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Quais os sintomas do transtorno de personalidade borderline?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Os principais sintomas do transtorno de personalidade borderline são: instabilidade emocional, ansiedade, comportamentos impulsivos, demonstrações inadequadas de raiva, baixa autoestima, insegurança, tendência ao suicídio, dificuldade em aceitar críticas e regras, intolerância às frustrações e medo do abandono.

A instabilidade nas emoções, relacionamentos, autoimagem e sentimentos, com muita impulsividade associada, são os sintomas mais marcantes do paciente borderline.

O transtorno de personalidade borderline pode causar ainda sentimentos crônicos de vazio, rejeição e abandono, independentemente disso ser real ou fantasioso.

As consequências do transtorno borderline são vistas sobretudo nas relações disfuncionais que a pessoa tem nas áreas afetiva, familiar e profissional.

Como identificar uma pessoa borderline?

Identificar o transtorno é muito difícil e complexo mesmo para os profissionais desta área. Pode ser confundido com outros transtornos de humor, nos quais os tratamentos são bastante distintos. Entretanto podemos destacar que nesses casos, a pessoa com transtorno de personalidade borderline podem ter maior tendência a relacionamentos intensos, confusos e desorganizados. 

Facilmente muda o seu conceito sobre os outros e os seus sentimentos, geralmente desvalorizando as suas próprias qualidades anteriormente valorizadas.

Outras características marcantes dos pacientes com transtorno borderline são as automutilações e os comportamentos suicidas acentuados. Sabe-se que cerca de 10% dessas pessoas podem cometer suicídio devido ao sofrimento psíquico acentuado que a doença traz.

Quando surgem os primeiros sintomas do transtorno borderline?

Os primeiros sintomas do transtorno de personalidade borderline normalmente aparecem na adolescência e geralmente persistem por toda a vida, sendo as mulheres mais afetadas que os homens.

Porém, na maioria dos casos, a gravidade do transtorno diminui com o tempo, o que leva a família supor que sintomas como rebeldia, impulsividade, falta de controle emocional e instabilidade são coisas típicas da idade.

No entanto, essas pessoas são inteligentes e talentosas, mas são boicotadas pelo transtorno, que as impedem de se desenvolverem.

O transtorno de personalidade borderline é uma doença mental grave que tem tratamento e deve ser tratada, mesmo nos casos mais leves.

O diagnóstico é da responsabilidade do médico psiquiatra e o tratamento é feito com psicoterapia e medicamentos que visam amenizar os sintomas ou tratar outras doenças associadas.

Leia também: O que é transtorno de personalidade borderline? Tem cura? Qual o tratamento?

Quais os sintomas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

O Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) caracteriza-se por comportamentos impulsivos de agressividade, violência ou irritação, geralmente seguidos por sentimentos de arrependimento, constrangimento ou remorso.

As explosões podem resultar em danos materiais ou agressões físicas e verbais a terceiros, sendo normalmente desproporcionais às situações que as desencadeiam.

Além de poder ferir os outros, pessoas com Transtorno Explosivo Intermitente também podem causar lesões em si próprios durante uma crise. 

Explosões de fúria

As explosões do Transtorno Explosivo Intermitente podem durar até meia hora e na maioria dos casos geram agressões físicas e verbais, danos corporais e destruição de propriedades de terceiros. As crises podem ocorrer frequentemente ou em intervalos de tempo que podem ir de semanas a meses. 

No período entre os episódios, o indivíduo pode mostrar-se relativamente calmo ou manifestar sinais de irritação ou impulsividade.

Antes ou durante as explosões de agressividade, a pessoa pode apresentar ainda pensamentos acelerados, euforia, formigamentos no corpo, tremor, aumento da frequência cardíaca, sensação de pressão na cabeça e aperto no peito.

Veja também: Quais as causas do Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Diagnóstico

Contudo, para que o Transtorno Explosivo Intermitente seja diagnosticado, é necessário que a pessoa apresente os seguintes sinais e sintomas:

Episódios frequentes de explosões de agressividade que resultaram em agressões ou danos materiais a terceiros;

 Reações de agressividade que são absolutamente desproporcionais às situações que as desencadeiam;

 Atitudes agressivas que não são despoletadas pelo uso de drogas ou qualquer outra substância ou ainda por outras doenças e distúrbios psiquiátricos, como transtornos de personalidade e transtorno bipolar.

O tratamento do Transtorno Explosivo Intermitente inclui o uso de medicamentos e psicoterapia.

Leia também: Qual é o tratamento para o Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)?

Na presença desses sintomas, consulte um médico psiquiatra para receber uma avaliação.

Infarto fulminante: quais as causas e como evitar?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

O infarto fulminante é causado pela obstrução do fluxo de sangue para o coração. A interrupção da circulação sanguínea ocorre devido ao entupimento das artérias que irrigam o coração.

Esse entupimento das artérias é provocado pela formação de placas de gordura na parede interna da artéria e por trombos (coágulos de sangue que se desprendem do vaso sanguíneo e caem na circulação sanguínea).

A interrupção do fornecimento de sangue e, consequentemente, de oxigênio, para o coração, provoca a morte de uma parte do músculo cardíaco, levando ao infarto do miocárdio.

Como consequência, a circulação entra em colapso, já que o coração não é mais capaz de bombear o sangue para todo o corpo, a pressão arterial cai abruptamente e ocorre perda de consciência. No caso do infarto fulminante, o paciente vai a óbito.

Quais são os fatores de risco para ter um infarto fulminante?

Os principais fatores de risco para se ter um infarto fulminante incluem tabagismo, colesterol alto, hipertensão arterial (pressão alta), diabetes, falta de atividade física, excesso de peso e estresse.

Pessoas que fumam podem ter até 5 vezes mais chances de terem um ataque cardíaco do que as não fumantes. O risco para esses indivíduos é maior devido à contração que a nicotina provoca nos vasos sanguíneos, o que diminui a espessura dos mesmos e lesiona a parte interna das artérias.

Como prevenir um infarto fulminante?

Para prevenir um infarto fulminante, recomenda-se combater os fatores de risco, ou seja, não fumar, manter o colesterol, o diabetes e a pressão arterial sob controle, reduzir o estresse e praticar exercícios físicos regularmente, pelo menos 3 a 4 vezes por semana.

Quais são os sintomas de um infarto fulminante?

O principal sintoma de um ataque cardíaco é a dor no peito, que pode ou não irradiar para o braço esquerdo, pescoço e mandíbula. Outros sintomas que podem estar presentes incluem falta de ar, cansaço, transpiração, palidez, entre outros.

No infartos fulminante, o indivíduo perde rapidamente a consciência devido à queda abrupta da pressão arterial. Nos infartos fulminantes o paciente vai a óbito porque não há tempo de receber atendimento especializado a tempo.

Leia também: Quais são as principais doenças cardiovasculares e suas causas?

Sensação de desmaio: quais as causas e como saber se vou desmaiar?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

A sensação de desmaio muitas vezes é referida como uma sensação de tontura, em que há uma breve perda de consciência. Pode ser chamada também de sincope.

Pode ser causado por situações diversas, que levam a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. Dura em média poucos minutos e a pessoa normalmente se recupera rápida e completamente.

Antes de desmaiar, a pessoa pode perceber por se sentir fraca, suada ou enjoada. Outros sintomas comuns são as alterações visuais (visão em túnel) ou a sensação de ter um ruído que está diminuindo ao fundo.

Ao desmaiar, a pessoa não apenas perde a consciência, como perde o tônus muscular e a cor da pele, principalmente no rosto, que se torna pálida.

E após um desmaio a pessoa pode não se lembrar de fatos que aconteceram antes de desmaiar, durante ou mesmo após o desmaio; sentir-se confuso ou sonolento e com alterações nos batimentos cardíacos.

Quais as causas da sensação de desmaio?

A sensação de desmaio pode nos casos de:

  • Tosse constante;
  • Defecar, especialmente se houver grande esforço;
  • Estar parada num mesmo lugar por muito tempo;
  • Calor excessivo;
  • Jejum, ou alimentação exagerada;
  • Dor intensa;
  • Situação de estresse, medo ou ansiedade extrema.

Outras causas de desmaio, algumas das quais podem ser graves, incluem:

  • Uso de certos medicamentos, como os usados para ansiedade, depressão e pressão alta. Estes medicamentos podem causar uma queda da pressão sanguínea;
  • Uso de álcool ou drogas;
  • Doença cardíaca, como arritmia, infarto, e derrame cerebral;
  • Respiração rápida e profunda (hiperventilação);
  • Baixo nível de açúcar no sangue;
  • Convulsões;
  • Queda repentina da pressão arterial, como em casos de sangramento ou desidratação grave;
  • Levantar-se de repente da posição deitada, que também pode causar tontura.

Pessoas com histórico de sensação de desmaios, com diagnóstico e orientações médicas sobre como evitá-las, deve seguir as orientações de maneira rigorosa, para não correr riscos, como por exemplo uma queda da própria altura, ou situações mais graves, como um acidente automobilístico.

O que fazer em casos de desmaio?

1. Verifique as vias aéreas e a respiração da pessoa. Se necessário, ligue para o número de emergência (192 - Corpo de Bombeiros);

2. Solte as roupas apertadas em volta do pescoço;

3. Eleve os pés da pessoa acima do nível do coração (cerca de 30 cm) ou sente-a para a frente, com a cabeça entre os joelhos;

4. Se a pessoa vomitar, ou apresentar crise convulsiva, vire-a de lado para evitar que se engasgue;

5. Peça sempre ajuda.

O que não fazer em caso de desmaio:

  • Dar comida ou bebida a uma pessoa inconsciente;
  • Deixar a pessoa sozinha;
  • Colocar um travesseiro sob a cabeça de uma pessoa inconsciente;
  • Bater palmas, sacudir, dar tapas ou despejar água no rosto da vítima.

Chame imediatamente uma ambulância através do número 192 se a pessoa que desmaiou:

  • Caiu de qualquer altura, especialmente se estiver ferida ou sangrando;
  • Não recuperar a consciência rapidamente, em alguns minutos;
  • Estiver grávida;
  • Tiver mais de 50 anos;
  • For sabidamente portador de diabetes ou hipertensão arterial;
  • Sentir dor, pressão ou desconforto no peito antes do desmaio;
  • Apresentar batimentos cardíacos fortes ou irregulares;
  • Perder a fala, apresentar problemas de visão ou incapacidade de mover um ou mais membros;
  • Tiver convulsões, lesões na língua ou perda do controle das fezes.
Como prevenir a sensação de desmaio?

Para evitar a sensação de desmaio ou desmaiar:

  • Evite situações em que o nível de açúcar no sangue caia muito, como jejum prolongado;
  • Evite ficar em um local por muito tempo sem se mexer, principalmente se tiver propensão para desmaios;
  • Beba líquido suficiente, especialmente em dias quentes;
  • Se sentir que está prestes a desmaiar, deite-se ou sente-se com a cabeça inclinada para a frente, entre os joelhos.

Mesmo que não seja uma situação de emergência, uma pessoa que nunca desmaiou e teve um desmaio deve ser examinada por um médico clínico geral ou médico de família, bem como se tiver episódios de desmaios frequentes ou apresentar novos sintomas com desmaio.

Leia também: É normal sentir tontura ao se levantar, ou ao comer, ou...

Quais os sinais que podem indicar baixa testosterona?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Alguns dos sinais que podem indicar baixa testosterona são:

  • Diminuição da libido (desejo sexual);
  • Dificuldade de ereção;
  • Perda de massa muscular, diminuição da força muscular;
  • Rarefação de pelos;
  • Instabilidade emocional;
  • Distúrbios de sono;
  • Falta de concentração;
  • Aumento da gordura abdominal;
  • Osteoporose, dores ósseas.

Quando os níveis de testosterona estão baixos, os órgãos que são estimulados por esse hormônio têm sua resposta reduzida, trazendo muitas mudanças ao corpo.

A testosterona é um hormônio produzido nos testículos e nas glândulas suprarrenais, com a mesma importância para o homem, que o estrogênio para a mulher.

Porém, mesmo entre homens saudáveis, existe uma grande variação nos níveis de testosterona sem que sinalize um problema, e quando há mudanças nem todos irão sentir as mesmas alterações ou com a mesma intensidade.

Quais são as funções da testosterona?
  • Auxilia na síntese de proteínas, contribuindo para a massa muscular;
  • Desempenha um papel fundamental no comportamento sexual normal e na ereção;
  • Responsável pela produção de espermatozoides, portanto atua na fertilidade masculina;
  • Além de estar envolvida em diversas atividades metabólicas do corpo como:
    • Produção de células na medula óssea;
    • Aumento de massa muscular;
    • Formação do osso, reduz risco de osteoporose;
    • Metabolismo de lipídios, mantem níveis adequados de colesterol no sangue reduzindo risco de doenças cardiovasculares;
    • Metabolismo de carboidratos;
    • influencia no crescimento da próstata.

No entanto, a testosterona pode estar baixa devido ao envelhecimento natural do corpo, como na andropausa, uma condição hormonal caracterizada por baixa testosterona, que geralmente ocorre em homens com mais de 40 anos de idade.

Leia também: Quais os sinais de excesso de testosterona?

O/A médico/a endocrinologista ou urologista, são os responsáveis pelo diagnóstico e tratamento da testosterona baixa.

Formigamento nas extremidades: o que pode ser e o que fazer?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Formigamento nas extremidades do corpo (mãos, pés ou dedos) pode ser sinal de compressão de algum nervo ou falta de irrigação sanguínea no local. Algumas causas de formigamento de extremidades, de acordo com a localização:

  • Formigamento por falta de irrigação sanguínea:

    • Nos casos de deficiência circulatória, é comum a queixa de dor, além do formigamento e alteração na coloração dos dedos, que se tornam mais pálidos, devido a baixa irrigação na periferia.

  • Formigamento por comprometimento de nervo (na mão):

    • Síndrome do túnel do carpo: Trata-se de uma compressão no nervo mediano, geralmente por fibrose ocasionada por esforços repetitivos, como trabalhos manuais, digitação, entre outros. Normalmente o formigamento é sentido nos dedos polegar, indicador e dedo do meio;
    • Compressão do nervo ulnar: É o mesmo nervo que provoca aquela sensação de "choque" quando se bate o cotovelo. Podo ocorrer ao ficar com o cotovelo dobrado e apoiado na mesa por muito tempo, porque é um nervo bastante superficial. Neste caso, afeta os dedos mínimo ou anelar;
    • Hérnia de disco, bico de papagaio, tensão muscular: São condições que podem afetar as raízes nervosas localizadas no pescoço e provocar formigamento nas mãos ou nos braços.
  • Formigamento por comprometimento de nervo (nos pés):

    • Compressão do nervo fibular: Pode ocorrer por exemplo quando se cruza as pernas por tempo prolongado, causando formigamento na lateral do pé;
    • Diabetes: Nestes casos, o formigamento ocorre preferencialmente na planta dos pés e ocorre devido ao excesso de glicose no sangue;
    • Tensão muscular: Músculos profundos localizados na região glútea podem provocar um pinçamento do nervo ciático e provocar formigamento no membro inferior;
    • Hérnia de disco: Deslocamento do disco fibroso, localizado entre as vértebras, que quando deslocado pode tocar as raízes dos nervos localizadas na coluna lombar e causar formigamento na região por ele inervada.

O que se deve fazer em caso de formigamento nas extremidades do corpo, é observar se a sensação passa ao mudar de posição. Se o formigamento persistir, o melhor é consultar um médico/a neurologista ou clínico geral para avaliação e tratamento adequados.

Puran T4 engorda?
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Dra. Rafaella Eliria Abbott Ericksson
Clínica médica e Neurologia

Não. O puran T4 não engorda, e também não causa redução de peso em pessoas com os níveis hormonais normais. Inclusive pode causar complicações cardíacas graves se administradas para pessoas sem distúrbios na tireoide.

Sempre que a dose da medicação está acima do necessário, pode causar efeitos deletérios para o organismo como irritabilidade, tremores, alterações cardíacas ou insônia, pelo aumento excessivo do metabolismo. Está associado ainda com elevado risco de perda de massa óssea, aumentando as possibilidades de desenvolver osteopenia/ osteoporose e fraturas, principalmente nas mulheres pós menopausa. Porém esses efeitos desaparecem quando a dose da medicação é ajustada.

O puran T4, ou levotiroxina sódica, é uma substância prescrita como reposição e suplementação em pacientes com níveis insuficientes de hormônio T4, produzido pela tireoide, causando quadro de hipotireoidismo - doença que se caracteriza por redução do metabolismo, aonde observamos sonolência excessiva, lentidão, inchaço, pele seca, unhas quebradiças e depressão.

O medicamento é fundamental para o tratamento da doença e deve ser iniciado tão logo seja confirmado o diagnóstico, evitando a piora ou complicações comuns da doença.

Contudo, tão importante quanto o tratamento correto com a medicação, fazendo uso diariamente, pela manhã, em jejum, para que os alimentos não diminuam sua eficácia, é também fundamental o acompanhamento, avaliação rotineira de doses, efeitos colaterais e esclarecimento de dúvidas.  

O médico responsável nesses casos é o endocrinologista, agende uma consulta e mantenha acompanhamento regular.

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Quais são os sintomas da catapora?
Dra. Janyele Sales
Dra. Janyele Sales
Medicina de Família e Comunidade

Os sintomas da catapora se iniciam após 10 a 20 dias do contágio, com lesões de pele avermelhadas, que logo se transformam em pequenas bolhas (vesículas) e viram crostas após alguns dias, desaparecendo ao final de uma a duas semanas. Depois que as lesões se resolvem, podem permanecer cicatrizes nos locais.

Além dos sintomas clássicos da catapora (lesões avermelhadas elevadas, vesículas e crostas), também costumam estar presentes: coceira intensa no local das lesões, mal estar, dor de garganta, febre baixa e perda de apetite.

Os sinais e sintomas da varicela, como é chamada a doença, começam após o período de incubação do vírus, que varia entre 10 e 20 dias.

O que é catapora e como ocorre a transmissão?

A catapora é uma doença infecciosa, cujo agente causador é o vírus Varicela-Zoster, da família dos herpes vírus.

A catapora é altamente contagiosa. A transmissão ocorre pela via respiratória, através de gotículas de secreção de uma pessoa infectada, eliminadas pela boca ou nariz.

Veja também: Qual o período de contágio da catapora?

A imunidade depois de um episódio de catapora é permanente e raramente ocorre uma segunda infecção. Contudo, apesar da cura, o vírus permanece no corpo até o fim da vida.

Catapora pode causar complicações?

Nas crianças, a catapora normalmente não traz complicações e os quadros são autolimitados. Isso significa que a doença cura-se espontaneamente, sem comprometimento de órgãos e tecidos.

Porém, em adultos, adolescentes e pessoas com baixa imunidade, a catapora pode ser mais grave, com taxas de complicações mais elevadas.

Leia também: A catapora pode deixar sequelas?

Entre as complicações mais comuns da catapora estão: pneumonite, hepatite, encefalite (infecção do cérebro), miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e síndrome de Reye. Esta síndrome provoca alteração neurológica e pode ocorrer em pacientes que fazem uso de ácido acetilsalicílico (AAS ou aspirina) enquanto está com varicela.

Qual é o tratamento para catapora?

A catapora é uma doença auto-limitada na imensa maioria dos casos. O tratamento em pessoas saudáveis, sem deficiências do sistema imune, é basicamente de suporte e serve apenas para controlar os sintomas.

Para que não ocorra uma infecção bacteriana secundária, deve-se evitar coçar as lesões. Para isso, as unhas das crianças devem estar bem curtas.

Para reduzir a coceira, também podem ser indicados medicamentos anti-histamínicos (antialérgicos). A febre deve ser tratada de preferência com paracetamol. Nunca se deve usar aspirina.

Os banhos com permanganato de potássio ou com água boricada podem ser úteis, especialmente naqueles pacientes com muitas lesões bolhosas.

O tratamento com aciclovir é indicado nos pacientes acima de 12 anos ou naqueles com maior risco de complicações. O medicamento não elimina o vírus, mas reduz o tempo de doença, a quantidade de lesões na pele e os riscos de eventuais complicações.

Mesmo após a cura completa da varicela, o vírus ainda permanece no organismo pelo resto da vida, ficando alojado dentro das células do sistema nervoso. Porém, não provoca sintomas e não é contagioso.

Como tratar o herpes zoster causado pela catapora?

Contudo, se a pessoa tiver uma queda nas defesas do organismo, o vírus pode ser reativado, levando ao quadro conhecido como herpes zoster.

O herpes zoster é caracterizado por lesões de pele com características similares à catapora. Porém, elas ficam restritas a uma pequena zona do corpo, geralmente em “faixa”, parando na linha média do corpo.

Nesses casos, deve ser feito tratamento com antivirais (aciclovir, valaciclovir, fanciclovir) para todos os pacientes, durante um período de sete a dez dias.

Como prevenir a catapora?

A prevenção da catapora é feita através da vacinação. Todas as crianças a partir de 1 ano de idade podem ser vacinadas contra a catapora, assim como adultos que ainda não tenham tido a doença.

Para bebês e crianças, são duas doses: a primeira pode ser aplicada a partir dos 12 meses e a segunda já pode ser aplicada após 3 meses, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Imunização.

A vacina está disponível gratuitamente no SUS, sendo que no sistema público a primeira dose é aplicada aos 15 meses, junto com a tríplice viral e depois aos quatro anos.

Também estão indicadas duas doses para os adultos, sendo a segunda dose administrada com intervalo de 1 mês após a primeira.

A vacina contra catapora é contraindicada nas grávidas, imunossuprimidos e pessoas que tenham recebido outra vacina de vírus vivo nas últimas 4 semanas.

Saiba mais em: Tomei vacina contra catapora, ainda corro o risco de pegar catapora?

Se você apresentar sintomas semelhantes aos citados acima, deverá procurar um pronto atendimento e evitar contato com outras pessoas, em especial grávidas e imunossuprimidos. As crianças devem ser afastadas das escolas e creches até a resolução de todas as lesões bolhosas.

Também pode lhe interessar: Quem tem catapora deve evitar o sol por quanto tempo?