embolia pulmonar (caso o trombo chegue ao pulmão), com elevada taxa de mortalidade, e a gangrena, que pode levar à amputação do membro.
Numa fase posterior, a trombose venosa profunda pode causar síndrome pós-flebítica, que caracteriza-se por dermatite pigmentada (inflamação e hemorragia dos capilares superficiais da pele), lipodermoesclerose (fibrose e endurecimento da pele), inchaço durante a tarde, varizes nas pernas e ferida aberta ou cicatrizada.
O que é trombose venosa profunda?A TVP é um distúrbio vascular causado pela formação de um coágulo de sangue (trombo) que diminui ou interrompe a circulação sanguínea. A trombose venosa profunda, como o próprio nome sugere, ocorre em veias profundas, principalmente na perna.
Quais os fatores de risco da trombose venosa profunda?Os principais fatores de risco para desenvolver TVP são: idade avançada, tabagismo, permanecer na posição sentada durante várias horas, gestação, pós-parto, estar acamado(a), cirurgias, imobilização por fratura, uso de pílula anticoncepcional, terapia hormonal, obesidade, varizes nos membros inferiores, câncer, traumatismos e estados de coagulação excessiva do sangue.
Como é feito o diagnóstico da trombose venosa profunda?O diagnóstico da TVP geralmente é feito através de ultrassonografia com doppler das veias dos membros inferiores. Outros exames também podem ser usados, como a angiorressonância magnética ou a angiotomografia computadorizada.
Qual é o tratamento para trombose venosa profunda?O tratamento da trombose venosa profunda pode ser feito através de repouso e elevação do membro afetado, deambulação com uso de meia elástica apropriada, uso de medicamentos anticoagulantes orais, fibrinólise (destruição do coágulo sanguíneo) e, raramente, cirurgia.
A grande maioria dos casos de TVP são tratados sem necessidade de internamento, exceto em casos muito específicos de trombose venosa profunda.
Em geral, o uso de anticoagulante (normalmente varfarina ou heparina) é mantido durante pelo menos 6 meses, bem como o acompanhamento médico especializado e regular. O controle da localização do trombo e da evolução do quadro é feito através de ultrassonografias periódicas.
O principal objetivo do tratamento da TVP é diminuir o risco de embolia pulmonar e gangrena. Por isso, o tratamento precoce é muito importante para prevenir complicações que podem ser fatais.
Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico clínico geral, médico de família ou angiologista deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o diagnóstico correto, orientar e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
Para saber mais, você pode ler:
Quais os sintomas de trombose na perna?
Referência
Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Trombose Venosa Profunda: diagnóstico e tratamento. SBACV, 2018.
Sim, hérnia de hiato pode causar boca amarga e mau hálito devido ao refluxo dos ácidos estomacais e do conteúdo alimentar (refluxo gastroesofágico).
Os sintomas da hérnia de hiato são, na realidade, provocados pela doença do refluxo, um problema muito comum em pacientes com hérnia hiatal. Dentre os principais estão:
- Azia persistente (sensação de queimação no esôfago, sentida desde a porção superior do abdômen até à garganta);
- Regurgitação de ácido e restos de alimentos;
- Dificuldade para engolir;
- Gosto amargo na boca;
- Mau hálito.
Outros sintomas menos frequentes são:
- Irritação na garganta;
- Tosse crônica;
- Rouquidão;
- Sensação de engasgo noturno.
É importante lembrar que o refluxo gastroesofágico pode ocorrer mesmo sem hérnia de hiato, embora esta seja uma das suas principais causas.
A hérnia de hiato é o deslocamento do estômago para o tórax através do hiato esofágico, um orifício que permite a passagem do esôfago do tórax para o abdômen.
Quando o refluxo é pequeno, o tratamento da hérnia de hiato pode ser clínico, através de dieta adequada, orientação postural e medicamentos específicos. Se o refluxo for intenso ou se não houver resposta ao tratamento clínico, opta-se pela cirurgia.
O diagnóstico e o tratamento da hérnia de hiato é da responsabilidade do médico gastroenterologista.
Leia também:
Normalmente a hepatite A não manifesta sintomas, especialmente nas crianças. Nos adultos, ela pode passar despercebida como um resfriado leve.
Quando presentes, os sintomas da hepatite A podem incluir: náuseas, vômitos, febre, tontura, dor abdominal, dor de cabeça, dores musculares e articulares, falta de apetite, cansaço, coceira na pele, diarreia com fezes claras, urina escura e icterícia (pele e olhos amarelados).
A hepatite A é uma doença autolimitada, de caráter benigno, em que a pessoa se recupera em casa sem necessidade de internamento hospitalar. Menos de 1% dos casos pode evoluir para hepatite fulminante, exceto em pessoas idosas, acima de 65 anos, que apresentam mais chances de desenvolver formas mais graves da doença.
Leia também: Tenho a pele amarela desde que nasci. Posso ter hepatite?
Indivíduos que já tiveram hepatite A ficam imunes à doença, mas continuam suscetíveis às outras formas de hepatites.
O que é hepatite A e como ocorre a transmissão?A hepatite A é uma doença hepática causada pelo vírus Hepatite A. A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa não infectada e não vacinada ingere alguma bebida ou comida contaminada pelas fezes de uma pessoa infectada pelo vírus. A doença está relacionada com saneamento básico deficiente, falta de água potável e má higiene pessoal. Outros fatores de risco incluem o uso de drogas injetáveis e relações sexuais com pessoa apresentando infecção aguda pelo vírus da Hepatite A.
Qual é o tratamento para hepatite A?A hepatite A não possui um tratamento específico. O tratamento da doença baseia-se em cuidados como permanecer em repouso, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não tomar medicamentos que podem interferir no fígado.
Em caso de sintomas de hepatite A, consulte o/a médico/a de família ou clínico/a geral.