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Osteoporose tem cura? Qual o tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Depende. A osteoporose pode ter cura se for causada por doenças tratáveis. Quando for decorrente do envelhecimento natural, ou pós menopausa, a osteoporose já estabelecida não pode ser revertida, mas existem métodos para controle e retardo na evolução da doença.

A melhor forma de tratamento, na verdade, é a prevenção.

O tratamento para a osteoporose já estabelecida, consiste em:

  • Uso de medicamentos, tanto para interromper a absorção do material ósseo, quanto para estimular a formação de massa óssea, sendo a base principal do tratamento;
  • Realização de atividade física supervisionada por educador físico ou fisioterapeuta regularmente;
  • Alimentação adequada, com aumento do consumo de cálcio;
  • Suplementação, quando necessário, com cálcio, na forma de carbonato ou citrato de cálcio, bem como de vitamina D3.

Os medicamentos usados para tratar a osteoporose incluem bifosfonatos, como alendronato e risedronato, ou outras medicações, como raloxifeno, ranelato de estrôncio ou teriparatida.

Contudo, vale ressaltar a importância dos suplementos de cálcio e vitamina D no tratamento da osteoporose, principalmente quando a pessoa não consome a quantidade necessária de cálcio através da alimentação.

O tratamento da osteoporose pode incluir ainda a terapia de reposição hormonal, conforme indicação médica, que reduz muito o risco de fraturas, embora seja preciso a avaliação dos  riscos e benefícios para cada caso.

O que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela redução da massa óssea e pela deterioração do osso, o que aumento o risco de fraturas. Essas fraturas decorrentes da osteoporose afetam sobretudo as mulheres após a menopausa e os idosos, mas também acometem os homens. 

O osso comprometido por osteoporose se torna frágil, possibilitando fraturas por situações simples, como pequenos traumatismos, muitas vezes por quedas da própria altura. 

Quais são as causas da osteoporose?

A osteoporose é mais comum em mulheres após a menopausa e em homens e mulheres com mais de 65 anos. Contudo, existem fatores de risco que aumentam as chances da pessoa desenvolver a doença.

Dentre os fatores de risco estão:

  • Ser mulher;
  • Idade superior a 65 anos;
  • Baixa estatura;
  • Raça branca;
  • Magreza excessiva;
  • Dieta pobre em cálcio;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Tabagismo;
  • Sedentarismo;
  • Hipertireoidismo;
  • Consumo de certos medicamentos, como cortisona;
  • Imobilização prolongada;
  • Menopausa precoce.
Quais são os sintomas da osteoporose?

Em geral, a osteoporose não apresenta sintomas, até a ocorrência de fraturas devido a traumatismos leves, principalmente nas vértebras, no quadril e no punho.

Em alguns casos, a osteoporose pode se manifestar pelo aparecimento de alterações no corpo, como a perda de mais de 2,5 cm de altura e o aparecimento de “corcunda”.

A osteoporose também pode se manifestar com fortes dores nas costas, que começam de forma súbita e inexplicável.

Como é feito o diagnóstico da osteoporose?

O exame de densitometria óssea é o exame padrão-ouro para diagnosticar a osteoporose, pois permite avaliar a densidade de mineral no osso. O exame não causa dor, é rápido e a dose de radiação usada é bem mais baixa que a usada num raio-x de tórax, por exemplo.

A densitometria óssea é indicada para mulheres a partir dos 65 anos e homens após os 70 anos de idade. Quando há fatores de risco envolvidos, o exame é indicado para homens e mulheres a partir dos 50 anos de idade.

Como prevenir a osteoporose?

É importante fazer a prevenção da osteoporose desde a infância, pois a quantidade de massa óssea tem seu pico estabelecido entre os 20-30 anos, idade a partir da qual a quantidade de massa óssea só diminui com o tempo. 

Para isso, é essencial fazer 3 coisas muito importantes:

  1. Ingerir cálcio (através de leite e derivados);
  2. Tomar sol para fixar a vitamina D no organismo (10 a 15 minutos no horário do almoço, sem protetor solar, 3x por semana);
  3. Fazer exercícios físicos regularmente.

O tratamento da osteoporose é da responsabilidade do médico reumatologista, ortopedista e ginecologista, no caso das mulheres.

Saiba mais em: 

Anticoncepcional pode enfraquecer os ossos?

O que é teratoma?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

O teratoma é um tumor de células germinativas (células embrionárias), que são as células de um feto em desenvolvimento. Posteriormente, vão alcançar um órgão e, sendo estimuladas, desenvolvem-se de forma específica em cada um deles.

Na maioria das vezes são tumores benignos, em torno de 90% dos casos. Quando evoluem para malignidade, passam a ser chamados, teratocarcinomas.

Geralmente se desenvolvem no cóccix (teratoma sacrococcígeo), nos ovários e nos testículos, podendo também ser encontrados no abdômen, mediastino (região entre o peito e a coluna), sistema nervoso central e pelve.

Entretanto como as células germinativas são células indiferenciadas, ou seja, podem se transformar em qualquer tipo de tecido, um teratoma pode ter no seu interior ossos, cabelos, dentes, unhas, glândulas sudoríparas, entre muitos outros tecidos.

Assim, um agrupamento ou uma proliferação anormal de células germinativas dão origem aos teratomas. O teratoma de ovário ou cisto dermoide ovariano é o tipo de teratoma mais comum.

O que é teratoma sacrococcígeo?

Teratoma sacrococcígeo é um tumor, geralmente benigno, que pode surgir na região do osso cóccix, localizado na extremidade inferior da coluna vertebral, entre as nádegas. O teratoma sacrococcígeo é um cisto dermoide. Trata-se do tumor de células germinativas mais comum em bebês.

O que é teratoma maduro?

O teratoma maduro é o teratoma de ovário mais comum. Também chamado de cisto dermoide ovariano, o teratoma maduro é benigno e geralmente surge em mulheres na idade fértil. Pode conter ossos, cabelos, dentes, entre outros tecidos no seu interior.

Saiba mais em: Quem tem teratoma no ovário pode engravidar?

O que é teratoma imaturo?

O teratoma imaturo é um tumor maligno, mais comum em mulheres com menos de 18 anos de idade. Esse tumor representa um tipo mais raro de câncer, formado por células de tecidos embrionários ou fetais.

Quais os sintomas do teratoma?

O teratoma caracteriza-se pela presença de uma massa, detectada através da palpação, observação ou exames de imagem. O teratoma também provoca um aumento dos níveis de alfa-fetoproteína e beta-gonadotrofina coriônica no sangue.

Quando está localizado no final da coluna vertebral, pode causar prisão de ventre, incontinência urinária ou fecal e fraqueza nos membros inferiores, devido a compressão realizada nas estruturas vizinhas.

As complicações que o teratoma pode causar dependem da localização e do tamanho do teratoma. Algumas possíveis complicações incluem:

  • Torção do pedículo vascular (vaso sanguíneo do ovário);
  • Infarto hemorrágico;
  • Ruptura do tumor dentro do abdômen, causando peritonite (infecção abdominal generalizada).
Como é feito o diagnóstico do teratoma?

O diagnóstico do teratoma é feito através de exame de sangue (hemograma completo), avaliação dos aspectos bioquímicos do sangue, testes genéticos e exames de imagem, como a tomografia computadorizada, ressonância magnética, raio-x e ultrassom.

A confirmação do diagnóstico é realizada por biópsia, que consiste na retirada de uma amostra de tecido do tumor para ser analisada ao microscópio.

Qual é o tratamento para teratoma?

Para todos os casos de teratoma, o tratamento definitivo deve ser a ressecção cirúrgica do tumor e, quando necessário, tratamentos complementares como radioterapia ou quimioterapia, nos casos de teratoma maligno. Se não for completamente retirado ou se o teratoma for maligno, o tumor pode voltar a aparecer.

Tratamento do teratoma sacrococcígeo

Na maioria das vezes, o tumor é operado somente depois do nascimento. Porém, há casos em que o teratoma sacrococcígeo pode crescer muito rápido e atingir o mesmo peso do feto.

Nessas situações, o coração do feto pode ficar sobrecarregado, pois precisa bombear sangue para o seu corpo e também para o tumor. Existe tratamento específico a laser para esse problema, que diminui a sobrecarga cardíaca do bebê.

Quando o teratoma é grande, pode ser necessário abri-lo e deixá-lo aberto, para ir se fechando aos poucos, sem pontos. Esse procedimento cirúrgico é indicado quando o teratoma está inflamado ou infeccionado. Se não houver sinais de infecção ou inflamação, o tumor é retirado e o local é fechado com pontos.

Porém, na maioria dos casos em que o teratoma está infeccionado, realiza-se primeiro o tratamento com antibióticos e só depois é feita a cirurgia.

Muitas vezes, pode ser necessário retirar também o cóccix para evitar a recidiva do tumor.

O/A médico/a responsável pelo tratamento do teratoma vai depender da localização da lesão. Porém, nos casos de malignidade, deve ser acompanhado pelo/a oncologista.

Quais as causas e os sintomas da Doença de Alzheimer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

As causas da doença de Alzheimer ainda não foram totalmente definidas, embora estudos consistentes apontem para uma associação entre os fatores genéticos, ambientais e estilo de vida, pesquisas atuais buscam outras causas.

Alguns grupos apontam o acúmulo de proteínas beta amiloide e proteína TAU no cérebro, como provável causa da doença, pois acredita-se que as proteínas sejam tóxicas para as células cerebrais (neurônios), causando após um tempo, a morte dos neurônios, atrofia cerebral e consequentemente a doença demencial.

Outros fatores de risco ou possíveis causas são episódios de traumatismo craniano, hipertensão arterial mau controlada por muitos anos e o colesterol elevado. Mas esses estudos ainda são bem recentes, com pouca base científica.

Sintomas da doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer apresenta 3 sintomas básicos:

1. Perda da memória; afetando primeiramente a memória de fatos recentes. A pessoa não se lembra o que comeu no dia anterior, onde deixou objetos, recados, o dia do mês, entre outros episódios recentes. As memórias mais antigas ficam preservadas, mas também acabam por ser perdidas com a evolução da doença;

2. Alterações da capacidade intelectual, incluindo dificuldades com raciocínio lógico, linguagem, escrita, organização do pensamento, interpretação dos estímulos visuais, planejar e realizar tarefas complexas;

3. Alterações de comportamento, como perda da inibição, desconfiança sem razão, manias de perseguição, agitação e mais raramente, alucinações visuais ou auditivas.

Todos esses sinais e sintomas da doença progridem, até que a pessoa perde completamente a sua autonomia, necessitando de ajuda para realizar tarefas simples que antes executava facilmente, como se vestir ou se lavar, por exemplo.

Alzheimer e demência

A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo. Uma doença neurodegenerativa, de evolução lenta e progressiva, que se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas relacionados à deterioração das capacidades intelectuais do paciente.

A doença atinge mais os idosos, preferencialmente acima dos 65 anos, o que favorece na demora do diagnóstico, que muitas vezes nos estágios iniciais, se confunde com “coisas normais da idade”.

Com o decorrer da doença, os pacientes perdem a capacidade de raciocínio, julgamento e memória, o que os torna dependentes de apoio em suas atividades de vida diárias básicas.

É importante salientar que pequenos esquecimentos são comuns e ocorrem com todas as pessoas, especialmente em períodos de maior estresse ou cansaço. Todavia, quando os lapsos de memória começam a ocorrer com maior frequência e são importantes, como esquecer o próprio endereço, se perder perto de casa, guardar objetos em locais impróprios ou esquecer nomes de pessoas próximas, pode ser um sinal de alerta para a doença.

Doença de Alzheimer tem cura? Qual é o tratamento?

A doença de Alzheimer não tem cura. O objetivo do tratamento é retardar a sua evolução natural, e manter as capacidade intelectuais da pessoa durante o maior tempo possível. Quanto mais cedo o Alzheimer for diagnosticado e o tratamento iniciado, melhores serão os resultados.

O tratamento se baseia no uso de medicamentos específicos que diminuem os sintomas da doença, estabiliza o comportamento e pode auxiliar na realização das tarefas do dia-a-dia, em alguns casos.

Os medicamentos mais usados são a rivastigmina®, donepezila®, memantina® e galantamina®, os quais podem ser prescritos sozinhos ou em conjunto. Mantendo o acompanhamento médico, para que o tratamento possa ser avaliado e atualizado para maior eficácia.

Alzheimer e associações

Importante sinalizar também aos pacientes e familiares de portadores de Alzheimer, que além de sua equipe médica, podem contar com grandes e consolidadas associações, como por exemplo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer), a qual disponibiliza atendimento e orientações diversas sobre o tema. Desde ajuda quanto a necessidades pessoais, troca de experiências, informativos atualizados constantemente, busca de tratamento multidisciplinar, estudos novos, até na defesa dos seus direitos.

O/a especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da doença de Alzheimer é o/a médico/a neurologista.

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Quais os fatores de risco para a doença de Alzheimer?

Como é feito o diagnóstico da doença de Alzheimer?

Gases durante a gravidez prejudica o bebê?
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Dr. Marcelo Scarpari Dutra Rodrigues
Médico

Gases durante a gravidez não prejudicam o bebê. O aumento dos gases intestinais é um sintoma normal da gestação, experimentado por muitas mulheres, especialmente nas primeiras semanas de gravidez. Há aumento na necessidade de arrotar e de soltar flatos (puns).

Acompanhe sua gestação sempre com um ginecologista (pré-natal) e relate todo e qualquer sintoma que estiver sentindo. Ele poderá lhe prescrever um tratamento para estes sintomas ou referir uma nutricionista que lhe fará uma dieta que possa diminuir o excesso de gases.

Transtornos mentais: Como identificar e tratar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Entre os transtornos mentais mais comuns estão a depressão, o transtorno da ansiedade generalizada, o stress pós-traumático, a síndrome do pânico, a esquizofrenia e as psicoses.

Os transtornos de personalidade, como paranoide, esquizoide, antissocial, borderline, entre outros, não são propriamente considerados transtornos mentais. Contudo, a presença de alguns deles pode aumentar a predisposição para certos transtornos mentais.

Depressão

É o transtorno mental mais comum, juntamente com a ansiedade. A depressão caracteriza-se por uma tristeza muito forte, profunda e persistente, que pode ser paralisante nos casos mais graves.

A pessoa apresenta falta de interesse e perde o prazer em fazer as coisas, mesmo que sejam atividades que goste de fazer.

A apatia, a sensação de vazio, o desânimo, a falta de energia e esperança, além dos pensamentos negativos e do pessimismo, também são sintomas frequentes desse tipo de transtorno mental.

O tratamento da depressão inclui o uso de medicamentos antidepressivos, psicoterapia e mudanças no estilo de vida.

Transtorno da ansiedade generalizada

Pessoas com transtorno de ansiedade generalizada apresentam uma preocupação intensa e difícil de controlar. A ansiedade é excessiva e não corresponde à realidade, causando sofrimento intenso.

Os sinais e sintomas desse transtorno mental podem ser físicos e psicológicos, tais como angústia, medo, agitação, irritabilidade, aumento da frequência cardíaca, transpiração, falta de ar, entre outros.

Para que seja diagnosticado como transtorno de ansiedade generalizada, a duração dos sintomas deve ser superior a 6 meses. O tratamento antidepressivos associados à psicoterapia.

Veja também: Quais são os sintomas do transtorno de ansiedade generalizada?; Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

Stress pós-traumático

O stress pós-traumático surge após um acontecimento violento ou um trauma extremo, geralmente associado a situações que tenham colocado a vida da pessoa ou de outros em risco. Trata-se de um transtorno de ansiedade, portanto, com sinais e sintomas semelhantes.

Contudo, no stress pós-traumático, os sintomas normalmente se manifestam em momentos em que o indivíduo pensa que pode voltar a viver novamente a experiência traumática.

O tratamento desse transtorno psicológico é difícil. A terapia consiste em medicamentos psiquiátricos, principalmente antidepressivos, e psicoterapia.

Saiba mais em: Transtorno de ansiedade generalizada tem cura? Qual é o tratamento?

Síndrome do pânico

A síndrome do pânico é um transtorno mental que provoca crises agudas de forte ansiedade, como se alguma tragédia ou catástrofe pudesse acontecer à pessoa a qualquer momento. Os ataques ocorrem repentinamente e de forma inesperada, podendo durar de 15 a 30 minutos.

Os sintomas podem incluir aumento da frequência cardíaca e respiratória, falta de ar, boca seca, tremores, náuseas, transpiração excessiva, tonturas, medo de morrer, desespero, sensação de tragédia iminente, vômitos e desmaios.

Veja também: O que é síndrome do pânico?

O tratamento da síndrome do pânico é feito com medicamentos antidepressivos, associados à psicoterapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental.

Leia também: Síndrome do pânico tem cura? Qual é o tratamento?

Esquizofrenia

Esse tipo de transtorno mental caracteriza-se por crises de psicoses com vários sintomas, principalmente delírios e alucinações.

As crises vêm e vão, com manifestações que podem incluir ainda discurso desorganizado, comportamento muito desorganizado, indiferença, falta de afetividade, motivação e concentração, excesso de desconfiança, alterações na coordenação motora, entre outras.

O tratamento da esquizofrenia é feito com medicamentos, psicoterapia, orientações para os familiares.

Leia também: Diferenças entre Esquizofrenia e Depressão

O médico psiquiatra é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento dos transtornos mentais.

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Quais são os tipos de transtornos mentais?

Quais os tipos de transtorno de personalidade e suas características?

Qual devo tomar: nimesulida ou ibuprofeno?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A escolha entre nimesulida e ibuprofeno depende das características da pessoa que vai tomar o medicamento. Por exemplo:

  • Para crianças entre 2 e 12 anos: a nimesulida é contra-indicada, mas o ibuprofeno pode ser usado. O ibuprofeno pode ser usado, inclusive, em bebês acima de 6 meses, mas somente com indicação médica;

  • Quando a pessoa utiliza outros medicamentos: apesar de interagirem com muitos medicamentos em comum, existem algumas interações perigosas que fazem um medicamento ser preferido ao outro. Um exemplo é evitar o uso da nimesulida com levofloxacino, norfloxacino ou ofloxacino, pois aumenta o risco de convulsão.

Por isso, se precisar fazer tratamento com nimesulida ou ibuprofeno, o ideal é consultar um médico para saber qual é o mais seguro no seu caso.

No caso da nimesulida, ela pode ser usada 1 ou 2 vezes ao dia. O ibuprofeno é indicado de 3 a 4 vezes ao dia.

Tanto a nimesulida quanto o ibuprofeno são anti-inflamatórios, analgésicos (indicados para dores leves a moderadas) e antitérmicos. Não devem ser usados juntos, devido ao risco de sangramentos e problemas de estômago, fígado ou rins.

O uso da nimesulida e do ibuprofeno não é indicado durante a gravidez ou amamentação (excepto se indicado por um médico ou dentista).

Saiba mais sobre anti-inflamatórios em:

Referências:

Nimesulida. Bula do medicamento.

Ibuprofeno. Bula do medicamento.

Pressão 10x7: é normal ou baixa?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A pressão 10x7 se for acompanhada de sintomas pode ser considerada baixa. No entanto, se não causar sintomas e se for habitual, também pode ser considerada normal.

Uma situação bastante comum é a diminuição da pressão ao levantar-se após acordar/estar deitado ou ao abaixar para pegar algo do chão. Isso se chama hipotensão ortostática ou postural e pode causar tonturas e alterações da visão ao levantar rapidamente. Essa é uma situação completamente normal e que passa em alguns segundos.

Outra situação é os sintomas persistirem durante o dia. É provável que isso se deva ao fato da pressão permanecer baixa. Nesses casos, os sintomas são:

  • Tonturas;
  • Sensação de fraqueza;
  • Visão turva ou escurecida.

Se identificar que tem pressão 10x7 e que apresenta este tipo de sintomas ao longo do dia, é recomendo procurar o médico de família, um clínico geral ou um cardiologista para investigar o que pode estar causando o problema.

Você pode querer ler também:

Referências:

Thompson AD, Shea MJ. Hipotensão ortostática. Manuais MSD Edição para Profissionais.

Coutaz M, Iglesias K, Morisod J. Is there a risk of orthostatic hypotension associated with antihypertensive therapy in geriatric inpatients? European Geriatric Medicine. 2012; 3(1): 1-4.

Quais os sintomas da menopausa precoce?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O primeiro sintoma da menopausa precoce é a menstruação irregular antes dos 40 anos de idade, com ciclos menstruais mais curtos ou mais longos, ou ainda ausência de menstruação. Depois, os sinais e sintomas são os mesmos da menopausa natural, podendo incluir ondas de calor, transpiração noturna, insônia, irritabilidade, alterações de humor, falta de concentração, diminuição da libido, dor durante as relações e secura vaginal. Há casos em que a mulher perde o interesse pelas coisas e pode até entrar em depressão.

A menopausa precoce, também conhecida como falência ovariana prematura, além de impedir a gravidez, pode aumentar as chances de doenças cardiovasculares, como derrame (AVC) e infarto, bem como aumentar o risco de osteoporose e envelhecimento precoce.

Essas complicações da menopausa precoce são devidas à diminuição da produção dos hormônios femininos estrógeno e progesterona, que tem ação protetora sobre os ossos e o sistema cardiovascular.

O diagnóstico da menopausa precoce é confirmado por exames de dosagem hormonal que pode ser realizada semanalmente. O ultrassom também pode ser necessário para analisar o tamanho dos ovários, que ficam menores.

Quais as possíveis complicações da menopausa precoce?

Como a falência ovariana prematura diminui os níveis de alguns hormônios, a menopausa precoce pode causar:

Ansiedade e depressão: alterações hormonais causadas por falência ovariana prematura podem contribuir para a ansiedade ou causar depressão;

Síndrome do olho seco e doença da superfície ocular: Algumas mulheres com menopausa precoce têm algum desses problemas oculares. Ambos podem causar desconforto e visão turva. Se não forem tratadas, essas condições podem causar danos permanentes nos olhos.

Doença cardíaca: níveis mais baixos de estrógeno podem afetar os músculos ao redor das artérias e aumentar o acúmulo de colesterol na parede dos vasos. Esses fatores aumentam o risco de aterosclerose (endurecimento das artérias).

Infertilidade: ocorre devido ao mau funcionamento dos ovários, que não produzem óvulos adequadamente.

Hipotireoidismo: A tireoide é uma glândula que produz hormônios que controlam o metabolismo e o nível de energia do corpo. Baixos níveis de hormônios da tireoide podem afetar o metabolismo e causar falta de energia, lentidão mental, entre outros sintomas.

Osteoporose: O hormônio estrógeno ajuda a manter ossos fortes. Sem estrogênio suficiente, mulheres com menopausa precoce tem um risco maior de desenvolver osteoporose, uma doença óssea que deixa os ossos fracos e frágeis, aumentando o risco de fraturas.

O que é a menopausa precoce?

A menopausa precoce ocorre quando os ovários da mulher param de funcionar normalmente antes dos 40 anos de idade. Como resultado, a mulher deixa de menstruar e não pode mais engravidar. Nas mulheres com falência ovariana prematura, a infertilidade e os períodos irregulares têm início antes dos 40 anos. Às vezes, podem começar mesmo na adolescência.

Quais as causas da menopausa precoce? Cirurgia de retirada dos ovários

A remoção de ambos os ovários faz com que a menopausa ocorra imediatamente. Se a mulher tiver 50 anos ou menos, pode-se tentar deixar um ovário ou parte dele, se possível, o que pode impedir a menopausa precoce.

Quimioterapia

Alguns tipos de quimioterapia podem danificar os ovários e causar menopausa precoce. A menopausa pode ocorrer imediatamente ou meses após o tratamento.

O risco de menopausa precoce devido à quimioterapia depende do tipo e da quantidade do medicamento quimioterápico utilizado. Além disso, quanto mais jovem for a mulher, menor é a probabilidade dela ter menopausa precoce por causa da quimioterapia.

Radioterapia

Receber radioterapia na região pélvica também pode danificar os ovários. Em alguns casos, os ovários podem curar-se e começar a funcionar novamente. Porém, se a mulher receber grandes doses de radiação, o dano pode ser permanente.

Terapia hormonal

A terapia hormonal usada para tratar câncer de mama e de útero pode causar menopausa precoce.

Outras causas de menopausa precoce
  • Hipotireoidismo autoimune;
  • Lúpus eritematoso sistêmico;
  • Insuficiência renal;
  • Endometriose;
  • Tabagismo.

Porém, cerca de 90% dos casos de menopausa precoce não tem uma causa exata conhecida. Pesquisas demonstraram que a falência ovariana prematura está relacionada a problemas nos folículos. Os folículos são pequenos sacos nos ovários, onde os óvulos crescem e amadurecem. Os problemas nos folículos ovarianos surgem quando eles param de funcionar mais cedo do que o normal ou não funcionam adequadamente.

Na maioria dos casos, a causa do problema folicular é desconhecida. No entanto, às vezes pode ser causado por:

  • Doenças genéticas como a síndrome do X frágil e a síndrome de Turner;
  • Pequena quantidade de folículos;
  • Doenças autoimunes, incluindo tireoidite e doença de Addison;
  • Quimioterapia ou radioterapia;
  • Distúrbios metabólicos;
  • Toxinas, como fumaça de cigarro, produtos químicos e pesticidas.
Quais os fatores de risco da menopausa precoce?

Certos fatores podem aumentar o risco de uma mulher ter menopausa precoce, tais como:

História familiar: mulheres que têm mãe ou irmã com falência ovariana prematura têm maior probabilidade de ter menopausa precoce.

Genética: algumas mudanças nos genes observadas em doenças genéticas aumentam os riscos de falência ovariana primária, como síndrome do X frágil ou síndrome de Turner.

Doenças: doenças auto-imunes e infecções virais.

Idade: Mulheres com idades entre 35 e 40 anos têm mais chances de ter menopausa precoce.

Qual é o tratamento para menopausa precoce?

Não existe um tratamento ou medicamento capaz de restaurar o funcionamento normal dos ovários. Contudo, existem tratamentos para alguns dos sintomas da menopausa precoce. Também existem maneiras de reduzir os riscos à saúde e tratar as possíveis complicações.

Terapia de reposição hormonal

Para evitar os efeitos colaterais e sintomas da baixa produção de hormônios, é indicada a reposição hormonal, desde que a mulher não apresente nenhuma contraindicação ao tratamento.

A reposição hormonal é contraindicada para pacientes sedentárias, com câncer ou que já tiveram a doença, história na família de infartos precoces ou ainda que tenham níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.

A terapia de reposição hormonal substitui o estrogênio e outros hormônios que os ovários não estejam produzindo. A terapia com hormônios melhora a vida sexual da mulher e reduz o risco de doenças cardíacas e osteoporose.

Estrogênio vaginal

Mesmo quando a terapia hormonal é contraindicada, podem ser usadas pequenas quantidades de estrogênio dentro e ao redor da vagina para aliviar a secura. Esses hormônios são vendidos sob a forma de creme, gel, comprimido e anel.

Exercícios e dieta adequada

Quando a terapia de reposição hormonal é contraindicada, o tratamento da menopausa precoce deve ser feito através da prática de atividade física (caminhar, pedalar, exercícios de fortalecimento muscular), alimentação balanceada e ingestão de alimentos ricos em cálcio para diminuir os riscos de osteoporose.

Antidepressivos

No caso da mulher não poder tomar hormônios, poderão ser prescritos outros tipos de medicamentos para aliviar as ondas de calor, como alguns antidepressivos. Devido aos seus efeitos químicos, eles são eficazes contra as ondas de calor, mesmo se a paciente não tiver depressão.

Lubrificantes ou umectantes

Esses produtos podem ajudar a tornar as relações mais confortáveis em caso de secura vaginal. Os lubrificantes indicados são aqueles à base de água.

Fertilização in vitro

Mulheres com falência ovariana prematura que desejam engravidar podem considerar a fertilização in vitro.

Atividade física regular e manutenção do peso corporal

Exercitar-se regularmente e controlar o peso pode reduzir o risco de osteoporose e doenças cardiovasculares como derrame cerebral e infarto. Além disso, os exercícios regulares podem ajudar com as mudanças de humor, as insônias e as ondas de calor suaves.

Tratamentos de doenças relacionadas

Se houver uma condição ou doenças relacionadas à falência ovariana prematura, é importante tratá-las adequadamente. O tratamento podem incluir medicamentos e hormônios.

É fundamental que a paciente realize o tratamento da menopausa precoce para prevenir todas as possíveis complicações, inclusive a secura vaginal, causada pela falta de estrogênio e progesterona.

Por isso, mulheres com idade inferior a 40 anos e que ficam mais de 4 meses ser ter período menstrual podem estar com os primeiros sintomas da menopausa precoce e devem procurar um médico ginecologista.

Saiba mais em: Posso estar entrando na menopausa?