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Micose no couro cabeludo: quais as causas, sintomas e tratamento?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

A micose no couro cabeludo é causada pela presença de fungos na cabeça, mais precisamente no couro cabeludo. A micose na cabeça é chamado de tinea capitis. A micose no couro cabeludo é causada por fungos denominados dermatófitos.

Os fungos são microorganismos que podem viver nos tecidos mortos do cabelo (fungo capilar), das unhas e das camadas externas da pele, prosperando em áreas quentes e úmidas.

Os fungos que causam micose na cabeça podem se espalhar facilmente. A tinea capitis é mais comum em crianças e tende a desaparecer na puberdade. No entanto, a micose no couro cabeludo pode ocorrer em pessoas de qualquer idade.

O que pode causar micose no couro cabeludo?

O risco de desenvolver micose no couro cabeludo é maior se:

  • Houver pequenas lesões no couro cabeludo;
  • A cabeça não for lavada com frequência;
  • O couro cabeludo ficar molhado por muito tempo, como quando a pessoa transpira em excesso, por exemplo.

A pessoa pode desenvolver micose na cabeça se tiver contato direto com alguma micose localizada em qualquer parte do corpo de outra pessoa.

A micose capilar também pode ser transmitida através de pentes, chapéus ou roupas que foram usadas por alguém com micose. A infecção também pode ser transmitida por animais de estimação, principalmente gatos.

Quais são os sintomas de micose no couro cabeludo?

A tinea capitis pode afetar parcialmente ou totalmente o couro cabeludo. As áreas da cabeça afetada pela micose apresentam as seguintes características:

  • Queda de cabelo com pequenos pontos pretos, devido aos fios de cabelo que se soltaram;
  • Formato redondo;
  • Pele escamosa, que pode estar vermelha ou inchada, o que indica a presença de inflamação;
  • Presença de feridas com pus;
  • Coceira intensa;

A pessoa pode apresentar ainda febre baixa e presença de gânglios no pescoço.

A micose no couro cabeludo pode causar queda de cabelo e cicatrizes duradouras na cabeça.

Qual é o tratamento para micose no couro cabeludo?

O tratamento para micose no couro cabeludo é feito com medicamento antifúngico por via oral, que mata os fungos no cabelo. O remédio precisa ser tomado durante 4 a 8 semanas.

O tratamento da tinea capitis inclui ainda o uso de shampoo para micose no couro cabeludo, contendo cetoconazol ou sulfeto de selênio. O shampoo pode reduzir ou impedir a propagação do fungo, mas não é suficiente para curar a micose na cabeça. Além disso, é importante manter o couro cabeludo limpo.

Assim que o shampoo começar a ser usado, deve-se ter os seguintes cuidados:

  • Lavar as toalhas com água quente e sabão e secá-las em alta temperatura;
  • Deixar os pentes e as escovas de cabelo de molho por uma hora, numa mistura de água sanitária (cloro) com água. A solução deve ter uma parte de cloro e dez partes de água. Isso deve ser feito por 3 dias seguidos.

Além disso, ninguém na casa deve compartilhar pentes, escovas de cabelo, chapéus, toalhas, fronhas ou capacetes com outras pessoas.

A micose no couro cabeludo pode ser difícil de ser eliminada. Além disso, a tinea capitis pode voltar a aparecer, mesmo após o tratamento. Porém, em muitos casos, os casos de micose na cabeça tendem a melhorar espontaneamente após a puberdade.

O médico dermatologista é o especialista responsável pelo diagnóstico e tratamento da micose no couro cabeludo.

O que fazer para baixar a febre do bebê e quando devo me preocupar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Para baixar a febre do bebê, você pode:

  • Dar banho morno no bebê,
  • Vestir com roupas leves e frescas,
  • Oferecer líquidos com frequência,
  • Manter a criança em ambiente arejados e
  • Medicamentos, quando prescrito pelo pediatra.

No entanto, a presença de febre acima de 39 graus, choro persistente, irritabilidade, vômitos e recusa do leite materno, são sinais que preocupam e, portanto, devem ser informados ao pediatra imediatamente.

Recém-nascidos e bebês com menos de 3 meses, com temperatura acima de 37,8ºC, também é preocupante e precisa ser avaliado por um pediatra.

1. Dê banho no bebê com água morna

Dê banhos com água morna no bebê. A água deve estar a uma temperatura de 36ºC. Se não tiver um termômetro para verificar a temperatura da água, use a parte interna do braço ao invés das mãos para saber se a água está morna. O banho deve ter duração de 10 minutos. Enxugue o bebê imediatamente após o banho e vista-o com roupas leves.

Não dê banho com água fria. Além do desconforto que provoca no bebê, a água fria acelera os batimentos cardíacos, que já estão mais acelerados devido à febre. O banho frio pode causar também tremores, que aumentam ainda mais a temperatura corporal.

Além do banho, o uso de toalhinhas molhadas na testa, nuca e virilhas também ajudam a baixar a temperatura.

Cerca de 30 minutos após o banho ou aplicação das compressas, verifique a temperatura do seu bebê. Se não tiver baixado entre em contato com médico de família ou pediatra.

2. Vista o seu bebê com roupas leves

Vista seu bebê com roupas leves e use apenas um lençol ou cobertor leve para mantê-lo confortável e fresco, mesmo que ele esteja com calafrios. Agasalhar demais o bebê pode interferir nos métodos naturais de resfriamento do corpo, aumentando a febre ou impedindo que ela diminua.

3. Ofereça líquidos mais vezes ao bebê

Ofereça líquidos, como leite materno, leite em fórmula e água, regularmente. Bebês a partir dos 6 meses já podem beber sucos naturais também. Dilua os sucos em água (metade água, metade suco). A quantidade de líquidos recomendada é de 500 ml a 1000 ml por dia.

Os líquidos ajudam o corpo a regular a temperatura, além de combater a desidratação, que é uma complicação comum da febre.

4. Mantenha o ambiente fresco e arejado

Manter o ambiente fresco e arejado ajudar a evitar que a temperatura corporal do bebê se torne muito elevada.

Para isto, abra as janelas e use o ventilador ou ar condicionado. Não há problema em ligar o ventilador ou ar condicionado se o bebê estiver com febre. O que não é recomendado é que o local esteja quente, pois pode elevar ainda mais a temperatura do bebê e dificultar o resfriamento do corpo.

5. Administrar medicamento

Os medicamentos para febre (antitérmicos ou antipiréticos) somente devem ser utilizado sob orientação de um médico de família ou pediatra. Os mais utilizados são paracetamol e ibuprofeno.

A dose destes medicamentos geralmente é baseada no peso do bebê e deve ser determinada pelo médico. Respeite as doses e o intervalo entre elas.

Se a criança tiver mais de 3 meses, você pode administrar paracetamol infantil a cada 4 a 6 horas. O ibuprofeno pode ser dado a bebês com mais de 6 meses, a cada 6 a 8 horas. Não dê ibuprofeno se o bebê tiver menos de 6 meses de idade.

Se a febre não baixar em até uma hora depois de administrar o remédio, o bebê deve ser visto pelo médico de família ou pediatra.

Quando devo levar meu bebê imediatamente ao médico?

É indicado levar o seu bebê imediatamente ao médico de família, pediatra, ou mesmo em um serviço de emergência, se:

  • O seu bebê tem menos de 3 meses de vida;
  • A febre se mantiver por mais de 24 horas de duração;
  • Se a febre ultrapassar 39,0ºC;
  • Houver rigidez de nuca (pescoço rígido);
  • O seu bebê recusar o leite materno ou mamadeira (perda de apetite);
  • Você perceber que o bebê está dormindo mais que o normal;
  • O bebê estiver chorando muito ou estiver muito irritado quando acordado;
  • Houver manchas vermelhas, pintinhas ou bolhas na pele (erupções cutâneas);
  • O bebê está sempre gemendo ou choramingando;
  • O bebê chora muito ou fica muito tempo parado sem demonstrar reações;
  • Você perceber que o bebê tem dificuldade para respirar;
  • Houver sinais de desidratação: ausência de lágrimas, boca seca e eliminação de pouca ou nenhuma urina (notada pela fralda seca);
  • O bebê não aceita alimentar-se por mais de 3 refeições;
  • O bebê se tornar apático, fica muito quieto, diferente do seu habitual;
  • Nos bebês maiores, se não conseguirem ficar de pé ou caminhar;
  • E na presença de convulsão.

Se o seu bebê começar a se debater, o que chamamos de convulsão, tente manter a calma. Proteja a cabeça do seu bebê com um travesseirinho ou lençol, tente deixá-lo mais de lado e espere a convulsão passar. Logo após, coloque o bebê deitado de lado, mantenha a cabeça protegida e retire chupeta ou alimentos da boca e peça ajuda.

O seu bebê não se sufocará com a língua.

As convulsões causadas pela febre duram aproximadamente 20 segundos e não se repetem se a temperatura se mantiver estável.

Nestes casos, é indicado comunicar-se com o SAMU 192 ou levar à uma emergência.

Qual a temperatura normal do bebê? Quando é considerada febre?

A temperatura normal do bebê, medida na axila, varia de 35,5 °C a 37,5°C. Esta temperatura pode variar ligeiramente ao longo do dia. A temperatura corporal geralmente é mais baixa ao acordar e mais alta à tarde e à noite.

Considera-se que o bebê está com febre se a temperatura for igual ou superior a 37,8°C. Na maioria dos casos, a febre é sinal de alguma infecção por vírus, bactérias ou fungos.

Se o bebê tiver febre alta (acima de 39ºC) ou persistente, deve ser levado a um pediatra. Bebê entre 3 e 6 meses com uma temperatura de 38,0°C ou superior também deve ser avaliado pelo médico.

Não conclua que o bebê está com febre se sentir calor tocando em sua testa. É necessário realizar uma medição precisa da temperatura com um termômetro para determinar se criança tem febre e se possível, anotar as medidas para levar os valores na avaliação médica.

Nunca dê remédio de adulto para um bebê, ainda que sejam doses bem menores.

Não dê medicamentos para febre ao seu bebê sem orientação médica e confirme se o medicamento é infantil verificando a embalagem e a bula.

Referência

Sociedade Brasileira de Pediatria.

O rim pode se deslocar, quais os sintomas e tratamento?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Sim, o rim pode se deslocar em decorrência de traumas de grande impacto, embora o mais comum seja a ocorrência de dor local e outros sintomas, após um trauma nessa região, sem que ele seja deslocado.

Quais são os sintomas?

Os sintomas variam de acordo com o grau de lesão no rim, estando os mais comuns citados abaixo:

  • Dor local;
  • Dor ao urinar;
  • Urina amarronzada ou avermelhada (pela presença de sangue);
  • Retenção de líquido, causando edemas;
  • Redução do fluxo de urina;
  • Fadiga, cansaço, perda de apetite;
  • Prurido (coceira no corpo);
  • Dor no peito;
  • Náuseas ou vômitos;
  • Espasmos, dor muscular e convulsões;
  • Falta de ar, por acúmulo de líquido nos pulmões.

Se não houver lesão ao rim, os sintomas serão basicamente, dor intensa no local, por vezes dor ao urinar, e eventualmente pode haver sangue na urina, modificando a sua coloração.

Em caso de lesão renal, com comprometimento da função renal, o sintoma inicial será, além dos já citados, retenção de líquidos, que causa aumento de peso, inchaço nos tornozelos, pés, rosto e mãos.

Outro sintoma comum é de redução do fluxo de urina, podendo inclusive cessar completamente. Nos casos de lesão renal aguda grave, quando o paciente não urina nada, definimos como anúria, uma situação bastante perigosa, portanto, devendo procurar imediatamente um atendimento de urgência.

Contudo, há casos de lesões renais agudas em que a produção de urina não é sequer afetada.

Conforme a lesão no rim permaneça, os elementos naturalmente eliminados na urina vão se acumulando no corpo, causando outros sintomas, como a fadiga, perda de apetite, náuseas e coceira generalizada pelo corpo.

Nos casos mais avançados pode haver ainda dor no peito, espasmos musculares, convulsões e "água nos pulmões", gerando falta de ar.

Vale ressaltar que a maioria das dores que as pessoas acreditam ser de origem renal, são na verdade dores osteomusculares por causa de problemas de coluna.

Qual é o tratamento?

O tratamento da lesão no rim tem como objetivo aliviar os sintomas relatados, tratar a causa da lesão, sempre que possível, e auxiliar na restauração da função renal o mais precoce possível.

Em alguns casos, como em pequenos traumas, a prescrição de medicamentos, analgésicos, relaxantes musculares, com muita cautela, para não agredir o rim, costumam ser suficientes.

Nos casos mais graves, com comprometimento da função renal, pode ser necessário medidas de intervenção mais urgente, como a realização de filtração externa, diálise, mesmo que temporariamente, buscando evitar complicações mais graves.

Se a causa da lesão renal for uma obstrução, pode ser indicado a colocação de um cateter na bexiga ou realização de cirurgia, para remover a obstrução, restaurando o trajeto da urina.

Durante o tratamento da lesão renal, também são tomadas algumas medidas para evitar que a redução do funcionamento do rim provoque mais complicações, como suspender ou restringir o uso de medicamentos, além de diminuir a ingestão de líquidos, sódio e potássio na dieta.

Vale ressaltar que os rins também podem curar-se espontaneamente, sobretudo se a lesão permanecer por menos de 5 dias e não houver complicações, como infecções.

O/A nefrologista é o/a especialista indicado/a para diagnosticar e tratar lesões nos rins.

Prednisona serve para dor de garganta?
Dra. Janessa Oliveira
Dra. Janessa Oliveira
Farmacêutica-Bioquímica

A prednisona normalmente não é indicada para tratar a dor de garganta. Esse remédio geralmente só é prescrito associado a um antibiótico, quando a resposta do sistema imune está agravando a infecção. De contrário, ela não deve ser usada, porque pode favorecer o surgimento ou mascarar novas infecções, devido ao seu efeito de reduzir a imunidade.

No caso de dor de garganta leve, um gargarejo de água morna com sal, própolis ou chá de gengibre pode ajudar a aliviar o desconforto.

Quando a dor for mais intensa, o melhor é procurar um médico. Os anti-inflamatórios não-esteroides, como a nimesulida e o ibuprofeno, são os medicamentos que são normalmente prescritos quando só há inflamação.

A prednisona é um anti-inflamatório corticosteroide hormonal indicado para o tratamento de doenças endócrinas, osteo-musculares, reumáticas, do colágeno, dermatológicas, alérgicas, oftálmicas, respiratórias, hematológicas e neoplásicas, principalmente.

Leia também:

Referências:

Prednisona. Bula do medicamento.

O que é hidrocefalia e quais os sintomas?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Hidrocefalia é o acúmulo de líquido no cérebro. Este líquido, chamado líquor ou líquido cefalorraquidiano, é produzido pelo próprio cérebro e circula por todo o sistema nervoso central, inclusive pela coluna vertebral, retornando ao cérebro para ser reabsorvido.

A função do líquor principal é de proteger o cérebro e a medula espinhal. Porém, quando há algum distúrbio na produção, circulação ou absorção desse líquido, pode surgir a hidrocefalia.

A grande maioria dos casos de hidrocefalia ocorre devido a problemas na absorção do líquor, o que aumenta a quantidade de líquido no interior do cérebro.

O volume normal de líquido cefalorraquidiano em adultos varia entre 6 a 60 mL em recém-nascidos, e 140 a 170 mL no adulto, um valor acima configura quadro de hidrocefalia.

A hidrocefalia pode surgir antes do nascimento, durante a infância ou na idade adulta, por diversas causas.

Imagem de um cérebro com hidrocefalia x cérebro normal. Quais são as causas da hidrocefalia?

No caso da hidrocefalia comunicante, as principais causas são: hemorragia intracraniana, traumatismo craniano, meningite e idiopática (sem causa aparente).

Já as principais causas de hidrocefalia obstrutiva incluem: malformações cerebrais, tumores e cistos.

Há diversos tipos de hidrocefalia. Dependendo da sua causa e da forma como se instala, pode causar aumento da pressão intracraniana, que é a complicação mais grave da hidrocefalia.

Nas crianças, que têm os ossos do crânio flexíveis, o volume da cabeça tende a aumentar, à medida que a pressão no interior do crânio se eleva. Contudo, nos adultos, cujos crânios já são rígidos, a hidrocefalia provoca um aumento rápido da pressão intracraniana, pela compressão das demais estruturas dentro da caixa craniana, causando quadros mais graves.

Quais os tipos de hidrocefalia?

Hidrocefalia congênita: Surge antes do nascimento, na vida intrauterina.

Hidrocefalia obstrutiva: Ocorre quando o líquor se acumula no cérebro devido a uma obstrução que impede o seu fluxo.

Hidrocefalia comunicante: Surge quando há um desequilíbrio entre a velocidade de produção e a capacidade de absorção do líquor.

Hidrocefalia de Pressão Normal: Ocorre em idosos e é considerada um tipo de demência.

Quais são os sintomas da hidrocefalia?

Os sinais e sintomas da hidrocefalia embebês recém-nascidos ou crianças pequenas podem incluir:

  • Mudança de comportamento: irritabilidade, recusa alimentar,
  • Sonolência, apatia,
  • Apneia ("prender o ar") ou paradas respiratórias,
  • Alteração do formato do crânio, crânio aumentado,
  • Náuseas, vômitos,
  • Crises convulsivas,
  • "Moleira" aberta e tensa,
  • Falta de equilíbrio, dificuldade para andar,
  • Atraso no desenvolvimento neurológico, psicológico e motor.

Já em crianças mais velhas e adultos, a hidrocefalia pode causar:

  • Dor de cabeça,
  • Náuseas, vômitos,
  • Dificuldade visual,
  • Apatia, insônia ou excesso de sono,
  • Irritabilidade,
  • Incontinência urinária,
  • Tremores,
  • Alterações cognitivas e da personalidade.

A hidrocefalia também pode evoluir lentamente, prejudicando o cérebro aos poucos, provocando problemas e dificuldades de aprendizagem, concentração, raciocínio e memória recente; ainda, problemas de coordenação motora, organização, dificuldades de se localizar no tempo e espaço, falta de motivação e dificuldades na visão.

Os sintomas da hidrocefalia são decorrentes do aumento da pressão no interior do crânio. A compressão do cérebro pode danificar permanentemente o órgão, causando danos neurológicos irreversíveis, se o tratamento não for realizado a tempo.

Sem tratamento, a hidrocefalia pode levar à morte devido ao aumento da pressão intracraniana. O crânio mais rígido dos adultos faz com que essa complicação ocorra mais rapidamente do que nas crianças.

Sintomas da hidrocefalia de pressão normal

No caso da hidrocefalia de pressão normal, que ocorre em idosos, a doença pode ser facilmente confundida com Mal de Alzheimer ou Parkinson devido aos seus sinais e sintomas: dificuldade para caminhar, incontinência urinária e deficiência cognitiva, marcada sobretudo pela perda de memória.

Qual é o tratamento para hidrocefalia?

O tratamento da hidrocefalia na maioria das vezes, é baseado na cirurgia, na qual um dispositivo é instalado para drenar o excesso de líquido para outras partes do corpo. A remoção do líquido, diminui a pressão no interior do crânio, aliviando os sintomas.

Outras formas de tratamento podem ser indicadas, conforme a causa da hidrocefalia. Quanto mais cedo a hidrocefalia for diagnosticada, maior é a resposta ao tratamento.

Para ajudar e acelerar o retorno às atividades do dia-a-dia, pode ser indicada fisioterapia. A reabilitação pode incluir ainda fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outras terapias para auxiliar o retorno da pessoa às suas atividades normais.

A hidrocefalia tem tratamento e deve ser investigada. Na presença de algum desses sintomas, procure o/a médico/a de família, clínico/a geral ou pediatra.

Quais são os sintomas de alergia alimentar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da alergia alimentar se manifestam sobretudo na pele, no aparelho gastrointestinal e no sistema respiratório. Na pele, causa urticária (lesões vermelhas elevadas que coçam muito), coceira, inchaço e inflamação cutânea; no aparelho gastrointestinal provoca diarreia, dores abdominais e vômitos; os sintomas respiratórios incluem chiado no peito, tosse e rouquidão.

Casos mais graves de alergia alimentar podem causar uma reação alérgica grave, conhecida como reação anafilática. Os sintomas são mais intensos, podendo acometer vários órgãos aos mesmo tempo e levar à morte.

As manifestações podem incluir coceira generalizada, tosse, dificuldade para respirar, rouquidão, inchaço nos lábios ou na garganta, cólicas, diarreia, vômitos, desmaio, tontura, confusão mental, arritmias cardíacas e queda da pressão arterial.

Não existes remédios capazes de curar a alergia alimentar ou prevenir novas reações. O tratamento é feito com medicamentos específicos para aliviar os sintomas durante uma crise. Além disso, é fundamental evitar o contato com o alimento que desencadeia a reação.

Veja também: Como saber se meu filho tem alergia à proteína do leite?

Quem tem alergia alimentar grave deve andar com braceletes ou cartões que identifiquem o alimento desencadeante para agilizar os cuidados médicos em caso de ingestão acidental do mesmo.

Veja aqui o que fazer em caso de reação alérgica.

Em caso de manifestação de sinais e sintomas de alergia alimentar, procure um médico alergologista.

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Estou com sangramento anal há três dias...
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Um sangramento volumoso e com grande perda de sangue é uma situação de emergência e deve ser tratada com prontidão. Um sangramento de pequena quantidade como o seu e por tempo mais arrastado também deve ser tratado, mas pode ser feito em acompanhamento ambulatorial ou em consulta com clínico/a geral, médico/a de família ou proctologista.

O sangramento anal pode ter várias explicações, mas está relacionado principalmente com hemorroida e fissura anal.

Deve-se diferenciar o sangramento anal do sangramento que pode ser observado nas fezes. O sangramento anal é de coloração vermelho vivo, em geral observado pela pessoa ao se limpar com papel higiênico ou mesmo no vaso sanitário. O sangramento que vem misturado com as fezes, geralmente tem uma coloração mais escurecida e apresenta outras causas que devem ser abordadas de outra forma.

As hemorroidas, vasos que se dilatam na região do ânus, podem ser escoriadas durante a passagem das fezes e, ao haver pequenas rupturas na pele anal, causa o sangramento.

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Uma alimentação rica em fibras e uma adequada ingestão de água pode facilitar o funcionamento do intestino e evitar fezes endurecidas que promovem o sangramento.

Procure o/a médico/a assim que possível para uma avaliação e orientação do melhor tratamento para o seu caso.

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O que e fissura anal e quais podem ser as causas?

Quais são os sintomas da tendinite?
Dra. Nicole Geovana
Dra. Nicole Geovana
Medicina de Família e Comunidade

Os principais sintomas da tendinite são: dor, inchaço, espessamento do tendão acometido, vermelhidão, calor local, dificuldade de movimentação e redução da força. Como complicação, também podem aparecer dificuldades em realizar determinados movimentos ou fraqueza muscular.

Quais são os sintomas de tendinite no ombro?

A tendinite no ombro provoca dor em toda a articulação, num local específico do ombro ou pode irradiar para o braço. A dor se agrava ao realizar movimentos que envolvem os ombros, sobretudo se a pessoa tiver que levantar os braços. Também pode haver diminuição da força muscular no braço.

Quais são os sintomas de tendinite no braço?

O cotovelo de tenista, como é chamada popularmente a epicondilite, é uma tendinite muito frequente no braço, mais especificamente no cotovelo.

Tendinite no cotovelo (epicondilite)

O principal sintoma da epicondilite é a dor no cotovelo, que se agrava ao levantar o punho, levantar objetos pesados, pegar ou apertar algum objeto. A dor nesse tipo de tendinite pode irradiar do cotovelo para o braço ou para o antebraço.

Quais são os sintomas de tendinite no joelho?

No joelho, a tendinite caracteriza-se pela dor no tendão patelar, localizado logo abaixo da patela ou "rótula". A dor se agrava quando a pessoa salta, caminha, corre, flexiona ou estende o joelho.

Veja também: Joelho inchado: o que pode ser?

Esse tipo de tendinite afeta sobretudo pessoas que praticam esportes com saltos, corridas, caminhadas e ciclismo.

Quais são os sintomas de tendinite no pé?

No pé, mais especificamente no calcanhar, a tendinite acomete principalmente o tendão de Aquiles. Nesses casos, a dor no tendão de Aquiles piora depois do exercício físico, ao levantar os dedos do pé ou durante o alongamento dos músculos da panturrilha.

O tendão também pode ficar inchado e apresentar rigidez logo pela manhã, podendo causar limitação dos movimentos do tornozelo.

Esse tipo de tendinite tem como principal causa a prática excessiva de atividade física. Outras causas incluem ainda tensão da musculatura da panturrilha, corridas em subidas ou mudança do calçado usado na prática esportiva.

O que é tendinite e como é o tratamento?

A tendinite é uma inflamação dos tendões, que são as estruturas fibrosas responsáveis por ligar os músculos aos ossos. Esforços físicos excessivos ou repetitivos, pancadas, infecções e algumas doenças mais raras são as principais causas de tendinite.

O tratamento geralmente inclui repouso, alongamentos e medicação analgésica ou anti-inflamatória. O acompanhamento pode ser feito pelo/a ortopedista, médico/a de família ou clínico/a geral.